Força Aérea Polonesa compra cinco C-130H Hércules usados dos estoques dos EUA

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Em 13 de abril de 2021, o Ministro da Defesa polonês Mariusz Blaszczak assinou um contrato de governo para governo com os EUA para a entrega de cinco aeronaves de transporte Lockheed C-130H Hércules para a Força Aérea Polonesa.

Este contrato faz parte do programa de concessão de artigos de defesa excedentes dos EUA.

Em setembro de 2019, o Ministério da Defesa polonês emitiu uma carta solicitando aos EUA a aquisição de cinco aeronaves de transporte C-130H.

As cinco aeronaves envolvidas foram produzidas em 1985 e desativadas em 2017. Atualmente, estão armazenadas nas instalações do 309º Grupo de Manutenção e Regeneração Aeroespacial (AMARG) em Tucson (AZ). No AMARG, as aeronaves serão parcialmente adaptadas com novos equipamentos, tornadas aeronavegáveis e voarão para a Polônia.

O primeiro C-130H deve chegar em 2021 e a entrega final está programada para meados de 2024. Após a chegada à Polônia, eles receberão equipamento adicional.

Os C-130Hs que a Polônia está adquirindo agora vão substituir cinco antigos C-130E que são quinze anos mais velhos.

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camargoer

Olá Colegas. Pelo que encontrei em outros sites, a aquisição (incluindo a reforma das aeronaves) ficou em US$ 74 milhões, aproximadamente o valor de um KC390.

Gil U

Se isso se confirmar, me parece então que mais uma vez, a justificativa é mesmo o peso político dos Americanos. Se o Brasil fosse um país mais atuante e relevante no cenário internacional, teríamos mais a ganhar.

MestreD'Avis

Não entendo como se pode justificar com peso politico os EUA. Se a Polónia pode comprar 5 cargueiros renovados por 74 milhões o que poderia o Brasil oferecer?

Camargoer

Olá Mestre. Talvez, quando o embaixador brasileiro na Polônia ficou sabendo da intenção deles comprarem um avião de transporte, o embaixador poderia ter avisado a FAB que levaria um avião para demonstração. O Ministro da economia poderia ter oferecido condições vantajosas de financiamento via BNDES e negociado acordos de comércio compensatórios. A FAB poderia ter oferecido seus slots de fabricação para adiantar a entrega dos aparelhos para a Polônia.. estas seriam algumas coisas que poderiam ter sido feitas… Tem outras…

Carlos Alberto Soares

Mofou ?

camargoer

Caro Carlos. Creio que substancial parte do seu comentário foi perdido.

fulcrum

Pra depois ter que explicar passeios e gastos no senado? E por que de financiar poloneses com dinheiro publico?

camargoer

Caro Fulcrum. Os recursos do BNDES são para financiar vendas de empresas brasileiras no exterior. As vendas da Embraer para empresas comeciais são todas financiadas pelo BNDES. As empresas pagam os financiamentos. As exportações dos EUA são financiadas pelo Exim Bank. No Brasil as exportações são financiadas pelo BNDES. Umas das alternativas que existiam seria o leasing de aeronaves KC390 ao invés de venda. Outra possibilidade é a FAB abrir mão dos royalties do projeto (como sempre tem feito com o A29). Cabe ao Senado fiscalizar as ações do executivo. Se o Senado chama o ministro da Defesa para explicar… Read more »

MestreD'Avis

Camargoer, poderia ter feito isso tudo sim mas não acredito que fosse compensar a diferença de preço. Comprar 5 KC-390 vs 5 C-130 usados poderia ser a diferença na futura compra de F-35 da Polónia entre abdicar de 6 F-35 ou de apenas 1.
Não se esqueça que neste momento já ninguém olha para os preços prometidos pela Embraer ou nas vendas para a FAB, o mercado olha para os 970 milhões de dolares que Portugal pagou por 5 e os 300$ milhões que a Hungria pagou por 2

camargoer

Olá Mestre. Nunca saberemos o que teria acontecido porque não foi feito nenhum esforço diplomático e comercial para tentar fazer esta venda ou locação. As vendas de material militar usado pelos EUA são acordos governo-governo cujo pagamentos são geralmente feitos de uma vez e sem compensações comerciais. A venda de material novo são geralmente financiados por um banco, divididos em vária parcelas, com carência e em um contexto de compensação comercial.

