A Saab realizou recentemente o primeiro teste de disparo com o avançado míssil Meteor BVRAAM (Beyond Visual Range Air-to-Air Missile) no Gripen E com um resultado bem-sucedido de ponta a ponta no alvo

O míssil Meteor foi lançado do Gripen E a uma altitude de aproximadamente 16.500 pés (5.032 metros) acima da faixa de teste de Vidsel, no norte da Suécia.

“É muito bom concluirmos agora o primeiro teste de disparo com o Meteor do Gripen E. É um marco muito importante tanto para o programa quanto para a Saab. Isso mostra que a capacidade de armamento do Gripen está na vanguarda absoluta”, diz Mikael Olsson, chefe de teste e verificação de voo da Saab.

O Meteor da MBDA é um BVRAAM inigualável que pode operar nos ambientes mais contestados. Ele pode engajar com sucesso uma ampla variedade de alvos, desde aviões de combate até pequenos veículos aéreos não tripulados e mísseis de cruzeiro em alcances incomparáveis.

Míssil MBDA Meteor Beyond Visual Range Air-to-Air Missile (BVRAAM)
Gripen E testando míssil Meteor BVRAAM

“Este sucesso é uma grande demonstração da estreita parceria entre a MBDA e a Saab, que após muitos anos de cooperação ativa continua se fortalecendo. Este teste também mostra de forma excelente nossa capacidade conjunta de integrar rapidamente as capacidades de armas no novo Gripen E”, disse Jim Price, vice-presidente da MBDA na Europa.

O foco do programa de teste de voo para o Gripen E está no desenvolvimento e teste contínuos principalmente dos sistemas táticos e na integração de uma variação de armas, como o Meteor.

O programa Meteor é uma das colaborações de defesa mais bem-sucedidas da Europa e viu o Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Espanha e Suécia se unirem para criar este míssil revolucionário para combate aéreo. A Saab é parceira do programa Meteor em conjunto com o principal contratante MBDA UK.

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Heinz

Que alívio em sabe que a FAB também vai operar esse míssil.

Oseias

Grifo véio mostrando os dentes e rugindo!!!! Eita !!!

Rodrigo Maçolla

Míssil Top ! D+ Pode vir Putin 🙂

PACRF

Rodrigo, o Putin não está dando conta da Ucrânia, que fica do lado, imagine se aventurar na América do Sul a milhares de quilômetros de distância e sem porta-aviões. Lembrando que único porta-aviões que a Rússia tem está no estaleiro para reparos.

Guilherme Leite

Infelizmente aqui ele já controla as poucas refinarias de fertilizantes bem como é o nosso maior fornecedor nessa área, o nosso carro chefe é o agro, sem isso, Putin nem precisaria usar um porta aviões…E não se esqueça que Kalibr.

A Rússia está passando vergonha na Ucrânia, mas ainda não da para subestima-la.

Sergio loureiro pereira

Basta chamar o RAMBO.
Tudo resolvido.

Rodrigo Maçolla

Certo amigo “Pacrf” sei disso é só uma brincadeira

Sergio loureiro pereira

Seria mais prudente preocupar-se com os EUA.

Rodrigo Maçolla

certo amigo, Como ja disse é só uma brincadeira, é pela satisfação de termos essa arma incrível no inventário da FAB muito em breve !!

Funcionário da Petrobras

O que tem a ver angu com caroço?

Nilo

“É muito bom concluirmos agora o primeiro teste de disparo com o Meteor do Gripen E.”
Acredito que deve vir mais teste Meteor – Gripen E.

109F-4

Interessante, ele é disparado “quente”; é um míssil bem maior que um Sidewinder.

Camargoer

Olá Colegas. Daqui a pouco alguém vai reclamar que ele solta muita fumaça…riso.

Jefferson Henrique

Olá Camargoer.

De fato, em comparação com o lançamento do AMRAAM, o Meteor deixa uma trilha bem visível. Mas convenhamos, a trilha pouco importa se o Pk do míssil for altíssimo, considerando seu alcance, manobrabilidade e a capacidade de carga G.

Last edited 1 ano atrás by Jefferson Henrique
Funcionário da Petrobras

O rastro de fumaça que o Meteor deixa é igual ao do Mica.
Como você citou, o AMRAAM e até outros como o Derby emitem pouca ou nenhuma fumaça.
Já perguntei há pouco tempo aos experts aqui do canal acerca dessa fumaça do Meteor e, como você falou, e responderam que num cenário hostil aliado à grande capacidade do míssil, isso é irrelevante.

