Após anulação, EUA indicam Embraer para o LAS

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Os Estados Unidos indicaram a fabricante brasileira de aeronaves Embraer para abertura de uma nova licitação, após a recente anulação de um contrato por 20 aviões de ataque Super Tucano, informou nesta sexta-feira o ministro de Indústria e Comércio brasileiro, Fernando Pimentel.

“Os Estados Unidos disseram à Embraer que haverá outro processo, que haverá outra licitação”, afirmou Pimentel durante coletiva de imprensa com corresponsáveis estrangeiros. “Eles não avisaram oficialmente, mas informalmente: ”aguardem que vamos fazer outra licitação”, e nós estamos esperando outra licitação”, afirmou. “Eles precisam comprar aviões, algum avião. Se não for o nosso, será algum outro”, completou.

A força aérea americana anunciou abruptamente ao final de fevereiro o cancelamento de um contrato para a compra de 20 aviões Super Tucano da Embraer, depois de uma ação legal de seu rival local Hawker Beechcraft Corp.

“O governo brasileiro já manifestou sua surpresa com a decisão da força aérea americana na época. Não vamos mais além disso”, disse Pimentel, ao ser questionado sobre se essa decisão, adotada um mês antes da viagem da presidente Dilma Rousseff a Washington.

“O problema de Embraer é um problema pontual: era um contrato de US$ 380 milhões que foi cancelado e será feita outra licitação”, resumiu Pimentel, ao indicar que seguramente Dilma não discutirá esse tema em sua reunião com Barack Obama na Casa Branca, no dia 9 de abril.

O contrato havia sido concedido em dezembro para equipar a nova força aérea afegã diante da retirada das tropas da Otan. A anulação do contrato com a Embraer será levada em conta na decisão brasileira para a compra de 36 aviões caças, por um total de US$ 5 bilhões, na qual competem o caça Rafale da francesa Dassault, o F-18 da americana Boeing, e o Gripen da sueca Saab, disse no início de março à AFP uma fonte do governo, que pediu anonimato.

FONTE: AFP, via Terra / FOTO: Embraer e Sierra Nevada Corporation

Colaboraram: Justin Case e asbueno

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asbueno

Esse verbo “indicar” no contexto acima indicaria o que afinal? Que informalmente convidaram a EMB? Que disseram, “vamos lá que logo a bagaça recomeça!”. Seria isso?

asbueno

John HM Gonçalves (Facebook)

Concordo contigo. Porém a isonomia é mal compreendida neste país…

Mauricio R.

“A anulação do contrato com a Embraer será levada em conta na decisão brasileira para a compra de 36 aviões caças, por…”

Nossa, quem tem telhado de vidro, não ameaça quem faz chover granizo!!!
Que coisa absurda e infantil, Petralhas não reclamem depois, se os americanos retalharem sobre as vendas de ERJ e Phenoms aos EUA.
A França mexeu algo em seus subsídios agrícolas???
Não, nem um mísero milimetro.
Mto pelo contrário, querem controlar os preços de nossas exportações de commodoties agrícolas.

Antonio M

A Embraer esteve mal antes da privatização e os atuais ocupantes do GF eram contra à época mesmo que isso levasse a mesma à ruína.

Desde então se firmou e vem sendo uma das únicas exportadoras de “não-commodities” do país e mesmo asism, a militância nunca a inclui na lista das estatizações, como a Vale.

E um dos grandes clientes seus é os EUA, da linha de jatos executivos então, é preciso tomar cuidado com as retaliações a base ranços ideolólogicos desses mesmos ocupantes atuais do GF ….

Guilherme Poggio

Mesmo que a Embraer perca a próxima licitação LAS, ela só tem a agradecer ao mercado dos EUA, que recebe de braços abertos seus produtos desde o Bandeirante.

Sem o mercado civil dos EUA a Embraer não seria metade do que é hoje.

Marcos

Volto a Repitir, é uma faca de dois gumes; A EMBRAER necessita de vender suas aeronaves (Militares e Civis), ou seja necessita de Dinheiro, já que o GF faz tão pouco ou quase nada por ela. No entento, se ela resolver a não participar, deixaria os americanos em “maus lencois”, ao menos por pouco tempo, já que eles necessitão de uma aeronave de “imediato”. O problema maior, seria a possivel e quase certa retaliação, que prejudicaria a vida da EMBRAER, pois, o EUA certamente aumentarão as “Barreira comerciais” contra a mesma, já que ela tem a maioria de suas vendas… Read more »

Eleazar Moura Jr.

Seria interessante se o Brasil, não sei através de quais meios diplomáticos, pudesse levar um Super Tucano da Força Aérea da Colômbia ou do Equador, pois estes são de versões mais sofisticadas que as da FAB e aí impressionariam muito os “yanques”.