Flanker

Camargoer, concordo com a necessidade de um maior envolvimento diplomático e comercial por parte do GF, para alavancar as vendas das indústrias brasileiras no exterior, mas mesmo que fossem oferecidos todos os descontos e prazos possíveis, os 5 C-130 foram arrematados por um valor inferior ao anunciado de 1 único KC-390. Seria muito difícil, para não dizer impossível, os poloneses adquirirem o avião brasileiro. Entretanto, isso não invalida a necessidade de uma política de vendas externas, apoiada fortemente pelo governo brasileiro.

camargoer

Olá Flanker. Concordo com você. O envolvimento do GF nas vendas de aviões militares da Embraer não garante a venda, mas o não-envolvimento reduz muito as chances de vendas. Como uma venda de aviões novos tem muitos aspectos (financiamento, contra-partidas comerciais, etc) eu acho muito difícil comparar apenas os valores absolutos. Um financiamento pelo BNDES para vendas de aeronaves da Embraer são longos, o que significa pagamentos anuais inferiores ao que os poloneses terão que fazer pelos C130 usados (sem qualquer contrapartida comercial). Outro ponto é que os C130 vão voar mais 10 ou 15 anos, enquanto que KC390 novos… Read more »

Caerthal

Da próxima vez que o Brasil pensar em comprar mais F-5 usados vamos então contatar os EUA para que eles ofereçam F-18 ou F-35 novinhos…

camargoer

Olá Caerthal. Creio que a FAB está envolvida na aquisição de F39 novos ao invés de F5 usados. Aliás, os EUA ofereceram sim o F35 novinhos para a FAB sem que ele participasse do programa FX2 e os russos conseguiram incluir o Su35 no FX2.

leandro

acredito que foi mais uma questão econômica… já que levaram 5 hércules pelo preço de 1 KC390.

abraços

Tamandaré

Nobre amigo Leandro, ainda digo mais. Qualquer líder militar com um mínimo de juízo e seriedade optaria, nesse cenário hipotético de KC390 x C-130H, pela última aeronave. Não se trata nem de quem fabrica, mas dos preços cobrados e da relação custo/benefício. Assim como os Mi-24 russos vendem feito água, assim com Leopards alemães também, etc.

Carlos Alberto Soares

NATO.

Pedro Bó

Os C-130H usados se adequam mais a realidade financeira da Polônia do que KC-390 novos de fábrica.

Os poloneses tem outras prioridades no momento, como os F-35, as quais demandam $$$.

rui mendes

A Polónia comprou sistemas patriota dos USA, que foi a maior despesa militar dos Polacos nos últimos anos, é um contrato superior aos 48 F16 blq 50/52+ e aos já encomendados 32 F35 A, por isso a Polónia, se realmente quisesse poderia comprar os C 390, além dos Hélis de ataque que a Polónia está a desenvolver com a Itália, o sucessor do A129 Mangusta em Itália e dos MI-24 na Polónia.

Thiago A.

“Polónia está a desenvolver com a Itália, o sucessor do A129 Mangusta em Itália e dos MI-24 na Polónia.’
O “AW249” que visa substituir o A129 Mangusta é em desenvolvimento pela LEONARDO, a Polônia não participa de nada . A Leonardo, até onde sei , tinha assinado uma mera carta de intenções com uma empresa polonesa para oferece-lo ao exército polonês. Porém não vi nenhum contrato com a Polônia até agora.
A Itália está ainda sondando possíveis parceiros nessa empreitada e até agora a Polônia não é um deles…

Thiago A.

Se você tiver uma fonte dessa participação polonês no projeto da Leonardo, compartilhe por favor

Vitor Hugo

Não é uma questão de ser atuante e relevante, é uma questão econômica, foram 5 Hércules pelo valor de 1 KC.

FABIO MAX MARSCHNER MAYER

O que se paga neste caso, decorre de uma situação orçamentária: a Polônia não tem recursos para adquirir aeronaves novas!

Tudo bem, se ela tivesse recursos, talvez faria a opção por C-130 dos mais modernos, mas nada impediria de fazer uma concorrência e avaliar o KC-390 e até optar por ele, dependendo dos requisitos operacionais da RFP.

O preço, nesse caso, é relativo, posto na ponta do lápis:

  • Aeronave nova, bem mais cara, mas vai operar por 40 anos.
  • Aeronave usada, barata, mas vai operar por 10 ou 15 anos.
JORGE

“O que se paga neste caso, decorre de uma situação orçamentária: a Polônia não tem recursos para adquirir aeronaves novas!”