Bosco

Camargoer,
Não deixa de ser um ponto negativo.
Nem sempre o míssil será utilizado no modo BVR.
Mesmo sendo lançado dentro da NEZ ainda assim a percepção do lançamento (diurno) daria mais chances ao inimigo implementar contramedidas.

Maurício.

Se o inimigo implementar as contramedidas é só o piloto “tacar” um IRIS-T na sequência, fazendo igual o piloto do F-18 que abateu o Su-22 sírio, o aim-9x errou mas o aim-120 acertou.

Saldanha da Gama

Puxa, eu já ia reclamar que tem muito “fogo” kkkkk
Abraços

Henrique

sem zuera eu vi um comentário assim em alguma pagina de facebook desses portal de noticia KKKKKKK

Sequim

Pergunta de leigo: a turbina do míssil pode danificar a fuselagem do avião durante o disparo, por causa do calor gerado?

João Dotto

Boa pergunta.tbm não sei ao certo a rrsposta mas acredito que deve ter uma proteçao termica na fuselagem. Não sei se aplicada durante a fabricação ou posterior a ela.

Nascimento

Não sei. Eu sei que em 1956 um F-11 se tornou o primeiro avião abatido por si próprio. Foi um teste para o uso do canhão de 20mm. Porém naquela época o F-11 era mais rápido do que o canhão de 20mm, logo a munição do canhão após disparada danificou o próprio avião e ele caiu.

Last edited 1 ano atrás by Nascimento
Sequim

Grato por compartilhar esse fato interessante

Iceman

O acúmulo dos subprodutos da queima do combustível do motor do míssil pode causar corrosão, com o tempo, nas estruturas expostas a ela. Para evitar isso aumenta-se a frequência de lavagem da aeronave, normalmente passa de lavagem mensal, para diária, ou seja, lançou volta pra base e leva se não for voar de novo. A combustão do motor durante o lançamento do míssil em si não afeta a estrutura, ospilones são projetados para suportar isso.

Sequim

Grato pela resposta.

Bosco

Sem querer ser chato mas o Meteor não adota uma turbina. Há apenas uma câmara de combustão onde o ar é misturado com os produtos da reação do propelente sólido.

Sequim

Grato pela explicação, Bosco.

Rodrigo

Alguma pequena marca na pintura quem sabe..
Mas um avião de caça é projetado justamente para isso né?
Lançar misseis, soltar bombas, puxar altas cargas “G” etc durante uns 30 anos ou mais.
Acidentes e fatos atípicos evidentemente podem acontecer.
Vamos aguardar os especialistas.

Leandro Costa

Para mim, essa é uma das fotos mais bonitas de um F-106.

André Bueno

Havia Genies com cabeça nuclear para atacar formações de bombardeiros soviéticos, se não me engano.

Gustavo

Que dupla!
Feliz pela FAB ter feito a escolha certa.

Jefferson Ferreira

De fato em termo de equipamento é o melhor que a força pode ter e ficar operacional com a gestão que tem…

Mateus

Pode colocar a melhor gestão e 1 trilhão de dólares que não vão encontrar nada melhor que o Meteor no mercado.

Acho que ainda não caiu a ficha de muita gente. O Meteor é o estado da arte dos mísseis ar-ar BVR, não existe nada superior no Ocidente e nem no Oriente.

Bosco

Mateus,
Os desenvolvedores do Meteor se ativeram principalmente em expandir significativa a NEZ e para isso escolheram a propulsão aspirada cominada com um motor foguete sólido (foguete sólido com duto). Nisso ele parece ser superior aos outros mísseis BVR contemporâneos.
As outras características são menos revolucionárias. O seeker radar, por exemplo, é originário do míssil francês MICA-RF.
*Vale salientar que mesmo o motor é conceito antigo, da década de 60, tendo sido adotado pela primeira vez no SA-6 soviético.

PauloOsk

Mas Bosco.. tem algo melhor que o Meteor no mundo ja operacional?

Bosco

Paulo, O japoneses têm um míssil BVR com seeker radar AESA. Em tese é mais avançado nesse quesito. Os russos e chineses possuem mísseis ar-ar BVR de alcance extra longo, os chamados de anti AWACS. Dentro dos parâmetros operacionais do combate ar-ar (entre caças) eles usam de força bruta para terem NEZ equivalente ao Meteor, em que pesem ser levados em menor quantidade e imporem maior arrasto ao vetor. O AIM-120 D provavelmente tem alcance máximo maior e tem um conjunto eletrônico mais avançado (GPS, DL two way…) A soma de menor arrasto e trajetória “loft” pode ter redundado num… Read more »

PauloOsk

Obrigado pela resposta Boscao.

