Segundo o site Arabian Aereospace, a recente participação de Typhoons da RAF no Exercício Air Khanjar nos Emirados Árabes Unidos (EAU) foi vista, em alguns círculos, como evidência de uma campanha crescente para vender a aeronave aos EAU.

A oportunidade estaria sendo criada pelo afrouxamento do compromisso dos Emirados em comprar o caça francês Rafale.

Os Typhoons, provenientes de vários esquadrões da RAF (Força Aérea Real Britânica) foram voados por pessoal do Esquadrão 11, que voaram para a Base de Al Dhafra, nos Emirados, após participarem do Exercício Indra Danush, na Índia. 

O exercício indiano, com três semanas de duração, forçou os Typhoons a operarem sob temperaturas de 35 graus e umidade de 100%. Já o exercício nos EAU, com duração de dez dias, colocou à prova a capacidade da aeronave em operar em clima árido e desértico, em missões de dificuldade crescente ao longo das surtidas. Segundo o site, a disponibilidade do Typhoon no exercício aproximou-se de 100%.

Os caças foram apoiados por uma aeronave E3-D Sentry, de controle aéreo, proveniente do Esquadrão 8 da RAF. O objetivo das missões em conjunto com os caças F-16 Block 60 e Mirage 2000-9 dos EAU foram cooperativos, de estabelecer padrões de procedimentos operativos (standard operating procedures – SOPs), embora se aproveitasse a oportunidade para realizar missões de combate dissimilar.

Também aproveitou-se a chance de levar o comandante da base de Al Dhafra, coronel Mubarak, para voar no Typhoon, assim como para reforçar a cooperação bilateral entre o Reino Unido e os Emirados Árabes Unidos: foi realizada uma passagem de uma formação do Sentry com quatro Typhoons (acompanhados de 16 aeronaves dos EAU), durante a visita da Rainha a Abu Dhabi, o que foi entendido como uma demonstração pública da cooperação da RAF com sua contraparte dos Emirados.  

 

FONTE: Arabian Aerospace (tradução, adaptação e edição: Poder Aéreo)

FOTOS: RAF

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Mauricio R.

Qnto mais concorrência, melhor p/ os outros, nunca p/ o Rafale.

Vader

Uma aeronave fantástica o Typhoon. Uma pena que seja tão caro, quase tão caro quanto o nosso conhecido “campeão de vendas” Rafale.

Lobo

Lá vaí o Typhoon melar mais uma venda da Jaca. A Vigança do EAP.
Agora vamos falar a verdade lindos para os anos 80/90 , já para 2010/20 bem passadinhos,não?

Almeida

Lobo, bem passadinhos e bem caros!

E pior que isso, estão com seu desenvolvimento lento e atrasado, sem um roadmap sólido como de outros vetores, especialmente os norteamericanos. O ciclo de vida desses caças, sem uma grande venda externa, será BEM curto.

DrCockroach

Acho pouco provavel o Typhoon nos EAU. O Rafale e o SH tem mais chances, alem da historica parceria, tb porque ofereceriam um razoavel pacote de off-sets que os EAU agora exigem. Enquanto o Brasil se desindustrializa os EAU desenvolvem as zonas livres de impostos, inclusive um emergente centro-aeroespacial.

Agora, se avaliacao fosse principalmente tecnica, os EAU irao esperar mais ateh irem de F-35, o que eh possivel mesmo com a venda p/ Israel.

[]s!

Nick

Caro Lobo,

Na minha visão, problema dos Eurocanards, foi o surgimento poucos anos depois, do F-22, que tornou obsoletos esses caças muito antes do previsto. Agora a Europa é obrigada a manter esses caças caros e conceitualmente defesados. E o mundo migrando para os caças de 5ª geração.

[]’s

Nick

Corrigindo,

defesados = defasados

[]’s

Ivan

Os Emirados Árabes Unidos tem uma força aérea bastante equilibrada e muito poderosa, combinando 80 (oitenta) F-16 E/F Desert Falcon com mais de 60 (sessenta) Mirage 2000-9, ambos modelos com modificações exclusivas para atender as necessidades locais e ambos relativamente novos. Os Desert Falcon, em que pese excelentes caçadores, seriam mais indicados para missões ar-terra ou ar-mar, em face dos aviônicos mais modernos, como o radar AESA APG-80 e o sistema Northrop Grumman SITF AN/ASQ-28 que incorpora um FLIR multifuncional avançado e um sistema designador laser no nariz do F-16, dispensando o uso de pod externo. Os Mirage 2000-9, quando… Read more »

Vader

Nick disse:
11 de maio de 2011 às 9:32

Excelente comentário caro Nick.

Abs.

Mauricio R.

A Europa perdeu o bonde mto antes do F-22, mais exatamente qndo Bélgica, Dinamarca, Holanda e Noruega selecionaram o F-16 como substituto de seus Starfighters, Mirages e Drakens. Formaram-se blocos, os 4 c/ o F-16, acrescido depois da Turquia; Alemanha, Itália e UK c/ os Tornados e “a turma do eu sozinho”, mais conhecida como França, c/ o Mirage 2000; fracos p/ exercerem influência decisiva e dominarem o continente. Influência e domínio esses, que continuaram mto firmes aliás, em mãos americanas. A Grécia jogou e ainda joga, na perifería de 2 desses grupos (mtos F-16; poucos M-2000) e a Espanha… Read more »

Almeida

Não duvido do Typhoon nos EAU não. Os emires não ter a menor pressa em trocar seus Mirage 2000-9 e somente o fariam a curto prazo por questões de custo de manutenção, já que a escala é pequena e a linha de produção foi encerrada. Estão sentados esperando o resultado da licitação na Índia e em menor escala no Brasil, para decidir se vão de Rafale, para não caírem no mesmo problema dos Mirage 2000-9. Como eles baseiam sua defesa, com razão, em dois fornecedores distintos, eu descartaria o Super Hornet e deixaria o Lightning pra depois, como substituto dos… Read more »

Mauricio R.

“Não faz sentido trocar um vetor moderno e capaz como o Mirage 2000-9 por outro não muito mais potente, porém mais caro e possivelmente de manutenção ainda mais elevada do que o legado.”

Trocar uma aeronave que não é mais fabricada, por uma outra de produção corrente, é bastante significativo.
Melhor ainda se se puder minimizar qq investimento neste sentido.
E isso, nem Rafale, Typhoon ou SH, podem oferecer.
Mesmo no caso do ac francês, a infra existente não é exatamente compatível.