F-35 - foto Lockheed Martin

Complexidade do software bloco 3F e testes do mesmo podem esticar a fase de desenvolvimento por mais seis meses. Existem ainda problemas pendentes com o sistema de gerenciamento de Informação de Logística das aeronaves, que deverá ser ignorado até estar definitivamente solucionado

As atividades planejadas para o F-35 após o término da fase de desenvolvimento do programa, que deveria ser encerrada em 2016, pode atrasar em até seis meses , de acordo com o gerente do programa, o brigadeiro Christopher Bogdan.
Os trabalhos de conclusão do desenvolvimento do programa multinacional avaliado em 398 bilhões de dólares estão, em grande parte, dentro do cronograma, disse ele a uma audiência organizada pela Credit Suisse/McAleese & Associates em 25 de fevereiro. “Meço o período fora do cronograma em dias ou semanas”, disse ele.

Os fuzileiros navais deverão declarar a capacidade operacional inicial (IOC em inglês) com o F- 35B , otimizado para decolagem curta e pouso vertical , logo em Junho de 2015, sendo que a Força Aérea dos EUA deverá fazer o mesmo com o modelo A em agosto de 2016. Ambos exigem o software bloco 2B enquanto apenas a Força Aérea está aguardando a entrega de um novo hardware para a instalação do pacote 3i. Assim, se esse atraso realmente ocorrer, ele terá um efeito mais dramático sobre a Marinha, que pretende declarar a IOC do modelo C em agosto de 2018.

Um possível gargalo nos testes com o software é o que preocupa ele. No bloco 3F a Lockheed Martin é obrigada a oferecer um nível sem precedentes de fusão de dados para a aeronave. Entre eles estão as entradas de dados externos à aeronave, incluindo outras aeronaves e satélites.

Mesmo que o trabalho com o bloco 2B/3i termine como planejado, Bogdan está preocupado com o tempo que levará para equipar a aeronave de testes, laboratórios e simuladores com o novo software 3F. Isso poderá consumir um tempo considerável que deveria ser usado para os testes em si. Esta foi uma preocupação apontada no relatório de teste do ano fiscal de 2013, fornecido ao Congresso por Michael Gilmore, chefe de testes do Pentágono.F-35 Lighting II Joint Strike Fighter

Mas é a “complexidade do software que nos preocupa mais”, diz Bogdan. “O desenvolvimento de software é sempre muito, muito complicado”, diz ele. “Nós tentaremos fazer coisas no bloco final desta capacidade que são realmente difíceis de se fazer”. Entre eles está um software que pode compartilhar a mesma visão das ameaças entre as várias plataformas presentes em todo o campo de batalha, permitindo ataques mais coordenados.

Enquanto isso, Bogdan diz que a versão mais recente do software para o Sistema de Informação de Logística Autônomo (ALIS – Autonomic Logistics Information System) abordou algumas das insuficiências da versão anterior, causando a necessidade de gerenciar (por parte da equipe apoio) muita informação manualmente, resultando em um tempo excessivamente grande para preparar as aeronaves entre uma missão e outra.

Versões anteriores do ALIS estavam dando “um passo em frente e dois passos para trás”, disse ele . ” Desta vez, demos um passo para a frente e nenhum para trás”.

No entanto, as deficiências com o ALIS estão levando Bogdan rever a decisão anterior que restringe as equipes de apoio de liberar um jato para a missão sem a anuência do sistema, que lida com todas as peças, sistema de diagnóstico e planejamento de missão para a frota. O recurso, por vezes e de forma aleatória, não libera as aeronaves para as missões. “Não é a fonte de todo o conhecimento sobre o avião” com se esperava, disse Bogdan.

“Precisamos fazer isso [e permitindo que o pessoal de apoio passe por cima]? Sim, nós temos que pensar em fazer isso … de uma forma ponderada”, diz ele. Isso é possível porque o pessoal de apoio têm treinado com a aeronave por três anos, dando-lhes um nível de conhecimento necessário para tal medida.

FONTE: Aviation Week (tradução r adaptação do Poder Aéreo a partir do original em inglês)

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Fernando "Nunão" De Martini

Pois é, Roberto. E com os impagáveis Terry Thomas e Alberto Sordi. Sem falar que o personagem francês voa um Demoiselle. Filme magnífico, vale a pena ver o trailler:

http://www.youtube.com/watch?v=SN74T2v6Hg8

Fernando "Nunão" De Martini

Complementando: bons tempos em que problemas de “software” em aviões significavam projetistas de miolo mole e os de “hardware”, pilotos de cabeça dura!

