F-111

F-111

F-111
F-111

Por Roberto F. Santana

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, começava o que ficou conhecido na aviação como ‘Era do Jato’ e com isso, uma corrida para se chegar à barreira do som. Em poucas décadas alguns aviões já atingiriam duas vezes a velocidade do som e notáveis aeronaves podiam até mesmo ultrapassar o Mach 3.

O voo supersônico, principalmente voos que alcançassem duas vezes a velocidade do som (Mach 2), era visto como um dos principais requisitos no projeto de aeronaves de combate, as aeronaves de caça.

Um dos maiores conflitos armados dessa época foi a Guerra do Vietnã, uma guerra que ocupou principalmente a década de sessenta, período do ápice nos projetos de aeronaves supersônicas. O Sudeste Asiático foi então, o cenário principal de combate para a estreia da aeronave supersônica com capacidade de atravessar pequenos países em pouco tempo, fazendo ataques relâmpagos e fugindo em velocidades absurdas. Era a oportunidade ideal para aeronaves como F-100, F-101, F-102, F-104, F-105, F-4, F-111, Crusader, Vigilante; darem o máximo de suas performances.

Curiosamente, a prática não se mostrou tão promissora assim para o voo supersônico. Alto consumo de combustível, falta de condições atmosféricas e de altitude ideais, distâncias na zona de combate, apoio tático para reabastecimento em voo e outros motivos, restringiram muito o uso do máximo desempenho nessas velocidades.

F-4E
F-4E

A informação abaixo mostra uma curiosa estatística do que foi o voo supersônico em combate no Vietnã:

  • Nenhum segundo de voo em combate com velocidade igual ou superior a Mach 2.2 foi registrado.
  • Nenhum segundo de voo em combate com velocidade igual ou superior a Mach 2.0 foi registrado.
  • Nenhum segundo de voo em combate com velocidade igual ou superior a Mach 1.8 foi registrado.
  • Pouco tempo de voo com velocidade igual ou superior a Mach 1.6 foi registrado (segundos).
  • Extremamente pouco tempo de voo com velocidade igual ou superior a Mach 1.4 foi registrado (minutos).
  • Extraordinariamente houve pouco tempo em voos com velocidade igual ou superior a Mach 1.2 (horas).
Strike Package da USAF na Operação Rolling Thunder
Strike Package da USAF na Operação Rolling Thunder e Linebacker

Bibliografia consultada: Northrop Case Study in Aircraft Design – William Stuart

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Delfim

Esses números de desempenho influenciaram no projeto AMX, no qual a velocidade supersônica foi colocada de lado em prol do alcance, carga de armas e alta velocidade subsônica a baixas altitudes ?

ednardo curisco

que eu me lembre o AMX foi pensado em ser um tornado de bolso, vetor especializado em ataque para voar em baixa altitude.

mas boa parte das táticas pensadas para este tipo de avião foi para o saco em 1990 com a I Guerra do Golfo. Os tornados sofreram mutas baixas porque já havia muitas defesas de baixa altitude eficientes o bastante.

Paulo

Sobre esta matéria tem um episódio da série ¨Combates Aereos¨ do canal History que é bem interessante. Por favor pulem direto até o minuto 29:00 do filme:
https://www.youtube.com/watch?v=36pnNBZA2eA

Antoniokings

Acredito que esses caças muito velozes, tipo MIG-25, eram muito úteis para interceptar bombeiros estratégicos. Desse modo, alcançavam logo o alvo ainda distante do objetivo do atacante.

Delfim

Pegadinha fácil.
Na cena de ataque com napalm do filme “Platoon”, aos 2:47 aparece a silhueta do caça. Qual caça é ?

https://youtu.be/CS-a69aCb24

Flanker

To na rua, e com a claridade dá reflexo na tela, mas que deu pra ver, é um F-5.

HMS TIRELESS

Curiosamente na Guerra do Vietnã houve um abate à velocidade supersônica quando um F-4E fazendo a cobertura de uma missão RESCAP (atual C-SAR) abateu um Mig-21, a tiros de canhão, em velocidade Mach 1.2

Paulo

Essa história esta vídeo que eu coloquei aí em cima.

