7 de junho – A Boeing disse neste segunda-feira que seu drone MQ-25 se tornou a primeira aeronave não tripulada a reabastecer outra aeronave no ar.

O protótipo T1 de propriedade da Boeing para o MQ-25 Stingray da Marinha demonstrou sua capacidade de realizar sua missão de reabastecimento aéreo para a Marinha dos EUA em um voo de teste no dia 4 de junho.

A aeronave não tripulada estendeu uma mangueira e drogue de seu casulo de reabastecimento aéreo fornecido pela Marinha dos EUA para transferir combustível para um F/A-18 Super Hornet da Marinha dos EUA durante o voo de teste, de acordo com o comunicado.

“Esta equipe de profissionais foi essencial para o sucesso do voo”, disse o contra-almirante da Marinha Brian Corey, que supervisiona o Program Executive Office for Unmanned Aviation and Strike Weapons, no comunicado.

“Nos próximos anos, trabalharemos lado a lado com a Boeing para fornecer essa capacidade que irá aprimorar muito a futura ala aérea de porta-aviões”, disse Corey.

A façanha foi realizada depois que um piloto de testes do F/A-18 voou em formação cerrada atrás do MQ-25 durante a parte inicial do voo para garantir estabilidade para reabastecimento – com apenas 6 metros de separação entre a aeronave não tripulada e o sonda de reabastecimento do caça a jato – de acordo com o comunicado.

“Este evento histórico é um crédito para nossa equipe conjunta da Boeing e da Marinha que está empenhada em fornecer a capacidade crítica de reabastecimento aéreo do MQ-25 para a frota o mais rápido possível”, disse Leanne Caret, presidente e CEO da Boeing Defense, Space e Segurança.

O marco ocorre após 25 voos de teste do T1 usando modelos digitais, de acordo com o comunicado da Boeing, com o T1 completando seu primeiro voo de teste de duas horas em 2019.

Ele continuará os testes de voo antes de ser enviado para Norfolk, Va., para testes de manuseio de convés a bordo de um porta-aviões da Marinha dos EUA ainda este ano.

O protótipo T1 de propriedade da Boeing é um predecessor das sete aeronaves de teste que a Boeing está fabricando sob um contrato de 2018, acrescentou a empresa.

O MQ-25 irá estender o alcance dos aviões de combate, assumindo a função de avião-tanque que os F/A-18s desempenham atualmente.

A Boeing revelou pela primeira vez seu avião-tanque não tripulado projetado para reabastecer os jatos da Marinha dos EUA em dezembro de 2017.

Em agosto de 2018, a Boeing havia recebido um contrato para começar a desenvolver os drones-tanque não tripulados.

FONTE: UPI

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Claudino

que massa!

USS Independence

Já já tem gente dizendo que a China tem coisa melhor e que o “Império” tá correndo atrás do prejuízo e que está irremediavelmente perdido.

PauloOsk

Mas perdido eles estao mesmo. hehe

Paulo Drusnam

Chora nenem……

Andre

Chora nenem2…..

Dart

esse comentário é tão ridículo quanto o suposto comentário que ele cita.

Salim

Vai aumentar disponibilidade de aviões ataque/defesa pois vai liberar f18s responsáveis por esta operação. Potencial bélico de porta aviões aumenta substancialmente. Sera que esta solução poderia ser utilizada em PA sem catapultas. Avião sob armado e com combustível posivel e depois completa tanque. Ai ficaria competitivo PA sem catapultas ( bem mais barato de fazer e manter e tecnicamente mais simples ).

PAULO

Também acho que parece (em teoria) uma boa alternativa para PA com Ski Jump. Nestes normalmente os jatos tem que sair com carga útil ou combustível pela metade para poder decolar sem catapulta.

Mayuan

Pelo que vi no que foi divulgado sobre o MQ25, ele próprio é projetado para uso STOBAR então a decolagem em NAe sem o sistema, se possível, não deve permitir que leve todo o combustível, diminuindo portanto sua utilidade em navios sem catapulta.

Salim

Teoricamente ele é leve pois não leva armamento nem boa parte equipamento sobrevivência piloto, nem radar, mesmo que decole com menos combustível, seria possível compensar com mais d rones no ar. Você teria reabastecimento no início da missão e no final da missão outro reabastecimento breve para garantir pouso. Assim teríamos aumento substancial no raio de combate das aeronaves embarcadas. Daí diminue bastante este gap sendo que drone ocupa menor espaço, não tem tripulação, etc…..

