Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) implanta Centralização do Plano de Voo

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O projeto tem a finalidade de consolidar, em um sistema único, o trâmite de todas as mensagens que visam a utilização do Espaço Aéreo Brasileiro

O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) implementou, no dia 11 de abril, a Centralização do Plano de Voo no âmbito do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), contando com a participação de mais de 100 profissionais ao longo de três dias de migração para o novo sistema.

O projeto de Centralização de Planos de Voo é implantado com a finalidade de consolidar, em um sistema único, o trâmite de todas as mensagens que visam a utilização do espaço aéreo brasileiro. O foco do projeto é a padronização de um caminho único para todas essas mensagens, buscando uma validação segura e automatizada por meio do Sistema Integrado de Gestão de Movimentos Aéreos (SIGMA).

O Gerente do Empreendimento e Chefe da Divisão Operacional da Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA), Major Aviador Marcio Rodrigues Ribeiro Gladulich, destaca que toda a concepção do projeto foi planejada para uma implantação de forma gradual, buscando o menor impacto possível para os usuários do SISCEAB. “Apesar dos planos de voo passarem a percorrer o caminho centralizado a partir de abril de 2021, o processo será transparente, não havendo, nesse momento, necessidade de mudanças nos procedimentos dos usuários”, afirma.

De acordo com o Comandante do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), Coronel Aviador Marcelo Jorge Pessoa Cavalcante, o Centralizador de Planos de Voo é um módulo do SIGMA que trará maior apoio ao serviço de gerenciamento prestado pelo CGNA, harmonizando o fluxo de tráfego a partir das intenções de voo. “O fato de todos os planos de voo e mensagens associadas serem obrigatoriamente submetidos ao Centralizador traz mais eficiência e segurança nas atividades do CGNA, permitindo um planejamento completo e totalmente automatizado”, destaca.

O projeto inclui funcionalidades como um código alfanumérico para identificação única de cada plano (IDPLANO), assegurando a rastreabilidade da informação em todo o sistema. “Isso vai garantir que o usuário tenha a certeza de que o seu plano de voo foi enviado e processado pelo SISCEAB, promovendo maior segurança para as operações aéreas. A possibilidade de acompanhamento das intenções de voo por parte dos pilotos é um ponto crucial para o DECEA”, ressalta o Chefe do Subdepartamento de Operações (SDOP) do DECEA, Brigadeiro do Ar Eduardo Miguel Soares.

Para o Presidente da CISCEA, Major-Brigadeiro do Ar Sérgio Rodrigues Pereira Bastos Júnior, a responsabilidade pelo desenvolvimento e implantação deste projeto é motivo de orgulho e dedicação para toda a equipe. “A concepção em que se baseia a Centralização dos Planos de Voo evidencia a busca constante do DECEA pelo desenvolvimento e aperfeiçoamento dos serviços aeronáuticos para o País”, afirma.

Para o Diretor-Geral do DECEA, Tenente-Brigadeiro do Ar Heraldo Luiz Rodrigues, “a adoção da centralização das intenções de voo no Brasil no Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA) é uma ação de extrema relevância para o DECEA, garantindo a confiabilidade e a disponibilidade do sistema 24 horas por dia, o que reforça a visão do Departamento em ser reconhecido como referência global em segurança, fluidez e eficiência no gerenciamento e controle integrado do espaço aéreo”.

Foram realizados todos os treinamentos técnicos e operacionais para os profissionais do CGNA, CINDACTA I, II, III e IV, Centro Regional de Controle do Espaço Aéreo Sudeste (CRCEA-SE), Parque de Material de Eletrônica da Aeronáutica do Rio de Janeiro (PAME-RJ), INFRAERO e demais Órgãos envolvidos com o projeto, de forma a permitir uma correta manutenção e utilização do novo sistema operacional.

FONTE: Força Aérea Brasileira

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Leandro Costa

Taí algo que não tem visibilidade quase nenhuma, não tem a pompa de aquisição de aeronaves de combate, mas é de suma importância e aumenta a segurança de provavelmente centenas de milhares de vidas todo santo dia.

Rinaldo Nery

O problema é que o DECEA está sempre a reboque do que é feito no Eurocontrol. Muito atrasado. Igual as STAR ¨four corners¨, que já eram empregadas no Reino Unido há décadas. E, ainda há STAR no Brasil cruzando com SID (MOXEP 1A/SBGR com BOCAS 2A/SBKP, por exemplo).

Rosi

Quem negativou , pode arguir ? teremos uma grande oportunidade de aprendizado.
Parabens para a FAB que faz muito com pouco.

Aéreo

Olá Coronel Nery. O sehor poderia dar uma “detalhada” melhor no assunto, pra nós leigos entendermos melhor a questão.

Rinaldo Nery

Na Europa, as Standard Approach Routes (STAR), usam o critério de chegada pelos quatro quadrantes, dependendo de onde a aeronave se aproxima, a fim de diminuir o trajeto do avião, e, consequentemente, diminuir o consumo de combustível. No Brasil, a chegadas ocorriam por um único ponto, independente do setor de aproximação. Na Europa e EUA, as Standard Instrument Departures (SID) evitam, a todo o custo, o cruzamento com qualquer STAR, a fim de eliminar restrições de altitude pra quem está chegando (nas STAR) e saindo (nas SID), e, consequentemente, diminuindo a possibilidade de colisão. Além de, também, diminuir o trabalho… Read more »

Aéreo

Obrigado Nery

Affonso Henriques

Precisamos ser positivos, não há necessidade de “fogo amigo”.

Rinaldo Nery

Não é ¨fogo amigo¨. É a realidade. O DECEA tem dificuldades em absorver críticas, mesmo de dentro da FAB. Eu vôo todo dia, e o DECEA é prestador de serviço público. Tem que ser eficaz. E, o VICEA é meu amigo.

Mauro Cambuquira

Falou a voz da experiência. Nada melhor do que comentar o que vive.