Saab Gripen E

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Após ajustes no Acordo, Termo Aditivo incorpora 13 novos projetos voltados à transferência de tecnologia e à cooperação industrial na área de defesa

A Força Aérea Brasileira (FAB) e a empresa sueca SAAB firmaram um Termo Aditivo ao Acordo de Compensação “Offset” do projeto F-X2 (Gripen NG) durante uma cerimônia presidida pelo chefe da 6ª subchefia do Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER), Major Brigadeiro do Ar Sérgio Roberto de Almeida, nesta sexta-feira (24/08), em Brasília (DF).

O documento foi assinado pelo vice-diretor do Projeto Gripen Brasil, Göran Almquist, e pelo Presidente da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC), Brigadeiro do Ar Marcio Bruno Bonotto que, na ocasião, representou o Comando da Aeronáutica.

Com a assinatura desse primeiro aditivo, 13 projetos passaram por ajustes. As alterações foram necessárias para adequá-los ao contexto tecnológico vigente e de maneira a atender às atuais demandas da FAB.

Os projetos formalmente incluídos nesta etapa são relacionados a iniciativas de transferência de tecnologia e cooperação industrial, com foco em investimentos em áreas estratégicas voltadas ao desenvolvimento de caças de 5ª geração, com a participação de pesquisadores militares e civis brasileiros em cursos de pós-graduação na área aeronáutica na Suécia, desenvolvimento de sistemas de comunicação (Link BR2), integração de armamentos e montagem de componentes estruturais da fuselagem da aeronave Gripen NG.

Ao todo, agora, mais de 60 projetos integram o Acordo de Compensação comercial (resultante da aquisição de 36 aeronaves de combate – Gripen NG – da fabricante sueca em 2014) que totaliza mais de US$ 9 bilhões em créditos de offset.

Além do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), do Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI), do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), do Instituto de Estudos Avançados (IEAv), do Instituto de Aplicações Operacionais (IAOP) e do Instituto de Pesquisa e Ensaios em Voo (IPEV) – integrantes do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) – a Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) e as empresas Atmos, AEL, Mectron Communications, Atech, Akaer e SAM são diretamente beneficiadas.

Representantes de todas as instituições beneficiárias pelo projeto F-X2 participaram da assinatura do Termo Aditivo ao Acordo de Compensação “Offset” no auditório da COPAC. Segundo o presidente da comissão responsável por projetos de desenvolvimento, aquisição e modernização de equipamentos militares, a previsão é de que os processos de transferência de tecnologia e cooperação industrial – que tiveram início em 2015 – sejam concluídos até 2026.

“A expectativa é a melhor possível. Até o momento, tudo o que foi prometido está sendo cumprido e funcionando conforme o programado. As iniciativas de transferência de tecnologia estão quase 50% concluídas. Isso demonstra a confiança que a FAB e a SAAB depositam uma na outra. E tudo indica que será uma parceria de sucesso”, concluiu o Brigadeiro Bonotto ao destacar a importância da conclusão desta etapa do projeto.

Gripen NG

O caça sueco de múltiplo emprego Gripen NG é um modelo supersônico monomotor projetado para missões ar-ar, ar-mar e ar-solo. A versão brasileira, desenvolvida em parceria com empresas locais, contará com modernos sistemas embarcados, radar de última geração e capacidade para empregar armamentos de fabricação nacional.

Em termos estratégicos, a aquisição do caça representa a possibilidade de entrada do Brasil como parceiro em um programa de alta tecnologia que promoverá reflexos em toda a indústria de defesa nacional.

FONTE: Força Aérea Brasileira

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filipe

eu sempre sonhei com a 5ª geração

Clésio Luiz

Enquanto isso, na Índia, a Boeing ainda não começou a cumprir os acordos de Offset da venda do P-8i, anos depois da aeronave entrar em operação.

Wellington Góes

Modo Irônico ON

Não diga isto, a Boeing sempre cumpre com o que promete, exemplo será a manutenção do desenvolvimento tecnológico da Embraer.

Modo Irônico OFF

MGNVS

A cada dia que passa a opçao pelo GRIPEN patece ter sido a mais acertada. Essa parceria tende a render muitos frutos para Brasil, pelo fato da Suécia se tratar de um país não-alinhado como uma tendencia geopolitica e estrategica independente.

Ricardo Bigliazzi

O avião esta repleto de componentes ingleses e americanos, dessa forma a comercialização da aeronave esta alinhada com a geopolitica e estratégia de paises como EUA, Inglaterra, Israel, etc.

Segue o jogo. Acredito que era o avião com o custo operacional mais barato de se operar, por isso a escolha foi lógica e acertada. Temos sim uma bela Ave nas mãos

MGNVS

Ricardo
A aeronave tem sim componentes americanos e ingleses e o Brasil tbm usa mto material israelense, mas independente disso, a Suécia sempre se destacou por ser um país neutro desde a Guerra Fria.
E sim, temos um belo caça na mão.