Leandro Costa

Acho uma boa solução. Toda aeronave que precisou fazer o papel de reabastecedor embarcado acaba sendo subutilizada para outras tarefas, bem como o fato de serem normalmente (no caso da USN), poucas e separadas para a tarefa, fazendo com que seja células muito voadas. Um reabastecedor dedicado, sem piloto, pode ter uma taxa de disponibilidade maior, não vai necessitar o mesmo nível de aviônicos defensivos por atuar em ambiente bem mais permissivo, deixando as outras aeronaves livres para suas atividades-fim.

Antunes 1980

Enquanto isso na China e Rússia.. nada parecido..

Sputnik noticiando uma imbatível, único e extraordinário, o melhor do mundo.. o reabastecedor autônomo russo, porém sem vídeos nem imagens..

Filipe

Os EUA são os EUA, o resto é pessoal tentado imitar ou copiar eles, inovação é com os EUA, o resto é o resto.

Up The Irons

Muito bacana! Será que a FAB e a Embraer pensam em dar essa capacidade ao nosso futuro UCAV?

Justin Case

Olá, amigos. Tecnologicamente, é um passo importante. No entanto, coloco algumas observações: Continua a discussão sobre as vantagens e desvantagens de se ter sistemas dedicados ou multitarefa. O que é mais efetivo, em termos de custos e resultados operacionais? Em termos de quantidade e treinamento de tripulação, não muda muito, pois os operadores estão no solo. Por outro lado, estes não estão submetidos a vários dos riscos de operação em área de combate. Um sistema pilotado remotamente é altamente dependente de link de dados com o solo, o que é complexo (e requer grande redundância). Atualmente essa é a maior… Read more »

Peter Nine Nine

Amigo, isto é a sexta geração em construção. Este tipo de capacidade em drones é uma de muitas que se esperam dos sistemas autónomos.

JuggerBR

Penso que os pilotos dos drones possam estar baseados no próprio Grupo de Batalha, ou que ao menos a comunicação passe pelo PA, dispensando link por satélite e menos sujeito a interferência e latência.

Jacinto

Parece que serao controlados pela tripulação do E-2 hawkeye.

carcara_br

Justin, Uma pergunta, em relação ao item 3, neste caso em particular o quão dependente dos operadores em terra é o sistema? -O operador em terra funciona mais como um gerente de missão que propriamente um piloto. A maioria das ações de voo, se não todas, são tomadas pela própria aeronave, até procedimentos complexos como pousos. Um bom sistema de navegação inercial e programação prévia da missão já seria difícil dizer que o link de dados é imprescindível (pelo menos no mesmo nível que seria para um humano no cockpit). Pra mim isso é tecnologia para termos disponível ainda nesta… Read more »

Justin Case

Olá, Carcará. Uma aeronave comercial moderna pode ser pilotada quase sem participação do piloto, que apenas toma as decisões e dá as ordens para o sistema (aquelas que resultam de modificação ou não podem ser pré-planejadas). Isso se assemelha muito à operação de um drone, com a diferença de que ainda não é remota. A operação militar, por outro lado, requer uma consciência situacional muito mais apurada para a tomada de decisões, quando o fator presencial é muito mais favorável. Devido ao atraso nos comandos e respostas, é inadequado imaginar hoje um drone participar de “dog fight” em longa distância,… Read more »

Jacinto

Justin,
Parece que este drone será controlado pela tripulação do E-2 hawkeye.

carvalho2008

Mestre Justin Case, Sim de fato é uma preocupaçãoo risco da interferencia no Link O que eu faria, em alguns tipos de missões bit byte, seria uma programação blindada enão remota do drone até o ponto planejado de encontro e reabastecimento. Ou seja, o telecomando iria desligado ate a area e lá permaneceria. Chegando o primeiro caça, ele daria o comando dentro da criptografia para baixar a cesta e realizar o procedimento a e assim por diante. Finalizada a entrega da carga, retorna via autonoma sem link….poderia ser desta forma, o tipo de emprego. Navegação inercial ou GPS para minimizar… Read more »

Leandro Costa

Olá Justin. Acho que quanto ao primeiro quesito, cada serviço armado terá que fazer sua escolha ante os desafios que acredita que encontrará no caminho para o mix ideal entre sistemas dedicados ou multitarefa. Alguns, como esse drone, podem economizar meios multitarefa para diversas outras atividades, agindo como um agente multiplicador de meios. Pelo menos acho que essa é a teoria. Em relação à tarefas específicas com contato com o inimigo, a maioria dos meios tende à ser multitarefa, mesmo sabendo que a USAF ainda investe em meios dedicados como o novo bombardeiro B-21. Como a maioria das Forças Aéreas… Read more »

Paulo

Incrível onde a tecnologia está chegando, alguns países muito na frente e outros comendo poeira.