1/5 da verdade, com muita boa vontade!

Geopolítica, vassalagem (traição/corrupção), medo, Poder! Tem muito mais angu debaixo desse caroço…

FABIO MAX MARSCHNER MAYER

Vassalagem certamente não é, vassalagem era o que existia no tempo da URSS.

JORGE

Vassalagem pode existir em qualquer tempo, em qualquer governo. O vassalo/lacaio é movido, antes de tudo, pelo seu próprio interesse antes de qualquer ideologia.
Toda potencia hegemônica, na História do mundo, sempre conseguiu ter seus vassalos e lacaios dentro daqueles governos e negócios em que se interessavam!

MestreD'Avis

Fábio, a Polónia encomendou F-35 no valor de 4.6Bi…
Acho que mostra que tem recuros para adquirir o que quiser novo.

FABIO MAX MARSCHNER MAYER

Então, usaram os recursos que tem para o F-35, porque é mais importante para eles a aviação de combate (a Rússia tá ali do ladinho) do que a de transporte. Ficaram sem recursos para aviação de transporte.

Jmgboston

Uai, pensei que depois do KC390 o Hercules estava morto ou com os dias contados.Esses 5 voltaram do alem.

Rodrigo.

Já falei e vou repetir: O KC390 está a passos largos de se tornar a grande rainha do hangar. A fab não terá orçamento pra manter todos voando e a Embraer não tem capacidade de competir em vendas com os EUA. A fab deveria ter focado em comprar c130 novos ao invés de ”financiar” um projeto kamikaze de cargueiro. Enquanto isso, os pseudo-companheiros de projeto; Argentina e República Checa nunca manifestaram vontade de comprar 1 aviãozinho se quer. Esse avião financiado com dinheiro público é uma vexame.

Last edited 2 anos atrás by Rodrigo.
Luiz Trindade

Ok Rodrigo… Então me diga o que deveria ser feito?!? Ficarmos a mercê da vontade dos EUA em vender material bélico que precisamos ou tentar produzir o nosso como foi o caso do KC-390? Qual sua opinião a respeito de produzirmos o nosso material?!? Devemos ficar dependente dos outros então?!?

Flanker

Desenvolver localmente seria o correto, no melhor dos mundos……entretanto, tudo precisa de ESCALA. O KC-390 vai ter encomendas suficientes que permitam uma manutenção com custos aceitáveis? Custo de compra é importante, mas mais ainda é o custo de manutenção e operação ao longo do tempo de vida da aeronave, e esse custo é diretamente proporcional à quantidade de aeronaves produzidas. O mesmo vale para o Gripen E/F…..Ambas são grandes aeronaves. Acredito firmemente que sim. Mas, ambas precisam de muitas vendas, muitas mesmo, para terem um custo de operação aceitável. Tomara que daqui uns 10 ou 15 anos não estejamos preocupados… Read more »

Flanker

Hãhãm……a empresa contratada para fabricar a rebimboca da parafuseta, vai manter a linha de produção aberta por tempo indeterminado, para suprir 40….50 exemplares espalhados ao redor do mundo? Agora, tu imagina a mesma situação para um modelo de aeronave que tenha 700, 100, 1500 exemplares em operação pelo mundo a fora.

JORGE

“Escala”, é apenas uma das muitas variáveis impactam uma compra militar.

Isso, pra não falar que ainda não existe escala que justifique compra de F35… mesmo dentro dos EUA há controvérsias… E a “onça” já vendeu pra “chuchu”.

As coisas, não são tão simples assim!

Flanker

Onde eu falei que escala é a única variável em uma compra militar? Você não entendeu o que eu quis dizer. Eu disse que a escala permite manter uma aeronave operacional por preços acessíveis. Mas, se vc for maluco e não se importar com custos, pode operar uma aeronave que só tenha 1 ou 2 exemplares no mundo inteiro, por tempo indeterminado…..desde que, repito, seja maluco e não se importe com custos. Tendo dinheiro infinito, se faz qualquer coisa……

Rinaldo Nery

Vc é da DIRMAB ou do COMGAP? Já tem esses valores? Vou ao COMGAP amanhã e confirmo.