Alexandre Fontoura

Só que 95% dos aviões da FAB, incluindo os fabricados no Brasil, têm componentes ingleses e americanos. A pergunta é: e daí? No F-X2, havia 67% de chances de o avião escolhido entre os finalistas ter motor americano (aliás, versões do mesmo motor) e 33% de chance de o caça ter motor francês. Em que isso nos afeta?

JonasN

Como são contabilizados esse U$ 9 bi em crédito de offset? Sendo que o valor total do programa é quase a metade disso. Seria o valor que seria cobrado caso o Brasil fosse “comprar” esses 60 projetos de forma independente?

Luiz Konfidera

Jonas, eu acho que seria mais ou menos isso. Mas antes que comece a choradeira (isso não é uma indireta para você Jonas) dizendo que não vale, que o valor está inflado, lembra-se: Quantos anos de pesquisa são necessários para desenvolver a tecnologia que está sendo transferida no offset? Quanto custou o desenvolvimento total dessa tecnologia? Adicione na conta o custo para formar os engenheiros que desenvolveram essa tecnologia, o quanto foi gasto desde os anos iniciais do ensino básico até a graduação, mestrado e doutorado (escolar, universidades, professores, etc.) Comprar a tecnologia para ser transferida é bem caro, porém… Read more »

FighterBR

Caça de 5° geração? Será que o Brasil vai participar daquele caça que Suécia e Inglaterra estão estudando?

Luiz Antonio

Na minha interpretação de o Brasil participaria ou não é difícil precisar pois os fatores são inúmeros, porém o conhecimento adquirido em tecnologia para projetos, processos de manufatura e gestão de tudo isso elevarão nossos profissionais e empresas a um patamar tecnológico de altíssimo nível, nos credenciando a desenvolver em conjunto ou de forma independente qualquer projeto. As limitações seriam apenas financeiras o que também atinge outros países. Os únicos que bancam tudo sozinhos são EUA e Rússia. Até a China recorre a recursos externos, neste caso Rússia como fonte de “hardwares” para cópias.

Saldanha da Gama

Sei que há cronograma, falta de recursos, mas pelo andar das coisas aqui na região, seria bom que tivéssemos para 2019 pelo menos uns 2 gripen e 2020 mais 4. Quem sabe uma injeção de recursos para aumentar a linha de produção. ” Cautela e caldo de galinha, não fazem mal a ninguém”

Rommelqe

Gostaria de ler o documento assinado. Alguem poderia indicar onde encontra-lo ? Abs

Antonio Palhares

Excelente. Melhor para o país. Do que ter comprado qualquer avião de prateleira dos Estados Unidos.

Willber Rodrigues

“Os projetos formalmente incluídos nesta etapa são relacionados a iniciativas de transferência de tecnologia e cooperação industrial, com foco em investimentos em áreas estratégicas voltadas ao desenvolvimento de caças de 5ª geração“
Isso saltou aos meus olhos. Alguém poderia me dizer o que poderia ser isso? Algo a ver com aquela colaboração entre a SAAB e o Reino Unido sobre o Tempest?
Aproveitando: quais seriam esses 13 projetos que passaram por ajustes?

Rinaldo Nery

Não tem como saber sem ler o contrato. Aos que postaram sobre o valor do offset, esses valores são meio subjetivos, e variam de acordo com o tipo de tecnologia a ser transferida. É um tema complexo, e pouca gente no Brasil e na FAB domina.

Washington Menezes

Caramba, os f35 devem ter sido projetados em seis meses e entregues com menos de um ano para não tornarem-se obsoletos, ainda bem que conseguiram, foi rápido.

Marcos

Não compramos 36 aviões, compramos um projeto e participamos integralmente do seu desenvolvimento. E não são bacharéis que são enviados. São engenheiros capacitados, doutores, mestres, especialistas.

Não tem como comparar aviões do século XXI com os aviões do século XX

Seu comentário é totalmente ignorante

Guilherme santos

Ótimo projeto com uma pespectiva boa.
A experiencia que a FAB e os engenheiros podem ganhar com essa transferência de tecnologia é gigantesca e pode favorecer o país.
Infelizmente a Embraer já nem é mais brasileira e talvez daqui alguns anos já vai estar fechada.
Porém ainda há esperança.
Só resta rezar pra nenhum gringo venha sabotar nossos projetos nacionais.

André Lourenço

Concordo que foi a melhor opção, mas demos sorte !, a presidente Dilma estava quase fechando com o F18, por sorte surgiu aquela suspeita de grampo em Brasília dos EUA.

