Por Emerson Kimura/Gizmodo Brasil

Ainda no eco da série especial Tire-me deste Rochedo, procuramos resumir aqui a triste história brasileira na Estação Espacial Internacional (ISS), cuja construção chegou a envolver um consórcio de 16 países.

Os fatos ajudam a entender por que a faixa que aparece sob fotos oficiais dos tripulantes das expedições à ISS mudou em 2007 desta:

… para esta:

Convocação

Em 1º de março de 1996, o Brasil e os Estados Unidos firmaram o “Acordo-quadro entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo dos Estados Unidos da América sobre a Cooperação nos Usos Pacíficos do Espaço Exterior”, que, nas palavras de Darly Henriques da Silva em artigo para o periódico “Space Policy”, “criou as condições legais para o Brasil ingressar em grandes programas espaciais internacionais, em particular a ISS”.

A Nasa convidou o país a participar da ISS em dezembro daquele ano. Nos meses seguintes, ocorreram negociações entre o Brasil e os EUA que levaram ao “Ajuste Complementar entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo dos Estados Unidos da América para o Projeto, Desenvolvimento, Operação e Uso de Equipamento de Vôo e Cargas Úteis para o Programa da Estação Espacial Internacional”, firmado em 14 de outubro e que basicamente estabelecia os papéis da Nasa e da Agência Espacial Brasileira (AEB) no projeto.

No acordo, a AEB comprometia-se a fornecer seis componentes para a estação:

• Instalação para Experimentos Tecnológicos (TEF)
• Janela de Observação para Pesquisa – Bloco 2 (WORF-2)
• Palete Expresso para Experimentos na Estação Espacial (EXPRESS)
• Container Despressurizado para Logística (ULC)
• Adaptador de Interface para Manuseio de Carga (CHIA)
• Sistema de Anexação ZI-ULC (ZI-ULC-AS)
Você pode ler as descrições de cada um no texto original do documento.

O investimento planejado era de US$ 120 milhões. Em troca, o Nasa ofereceria à AEB acesso aos recursos e instalações da estação, transporte de experimentos com ônibus espacial e uma vaga na tripulação da ISS.

1998 foi um ano de avanços. Marcos Cesar Pontes, então com 35 anos, foi o escolhido para ser o primeiro brasileiro a voar para o espaço e iniciou seu treinamento nos EUA. A Embraer foi selecionada como contratante principal do programa brasileiro na ISS, em um negócio que envolveria 15 empresas nacionais, e a Boeing foi contratada pelo Inpe para assessorar a construção e definir as especificações técnicas do projeto. Em novembro, foi lançado à órbita o primeiro segmento da ISS, o Zarya.

Início de jogo com gol contra

Mas não demorou para surgirem problemas: o Brasil deixou de pagar cerca de US$ 15 milhões à Boeing, vencidos em dezembro de 1998; o orçamento de 1999 do Ministério da Ciência e Tecnologia não incluiu a verba necessária para os compromissos do país no projeto da ISS; e ainda faltava destinar cerca US$ 20 milhões à Embraer. A participação brasileira na ISS foi colocada em xeque pela primeira vez, iniciando um debate sobre a sua importância e a sua validade.

Em maio de 1999, o governo brasileiro fez reuniões com representantes da Nasa e da Embaixada dos EUA e decidiu continuar dentro do projeto da ISS, mas a demora na liberação de verbas, entre outros problemas, manteve dirigentes da Nasa céticos quanto à capacidade do Brasil de cumprir os seus compromissos. Mesmo assim, a AEB ainda acreditava ser possível terminar as partes mais importantes dentro dos prazos estipulados, atrasando a produção das peças menos essenciais.

Desconfiada, a agência espacial norte-americana chegou a publicar em setembro uma solicitação de manifestação de “fontes potenciais” interessadas em fornecer o Express Pallet, item sob responsabilidade da AEB. No mês seguinte, o presidente Fernando Henrique Cardoso finalmente determinou a liberação da verba para a participação do país na ISS, o que, segundo o ministro da Ciência e Tecnologia, Ronaldo Sardenberg, asseguraria o cumprimento dos compromissos assumidos.