Flanker

Roberto, tudo bem? Onde ficava localizado o motor turbojato do Savage?

Wagner

Flanker, da para ver nessa foto em anexo.

Flanker

Bah…Obrigado, Wagner. E a tomada de ar era onde? Sob o nariz, como parece ser em algumas fotos que achei? Só parece ser uma entrada de ar bem pequena….

Mazzeo

Caro Roberto.
Com o uso do Pod Buddy-Buddy os Hornet ainda podem fazer o reabastecimento.
A Navy certamente manterá um Hornet reabastecedor em “+30” para esses casos escabrosos.
O uso do pod dá uma flexibilidade as Alas nesse caso, pelo menos no começo da operação, é o que acredito.

Wagner

Muita gente vai ter que mudar de profissao.

Ivanf

A meta do MQ-25 é levar 15000 lb (6,800 kg) de combustível num alcance de 500 nmi (580 mi; 930 km). Considerando a densidade do combustível 0,8kg/L, são 8500L de combustível. Pelo que achei na Wikipedia, o Savage levava 6200L de combustível.
Favor corrigir se algum dado estiver errado, mas esse dronezinho aí não parece ser tão “zinho” assim. O fato de não ter piloto já libera bastante espaço pra carga, otimizando bastante a capacidade/tamanho.

PAULO

Este drone é apenas um protótipo, feito para desenvolver o sistema. Com certeza o aparelho de série seria maior para caber mais combustível.

Leandro Costa

Roberto, no caso desses MQ-25 o tamanho pode ser um tanto enganoso. Toda a parafernália necessária para que um piloto opere a aeronave, desde cockpit com assentos ejetores, oxigênio, painel com mostradores e sistemas relacionados à eles, não existe, o que libera mais espaço para carga útil. Mesmo que se necessite de uma parafernália para transmissão de dados e controle remoto da aeronave, ela ainda é bem menor do que aquela para piloto/tripulantes. Ainda assim é uma aeronave relativamente grande. Tenho certeza que a USN pesou os prós e os contras para adotar uma aeronave como essa, inclusive sua possível… Read more »

PCOA

coisa linda de se ver!

Mayuan

Segundo li São ao redor de 7 toneladas de combustível.

willhorv

Mas quanto de carga ele pode transferir? Na Prática deverá ser usado 1 pra 1….pra 2…4?

Leandro Costa

Willhorv, na prática sempre depende de quanto combustível cada aeronave da ala aérea precisa em um determinado momento e isso pode variar muito. Seja para encher os tanques ao se dirigirem à um alvo, seja para terem uma quantidade segura de combustível para virem à bordo do NAe. Várias aeronaves podem precisar de um pouco de combustível, enquanto uma aeronave pode precisar de muito combustível por diversos motivos. Ter um reabastecedor no ar enquanto se conduz operações, na paz ou em combate, torna tudo muito mais seguro.

Vilela

6 metros de separação? parece muito pouco e perigoso… rajadas de vento… voo sobre oceanos… tempestades… bota logo uns 15 metros uai, segurança do piloto em primeiro lugar

Leandro Costa

Se for muito longa, a operação pode ficar ainda mais perigosa. As operações com os KC-135 adaptados para usarem a cesta como extensão do boom eram muito perigosas.

RODRIGO MARTINS FERREIRA

O MQ25 não é o desenvolvimento daquele drone que já era autônomo que voou uns anos atrás ?

Luiz Antonio

É..e a Boeing está falindo não é? É impressionante o grau de “tapirice” que povoa as cabeças recheadas de vácuo absoluto.

Luiz Antonio

Momento Cultural: Tapirice, qualidade daquilo que é original do tapir, vulgarmente conhecido como Anta.