XQ-58A Valkyrie

Um drone XQ-58A Valkyrie acompanhado por um T-38C da USAF

Por Kyle Mizokami

A Força Aérea dos EUA está finalmente entrando no mundo dos drones de combate robóticos, prometendo voar o primeiro de seus drones “Skyborg” até 2023. O serviço prevê o Skyborg como uma fusão de inteligência artificial (IA) com drones movidos a jato. O resultado serão drones capazes de voar ao lado de aviões de combate, realizando missões perigosas. Os drones Skyborg serão muito mais baratos que os aviões pilotados, permitindo que a Força Aérea aumente sua frota a um custo menor.

A USAF, de acordo com o Defense News, concederá um total de US$ 400 milhões a uma ou mais empresas para desenvolver diferentes tipos de drones Skyborg. Os drones serão “atritáveis”, o que significa que eles serão projetados para realizar vários voos, mas a Força Aérea não se preocupará se perder um. Os drones devem voar em 2023.

O Skyborg foi originalmente concebido como uma inteligência artificial voadora. O Skyborg deveria operar como parte de um caça pilotado, fornecendo um assistente do tipo R2-D2 a um piloto humano ou como uma IA pilotando um drone autônomo por conta própria. Sob sua iteração atual, o Skyborg IA voará com um drone de alto desempenho, semelhante a um caça.

Os drones Skyborg agora são vistos como veículos aéreos de combate capazes de realizar missões perigosas, como caçar ou obstruir redes de defesa aérea inimigas, realizar missões de reconhecimento atrás das linhas inimigas ou atingir alvos no espaço aéreo fortemente defendido. Um drone Skyborg também pode transportar mísseis ar-ar para aviões furtivos, como o F-22 Raptor ou o F-35 Joint Strike Fighter, caças restritos no número de mísseis que podem transportar no modo furtivo.

Boeing Australia Loyal Wingman – 2

A Air Force Magazine relata que o serviço quer que seus drones Skyborg “evitem autonomamente outras aeronaves, terrenos, obstáculos e condições perigosas, e decolem e aterrissem por conta própria”. Isso abre uma série de outras missões menos perigosas, incluindo o reabastecimento de outros aviões, atuando como um nó de comunicação voador, coletando informações sobre as forças inimigas e até buscando e salvando. Projetado para lidar com conflitos de alta intensidade, o Skyborg deve ser capaz de assumir outras tarefas mais comuns com facilidade.

Quatro empresas são participantes prováveis ​​do programa Skyborg. A Kratos Defense já está trabalhando com a Força Aérea no drone XQ-58A Valkyrie, enquanto o drone Loyal Wingman da Boeing Austrália é outro candidato. O Defense News também relata que a General Atomics e a Lockheed Martin também são participantes prováveis, embora exatamente o que os drones ofereceriam não esteja claro.

Revolucionário é uma palavra usada demais hoje em dia, mas o conceito Skyborg, plenamente realizado, pode desencadear uma revolução. A Força Aérea dos EUA está ficando cada vez menor, comprando cada vez menos aviões de guerra caros que custam cada vez mais para operar. Ela também enfrenta um número cada vez menor de opções de plataforma — os únicos caças que o serviço está comprando são o F-35A Joint Strike Fighter e o F-15EX Advanced Eagle, ambos na faixa de US$ 90 milhões.

Um caça Skyborg, construído para durar um número limitado de missões e sem piloto, custará consideravelmente menos do que as alternativas atuais, permitindo que o serviço aumente sua frota de aeronaves implantáveis ​​sem gastar mais dinheiro.

FONTE: Yahoo News/Defense News

Subscribe
Notify of
guest

31 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
felipe

Os pilotos se tornarão irrelevantes em um futuro mais próximo que se imagina, a geração de que crianças que hoje cresce ambientada com aplicativos e jogos que usam I.A, não verão problema em embarcar em um avião sem pilotos humanos.

MFB

Não, não será tão rápido assim.

Carlos

Quanta imaginação Kkkkk

Fabio Araujo

Os caças remotamente pilotados e/ou com Inteligência Artificial vão ser complementares dos caças pilotados por seres humanos, pois a criatividade e a imprevisibilidade do ser humano não vai ser igualada, a I.A. poderá ser superior em alguns pontos, mas a nossa criatividade sempre terá espaço. E outra coisa sempre haverá meios de se hackear as aeronaves autônomas, por mais que surjam meios de protegê-las também vão surgir meios de burlar essas proteções, tá certo que elas podem se hackeadas voltarem para a base e/ou pousarem em segurança mas com o prejuízo das ações que iriam executar. Por isso eu afirmo… Read more »

Lu Feliphe

Ótima observação.

Ricardo Bigliazzi

O ser humano ainda é o melhor “computador” inventado capaz de lidar com as variáveis infinitas de um combate.

Eduardo

Sim Fabio, isso num futuro mais próximo, até 20 primordialmente e de 20 a 40 anos numa mescla tb, cada vez mais pendendo aos drones. Contudo, num futuro mais distante 40+ anos, elas tendem a ser o vetor principal sim.

