MMRCA: abriram-se as propostas, mas permaneceu o suspense

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‘As propostas comerciais para o MMRCA das duas empresas competidoras foram abertas aqui na presença de seus representantes’, disse autoridade do Ministério da Defesa da Índia

A Índia iniciou hoje, 4 de novembro, o último passo para decidir qual é a oferta de menor custo para a competição, estimada em 10,4 bilhões de dólares (veja nota do editor mais abaixo sobre a revisão, para cima, deste valor), para equipar sua Força Aérea com 126 aviões de combate multitarefa de porte médio (MMRCA), abrindo as ofertas comerciais do consórcio europeu Eurofighter e da companhia francesa Dassault Aviation.

Mas o suspense sobre o vencedor do contrato, tido como um dos maiores no contexto indiano, está longe de acabar, pois o Ministério da Defesa da Índia e a Força Aérea Indiana terão bastante trabalho nas próximas semanas para calcular quem tem a oferta de menor valor.

Conforme declaração de autoridade do Ministério da Defesa, “As propostas comerciais para o MMRCA das duas empresas competidoras foram abertas aqui na presença de seus representantes”

As propostas serão agora examinadas em detalhe para determinar o custo básico (fly-away), além dos custos do ciclo de vida, da transferência de tecnologia e das ofertas de compensações (offset) antes que o o vencedor seja conhecido.

FONTE: IANS, via Thaindian News

NOTA DO EDITOR: durante as últimas semanas, foi divulgado em vários meios a informação de que, caso as ofertas tivessem valores muito próximos, não seria anunciado um vencedor hoje. Parece que foi este o caso.

Um desses meios, o Financial Times, coloca esse prazo em até oito semanas, referindo-se a fontes do Ministério da Defesa da Índia e traz uma informação preocupante para os bolsos indianos: o contrato para a compra dos 126 caças pode ultrapassar a marca de 20 bilhões de dólares, segundo uma autoridade do Ministério, que revisou a estimativa inicial de 11 bilhões. Após todos os cálculos de custos, a proposta de menor valor seria encaminhada ao Ministério das Finanças para revisão, quando então o Governo Indiano escolheria o vencedor para iniciar negociações visando um preço final.

De qualquer forma, é bom a Índia não demorar muito, pois seu vizinho do norte (não estamos falando do Nepal…) continua anunciando novidades relacionadas a seus caças – talvez menos bombásticas, mas ainda assim importantes: uma hora depois de noticiar a abertura das ofertas do MMRCA, a mesma IANS (Indo-Asian News Service) divulgou notícia sobre o desenvolvimento, pela China, de um novo lubrificante que garantirá que os caças chineses de terceira geração possam acionar seus motores instantaneamente a temperaturas extremamente baixas. O lubrificante também permitirá que os motores dos caças permaneçam em funcionamento por mais horas em temperaturas extremamente elevadas.

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Guilherme Poggio

Mas é claro que vai passar dos 10 bi.

Escolheram os dois caças mais custosos de todo o programa.

edcreek

OLá,

Certamente hoje não sairia o resultado que deve vir em alguns dias ou semanas, mas o ultimo blefe Americano não deve ter funcionado com aconteceu por aqui com outro pais.

Continuo na torçida pora RAFALE lá e com isso as chances aumentão por aqui mesmo que seja para 2012 ou será 2013? aff………..

Abraços,

Vader

O melhor para a Índia seria cancelar esta porcaria e comprar o de prateleira o F-35 ou, pelo menos, comprar mais Su-35 e esperar o tal Su-50 um dia (?) ficar pronto. Comprar caça de 4a geração por preço de caça de 5a gen é um erro do qual a IAF pode vir a se arrepender amargamente. Principalmente se o “vencedor” vier a ser o caça francês de 35.000 euros a hora vôo, e 101 milhões de euros a peça, e que só utiliza arma que custa acima de milhão de euros… É aquela história: comprou francês, morre abraçado com… Read more »

Mauricio R.

Os chineses tb conseguiram melhorar o MTBF das turbinas de seus Flankers, de 900h p/ 1500h.