Segundo general, FARC teriam mísseis superfície-ar

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vinheta-clipping-aereoAs Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farcs) teriam adquirido misseis terra-ar capazes de derrubar aviões, segundo o general John Kelley, chefe do Comando Sul dos Estados Unidos (EUA).

A informação foi divulgada em estudo apresentado pelo general nesta terça-feira (2), ao Congresso norte-americano. O exército colombiano confirmou hoje ter conhecimento da existência do armamento.

Embora não tenha tido acesso ao documento dos EUA, o general Alejandro Navas, comandante das Forças Armadas da Colômbia, disse que ano passado, o exército colombiano encontrou pedaços dos misseis.

“Não sabemos aonde e nem de quem os misseis foram adquiridos, mas é certo que passaram por muitas mãos. São armas da Segunda Guerra Mundial (sic) e foram usados no Afeganistão”, acrescentou Navas, em entrevista ao jornal colombiano El Tiempo.

Segundo o general, os misseis não podem ser subestimados. “É preciso estar em alerta, mas sabemos que este armamento nunca foi usado pelas Farcs”, declarou.

O ministro da Defesa do país, Juan Carlos Pinzón, falou sobre os misseis, em tom diferente, desqualificando o potencial do arsenal. “Nossa inteligência encontrou este tipo de material bélico inútil, que já está destruído”, afirmou na manhã de hoje. O estudo apresentado nos Estados Unidos afirma que os misseis teriam sido adquiridos pelas Farcs na tentativa de “equilibrar” o conflito, porque o exército colombiano tem levado vantagem aérea nos combates.

“Os bilhões de dólares que as Farcs arrecadam com o tráfico de drogas permite a compra deste tipo de misseis e financiar a construção de submarinos para o transporte da cocaína”, disse John Kelley durante a audiência.

Quanto ao processo de paz entre as Farcs e o governo colombiano, o general americano mostrou ceticismo. “O conflito interno está longe de terminar e um acordo na mesa de negociação não está garantido”, opinou Kelley.

FONTE: Agência Brasil

NOTA DO EDITOR: por algum motivo que desconhecemos o link acima (que segue para uma agência oficial brasileira de informação) deixou de funcionar por algum tempo, pelo que reestabelecemos com outro link para a mesma agência.

Já o fato do general colombiano dizer que são armas da Segunda Guerra Mundial é um outro mistério. Uma suposição é que ele tenha se referido a mísseis num determinado momento e depois tenha se referido a outras armas com origem naquele conflito de 70 anos atrás.

Na entrevista original ao jornal colombiano El Tiempo (clique aqui para acessar) de fato é feita a menção a serem armas da Segunda Guerra Mundial, como está na versão que saiu na Agência Brasil. Porém, a reportagem colombiana cita especificamente o sistema “Sam-7”, provavelmente numa referência ao código SA-7 “Grail” da OTAN para o 9K32 “Strela-2” que entrou em operação na União Soviética no final da década de 1960. Na imagem abaixo (foto do Depto de Defesa dos EUA, via wikimedia), um SA-7 sendo demonstrado por um soldado soviético.

Sa-7 - foto Depto de Defesa dos EUA via wikimedia

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Diegolatm

Aproveitando a matéria e vendo a foto acima do ST que caiu, alguem sabe quais as contra medidas eletrônicas que o ST possui? Flares?

Galeão Cumbica

Se não me engano isso(misseis Superficie-Ar) foi levantando pelos leitores anteriormente quando caiu este ST.

GC

aldoghisolfi

Essa matéria foi discutida tempos atrás e, se bem me lembro, mantenho a opinião no sentido de que um míssil não causaria esse tipo de destroços que, ao que tudo indica está mais para pane seca do que para impacto de qualquer míssil. Acho que a força do explosivo, pela altitude onde seguramente ocorreu o impacto, esparramaria restos do avião por uma imensa área e não apresentaria superfícies tão grandes e poupadas. Além disso, o impacto com o solo destroçaria o que eventualmente sobrasse. A impressão que tenho é que o piloto teve pane seca ou falha mecânica no motor… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

Senhores, para ler as discussões de tempos atrás, basta clicar nos links ao final da matéria e ler os comentários. Há também matérias no Forte.

Gilberto Rezende

Esta matéria está mais para jogada inicial americana para PLANTAR uma ideia que mais tarde será desenvolvida no rumo ÓBVIO deste blá blá blá.

Denunciar o fornecimento de mísseis IGLA-S venezuelanos para as FARC.

Esse mais tarde DEVE ser daqui a algumas semanas. mais próximo das eleições venezuelanas…

Tá no pacote das ações made in USA pós-Chávez….