FABIO MAX MARSCHNER MAYER

Investimento, qualquer investimento, pode acabar em prejuízo. Não existe investimento 100% seguro, nem do ponto de vista financeiro, nem do ponto de vista técnico e operacional, alguma coisa pode dar errada. O Brasil e a EMBRAER optaram por investir em uma aeronave que nem sequer tinha como foco de mercado os operadores do C-130, foi pensada justamente em nichos de mercado que o vetusto (e fabuloso) avião norte-americano opera. Mas investimento é o que move a inovação, sem fazê-lo, não se sabe se consegue mudar algum mercado. Criticar o Brasil e a EMBRAER neste caso, é o mesmo que dar… Read more »

JuggerBR

Por quantos anos estes aviões serão ainda utilizados? Ou quantas horas de voo? Dependendo do quanto, essa compra não vale a pena…

Camargoer

Olá Jugger. Excelente pergunta. Os C130 adquiridos pela Polônia foram fabricados em 1985 e retirados de serviço em 2017, portanto já voaram 32 anos. Talvez possam voar mais 10 ou 15 anos.

Bardini

Que que eu estava falando esses dias…

Bardini

Aliás: Posso estar esquecendo alguém, mas segue a lista de quem comprou ou recebeu C-130 usado de uns 2 anos pra cá: . 2x Uruguai (Ex-Ejército del Aire) 2x Peru (Ex-Ejército del Aire) 3x Colômbia (Ex-USAF) 2x Marrocos (Ex-USAF) 2x Tunísia (Ex-USAF) 2x Níger (Ex-USAF) 5x Polônia (Ex-USAF) 2x Filipinas (Ex-USAF) 5x Bangladesh (Ex-RAF) 2x Bahrein (Ex-RAF) . Fora as vendas de C-130J e modernizações de aeronaves já existentes nesse período. . A RAF vai jogar no mercado 1x C-130J e 13x C-130J-30. Esses 13 “-30” vão dar baixa mais de uma década antes do programado… Quem será que vai… Read more »

Last edited 2 anos atrás by Bardini
Zorann

Vou chutar…. o Chile

Bardini

Faz muito sentido, já que eles perderam um dos seus.

Caerthal

Programa baratinho mas dispendioso. Essas aeronaves serão as verdadeiras Rainhas do Hangar.

Thiago A.

Manter taxas de disponibilidade minimamente decentes para o C-130H não é fácil nem para forças aéreas realmente de primeira linha como a USAF ou Armée de l’air , uma olhada nas estatísticas divulgadas por eles e essas aeronaves estão quase no final da lista (pesquisei ano passado quando foram divulgadas a da USAF) imagina para os outros. Comprar um C-130H quer dizer que você está no osso mesmo…sem muita opções. Realmente não estão no mesmo mercado.

rui mendes

A RAF vai ficar com alguns C 130J-30, para as suas forças especiais, para usar em operações intra-teatro, pois sai muito mais barato para essas operações, do que usar os A400M ou os C17.

Bardini

Bom, só se isso é notícia nova, pq no que eu vi, os caras iriam passar o facão em todos por conta da falta de grana.

Mathias

Não deu pro KC 390.

Camargoer

Caro Mathias. Creio que a Polônia não considerava adquirr KC390 ou C130J novos. Eles negociavam a aquisição de C130 usados dos EUA desde 2019.

Matheus

Toda vez que eu vejo alguma noticia sobre algum outro cargeiro médio, eu sempre faço uma continha antes de descer pros comentários pra ver em quanto tempo eu acho um comentário de alguem fazendo comparação de “X avião” com o C-390.
Nunca falha.

Bardini

E dai?

Tamandaré

E daí? (2)

Leandro Costa

Matheus nesse caso não se trata de comparações de capacidades da aeronave, mas sim em relação à preço de aquisição, o que nesse caso é muito relevante. Não importa o quais fantástica a aeronave seja, mas ela precisa ser competitiva, e simplesmente não há como competir em um caso em que se compra cinco do concorrente com o valor de um 390. Pode ser que os problemas econômicos agravados pela pandemia tenha pesado na decisão de se repotencializar aeronaves usadas e antigas, algo que a Embraer não teria como prever, mas ainda assim, aeronaves capazes e usadas, algumas não tão… Read more »

FABIO MAX MARSCHNER MAYER

Mas… é justamente esta a análise que a EMBRAER fez ao projetar o KC-390!!!

Entenderam que vão atuar no nicho, de forças aéreas que pretendam adquirir novas capacidades, ao invés de apenas substituir o C-130 por outros mais novos!

