Gripen NG: futura base dos caças irá receber grupo de defesa antiaérea
O Terceiro Grupo de Defesa Antiaérea será implantado no segundo semestre de 2015, em Anápolis (GO) – simulador KONUS para treinar manuseio dos mísseis IGLA-S foi instalado no mês passado na BAAN
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No segundo semestre de 2015, a Base Aérea de Anápolis (BAAN) se tornará sede do Terceiro Grupo de Defesa Antiaérea (3° GDAAE) da Força Aérea Brasileira (FAB). Localizada a 120 km de distância de Brasília, a BAAN será a primeira unidade da FAB a receber os caças Gripen NG.
No mês passado, a equipe responsável pela implementação do 3° GDAAE inaugurou o simulador KONUS, que permite treinar os militares para o manuseio do Subsistema de Armas Antiaérea IGLA-S. A capacitação inclui um exercício de tiro real.
De origem russa, o simulador KONUS é composto de um tubo e um mecanismo de lançamento que juntos somam 18,25kg, o mesmo peso do equipamento real, além de uma tela de projeção, onde são simulados mais de vinte cenários em ambientes diversos, e de um sistema computadorizado que gera relatórios de eficiência dos atiradores.
Segundo o Comandante do Núcleo do 3° GDAAE, Major de Infantaria Flávio Schiatti, todas as Unidades de Tiro serão treinadas nesse simulador. “O KONUS vai permitir que sejam realizados os cursos e estágios necessários para o preparo operacional do nosso efetivo. Assim, o Terceiro Grupo de Defesa Antiaérea vai estar capacitado para cumprir sua missão de prover pronta resposta à defesa antiaérea da Base Aérea de Anápolis, onde estão importantes vetores aeroespaciais da FAB: atualmente, as aeronaves F-5M e, futuramente, os Gripen NG”, afirma o Major Schiatti.
O 3° GDAAE será o primeiro Grupo de Defesa Antiaérea a ser planejado para possuir duas baterias de defesa antiaérea, uma de curtíssimo alcance (até 6km), com os mísseis portáteis IGLA-S, e outra de curto alcance (até 20km). O 1º Grupo, localizado em Canoas (RS), e o 2º Grupo, em Manaus (AM), operam somente baterias de curtíssimo alcance.
FONTE / FOTOS: FAB (ao subtítulo original da nota da FAB, acrescentamos a frase a respeito da instalação do simulador)
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No nosso TO o ataque às bases aéreas ainda podem ser feitos usando bombas burras (emprego geral, alto arrasto, antipista, de fragmentação, foguetes, etc.) a baixa altitude; mas proteger bases aéreas com mísseis de média altitude é uma prática recomendável. rsrsss Melhor ainda se for combinada com a defesa de ponto anti-PGM. Como a adoção de bombas guiadas por laser e pods de designação de alvos se tornou prática comum, a defesa unicamente de curto alcance (e baixa altitude), efetuada por canhões e mísseis manpads já não é “confortável”. Pra defesa de bases aéreas o Pantsir seria muito bem vindo.… Read more »
Bosco , antes de tudo sempre apreciei seus comentários!!! Uma duvida que é mais uma curiosidad… Considerando que a base fica no “meio” do Brasil, uma ameaça teria que ter passado por outras formas de defesa até aquele ponto, sendo assim, ao seu ver… qual seria a melhor forma de atacar a base aérea de Anápolis?
Mestre Bosco
Vai dar Pantsir mesmo pelo jeito.
Sei que consideras uma boa Baa mas tu tens alguma informação sobre o pós vendas, fornecimento de mísseis etc. Resumindo, nesses quesitos são confiáveis ?
Abraços
Bosco para o MD já!!! Mas o Pantsir da FAB não seria para proteger SJC?
Marcelo, Como não há ameaça imediata de nossos vizinhos e nem de ataques vindos do mar, não temos uma defesa antiaérea de alta densidade cobrindo o território nacional, que pudesse interceptar ameaças tão logo adentrem o território nacional, portanto, qualquer defesa nesse sentido teria que ser implementada pela FAB, a partir de suas aeronaves. A defesa antiaérea das bases teria que ser mais pontual, o que não quer dizer que não deva ser em camadas. Como sugere o artigo, o base de Anápolis deve ser protegida mais externamente provavelmente pelo Pantsir (???) e mais internamente pelos Iglas. É uma boa… Read more »
obrigado Bosco! Sensacional como sempre!
Marcelo, Só complementando, se a distância consegue fazer até a poderosa Força Aérea Israelense pensar duas vezes, por essas bandas (AL) ela funciona melhor ainda. Claro, aqui não tem uma defesa antiaérea densa como há naquela região do OM, mas a distância entre Anápolis e a fronteira mais próxima e pelo menos igual a distância entre Israel e Irã. Agora, tem armas para o qual a distância não é problema, tais como bombardeiros (stealths), mísseis cruise (subsônicos), UAVs (por exemplo, como vetor de agentes químicos letais) e futuramente, UACVs. Só como exemplo, uma defesa antiaérea consistente na BAAN poderia reduzir… Read more »
Caro Bosco,
Um “Iron Dome” por base seria o ideal? 🙂
[]’s
Bosco, sua opinião a respeito de “coisas que voam” é sempre muito bem vinda! 😛
Nick, Eu acho que o Pantsir tá de bom tamanho. Uma coisa conflitante em relação ao Iron Dome é que o míssil Tamir é dito ser de baixo custo (50 mil dólares a unidade), o que vai de encontro a informação que ele teria um sistema de orientação terminal. Mais provável é que opere como o Pantsir, sendo só teleguiado. Para ser usado contra alvos de baixo custo (bombas, foguetes, obuses, bombas guiadas, etc.) e que podem tentar saturar o sistema, melhor usar mísseis também de baixo custo, em geral, teleguiados,senão a coisa fica inviável. Por exemplo, se se usar… Read more »