Força Aérea das Filipinas tem apenas 5 dos 12 caças FA-50 em operação

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MANILA, Filipinas – Mais da metade dos caças leves FA-50 da Força Aérea das Filipinas (PAF) 12 estão atualmente fora de operação devido a manutenção programada e atraso na entrega de peças de reposição.

Em uma audiência de orçamento do Senado no dia 27 de setembro, o vice-comandante da PAF, Maj. Ger. Arthur Cordura disse que apenas cinco dos 12 caças estão em condições de responder quando necessário, traduzindo uma prontidão operacional de cerca de 40%.

“Das sete (aeronaves não operacionais), duas estão em manutenção programada e estarão operacionais até o quarto trimestre. Os outros estão aguardando peças de reposição… O prognóstico é que pelo menos 10 estarão operacionais dentro de um ano”, disse Cordura.

A pandemia atrasou ainda mais a entrega de peças de reposição, disse ele, acrescentando que a taxa de prontidão dos FA-50 também foi afetada por desafios na aquisição e “a utilização da aeronave durante períodos não programados, como a campanha de Marawi”.

Ação Marawi
“De acordo com nossa experiência em aquisição de peças, há realmente desafios. Mas a RA 9184 (Lei de Reforma de Compras Governamentais) tem provisões para facilitarmos também as compras ordenadas e agora nosso sistema de logística, a Força Aérea, por meio de uma diretiva DND, estamos autorizados a incorporar logística baseada em desempenho em nosso sistema. Isso nos dará alavancagem na chegada oportuna de nossas peças de reposição”, disse ele.

Os caças FA-50 foram descritos como “game changer” durante o cerco de Marawi, uma batalha de cinco meses entre tropas do governo e militantes ligados ao Estado Islâmico em 2017. Autoridades de segurança de alto escalão disseram que o conflito poderia ter durado mais sem esses jatos de apoio aéreo para tropas terrestres.

As Filipinas adquiriram 12 unidades de treinadores de caça FA-50 da Korea Aerospace Industries por P 18,9 bilhões durante o governo Aquino para melhorar as capacidades de defesa territorial do país em meio à crescente agressão da China no Mar das Filipinas Ocidental.

Escoltas de Marcos
O PAF já foi considerada um ados melhores da Ásia, mas sua frota de aeronaves se deteriorou ao longo do tempo sem substituição devido a problemas de financiamento e ao meticuloso processo envolvido na modernização das forças armadas.

O público pôde ver os cinco FA-50 operacionais voando juntos em 25 de setembro, quando escoltaram a aeronave que transportava o presidente Ferdinand Marcos Jr. e sua comitiva ao reentrar no espaço aéreo filipino, após sua visita de trabalho de seis dias a Nova York.

A missão de escolta dos caças coincidiu com uma missão de patrulha marítima na parte oeste de Luzon, disse o chefe da Força Aérea, tenente general Connor Anthony Canlas, que voou em um dos jatos, disse ao Inquirer no domingo.

Os jatos FA-50 são considerados “ativos aéreos de transição”, enquanto a PAF trabalha em seu objetivo de adquirir 12 caças multifunção para funções de defesa aérea e interdição. A Força Aérea está escolhendo entre o Lockheed Martin F-16 e o ​​Saab JAS 39 Gripen.

FONTE: inquirer.net

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Marcelo Bardo

E os poloneses encomendaram vários. Devem estar preocupados com a manutenção agora.

Marcos

Leia o texto novamente…

Willber Rodrigues

Um exemplo parecido:
Toda a frota de Gripens sul-africanos ficaram quase 1 ano no chão, por falta de pecas de reposição.
A culpa é do caça, ou do governo e da Força Aérea deles, que deixaram a renovação do contrato de manutenção e compra de peças pra última hora?

Clésio Luiz

Os sul-coreanos não vão entregar peças sem pagamento. Se os poloneses forem bons pagadores, duvido que terão aeronaves no chão.