O ano 2000 teve algumas notícias animadoras, como a previsão de aumento de investimento público no setor espacial – o que incluía o programa da ISS –, a seleção de um novo astronauta, a ser realizada no ano seguinte, e uma negociação com a Boeing – a empresa ofereceria o design preliminar do Express Pallet e o suporte para a montagem dos outros equipamentos.

Em dezembro, Marcos Pontes completou o curso da Nasa e tornou-se o primeiro astronauta brasileiro, mas a data de sua viagem era uma incógnita. Inicialmente, ele tinha esperanças de que ocorresse em 2002 ou 2003, mas isso foi descartado devido a uma série de empecilhos.

Em 2001, os EUA fizeram cortes no orçamento destinado à ISS, diminuindo o número de tripulantes fixos na estação, e a Nasa reduziu o número de decolagens de ônibus espaciais. Com isso, a espera dos astronautas que estavam na fila para ir à ISS ficou mais longa.

No mesmo ano, a Embraer alertou sobre as dificuldades de construir os seis componentes previstos no acordo entre o Brasil e os EUA e soltou um relatório técnico alegando que a verba destinada pelo governo à empresa era suficiente para a montagem de apenas um dos equipamentos.

A partir de então, o negócio passou a desmoronar lentamente.

Faltas graves e cartão vermelho

Preocupado (com razão), o administrador da Nasa Sean O’Keefe enviou em junho de 2002 uma carta ao ministro da Ciência e Tecnologia, Ronaldo Sardenberg, na qual pedia que o Brasil confirmasse o seu compromisso em completar o Express Pallet no tempo combinado – ou seja, até abril de 2006, data em que o componente seria instalado na estação. Cabe dizer que o projeto original previa a entrega do equipamento em 2001. O ministro Sardenberg respondeu que não poderia garantir a fabricação do Express Pallet e pediu a realização de uma reunião com a agência norte-americana para discutir a participação do país na ISS. A essa altura, a Nasa já ameaçava excluir o Brasil do projeto.

Nos encontros – realizados em 30 de setembro e 1º de outubro, em Houston –, o Brasil exigiu a manutenção do plano original de gastos (US$ 120 milhões) e a fabricação das peças por indústrias do país; os EUA apenas pediram que o cronograma da ISS não fosse afetado pela participação brasileira.

O resultado foi a alteração das peças a serem fornecidas pelo Brasil. A mais importante, o Express Pallet, que sozinho custava mais do que os US$ 120 milhões do plano, não seria mais fabricada pelo país. O novo acordo previa a construção apenas de placas adaptadoras (FSEs) e do Container Despressurizado para Logística (ULC) – o único componente dos seis da lista original.

Cálculos realizados pela AEB e pela coordenação técnica do programa em 2003 estimaram o custo da construção das peças em US$ 80 milhões. Na mesma época, o Ministério da Ciência e Tecnologia cogitou cortar o programa, mas desistiu da ideia após analisar os impactos negativos que isso teria na imagem do país.

O governo, porém, apresentou um Plano Plurianual que previa para o projeto uma verba suficiente para a construção apenas dos FSEs. A AEB expôs essa dificuldade à Nasa, e um novo acordo foi fechado no final do ano: o Brasil fabricaria 43 FSEs, ao custo de aproximadamente US$ 8 milhões, e a construção de outros itens dependeria da disponibilidade de recursos. Os direitos do país previstos no acordo original, como a utilização da ISS e do ônibus espacial e a viagem do astronauta brasileiro, ficavam cada vez mais comprometidos pela diminuição da participação brasileira no programa.