Rui Chapéu

Vou deixar aqui o agradecimento pela dica da Série Vietnam do Netflix que o Rinaldo e outros indicaram.

Estou assistindo e é muito bom. Aparece muitas informações que eu desconhecia e que explicam bem como surgiu aquele atoleiro pros americanos.

Mauricio R.

O atoleiro, sem aquela água toda da monção como se isso fosse possível, está se reproduzindo no árido Afeganistão.
Segue a sina de enterrar impérios.
Então PRC, é tudo mentira, é um lugar lindo e maravilhoso, um povo amigo e hospitaleiro, facinho de ser dominado!!!!
O Irã, cala-te a boca, viu…

Rui chapéu

Isso vem toda hora na minha cabeça, parece que não aprenderam.

E nem só Afeganistão, inclua aí Síria, Iraque…. Enfim, oriente médio em geral.

O que eu não entendo é que o Trump falava o mesmo e discursava contra essas guerras TB. Porém depois que assumiu o cargo ou esqueceu, ou descobriu o real motivo deles estarem lá que tem realmente um sentido ou tem muito lobby e muita mutreta que nem ele tem poderes de tirar os militares de lá.

Eu realmente não sei. E provavelmente morrerei sem saber.

Mauro Cambuquira

Essa dica eu perdi? Não sei como? Dá falar de novo?

cipinha

O documentário/série está disponível na Netflix se chama The Vietnam War, vale muito apena assistir

ednardo curisco

série excelente. cobre diversos aspectos relevantes, indo da pessoa comum e sua família a aspectos estratégicos e passando pela lama do combate.

agora sei porque nos filmes o Nixon é sempre mostrado como um enorme cretino. O cara jogou com a vida de milhões de pessoas, levando dezenas de milhares à morte, só para não perder eleição.

carcara_br

Para aeronaves em missão de ataque penso que aumento de velocidade e diminuição de RCS possuem efeitos semelhantes sobre os sistemas de defesa, em ambos os casos você pode chegar mais perto sem correr tantos riscos. Já missões de defesa aérea e coleta de informações, existem situações que simplesmente velocidade é preciso porque o tempo é o fator crítico… Dito isto as principais aeronaves que vão voar até a metade do século XXI ainda são capazes de atingir e superar Mach 2.0, e ainda vão além com a capacidade de super cruzeiro. Esta última sendo indispensável para tornar prático a… Read more »

Nilton L Junior

Uma curiosidade essesn dados são coletados de radar ou de algum sistema da aeronaves

Maurício.

Acho que no Vietnã essa questão do vôo supersônico não importava muito, o Vietnã só tinha velharia como mig-17 e 19, e alguns mig-21. Aliás quando alguma dessas velharias abatia algum poderoso F-4 a culpa sempre caia(e ainda cai )na tal regra de engajamento dos americanos na época, essa é a maior desculpa pelo sufoco que o F-4 passou perante as sucatas soviéticas. Hoje o pessoal culpa a falta de vitória ar-ar dos mig-29 pelo fato de não serem pilotos por russos, não terem suporte aéreo tipo AEW, não terem mísseis bvr e por aí vai, cada lado tem suas… Read more »

Clésio Luiz

Não é simples assim Maurício. Os norte-vietnamitas, com total apoio dos soviéticos, implementaram um sistema de defesa aérea fenomenal, tanto em termos AAA e SAMs, quanto de radares. Os MiGs, por exemplo, para contrapor os poderosos radares dos caças americanos, eram guiados por terra e voavam a baixa altitude sobre a copa das árvores, negando qualquer vantagem no combate BVR dos americanos. Quando as formações de atacantes passavam, eles subiam e faziam um passe apenas. Se derrubassem um inimigo, ótimo, se não, o ataque era desfeito porque os caças soltavam as bombas antes dos alvos para se defenderem. Nas poucas… Read more »

Maurício.