Flanker

Só que entre a análise da Embraer e o momento atual , ocorreu uma pandemia como nunca antes vista. E seus efeitos vão ser sentidos na economia do mundo por bastante tempo ainda. Não quero estar cert….gostaria muito que a Embraer vendesse centenas do KC-390, mas isso é uma tarefa hercúlea.

FABIO MAX MARSCHNER MAYER

Acredite: o mundo perigoso em que vivemos hoje em dia, talvez a época mais difícil e perigosa após a segunda grande guerra, vai tratar de gastar muito com armamentos, não será a pandemia que vai mudar isso.

João Bosco

Para mim, falta um interesse do governo brasileiro em ajudar a Embraer nessa empreitada – sem bem que estamos com o filme queimado lá fora por causa desse governo – e investir num marketing mais avançado nesse caso.
Por outro lado, e caso o governo brasileiro resolva se mexer, muiytos desses hércules usados tem umas boas horas de voo e vai chegar ao ponto de temrem de ser aposentados. Ademais, muitos desses clientes são ou ali9ados diretos dos EUA – via OTAN – ou aliados indiretos dele. A parceria coma Boeing está pesando agora…….

Roberto

Realmente os antigos governos eram muito atuantes no que se refere a material militar, e exportação dos mesmos. Houveram muitos investimentos.

Nativo

Maia do que esse que só investiu para os bolsos dos oficiais.

Claudia Galhardo Ribeiro Moura

Sarcasmo

Mauricio Pacheco

Filme queimado? Andas se informando demais pela Globo!

Camargoer

Caro João. O atual governo apoiava a venda da Embraer para a Boeing.

Caerthal

Esse governo não reverteu o sinal verde que o governo anterior deu. Nunca foram muito animados com a idéia.

camargoer

Olá Caerthal. O atual governo não teve qualquer proposta econômica que prosperasse. Ontem, foi divulgado um estudo mostrando que a expectativa de vida do brasileiro caiu de 77 para 75 anos. Outro exemplo de fracasso econômico é a aceleração da inflação em um período de recessão econômica com alta taxa de desemprego.

EduardoSP

Mais apoio do governo? Não basta pagar todo o desenvolvimento e ainda viabilizar a produção comprando 28 unidades?

Camargoer

Caro Eduardo. Com excessões, governos nacionais promovem a venda dos produtos feitos em seus países. Alguns outros promovem a venda das indústrias nacionais.

EParro

Pois é Camargoer;
“governos nacionais”: proporcionam construção de portos; empréstimos, a juros subsidiados, para compra de ativos; promovem “campeões nacionais”, para apoio político; promovem “benefício sociais, não perenes”, com vistas a eleições; etc.. Estes “governos nacionais” aos quais (parece-me) você se refere proporcionaram o maior estelionato histórico, social e monetário nunca antes visto na história deste país, afetando o futuro de toda uma geração, que neles acreditou. E jamais se desculparam pelos erros cometidos!

camargoer

Caro EParro. Eu divido o debate em três tipos. O ideológico (sobre ideias), o eleitoral (sobre as propostas de cada partido) e o político (sobre as ações de governo). Minha crítica ao atual governo (debate político) é sobre sua incapacidade de promover uma política de crescimento econômico. Aliás, o país está vivendo um situação de inflação e recessão econômica. A venda de empresas não gera novos postos de emprego, não gera atividade econômica, não gera crescimento econômico. Apenas investimentos em novas fábricas e aumento da produção geram empregos e crescimento econômico. A venda de empresas não é investimento produtivo. Se… Read more »

Doug385

É uma questão de orçamento. Quem tem grana pra queimar com uma aeronave nova, vai de KC-390; quem não tem, vai de C-130H recauchutado. Não vejo nada demais nisso.

Camargoer

Ola Doug. Daqui 15 ou 20 anos será possível comprar KC390 usados. Basta ter paciência.

Fernando

O KC390 foi feito para a FAB, para atender a uma demanda que seria melhor atendida por um novo vetor do que sempre foi pelo C-130. E assim foram estabelecidos requisitos que originaram o KC390. Exportar sempre foi uma alternativa de gerar receitas extras para a Embraer, mas o projeto nunca dependeu disso. Existe a possibilidade de exportar, mas nunca se pensou no KC390 sendo um substituto mundial do Hércules… isso só na cabeça dos foristas daqui. Acompanho o projeto desde o início e as perpectivas de vendas externas do KC390 sempre levaram em consideração o mercado de Hercules usados,… Read more »

V12 aero

Exatamente.
Muito bom esse comentário, falou tudo.

