Na semana de 26 a 30 de abril de 2021, a equipe do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) responsável pelo Projeto IFFM4BR, realizou ensaios de integração mecânicos e eletrônicos dos atuais modelos de criptocomputador CM4-B junto a integrantes da empresa Kryptus S.A. no GDDN (Gripen Design and Development Network) em Gavião Peixoto-SP, como parte das atividades de integração do Criptocomputador nacional CM4-B no novíssimo caça SAAB Gripen E/F.

“Foi incrível ver a aviônica Gripen e o simulador de vôo S-RIG prontos e extremamente capazes de fornecer os testes de integração necessários com o Criptoemulador funcional e o Mock-up de Criptocomputador mecânico. É de grande valia, ter conseguido adquirir os primeiros resultados dos testes funcionais na primeira hora após a chegada no GDDN, o que mostra a sua excelente preparação e ambiente de trabalho. Os brasileiros da Embraer, Atech e equipe da Saab operavam os dispositivos de emulação Gripen e ferramentas de simulação com grande conhecimento e habilidade, mostrando uma experiência real de Transferência de Tecnologia”, disse o Capitão Engenheiro Jozias Del Rios Vieira Granado Santos, Coordenador Técnico do Projeto IFFM4BR no IAE.

A Gerente do Projeto na Kryptus S.A, Thais Ribeiro, ressaltou que este é um projeto estratégico para empresa, em parceria com o IAE, tendo em vista aplicação na segurança nacional.

Para Vinícius Barros, engenheiro de sistemas da Embraer, responsável pela execução do pacote de trabalho do IFF no GDDN, “O nível dos testes de integração de sistemas que realizamos essa semana foi muito significativo, o que comprova a capacidade do GDDN em conceber, desenvolver, validar e verificar sistemas de alta complexidade do Gripen, no que se refere a pessoas, infraestrutura e tecnologia.”

O representante da Saab no GDDN para Sistemas Tácticos, Per Tibell, destaca que “Pela primeira vez no GDDN, pudemos testar a cadeia funcional IFF Mode 4 NSM completa desde a Interface Homem-Máquina (HMI) do piloto até o computador Crypto através do Transponder. Os problemas técnicos foram resolvidos graças à grande cooperação entre as equipes de Desenvolvimento de plataforma e Aviônica da Saab, a equipe de software da Embraer, bem como o IAE e a Kryptos. Sabemos que nem tudo funcionará perfeitamente na primeira vez, mas é muito importante encontrar as avarias e problemas o mais cedo possível no desenvolvimento. Por essa razão, esta semana foi um sucesso do meu ponto de vista”.

Segundo o 1º Tenente Engenheiro Vinícius (IAE), Coordenador da Engenharia de Sistemas e Gerente de Riscos do Projeto, “O ensaio realizado nesta semana foi fundamental para apresentar o potencial funcionamento em plataformas reais e mitigar riscos tecnológicos. O êxito logrado indica que o Projeto está no caminho certo e que o criptocomputador, futuramente, poderá ser empregado nas diversas plataformas das Forças Armadas brasileiras”.

A equipe do GDDN disponibilizou todo suporte necessário durante a realização dos ensaios. Todos os protocolos sanitários por conta da pandemia de COVID-19 foram rigorosamente seguidos. A equipe foi segregada em diferentes salas a fim de delimitar um número máximo de pessoas em diferentes salas e ambientes, garantindo a segurança de todos.

O Gerente-Adjunto do Projeto IFFM4BR, Capitão Aviador Daniel Rondon Pleffken, destacou a importância do evento e a alta motivação dos envolvidos: “Nessa semana demos um passo importantíssimo para o sucesso do projeto. Foi um sentimento de profunda satisfação e orgulho ver as equipes superando as expectativas” – e concluiu – “Nosso objetivo é consolidar a interoperabilidade entre as Forças Armadas Nacionais e não descansaremos antes de ver nossa tecnologia voando no F-39 Gripen”.

Equipe do IFFM4BR no GDDN
Criptoemulador EM4-B inserido no Transponder M428 em ambiente de Laboratório (S-RIG)
Planejamento do Setup de Teste do Criptoemulador EM4-B
Setup de Teste do Criptoemulador EM4-B
Mock-up do CM4-B, fabricado na empresa Kryptus, inserido no Interrogador instalado no Gripen 4100, o primeiro da FAB
Equipe envolvida no desenvolvimento do IFF Nacional
Setup de Teste no simulador do Gripen

FONTE: Instituto de Aeronáutica e Espaço

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Rogério Loureiro Dhierio

Posso estar errado más acho e apenas acho, que o F39 pousou um dia em SJC e no dia seguinte saiu da Embraer.

O estrondo do motor era diferente dos bicudos e eu o vi muito longe e muito rápido. Não deu pra definir se era ou não F5 ou Gripen.

Barak MX para o Brasil

Está em testes supersônicos na Embraer faz uns meses.

Last edited 2 anos atrás by Barak MX para o Brasil
Rogério Loureiro Dhierio

Sim Barak (TB o meu preferido para proteção antiaérea), más não em São José dos Campos, e sim em gavião Peixoto.

Spitfire

Já faz um bom tempo que escuto falar nesse projeto IFFBR…Quanto tempo ainda levará para estar pronto e operacional? Sei que por um bom tempo operamos caças sem radar….lembro dos amxs nessa situação… será que teremos os super modernos F39 sem os IFF operacionais??? Ai eu choro….

Alexandre

Com a nanotecnologia espacial será que esse equipamento não poderia ser menor?

Camargoer

Olá Alexandre. Acho que os equipamentos usam componentes comerciais por questões de preço e homologação. Claro que seria possível pedir para uma universidade pública brasileira construir dispositivos específicos para este aparelho, mas seria necessário um longo processo de homologação bastante caro. Nanotecnologia é um importante ramo da pesquisa, inclusive com várias aplicações práticas. Posso citar o uso de nanofertilizantes, sistemas poliméricos modificados com nanopartículas para aplicações estruturais e na área de saúde. A indústria eletrônica já usa a nanotecnologia na construção de processadores e memórias de maior desempenho. É preciso separar a nanotecnologia da microtecnologia que é usada na miniaturização… Read more »

Renato

Bem explicado Camargoer.
Mas acredito que as futuras versões serão mais compactas ou miniaturizadas.
Pelo menos essa é a tendência em tudo que é artefato eletrônico.

mazzeo

Existem algumas limitações em hardware que lidam com frequência.
Há necessidade de isolamento físico entre algumas partes do circuito e o isolamento exige as vezes distância até entre certos componentes.

Além disso, há de se pensar na manutenção e na resistência física a vibrações e a fixação mecânica do módulo no interior da aeronave.

Glasquis 7

Um off:

Alguma notícia sobre o acidente do F5 EM que saiu da pista na base aérea de Santa Cruz???

Juscelino

Agora sim. As fotos demonstram alta tecnologia. Bem diferente das primeiras reportagens sobre o sistema IFFBR.

Wellington Góes

Agora sim, avanços efetivamente significativos… Parabéns!!! ?

Gustavo

só posso dizer uma coisa, o som dele é incrível.