Clésio, o que eu quis dizer é que a força aérea norte vietnamita procurava não bater de frente como você mesmo comentou, não exigia demais dos caças americanos a ponto de utilizarem o vôo supersônico a todo momento, até porque suas aeronaves eram claramente inferiores.

Antoniokings

Apesar da pouca quantidade de aviões modernos, o Vietnã conseguiu produzir diversos ases da aviação abatendo mais aviões americanos do que perdendo suas aeronaves.
Feito assombroso para um pequeno e pobre país.
Demonstra, ainda, a qualidade e eficiência das armas da então União Soviética.

Maurício.

Antoniokings, os pilotos norte vietnamitas eram corajosos e como você mesmo falou, produziu alguns ases, o que eu quis dizer é que hoje em dia os prós americanos culpam as tais regras de engajamentos dos americanos na época pelas derrotas. Da mesma forma que os pró russos dão desculpas pelas derrotas do mig-29, dizem que eram aeronaves de exportação (inferior), dizem que não eram pilotadas por pilotos russos, não tinha o apoio aéreo que americanos/Otan tinham como aeronaves AEW e por aí vai. De certa forma, ambos os lados estão certos em alguns pontos nessas desculpas, mas no final das… Read more »

HMS TIRELESS

Mais do mesmo né Xings!? Como de costume nada do que você diz condiz com a realidade senão vejamos: – Os Norte-americanos perderam em combates aéreos 79 aeronaves. Enquanto isso os Phantom derrubaram 105 Migs, seguidos pelos F-105 (25) e os F-8 Crusaders (19). O grosso das aeronaves norte-americanas foi perdida para a AAA. – Os pilotos norte-americanos foram prejudicados por regras de engajamento muito restritivas e também por um treinamento deficiente e por outro lado os norte-vietnamitas usavam a tática do “Hit and run”. Nas poucas oportunidades em que puderam lutar livremente, como foi o caso da operação “Bolo”,… Read more »

balbino

Esse tal de HMS deveria ser sumariamente banido desse blog. Que verme insolente, só sabe argumentar desrespeitando os outros. Sem falar do fato de ser um paga pau doente dos EUA. kkkkk…Vc é patético cara. Afinal, qual a sua idade ô moleque? Não deve ter mais do que 16 anos

HMS TIRELESS

Meu caro Balbino eu trago fatos! Já você…..

Marcos Cooper

O HMS esta correto. As tais regras de engajamento prejudicaram muito os pilotos de caça,pois não podiam usar uma de suas maiores vantagens:o míssil BVR,porque simplesmente era imposto a confirmação visual do alvo! O F-4B/C e D não possuíam canhão interno,então,de repente se viam engajados num dogfitgh armados com mísseis! Não podia dar certo. Ao entrar na arena de combate dos mais manobráveis caças da VPAF,os caças americanos viravam alvo fácil,especialmente para os MiG-17,muito manobráveis. O único caça americano da velha escola,armado com canhões,em ação no Sudeste Asiático era o F-8 Crusader da US Navy. Áh,mas o Phantom podia levar… Read more »

Roberto F. Santana

Vou indicar a seguir um filme muito bom, as cenas em 00:18, 11:35, 20:38 são incríveis.
Tem certa relação com a matéria, vale a pena assistir todo o filme, está repleto de cenas interessantes.

fabio jeffer

Maurício
Os próprios americanos admitiram que o Mig-21 era superior ao F-4 em um combate corpo a corpo. E aliás o Mig-21 não era nenhuma velharia na época. E foi dessas experiências no Vietnã que os americanos desenvolveram aeronaves que tinham uma melhor eficiência nos combates a curta distância. O F-16 é um exemplo.

Maurício.

Fábio, essa matéria do Roberto Santana na verdade é uma resposta dele ao comentarista JT8D quando esse disse que o Gripen poderia atingir mach 2+. Nessa matéria o Roberto mostra que a velocidade supersônica não faz tanta diferença, pelo menos no TO do Vietnã, foi isso que eu entendi, se eu entendi errado que o Roberto Santana me corrija, o foco não é o dogfight. No caso, eu citei que as velharias eram os mig-17 e 19, o mig-21 e citei que tinham alguns, e mesmo o Mig-21 não sendo velharia, na época o F-4 era o caça a ser… Read more »

Maurício.