Samuca cobre

Calma Fernando, tempo ao tempo e vamos ver o pessoal que sabe tudo sobre o KC390 e sobre a economia mundial e todas as estratégias de vendas vão dizer num futuro próximo ….

Bardini

Tu tens que puxar a brasa pra tua sardinha. Eu entendo e respeito. . Exportar sempre foi uma alternativa de gerar receitas extras para a Embraer, mas o projeto nunca dependeu disso. . Potencial de exportação foi um dos grandes pilares que fundamentaram politicamente a assinatura desse contrato no Governo em que foi assinado. Querer negar isso, é coisa que não cabe. . Existe a possibilidade de exportar, mas nunca se pensou no KC390 sendo um substituto mundial do Hércules… isso só na cabeça dos foristas daqui. . Tens que levar em conta a cabeça de quem foi até o… Read more »

Last edited 2 anos atrás by Bardini
A6MZero

Excelentes pontos.

E uma das maiores verdades já escritas sobre os projetos do setor de defesa :

“O Brasil não é rico.
Não tem como deixar de se questionar o retorno financeiro em investimento bilionário”.

Esse deveria ser um mantra dos administradores de recursos públicos “qual o retorno que esse projeto vai trazer ao Brasil”

Eduardo

A se considerar tudo isso, seria mais rápido e barato ter comprado C-130 versão J.

DanielJr

Não estou criticando o seu comentário, mas sinceramente, pulverizar 5 bilhões em diversos programas de equipamentos e etc só farão com que mais projetos e protótipos sejam abandonados no futuro. As forças armadas, e o governo em geral, são uma verdadeira fábrica de maquetes e planos, linha de produção, industrialização nada. Eu apoio sempre a pesquisa e tecnologia nacional, mas desde o VLS a minha percepção sobre avanços tecnológicos nacionais só vai ladeira abaixo. As vezes chego a considerar a compra quase que total de equipamentos importados, exceto munições e coisas baratas, enquanto se mantém uma boa estrutura de otimização… Read more »

Caerthal

O KC-390 foi um enorme desafio técnico. Observe apenas as dificuldades da Airbus com o A400, da Kawasaki com o C-2 e a própria Boeing com o requentado KC-46.

O KC-390 trouxe o jato para o plano tático. Me parece que o grande marco serão as aprovações e divulgação dos dados dos testes em pistas semi-preparadas, nicho onde o Hércules se destaca entre os cargueiros de porte médio-grande.

EParro

Bardini Tens que levar em conta a cabeça de quem foi até o congresso anos seguidos, divulgar mercado para mais de 700 aeronaves, onde existiria mercado para a venda para centenas de KC-390 no mercado mundial, rivalizando com o Hércules. Tudo isso era para viabilizar grana do orçamento para pagar esse projeto caro, claro… Mas essas contas eram peça de ficção e todo esse papo é gogó? Mas Bardini, e as cabeças dos que estavam no tal do Congresso, acreditaram na “peça de ficção” e o “esse papo é gogó”? Houve boa fé? Houve malentendido? Houve “compadrio”? Houve “interesses escusos”? Parece-me igual… Read more »

Fernando EMB

Seiu comentário falta com a verdade em alguns pontos. Não por culpa sua, já que muita coisa incorreta foi divulgado na própria imprensa especializada.
Falo isso porque participei do projeto desde sua concepção e conheço bem as projeções de mercado.
Mas você tem sua opinião e a respeito. Ponto.

camargoer

Olá Fernando. Que bom ter noticias suas. Espero que todos de sua familias estejam bem. Sobre essa projeção de mercados, eu lembro deste número de 700 novas aeronaves nos próximos anos. Nunca ficou claro para mim se a Embraer esperava vender 700 aeronaves ou disputar um mercado de 700 aeronaves. Neste caso, qual seria número provável de vendas? 100? 50? 400? Um grande abraço em você.

