Quem disse que X-wing é ‘coisa’ de ficção científica?

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Sim, ele existiu. Mas não da forma como muitos pensam. Na década de 1980 a fabricante norte-americana de helicópteros Sikorsky, juntamente com o apoio da NASA e da DARPA (que custearam o programa), estudaram uma aeronave que pudesse decolar vertical como um helicóptero (VTOL) e voar como um avião convencional. O programa recebeu o nome Sikorsky X-Wing .

A sustentação dada pelas duas asas fixas em voo de cruzeiro era complementada pela sustentação das pás do rotor principal em forma de ‘X’ (esta é a origem do nome) que permanecia fixo neste regime.

O programa foi oficialmente encerrado em 1988.

FOTO: NASA

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Vader

Mais um da série “ô coisinha tão bonitinha do pai”… 🙂

Esse foi cancelado por “excesso de bizarrice”… 🙂

Giordani RS

Só para conhecimento, usava o trem de pouso do F-5…

joseboscojr

O “X wing” e seu irmão “canard rotor/wing” usado no X-50 Dragonfly, que usa um rotor com 2 pás ao invés de 4 é um conceito interessante para um “convertiplano”.
Além desse conceito de “rotor parado que vira asa fixa”, existem 3 conceitos possíveis, que são o “tilt rotor”, usado por exemplo no V-22, o rotor escamoteável usado no KA-90 (maquete) e o “disk rotor”, que está muito em voga hoje em dia.

joseboscojr

A grande vantagem do “convertiplano” em relação ao “helicóptero composto” é que o primeiro pode usar motores a jato e atingir até velocidade supersônica quando no modo “asa fixa”.
Já os “helicópteros compostos”, por manterem o rotor girando durante todas as fases do vôo, se limitam a usarem apenas propulsores à hélice e têm uma velocidade que em geral é de no máximo o dobro da velocidade de um helicóptero convencional.

Vinicius Donadio

caraca q ”massa”, visual diferente rs

Leonardo

Os caros colegas me corrijam se eu estiver errado, mas os rotores de todos os helicópteros diferentemente das aeronaves de asas fixas, possuem perfil simétrico, ou seja, para serem efetivos precisam alterar o ângulo de forma a criar sustentação, então as pás deste modelo especificamente devem possuir perfil assimétrico como os aerofólios convencionais das aeronaves de asa fixas?

joseboscojr

Leonardo, Quando o rotor “pára” há uma alteração do perfil das pás que estão de um lado, alteração essa induzida mecanicamente, que faz com que produzam a sustentação necessária. É isso que permite que ele tenha sustentação simétrica quando em vôo de cruzeiro e com as pás paradas. Como você sabe num helicóptero convencional mesmo as pás que recuam produzem sustentação, só que em menor quantidade, daí ser preciso alterar o ângulo conforme você disse para que a aeronave não “tombe”. Num helicóptero que “pára” o rotor, as pás de um lado não produzem sustentação, a menos que tenham seu… Read more »

Giordani RS

Interessante que nenhuma empresa se interessa por criar uma máquina voadora que utilize o efeito conda…

O jeito seria “guardar” o rotor em voo…mas isso só adicionaria peso a nave.

Eu lembro de uma proposta da “Northrup” para um bombardeiro que “guardaria” as asas em voo, deixando a sustentação da nave pelo conceito de Sustentação por ondas de choque”.

No seriado Águia de Fogo e no Trovão Azul havia aquela absurdo dos aparelhos usarem o “turbo”…620mph!!!!! teve um episódio que o turbo deu defeito e o heli foi parar na estratosfera!!!! Ah!

Mauricio R.

Cadê o X-2??? Esse sim, poode ser realmente chamado de “X-wing”.

Leonardo

Bosco,

Valeu pelo esclarecimento, me recordo que teve um filme do Arnold Schwarzenegger por volta de 2000/2001 – O Sexto Dia, que fala a respeito de clonagem em um futuro próximo, e no filme ele é piloto helicópteros piloto uma aeronave que para o rotor principal e se converte em uma aeronave de asa fixa e ele atinge velocidade do som ou algo próximo a isso, é interessante.

Um abraço.