Obrigado pela resposta Roberto, eu também concordo com você que a persistência em combate é fundamental para qualquer caça, embora não seja um tema muito debatido, como você mesmo comentou.

HMS TIRELESS

A história de que “os americanos admitiram que o Mig-21 era superior ao F-4 em um dogfight” é mais uma daquelas lendas urbanas que os russófilos espalham ad infinitum et extra! O que os norte-americanos admitem e não fazem questão alguma de esconder é que foram para a Guerra do Vietnã com treinamento deficiente e com regras de engajamento muito rígidas. Na verdade, comparando os dois vetores cada um possuía suas vantagens e desvantagens. A Mach 0.5 o Mig tinha taxas de giro instantâneo e sustentado melhores que o Phantom mas, caso aumentasse a velocidade para Mach 0.9 a vantagem… Read more »

Marcos Cooper

Ainda sobre o desempenho,o F-105 foi projetado para ataque nuclear à velocidades supersônicas,numa única passagem. Mas no Vietnã,seus ataques era realizados a velocidades entre 880km/h a no máximo 970km/h. Tudo isso pode ter relação com o alvo a ser atingido,lembre-se,estavam sendo empregados em missões táticas com bombas de queda-livre convencionais,procurando o alvo no meio da floresta,não atacando alvos estratégicos bem conhecidos na Europa.
Curiosamente,o Thud era equipado com um canhão Vulcan,o que veio a cair bem no estranho teatro de operações do Vietnã,pois com ele,conseguiu abater 25 MiG’s!

Eduardo

As bombas pareciam cair propositalmente sem qualquer equilíbrio aerodinamico.

Pareciam sacos largados de QQ jeito

Tadeu Mendes

Top Gun foi criado justmente para treinar os pilotos da US Navy, a aprender a esqueçida arte do dogfighting.

As lições da guerra do Vietnam foram duras, mas essa experiência transfomou as fôrças armadas americanas na mais formid vela fôrça militar profissional do planeta.

HMS TIRELESS

Verdade!

sergio ribamar ferreira

Sr Paulo e Sr. Roberto Santana. Excelentes matérias para complementar o assunto proposto no site. Desempenho e alto poder de fogo, muito bom. Parabéns. O Vietnã do norte possuía uma boa AAA com mísseis SAM. sua superioridade aérea , porém era limitada. A guerra se prolongou e foi o desgaste enfrentados pelos americanos que o fizeram desistir. Lógico que a sociedade americana e a mídia contribuíram para a retirada das tropas em 73?74. O Vietnã já foi Há mil anos uma província chinesa e adquiriram independência desta. depois dos americanos. Os vietnamitas combateram e saíram vitoriosos contra o KMER vermelho.… Read more »

Hawke

Eu tenho um livro que fala sobre todo projeto do F-111 que era para ser um avião revolucionário, mas não para o campo de batalha do Vietnã, foi o que dar colocar um caça que não passou em todos os testes já direto em combate e de certa forma lembra muito o F-35, muitas novas tecnologias e muitos problemas. Porém o F-16 passou um monte de problemas também (o que quase nunca é comentado) e mesmo assim se tornou o “Novo Mustang” da USAF.

HMS TIRELESS

Bem colocado! Os primeiros anos do F-16 foram marcados por uma alta taxa de acidentes fatais decorrentes do stall de compressor do motor F-100 ( era uma versão diferente do empregado pelo F-15) e fadiga nas asas.

Marcos Cooper

O maior erro do F-111 foi esperarem muito dele como caça. Ao tentarem combinar muitas funções diferentes nele,como intercptador,bombardeiro e caça de defesa da frota embarcado,somado ao crescente aumento de peso,isso praticamente inviabilizou sua versão naval e consequentemente a ideia de um caça comum. Seus problemas no Vietnã iam desde o software de controle das asas passando por dificuldades na alimentação de ar dos motores,acusadas pelo projeto dos difusores cônicos de geometria variável e o próprio tamanho das tomadas de ar,que em situações adversas,causavam o apagamento dos turbofans TF-30. Esses também contribuíram para o insucesso inicial.