Marcos Pesado

Excelente comentário. Sucinto e preciso

JORGE

1) Numa perspectiva de negócio, vendo apenas a relação investimento/custo X retorno, o avião tem que ser exportado já que nossa demanda não seria/será suficiente pro lucro.
2) Numa perspectiva de negócio para o acionista, o avião tem que ser muito exportado. Ou exportado e rápido. Ou, melhor ainda, as duas coisas: Ser muito vendido (exportado) e rápido.
3) Daqui pra trás, nesse argumento, é que entra a concorrência…
4) Explica isso pros acionistas, que comandam o comando da Embraer (e seus vassalos/lacaios por aqui no brazil) que precisa tempo ainda pro negócio decolar…

Wilson Look

Essa lógica é valida no mercado civil, mas não é muito útil no mercado militar.
No mercado militar o equipamento é feito para atender uma necessidade de um País e pode ocorrer de essa necessidade ser apenas desse País, o que faria que o equipamento fosse comprado apenas por 1 País.

Se o KC-390 tivesse sido desenvolvido com recursos 100% da Embraer, ai sim seria motivo de querer vender muitas unidades rápido, mas ele foi desenvolvido com recursos do Estado, mesmo que só o Brasil comprasse a aeronave não haveria prejuízo para a Embraer.

camargoer

Ola Wilson. Concordo com você. Seria um erro avaliar um projeto militar, financiado pelo Estado, com um projeto de uma aeronave civil financiada pela com recursos da empresa. O ganho da empresa é no lucro de cada unidade construída sem qualquer necessidade de contabilizar o retorno do investimento (que é feito pelo Estado, proprietário do projeto). Mesmo que a empresa produzisse apenas uma unidade, ela teria lucro. Um projeto como o KC390 não precisa de escala de produção. Claro que para a empresa quanto maior a produção, maior será o lucro. Para o Estado, exportações resultam em arrecadação e garantia… Read more »

Caerthal

Quando comecarão os testes do KC-390 de pouso/decolagem em pistas semi-preparadas?

SmokingSnake ?

KC-390 vai estar no próximo velozes e furiosos (sério mesmo)

Velozes & Furiosos 9 – Trailer 2 Oficial (Universal Pictures) HD – YouTube

A6MZero

O C-130 Hércules também.

Leandro Costa

Cacete… mais um? Prefiro continuar vendo ‘Agarre-me se puderes.’

Camargoer

Olá Leandro. Pois é. Eu recomendo “Corra que a policia vem ai”, “Apertem os cintos o piloto sumiu’ e “As branquelas”.

Leandro Costa

Desses eu não gosto do ‘As Branquelas’ mas os outros são maravilhosos.

Camargoer

Ola Leandro. Lembrei do “Top Secret” com Val Kilmer.

Matheus

Provavelmente gastaram metade das finanças do programas só pra isso.

pampapoker

Ao projetarem o super tucano eram apenas 99 aeronaves, lembram. Vamos dar tempo ao tempo.

Camargoer

Caro Pampa. Você tem razão. Lembro também do Rafael francês. Logo logo serão mais aeronaves operando fora da França do que na força aérea francesa.

Bardini

Rafale só vendeu por conta da influência do Governo francês. Todas as vendas do Rafale estão amarradas em algum grande acordo Governo x Governo.

Camargoer

Olá Bardini. Concordo com você. Assim como o Rafael, muitas vendas do F35 também envolvem acordos governo-governo. Eu lembro que os EUA tentaram vender os F35 para a FAB em um acordo governo-governo que levaria ao cancelamento do FX2. Os EUA também já vetaram vendas de equipamentos militares por razões de Estado.

Bardini

Quantos KC-390 vão ser vendidos com a ajuda dos americanos?

Wilson Look

Quantos A-29 foram vendidos sem a ajuda dos americanos?

Bardini

É mais fácil fazer a conta com os que eles ajudaram a vender.

Last edited 2 anos atrás by Bardini
Wilson Look

Não necessariamente, a maioria depois de 2013 que tiveram ajuda americana, o Super Tucano está no mercado desde 2004.

Paulo Sollo

Impressionante todo este estardalhaço pela compra de 5 Hércules usados a preço de banana aliado a uma difamação ignorante contra o KC-390.

Duas coisas básicas:
O que já foi citado por outros sobre questão de grana. A Polônia não tem grana para cobrir todas as suas necessidades com equipamentos novos.
E além disso, a Polônia está totalmente sob o guarda chuva dos EUA e só vai comprar equipamentos deles.
Lembrando que o presidente polonês ofereceu 2 Bilhões aos EUA para instalarem uma base permanente lá.