Luís Henrique

Pegando carona no comentário do Bosco. O PL-15 chinês entrou em serviço entre 2015 e 2017 e também usa radar AESA como o míssil japonês, inclusive é um radar 3x maior que o radar do AIM-120C, justamente para conseguir lockar mais longe e contra alvos furtivos. O alcance do PL-15 é estimado entre 200 e 300 km. Portanto seria um concorrente de peso para o Meteor. Os mísseis de alcance muito longo são maiores e mais pesados. O PL-21 chinês deve pesar 500 kg e foi testado com sucesso em 2016 e já está operacional, também possui radar AESA e… Read more »

Nelson Junior

Tem que se reconhecer… A FAB é de longe a força que mais está “acertando” no Brasil !
Excelente combinação de caça e míssil

Camargoer.

Olá Nelson. É preciso considerar muita coisa nisso. Um avião como o Kc390 custa cerca de US$ 50 milhões e um F39 algo em torno de US$ 100 milhões. Um Scorpene custa praticamente US$ 0,5 bilhão, um pouco mais que uma FCT. Uma fragata de 6~7 mil ton deve custar US$ 1 bilhão, sem falar que o custo de operação de um navio de guerra é muito mas alto que qualquer outro equipamento militar (com exceção de um artefato nuclear). Portanto, são realidades orçamentária e operacionais muito distintas. Minha impressão é que a MB é essencialmente subfinanciada considerando as sua… Read more »

Nelson Junior

Camargoes, eu até posso concordar em partes com você… Principalmente na parte em que o EB fica com a maior parte do orçamento da defesa… Mas a marinha tem problemas sérios de cumprir seus compromissos sim, a patrulha Maracanã por exemplo, um navio basicamente simples de ser construído, no qual já deveriam ter pelo menos 10 na água, e só agora com muito atraso estão conseguindo por 1 na água, eu não consigo achar isso razoável… Fora as besteiras que fizeram no passado, como adquirir o Nae São Paulo, mas nem quero entrar nessas questões… As Tamandarés, são excelentes navios,… Read more »

Camargoer.

Olá Nelson. Pois é. Eu acredito que o problema não é da MB ou da FAB ou do EB. Já escrevi aqui diversas vezes que as forças armadas brasileiras são perdulárias, despreparadas e anacrônicas. Há que ache que o problema é apenas orçamentário e que bastaria ampliar as verbas dos atuais 1,2% para 2% que tudo estaria resolvido. Eu discordo. Há um problema estrutural que nunca foi resolvido. Aliás, tenho afirmado que os militares perderam a janela de oportunidade de 30 anos desde a promulgação da CF88 para repensar sua estrutura e doutrina, mas nada fizeram. Hoje, as forças armadas… Read more »

Allan Lemos

Mas pelo menos o efetivo do EB se justifica, o da MB e o da FAB não, a primeira chega a ter mais homens do que a Royal Navy e a Marinha Francesa somadas, duas marinhas de águais azuis. É um absurdo injustificável.

Nilo

“..É preciso considerar..). Desculpe-me, rsrsrs mas isso é desculpa.
É preciso reconhecer que nesta crise das tres, a FAB, tem sido acertiva na escolha e na forma de contrato e gerenciamento do seu principal programa.
As interações universidadeindústriagoverno (diga-se FAB), que formam uma “hélice tríplice”, já existe a decadas.
A MB cheira a mofo, as criticas são recebidas com desdém, ou tergiversam, fazem piadas de futebol.

Last edited 1 ano atrás by Nilo
Rinaldo Nery

Assertiva

JSilva

“o fato do EB consumir 50% dos recursos de defesa (praticamente 0,6% do PIB), resultando no subfinanciamento da FAB e da MB (25% dos recursos cada).”

É aqui que você percebe claramente que não há nenhum tipo de estratégia… É uma divisão de recursos política. O Exército é o maior e mais influente, então fica com 50%, a outra metade se divide de forma igual entre FAB e MB.

Last edited 1 ano atrás by JSilva
Rinaldo Nery

Já foi diferente. Depende dos projetos.

Pedro Fullback

Reconhecer o que, cara pálida? Mísseis de origem estrangeira! A FAB gastou rios de dinheiro em um míssil antirradiação e um de curto alcance, mesmo assim cancelou o projeto com um justificativa sem pé e sem cabeça.

Desenvolveu o Kc-390 para depois boicotar o projeto, lembrando que a Embraer lutou para o Kc-390 ficar em 24 aeronaves e não em 15.

Todas as três forças são pífias.

