Dilma ‘invade’ cabine do piloto e vira ‘corneteira’ dos voos oficiais

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Dilma Foto - Roberto Stuckler Junior - Divulgação

vinheta-clipping-aereo A presidente Dilma Rousseff não tolera turbulências –nem as corriqueiras agitações da política nacional nem as literais: ela detesta quando o avião presidencial sacode em pleno ar.

Foi pelo medo do balanço que se habituou a verificar, pessoalmente, o plano de voo antes de decolar, tal qual um controlador de tráfego aéreo.

Ela estuda com diligência cartas meteorológicas e fez questão de aprender a ler os enigmáticos dados do painel da cabine do piloto, recinto em que, aliás, já é habitué.

Não raro, Dilma exibe, a 39 mil pés, seu estilo de chefia tão conhecido em terra.

“Joseli, por que o avião está sacudindo?”; “Joseli, que curva é essa?”; “Joseli, eu não quero ir mais rápido se for para passar por turbulência”.

O requisitado é Joseli Parente Camelo –tenente-brigadeiro do ar e autoridade máxima nas rotas oficiais desde os tempos em que a Presidência era ocupada por Luiz Inácio Lula da Silva.

Dilma costuma acionar o militar de quatro estrelas por um botão ao lado de sua poltrona. Quando o Airbus sacode, é fatal: a campainha toca. E, dependendo da trepidação, toca com muito vigor.

Certo dia, ela viajava de Brasília a Porto Alegre quando um detalhe curioso chamou a atenção de uma assessora. No lugar de uma linha reta, o gráfico que descrevia a trajetória da aeronave mostrava um zigue-zague. Motivo: a presidente insistiu para que Joseli fugisse do agito.

Os deslocamentos aéreos da presidente Dilma costumam demorar mais do que os voos comerciais.

Nas companhias privadas, as nuvens densas não são uma barreira. Afinal, sacudir em grandes altitudes é ruim porque incomoda, mas não por ser inseguro. Além disso, seguir em linha reta é mais rápido e mais barato.

Certa vez, o desvio foi tão grande que a aeronave fez a “curva” em Mato Grosso antes de aterrissar em Brasília.

Acostumado com as exigências da passageira, até o brigadeiro Joseli, como é conhecido, chegou a brincar: “Veja aqui, presidente, por onde a senhora quer ir”.

FONTE: Folha de São Paulo

COLABOROU: Galeão Cumbica

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Clésio Luiz

É tia, porque esses desvios de rota não custam alguns milhares de reais num avião do porte de um A319. O povo paga né?

Soyuz

É a cara do Brasil esta noticia. Governantes sem senso de dever, quase como crianças mimadas, que por medo de turbulência mudam rota de vôo. Pouco importa se haverá mais consumo de combustível, se haverá atraso, se estas mudanças geram impactos como atrasos no sistema de trafego aéreo (e por conseqüência em outras centenas de pessoas). O que importa é fazer a vontade da gerentona, antes que ela se zangue e passe uma descompostura geral nos funcionários que a servem! Imagino se por medo de enjoo, turbulência, todo passageiro que utiliza taxi aéreo decidisse impor ao piloto sua própria rota.… Read more »

Diegolatm

OFF-TOPIC: Acabou de sair na net essa noticia: SUCATÃO sofre acidente com militares no HAITI,(Ninguem ficou ferido)

http://folha.com/no1285365

joseboscojr

Eh Joseli!

Almeida

Joseli não pode reclamar, ele voa no esquadrão mais bem equipado da FAB…

Vader

Em sua aeronave o comandante é a autoridade máxima. A menos que a gerenta-escopeta queira sentar na cadeira do piloto e fazer o vôo todo.

Cadê o MPF para investigar isso aí???

Rogério

Ê L I X O

Marcos

Falou tudo, Soyuz!!

Apenas acrescento: a governanta, com suas atitudes de criança mimada de jardim de infância, pode estar pondo em risco outras aeronaves e a vida de centenas de passageiros.

Wagner

Risco bem grande, lembram do Tupolev Polonês que caiu na Rússia, em Smolensk ?? Apesar das acusação absurdas dos poloneses e de fanáticos anti-russos de que a Rússia abateu o avião, investigações concluíram que foi o presidente da Polônia quem fez exatamente o que a Dilma faz : ingerência no vôo. O cara mandou os pilotos pousarem lá, apesar da torre dizer que não era para pousar pq estava fechado. Os russos falaram : não pousem, vão para Moscou. Mas o presidente polonês insistiu em pousar lá. O resultado foi uma tragédia. Mas ainda assim tem gente que culpa os… Read more »

Nick

747-8 com padrão de acabamento dos Sheiks do petróleo para a Dima. 🙂

[]’s

Almeida

Quer se meter em tudo e não resolve NADA.

Gilberto Rezende

1) esta de que o piloto é o comandante absoluto da aeronave não cola nem na aviação executiva civil; 2) quem está na “carona” é a Presidente do país e comandante em chefe das forças armadas; 3) Dona Dilma deve ter sofrido a beça no tempo do Presidente Lula que não tinha essa frescura; 4) Este é o um exemplo prático das consequências de mulheres no poder; 5) OUTRO exemplo prático é quando MINHA mulher senta no banco do carona e apesar de sequer ter carteira de motorista desata uma sequência interminável de instruções e alertas de freio, olha a… Read more »

Vader

Wagner disse: 27 de maio de 2013 às 11:15 Muito bem lembrado. O estúpido do presidente polonês insistiu para que o pouso fosse feito em Smolensk, apesar dos pilotos. Deu no que deu. Mas o amigo também não contou que o controlador no comando da torre (he and other guy) poderia ter dado a ordem de fechamento da pista, e não o fez, esperando uma confirmação de alguma autoridade superior em Moscou, ordem essa que jamais veio… Ou seja: o sistema russo de controle de tráfego era (é) uma bela bomba… E isso me lembra de outro presidente que se… Read more »

Marcos

Isso tudo é frescura.

Chama o piloto “testeX” para levar madame fazer alguns estóis em um Xingú e a frescura acaba.

joseboscojr

Se um brigadeiro passa por isso, imaginem a cozinheira!!!
Curuis Credo!!!

Fernando "Nunão" De Martini

Marcos, “testeX” foi de lascar… Parece nome de camisinha!

rsrsrsrsrs

É quase isso. O apelido do cara é “ProvaX” (que lembra, talvez, nome de barbeador descartável ou óleo de carro, quem sabe).

Brincadeira, ProvaX!

Saudações!

Mauricio R.

Nem original ela é, já teve até presidente do BC, inventando escala em Brasília…

Observador

Tem muito chefe incompetente mundo afora fazendo a mesma coisa.

Como são incompetentes demais para o próprio serviço, preferem perder tempo metendo o bedelho no serviço dos outros, mesmo que não tenham a menor condição técnica pra tanto.