Bardini

O que já foi citado por outros sobre questão de grana. A Polônia não tem grana para cobrir todas as suas necessidades com equipamentos novos. . Vocês deveriam ter avisado isso antes. Aí o pessoal não iria perder tempo a toa e rasgar nosso dinheiro, mando o maluco do Ernesto Araujo pra Polônia promover venda de KC-390. . E além disso, a Polônia está totalmente sob o guarda chuva dos EUA e só vai comprar equipamentos deles. . Inverdade… Basta uma pesquisa rápida e você vai achar muita coisa que não é Made in USA. . Lembrando que o presidente… Read more »

Paulo Sollo

Voltariam pros cofres poloneses? Os americanos trabalham para trocar 6 por meia dúzia? Isto é um negócio de defesa. Estão comprando proteção. Se isto não dá lucro ao contratado, eles não topam. Vão gastar migalhas por lá. Inclusive o acordo deve obrigar a Polônia a fornecer muita coisa além da grana. Sem dúvidas vai se achar muita coisa por lá que não é americana, afinal ficaram décadas sob o jugo soviético. Estou me referindo às compras atuais, está bem claro em meu comentário. Podem até comprar algo de outros, mas os EUA a partir de agora são fornecedores principais. Avisar… Read more »

A6MZero

Na verdade existe um retorno sim, possivielmente não tão alto e será pulverizado em varios anos, mas com o passar dos anos o retorno é claro.

As tropas estacionadas consomem bens locais frequentam o comercio local o que estimula à economia e gera retorno através de impostos, um exemplo disso é Okinawa onde a economia local depende basicamente do turismo e dos militares americanos estacionados lá.

MestreD'Avis

A Polónia vai juntar á sua Força Aérea 32 F-35 novos num negócio de $4.6Bi junto a isso tem um acordo de adqurir Patriot por mais $4.7Bi. Está desde 2016 a reformular as suas FA para modernizar grande parte do seu equipamento que ainda se constitui como reliquias da era Soviética dos anos 80 e dinheiro não aparenta ser problema Podemos parar de tratar um país de 40 milhões de habitantes que teve um dos maiores crescimentos económicos dos ultimos 20 anos na Europa como se fosse uma pequena republica empobrecida? Vejo muitos comentários a forçar o fato que quem… Read more »

Wilson Look

Acredito que a questão seja, se o orçamento das FAs Polonesas no momento atual suportam a aquisição de 5 cargueiros novos, o que custaria quase 1 bilhão, sem que isso atrapalha-se as demais compras que estão sendo feitas.

Ou pode ser apenas lobby mesmo.

Camargoer

Caro Wilson. A aquisição de KC390 novos seria financiada, com pagamentos divididos em várias parcelas ao longo de anos, como ocorreu com os F39 da FAB. Eventualmente, cada parcela anual seria uma fração do que a Polônia terá que pagar pelos C130 usados para o governo dos EUA.

Bardini

Então me explica: pq o Ernesto Araujo foi até a Polônia tentar vender KC-390?

Last edited 2 anos atrás by Bardini
camargoer

Olá Bardini, considerando tudo o que o Ernesto fez á frene do Itamaraty, é provável que ele tenha convencido os poloneses a comprar o C130.

FABIO MAX MARSCHNER MAYER

Porque o Ernesto Araújo é burro, como, aliás, este governo inteiro!

Wellington Rossi Kramer

Viram o trailer do filme velozes e furiosos 9? Aparece o KC-390.

Delfim

Estamos em recessão mundial devido à pandemia. Não há como avaliar e comparar a situação atual.
E os C-130 usados são os maiores rivais do KC-130 novos.

E vai que o GF apoia a venda e a mídia “aiiinnn presida genocida se preocupa com avião em vez da pandemia?”.
O mimimi já melou a compra dos KC-330.

Camargoer

Caro Delfim. A mídia erra muito mas em nenhum momento houve críticas sobre o KC390, cuja aquisição começou em 2007 quando foi anunciado o programa. Contudo, foram feitas críticas, que considero pertinentes, sobre a aquisição de A330 para a FAB neste momento. Sobre a exportação de aeronaves, as notícias sempre foram favoráveis quando isso ocorreu. A mídia sempre elogiou a Embraer toda vez que divulgou uma venda externa.

Sincero Brasileiro da Silva

Americanos são especialistas em conservação, manutenção e modernização de aviões! Portanto comprar avião usado e estocado deles é muito diferente de comprar avião usado da Jordânia…

Paulo Costa

Falha hidráulica no C-130

https://youtu.be/AemaRqrTh44

carcara_br

A aeronave mal começou a competir no mercado e já tem gente jogando a toalha, ficado careca e dando chilique, calma.