Vítor

Pedro, vale lembrar que tínhamos restrição de obter misseis prontos do mercado no inicio da Decada de 90 o que hoje já não existe mais. Hoje conseguimos acesso a BVR, Anti Navio entre outros. Por isso que com poucos recursos paramos os desenvolvimentos. Boa parte do conhecimento foi adquirido e retido. Como o Brasil não tem recursos pra desenvolver , integrar e realizar ensaios, adquirir pronto é mais barato no momento.

Nelson Junior

Então cara “pálida”… Se você ler o que escrevi, vai perceber que coloquei o “acertando” entre aspas, pois estou me referindo a atual gestão… Errou muito no passado ? Claro ! Inclusive com o micla BR que não saiu do papel, mas a escolha pelo Meteor para os Gripens é muito assertiva e nada tem a ver com um míssil de curto alcance anti radiação, esse que você se refere o a FAB (atual) resolveu comprar o IRST porque é bom e está disponível no mercado… E acho que fizeram certo, não é porque o MICLA BR deu errado que… Read more »

Marcelo

Você não está confundindo o A-Darter, da mesma categoria do IRIS-T, e que foi cancelado, com o MICLA-BR, que é um míssil de cruzeiro baseado no AVMT do Exército?

Nelson Junior

Verdade, me referia ao A-Darter, obrigado pela correção

Last edited 1 ano atrás by Nelson Junior
Helio Mauser

Deve haver uma velocidade máxima para disparo do míssil, qual seria?

Alexandre Galante

Quanto mais rápido o caça voar para lançar, melhor para o míssil, pois mais longe ele irá.

Nilo

Mas existiria um limite para nave ou o missel?

Last edited 1 ano atrás by Nilo
Alexandre Galante

Para o míssil não, porque ele depois de disparado vai a Mach 4. Para a aeronave lançadora é o limite do arrasto produzido pelos mísseis pendurados na aeronave. O F-35, por exemplo, teria um limite de velocidade que ele não pode ultrapassar para abrir as portas e lançar os mísseis.

Last edited 1 ano atrás by Alexandre Galante
Iceman

Galante, o limite é imposto não só pelo arrasto mas também por fenômenos aeroelásticos. Faz-se primeiro a análise modal da aeronave estatica, o GVI (Ground Vibration Test), e depois repete-se o GVI para todas as configuraçoes possiveis a aeronave. Com esses dados, configura-se um software com as informações e calcula-se para aeronave e pra cada configuração os limites de Mach para que um modo de vibração nao alimente o outro de maneira a causar Ressonância (Que levaria a destruição de determinada estrutura da aeronave, por exemplo as Asas. Considerando esses limites, a aeronave protótipo é toda instrumentada, e então comprova-se… Read more »

Last edited 1 ano atrás by Iceman
Alexandre Galante

Muito obrigado por compartilhar seus conhecimentos conosco, Iceman!

Nilo

👍

DSC

Isso simplesmente não é verdade. O F-35 pode abrir/fechar as portas e lançar armamento em qualquer regime de seu envelope de voo, em qualquer combinação de altitude e velocidade. F-35A Completes Clean Wing Flutter Testing “… The testing demonstrated the F-35 is clear of flutter, at speeds up to 1.6 Mach and 700 knots with weapon bay doors open or closed, critical to performing its combat mission.  …” https://www.codeonemagazine.com/article.html?item_id=123 “… 16 July 2013: Supersonic AIM-120 Launch Air Force Maj. Matt Phillips flew AF-1 to complete an AIM-120 launch at Mach 1.2. This flight was the first supersonic and second overall… Read more »

Alexandre Galante

Obrigado pelas informações DSC, mas um relatório do DOD de 2015 menciona o limite de 550 nós para o F-35A:

comment image

Last edited 1 ano atrás by Alexandre Galante
Iceman

De fato isso é verdade, mas em configuração de armas nas baias internas e configuração externa limpa (sem armas em pilones subalares. Isso se explica pelo fato de que o regime de arrasto em voo supersônico é diferente do regime de arrasto em voo subsônico. Um exemplo disso é q os estabilizadores horizontais de aeronaves supersonica são completamente móveis, pois funcionam nos dois regimes. Os estabilizadores fixos com profundores só servem em regimes de baixa velocidade. Veja que em voo supersônico o fluxo de ar ao qual a pequena seção transversal das portas estão expostas é menor devido a formação… Read more »

Maurício.

O Derby teve e ainda tem o seu papel, mas a FAB agora sim vai ter um bvr de respeito, aliás, a FAB vai ter o melhor bvr do continente!

Funcionário da Petrobras

Sim, o trinômio (F5BR+Derby+R99) é de se respeitar.
Falar em Derby saberiam dizer se eles serão empregados nos Gripens?