Tadeu Mendes

Amigos, Alem da complexidade do software/Firmware do F-35. existe um outro fator bastante significantivo a ser considerado, para o bom desempenho da aeronave em ambiente de combate. A interacao entre o Factor Humano e HMI (Human Machine Interface) os quais representam um grande desafio cogntivo para o piloto de um F-35. A sobrecarga (Overload Information), do fluxo de informacao bombardeando o cerebro de um piloto, sob determinadas circunstancias, aonde decisoes cruciais terao que ser tomadas em questao de segundos, exigirao um processo adaptativo e de treinamento, por parte do piloto, mas intenso e complexo do que em qualquer outro jato… Read more »

Marine

Nunao,

Artigo que talvez seja interessante para o blog.

Com certeza o Bosco pelo menos vai adorar 😉 hehehe

https://medium.com/war-is-boring/3acf9d25cd44

Marcos

Isso até tem jeito. O que não tem jeito é acabar com a corrupção em um certo país bastante conhecido nosso.

Carlos Alberto Soares

Caros De Martini, Bob, Marine, Tadeu & Marcos,

é Vaderdade, mas ….

http://www.youtube.com/watch?v=lTSVOnhLtCs

Nick

Fico imaginando a cabeça desses pilotos após 2/3 horas de vôo nessas aeronaves. Viverão a experiência da realidade aumentada, depois em terra voltarão à normalidade.

Agora a guerra será centrada no lançamento de vírus nos sistemas do F-35. 🙂

[]’s

Vader

O título está errado. Deveria ser “gerente do programa alerta para POSSÍVEIS novos atrasos” ou algo do gênero.

Carlos Alberto Soares

“POSSÍVEIS” ??

Resolvido !

Na VaderLândia tem um especialista, vejam:

http://www.youtube.com/watch?v=BSBtfe3ZUlw

Tadeu Mendes

Amigos, Eu penso que o video postado pelo colega Roberto Santana, do programa 60 Minutes, vem a confirmar o que eu havia dito em outro post sobre o F-35. De que o programa esta sendo escrutinizado por muita gente, e que Lokheed Martin nao esta levando todo mundo no conto do vigario. Deve estar mais claro para os frequentadores do blog, que o maior fiasco foi o do Pentagono ao apelar para a simulacao aerodinamica e operacional do F-35, muito antes que a aeronave saisse totalmente CAD para as linhas de producao. A simulaco foi tao boa que, decidiram encomendar… Read more »

Carlos Alberto Soares

“O F-35 e um computador que voa….um software com asas.”

Esse é o problema: Voa e Asas

Já se fosse semi-submersível:

http://www.ansys.com/Products/Other+Products/ANSYS+ASAS

Entenderam ?

“Houston we have a Problem” !

Tadeu Mendes

Carlos Aberto Soares,

Voce e um cinico….rsrsrsrs…numa boa. Ate parece que voce trabalha para a Boeing,,a qual eu respeito e por mim o SH deveria ser o jato de combate da FAB,,,mas o que e que a gente vai fazer…????

Voce gosta de invocar sua relaco com o Tio Jaco…entao nao sei se voce tem alguma ascendencia judaica…mas tua informacao eu te garanto..que .sou sionista.

Abracos.

Carlos Alberto Soares

CaroTadeu Mendes

Sefardi, ספרדים

Sefardista portanto, com muito orgulho.

Shalom Aleichem

Carlos Alberto Soares

Tadeu Mendes Chaver

Já compartilhamos a questão do SH, foi-se ….

Mas no Zób muitos componentes serão made in USA – Israel – AEL/ELBIT, Mísseis etc….

Aliás acho que o Zób não voaria sem estes parceiros.

Por isso que ele Zób e Dézb, Zób e Dézb entendeu ? rsrsrs kkkk …

Já afirmei:

O Tio é David,

o Primo é o Jacob

Achi,

David Tio David

Bandeira lembra-se:

lah-vahn – te-khe-let

Abaixo dois link’s bem leves que eu gosto, caso tenha interesse:

http://www.goisrael.com.br/tourism_bra/Paginas/default.aspx

http://www.jewishvirtuallibrary.org/jsource/US-Israel/roots_of_US-Israel.html

Shalom