Ricardo Bigliazzi

Não digo irrelevantes, mas estarão menos expostos com o trabalho mais perigoso sendo feito primeiro pelos drones. Os caras estão em outro patamar. É necessário quando pensam que o dia que tiverem que se defender serão “Eles contra o Resto”.

Jorge Ferreira

A Skynet está prestes a acordar…. Rs

Marcos10

Boa parte dos custos de um avião de combate está na formação do piloto. Retirando-se o custo piloto, os gastos despencam.

Diogo Luiz Bizatto

Gostaria de encontrar quanto custa manter um piloto durante toda sua carreira, incluindo o custo da hora de voo para treinamento, etc…

https://www.forbes.com/sites/niallmccarthy/2019/04/09/the-cost-of-training-u-s-air-force-fighter-pilots-infographic/

J.P. Moraes

Gosto da ideia

Cristiano de Aquino Campos

Se. ninguem assumir o controle dele ou o mesmo não se tornar conciênte e uma boa ideia. O problema e que e uma técnologia que seŕá dominada pelos grandes, aumentando a distância dos demais. Por grandes eu digo, EUA, Russia, China, Japão, inglaterra e França.

Pedro Bó

O que a IA atual é: algoritmos com propriedades markovianas, análise estatística/probabilística e lógica fuzzy.

O que imaginam: Exterminador do Futuro e Westworld.

Pablo Maroca

Senhores, abram bem os olhos e apreciem cada bit dessa imagem história.

É a supremacia americana em forma de soluções pacificas de guerra.

É a história sendo feito.

Fabio Araujo

Os russos estão progredindo neste setor, eles estão com um projeto de aeronaves que seriam controladas remotamente de um SU-57. E recentemente foi mostrada a imagem de um SU-57 remotamente pilotado que segundo a publicação seriam os meios que fariam a proteção das outras aeronaves remotamente pilotadas.

Andre

Nem o Su-57 está operacional. Russia é passada, o adversário do momento é a China.

Lu Feliphe

Os Russos devido a sua economia não estão priorizando a construção desses caças. Embora ter um caça de 5 geração seja importante para eles, para projeção de força eles não estão preocupados pois tem um grande número de caças para desempenhar isso.

Lu Feliphe

A Rússia embora tenha avançado no setor de defesa, em geopolítica os Chineses estão crescendo ou seja eles podem representar mais problema para os Americanos do que a Rússia atual.

GuiBeck

Entendi teu ponto, mas um drone destes com inteligência artificial para o combate não se equipara a uma aeronave remotamente pilotada. Me parecem conceitos um pouco diferentes, ainda que não haja piloto nos dois casos. Ab

Ricardo Bigliazzi

Os caras estão em outro patamar. A Europa está a copiar muita coisa. Novamente o Ocidente imprime um ritmo muito forte no diferencial tecnológico.

Marcelo

soluções pacíficas de guerra…aff

Filipe Prestes

“Os drones serão “atritáveis”, o que significa que eles serão projetados para realizar vários voos, mas a Força Aérea não se preocupará se perder um”. É verdade, viva a quem tem dinheiro. Quem não tem que chupe o dedo.

Mgtow

Seguimentos e esquadrões exclusivo de drones será uma realidade muito próxima nas forças armadas das grandes nações. E o nosso Brasil, a quantas anda nessa “cuestão”?

Lu Feliphe

Esses caças controlados por inteligência artificial, não substituirão os pilotos, mas sim vai complementar certas partes.
A criatividade humana não vai ser substituída é possível que em certos aspectos ela será superior porém a intenção da criação de alas aéreas de drones é para complementar as missões que o piloto enfrenta no teatro de operações.

Daniel

Essa turma da USAF nunca viu o “Exterminador do Futuro” nem “Battlestar Galactica”. E ainda chamam o drone de Borg, raça robotizada alienígena, de Star Trek, que queria assimilar a humanidade. Brincando com fogo….

EduardoSP

Essas tecnologias, se ainda estão um pouco distantes para a aviação de combate, estão bem mais próximas para as aviações de patrulha e transporte.

Carlos Campos

Primeiro país a ter caças de quinta geração, primeiro a ter drones furtivos, primeiro a ter drones furtivos com auta capacidade IA, tá dificil a bater os EUA.

Rodrigo lopes rauta

Boa tarde senhores!
deixo somente um palavra aqui
SKYNET! entendedores entenderão
kkkkkkkkkk

MestreD'Avis

A USAF está finalmente entrando n mundo dos drones? Uma entrada do artigo um pouco optimista, estou certo que quem já esteve do outro lado de um RQ-9 Reaper deve ter uma opinião diferente. A USAF estará finalmente a integrar os drones no combate ar-ar, até agora operavam apenas em funções de reconhecimento e/ou ataque ao solo

Mauricio Vaz

Cara, isso é muito louco…