Augusto L

Hoje com supercruise, há sim muita possibilidade de haver combate supersônicos.
Essa materia é muito boa para entender o que se passou no Vietnã, mas n que dizer que hoje é assim, as coisas evoluem.
Caças como o Rafale e Typhoon so tem suas melhores performances, nas quais eles tem as melhores do mundo(fato), em regime supersônicos. E se utilizam do supercruise para viabilizar essas características em combate real.
O próprio B-1 no início da sua operação era um bombardeiro de baixa penetração supersônico, voando supercruise há Mach 1.2.

Mauro Oliveira

Dogfights Supersonicos? Só na primeira passagem, frente a frente, que pode ser a última. Nas próximas duas curvas já deixou de estar supersonico há muito tempo

Hermes

Eu vejo o supercruise hoje não como forma de combater, mas como forma de manter a persistência em combate. A pós-combustão bebe muito e quando o piloto “chega lá” tem tempo e combustível contados caso tenha acelerado supersônico para o combate. Já com o supercruise, que gasta bem menos ele pode patrulhar, escoltar ou combater por bem mais tempo em velocidades mais baixas, mesmo tendo chegado rápido a área de operações. E sobre a persistência, o REVO ajuda bastante, vide os argentinos nas Falklands, que por não terem sondas em seus aviões tinham só cinco minutos sobre as ilhas, dando… Read more »

carvalho2008

Excelente materia…. É muito bom levar debates para a materialidade das estatisticas da vida real…..elas teimam e teimam a desafiar o senso comum e ate de projetistas….quanto mais nós entusiastas…. O Combate Supersonico parece que tem na realidade um papel menor que o imaginado, embora a continua automatização e miniaturização das coisas implementem mudanças e variações nisto… A interceptação Supersonica é fundamental, mas sempre foi um dilema o gasto e limitação de alcance sempre que utilizada. Daí, veio o conceito supercruise…o qual a velocidade ultrapassa o transonico se uso da pós combustão, aumentando em muito a autonomia relativa da missão.… Read more »

Antunes 1980

Infelizmente foram abatidos aos montes pelos SAM´s russos.

carvalho2008

Mestre Ribamar, Assista a este documentario Netflix do Vietnã que é realmente muito bom….ele vai explicar o contexto….no final voce fica é com dó dos caras….e isto explica o proque das regras de engajamento Americanas,,,,eles tinham de fato um sentimento contraditorio aos Norte Vietnamitas….foi um inimigo que o destino empurrou em suas mãos…o Vietnã (antiga Indochina) naquele momento, era um povo que ja lutava a 50 anos pela sua independencia, ora jugo Frances, ora Japones (WWII), depois Frances novamente….e os caras já estavam na “M” a tempos….a França não admitia apoio Americano a causa da Indochina, era um constrangimento aos… Read more »

Delfim

O problema era que os americanos consideravam o dogfight como superado. Seus F-4, inicialmente, não possuíam canhões, apenas mísseis, que ainda estavam em fase inicial de desenvolvimento. Os Sparrow, embora tivessem capacidade BVR, só podiam ser disparados com identificação visual.
Então um caça como o MiG-17, de 1G, sem radar, mísseis e subsônico, mas altamente manobrável e com 1 canhão de 37mm e dois de 23mm, podia surpreender caças americanos que estivessem em baixa altitude e velocidade, sem canhões e sem treinamento no “superado” dogfight.

Delfim

Mesmo na Guerra do Yom Kippur, boa parte dos abates foi com tiro-canhão. Os mísseis só se tornaram realmente confiáveis na década de 1980.

Maurício.

Delfim, e pensar que a Coreia do Norte ainda possui as versões chinesas do mig-17 e 19, se bem que hoje em dia é quase impossível um caça desses abater um caça mais moderno, só se o piloto for muito bom e tiver muita sorte e olhe lá.
Já o mig-21 assim como o F-5 ainda representa um certo perigo, se o mesmo for modernizado.