O Gripen E ainda é um caça em desenvolvimento, vai estar sendo atualizado por décadas, melhor ainda, baixo custo de manutenção e operação, é claro que tem um custo para se adquirir essa tecnologia, com certeza daqui alguns anos esse investimento vai valer a pena.

fabio jeffer

Mecatrônica Comunicativos?
Que empresa é essa
É o que sobrou da antiga Mectron?

fabio jeffer

Digo Mectron Comunications

Marcelo Zhanshi

Acho que ele deve ter comentado no site errado. Ele deve estar confundindo avião com celulares da Apple e da Samsung, que todo ano fica obsoleto com o lançamento de um novo.

Delfim

Mas que o ciclo de obsolescência está mais rápido é fato.

Tomcat4.0

Eba eba ebaaaaaaaaaa!!!
Olha o Brasil entrando no projeto Saab JS-2020.

Cinturão de Orion

Acho que acertaste “na mosca”, Tomcat.

Diogo araujo

nossa que notícia boa. Alguém tem notícias do A-darter? ngm falou mais nada por aqui. E aquele míssil antinavio que estava já em fase de testes? já cansei de ver o atlântico desfilando eu quero mísseis rs

nonato

É só matéria está confusa. Acho que estão confundindo transferência de tecnologia com offset. Transferência de tecnologia faz parte do pacote de aquisição. Tipo do total de cinco Bilhões de Dólares, digamos 3 bilhões para aquisição do Caça, 1 bilhão de transferência de tecnologia um bilhão é para treinamento manutenção etc. Offset é outra coisa. Offset seria uma aquisição que a Suécia Faria aquisição ou investimento no Brasil para compensar os gastos de 5 bilhões que o Brasil terá. O valor do offset é estipulado em contrato geralmente acima do valor de aquisição do produto inicial (gripen) Eu sou certo… Read more »

vinicius dc

Na minha opinião , 36 caça para atual realidade brasileira está ótimo. Muitos não sabem , mas manter e operar 36 caças requer muito recurso financeiro. Não estamos em guerra , a região não tem países com ameaças e sim boa integração. Existem outras áreas que são mais importantes que ter vários caças, o Brasil é carente de certas tecnologias . Quem acompanha as noticias sobre novas tecnologias de guerras sabem que as pesquisas estão voltadas para armas de longo alcance. Eu faço uma pergunta as vocês, adianta ter vários caças e não ter radares, míssil de longo alcance, comunicação… Read more »

vinicius dc

Só espero que os engenheiros envolvidos nessa integração nao meta o pé do Brasil para ir trabalhar em outros países. rsrs

Rinaldo Nery

Nós temos radares, comunicação via satélite (SGDC) e o pod Skyshield.

Tadeu Mendes

Senhores,

Minhas duvidas:

1 Toda essa mão de obr sendo qualificada somente para a produção de 36 caças?

2 A FAB irá adquirir mais Gripens posteriormente?

3 Haverá um GripenBR, mas totalmente projetado no Brasil e sem o DNA do. Gripen binacional?

Rinaldo Nery

Um programa de transferência de tecnologia não é restrito ao objeto do contrato (aquisição e fabricação de aeronaves). Ele pode ser aplicado em QUALQUER área, até na medicina. O offset visa o Brasil, não a FAB.
A aquisição de novos lotes está planejada desde o início do projeto, mas, sujeita aos humores da nossa economia. A versão biplace (F) será totalmente desenvolvida aqui, mas o avião sempre terá o DNA do projetista original (sueco).

Filipe Prestes

Me saltous aos olhos o trecho que diz que o Brasil participará de projeto de 5ta geração. Tomara mesmo q isso se concretize !

Paulo Maffi

Seria uma tremenda sacanagem adquirir somente 36 caças, não somente com a FAB, mas com a indústria nacional, bem como com os setores de ciência e tecnologia também! Outra parceria, nesses moldes, para o futuro, será ainda mais raro…

Tadeu Mendes

Rinaldo Nery

Obrigado pelos esclarecimentos. Presumo que os Gripens F serão usados primordialmente para o treinamento de pilotos, concomitante a eventual missões de combate aéreo ou ataquele ao solo ccorreto? Sendo assim, qual seria a proporção de aeronaves monoposto produzidas , em relação as demais aeronaves biposto à serem incorporadas na frota?

Obrigado.
Saudações.

LEONEL TESTA

O Brasil precisa de no minimo um segundo lote de Gripens pelo menos mais uns 24 caças

Carlos Alberto Soares

Índia x Boeing

Fonte ?

+——————+-++————-

Pergunto:

A FAB é quem determina as áreas em que o Off Set
será aplicado ?

Alexandre Fontoura

Senhores,
Este artigo esclarece a maioria das dúvidas sobre o Programa do Gripen NG, dos off-seus e do programa de transferência de tecnologia:
https://www.dropbox.com/s/jg6bi291sopuzux/Mat%C3%A9ria%20Gripen%20NG.pdf?dl=0

Alexandre Fontoura

Off-sets*