Matheus

Que caça grande, parece maior que o Gripado.

Gabriel

Que comentário ret…(melhor não terminar).

Marcos Silva

…ardado! Deixa que eu completo. Isso sem entrar no mérito da questão: um treinador armado. Nem é um caça!

Eduardo Angelo Pasin

Se considerar o super tucano caça, da para considerar como loft.

Marcos Silva

No beasil qualquer coisa que voe é caça. Daqui à pouco vão dizee que a ELO voava com calas L-42 Regente. E aeroclubes de antigamente voavam caças P-56 Paulistinha. Enfim…

MadMax666

Colega, o comentario pode ser melhor sem o uso desse termo. Os pais de pessoas com deficiencia agradecem. Abs!

BLACKRIVER

Caso bem parecido com o que aconteceu com os helicópteros de ataque comprados da Rússia 🇷🇺 por um certo país da América do Sul…
Compraram só o equipamento ao invés do pacote de manutenção…. E depois não fizeram muita questão de correr atrás da manutenção… por fim estocaram as máquinas…
Fato: quando se avaliar o retorno desse negócio para o país como um todo, foi um excelente negócio, o país abriu um bom mercado pra carne bovina brasileira.

Hellen

O problema foi que nao teve ninguem com coragem na FAB força aerea para assinar o contrato de manutencao dos helicópteros russos com medo da lei CAATSA (sancoes contra pessoas e organizações!
A lei, batizada de Caatsa (Counter America’s Adversaries Through Sanctions Act), impõe sanções econômicas a qualquer organização do país que feche contratos de armamento com empresas russas
Lembrando que a forca aérea possui em quase tudo componente americano no seu inventario !!!
Se nao seguir a ordem americana (coleira yankee) a força aérea fica no chão inoperante por causa de peças !!!!

Last edited 1 ano atrás by Hellen
Marcos

escutei latidos aqui…

Fábio Mayer

Quanta besteira!

Marcelo

Esse é o problema de se comprar um avião com pouco escala de venda no mercado !!!
Vou usar o F-16 como exemplo para comprar peças com facilidade no mercado ( uno,celta e Gol ) !!!!
Certas decisões politicas acaba deixando as forças inoperantes !!!

Last edited 1 ano atrás by Marcelo
Matheus

Bem lembrado, estamos lascados com esses gripen que só nos temos…

Cristiano de Aquino Campos

Em primeiro lugar, não só nós temos caças Gripen, em segundo lugar, nossos Gripens tem a maiotia das suas peças compartilhadas com os demais modelos e em terceiro lugar, lembre-se que o Gripen foi projetado com peças em farta oferta pelo mundo pois são usadas por outras aeronaves mundo a fora.

Demetrius

Fora a Suécia, os Viggen e Draken que outra nação chegou a adota-los? E tiveram uma vida operacional fantástica lá SIC…

Marcos

Dinamarca e Finlândia operaram Drakens. Mas foi por algum motivo extraordinário,uma vez que a política de exportação de armas da Suécia impedia vendas externas
A própria FAB quis o Viggen e nos foi negado por esse motivo.

Last edited 1 ano atrás by Marcos
Clésio Luiz

A baixa disposição das aeronaves é por parte da falta de pagamento aos sul-coreanos. Leia o texto de novo.

peter nine nine

Considerando que só têm 12, não considero a notícia assim tão má e descritiva de coisa nenhuma. Altos e baixos ocorrem… hoje é 40%, amanhã é 60% e depois é outros porcentos… A MB com os seus navios, a FAB com os seus F5, a título de exemplo… Raramente se vê uma frota de seja o que for, a 100% de operacionalidade, quando tal ocorre tal evento é descrito como bandeira branca, quando todas as aeronaves de um determinado tipo se encontram em missão e a voar ou em estado de voo. Em Portugal, recentemente, tal ocorreu com os C295… Read more »