Londres, julho de 2023 – Engenheiros britânicos concluíram com sucesso um teste de voo estratosférico do PHASA-35, pseudo-satélite de alta altitude não tripulado (HAPS) da BAE Systems.

Dentro de um período de 24 horas, o PHASA-35 atingiu uma altitude superior a 66.000 pés (aproximadamente 22.000 metros), entrando na estratosfera antes de aterrissar com sucesso. O teste foi realizado no mês passado no Novo México, nos Estados Unidos, permitindo que os engenheiros avaliassem o desempenho experimental do drone movido a energia solar na atmosfera terrestre.

Esse voo representa um marco significativo no desenvolvimento do PHASA-35, cuja concepção teve início em 2018. Projetado pela Prismatic Ltd, uma subsidiária da BAE Systems, para operar acima das condições meteorológicas e do tráfego aéreo convencional, esse sistema tem o potencial de fornecer uma plataforma persistente e estável para diversas aplicações, incluindo inteligência, vigilância e reconhecimento de longa duração, além de fins de segurança.

Além disso, o PHASA-35 tem o potencial de ser utilizado na implantação de redes de comunicação, como as tecnologias 4G e 5G, e pode ser empregado em uma ampla variedade de aplicações, desde auxílio em desastres até proteção de fronteiras, como uma alternativa aos sistemas aéreos e satélites convencionais.

O programa PHASA-35 faz parte do FalconWorks, um novo centro de pesquisa e desenvolvimento avançado e ágil do setor aéreo da BAE Systems, projetado para fornecer uma série de recursos aéreos de combate de ponta para o Reino Unido e seus aliados.

O PHASA-35 possui uma envergadura de 35 metros e uma carga útil de 15 kg. Ele incorpora diversas tecnologias de ponta, incluindo materiais compostos avançados, gerenciamento de energia, células solares e matrizes fotovoltaicas para fornecer energia durante o dia, que é armazenada em células recarregáveis para manter o voo durante a noite.

Esse teste bem-sucedido avaliou o desempenho do sistema experimental em várias áreas. Ele marca o primeiro de uma série de testes planejados para confirmar o desempenho do sistema, apoiar atividades de desenvolvimento e validar os marcos necessários para disponibilizar o PHASA-35 nos mercados comerciais e de defesa internacionais.

Dave Corfield, CEO da Prismatic Ltd, comentou: “Essa é uma conquista extraordinária para todos os envolvidos e demonstra o compromisso da BAE Systems em investir em novas tecnologias e mercados. O primeiro voo estratosférico do PHASA-35 mostra que essa aeronave está no caminho certo para se tornar o sistema de referência em aplicações de longa duração, alta altitude e comunicações no futuro.”

Corfield acrescentou: “O sucesso desses testes é um testemunho do trabalho árduo da nossa equipe excepcional formada ao longo dos últimos dois anos na Prismatic e em parceria com empresas como Piran, Amprius, Microlink, Honeywell, PMW Dynamics e Met Office. Estamos ansiosos pelas próximas etapas no desenvolvimento desse sistema singular.”

Cliff Robson, Diretor Geral do Setor Aéreo da BAE Systems, afirmou: “O PHASA-35 está abrindo novos caminhos e explorando a estratosfera em busca de possibilidades inéditas. A equipe, que reúne conhecimentos especializados da BAE Systems de todo o mundo e tecnologias inovadoras de gerenciamento de energia e energia solar, demonstrou um compromisso e ambição enormes ao enfrentar os desafios associados a novas tecnologias e abordagens. Essa forma de parceria é essencial para aprimorar nossa expertise em defesa com novas ideias e tecnologias.”

DIVULGAÇÃO: BAE Systems / MSL Group

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Bosco

O mais revolucionário dessa aeronave será sua capacidade de ficar mais de um ano voando .

Mac

U2 do século 21.

Neto

Na falta de satélites BRs algo nessa direção para ficar voando perto de nossas fronteiras me parece bastante promissor.

Aéreo

O Brasil possui satélites, no caso o SGDC.   Este tipo de sistema de baseado em UAV é o que se chama comunicação de baixa latência.   Sistemas baseados em satélites geoestacionários possuem estacoes remotas caras e o tempo de latência, isto é a propagação do sinal é relativamente alto.   É possível conectar aeronaves a satélites GEO, normalmente aeronaves de alto valor como um AWACS. É possível conectar caças também a satélites GEO, Israel faz isto, mas as estações embarcadas são muito caras e relativamente sensíveis.   Sistemas de baixa latências permitem estações baratas, esta proposta do PHASA-35, envolve… Read more »

Last edited 9 meses atrás by Aéreo
koppa

Voando a 22 km de altitude, o horizonte está a um pouco mais de 500 km de distância, o que corresponde a uma área de 785 mil km². Subtraindo dessa área locais em que a elevação seria muito baixa para a recepção e sendo bem conservador, diria que sobram uns 300 a 400 mil km². Ou seja, 30 deles já seriam capazes de cobrir todo o território nacional. Explorar a estratosfera me parece uma ideia promissora.