Os tropeços brasileiros e a suspensão das missões com ônibus espacial após o acidente com o Columbia, que resultou na morte de seus sete tripulantes em 1º de fevereiro de 2003, deixavam o voo de Marcos Pontes cada vez mais incerto. Com isso, o Brasil começou a conversar com a Rússia em 2004 sobre a possibilidade de o astronauta ir à ISS a bordo de uma espaçonave russa.

Na Nasa, Pontes já não sabia mais o que dizer para justificar os atrasos do Brasil – chegando até a evitar cruzar com algumas pessoas nos corredores dos prédios – e esforçava-se para manter o país no programa.  A partir de uma ideia dele, a AEB e o Senai-SP fecharam acordo em abril de 2005 para a fabricação dos FSEs. Protótipos das placas seriam feitos pelo Senai, que desenvolveria metodologia de fabricação e controle de qualidade, e repassados à indústria para a produção. O Senai faria o serviço de graça e em troca ganharia “experiência”.

A AEB e a Roskosmos (agência espacial russa) assinaram em outubro um acordo para a Missão Centenário – nome em alusão aos 100 anos do voo de Santos Dumont com o avião 14-bis –, que levaria Pontes à ISS em março de 2006, a bordo de uma espaçonave Soyuz. O governo não revelou os valores, mas estima-se que o Brasil tenha pagado cerca de US$ 10 milhões para os russos. O astronauta seguiu então para o Centro de Treinamento de Cosmonautas Yuri Gagarin.

Mudanças no cronograma da ISS determinaram uma data-limite para a entrega das peças brasileiras – antes, não havia um prazo estipulado. No início de 2006, após cogitar dispensar o Brasil do programa da estação e repassar a fabricação dos equipamentos para a indústria norte-americana, a Nasa decidiu diminuir a participação brasileira – o país montaria apenas 15 dos 43 FPEs inicialmente previstos.

Em seguida, a Missão Centenário foi realizada – durou dez dias entre março e abril de 2006 –, e o Senai iniciou a fabricação do protótipo do equipamento. A Nasa, porém, enviou em dezembro uma carta à AEB informando que as placas não seriam mais necessárias, dando início a novas negociações, que duraram até o ano seguinte. No final, o Brasil não contribuiu com peça alguma para o programa.

“Brasil está fora do projeto da Estação Espacial (ISS)”, publicou em 28 de maio de 2007 “O Estado de S. Paulo”. Em entrevista ao jornal, John Logsdon, membro do Comitê de Conselho da Nasa, declarou:

“Apesar de ser improvável que a Nasa vá tomar qualquer atitude formal para cancelar seu contrato com a Agência Espacial Brasileira, o Brasil não aparece mais em seus documentos como um contribuinte da ISS. Na prática, portanto, o Brasil não faz mais parte da parceria da estação.”

Ao comentar o voo de Marcos Pontes, Logsdon revelou que “foi uma certa surpresa para os Estados Unidos saber que o Brasil tinha recursos para pagar à Rússia por um voo, mas não para financiar as contribuições que prometera para a ISS”. Ele ainda disse que a incapacidade brasileira em honrar seus compromissos deixou “um gosto ruim” na boca da Nasa.

A Estação Espacial Internacional completou 10 anos em novembro de 2008. A Nasa soltou um press release sobre o aniversário. Nenhuma menção ao Brasil.

FONTE: www.gizmodo.com.br

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Marcos

Sem comentáriops, né?!

Guilherme Poggio

Belo resumo de mais um naufrágio brasileiro na área científica.

Daglian

Uma pena, aí confirmamos ao mundo o quão incompetentes somos ao escolhermos nossos líderes. E re-confirmamos isso na relação Brasil-Irã… e em tantas outras vezes.

Ainda bem que a ciência não depende do Brasil para avançar, pois, se dependesse de nossos líderes, ainda estaríamos na idade da pedra.

Marcos

Mas o importante é que nós pagamos uma grana preta para os russos, talvez mais que o investimento,para fazermos turismo espacial. Pior ainda foi o programa cientifico: plantar semente de feijão no espaço para ver no que dava.

Giordani RS

“Ao comentar o voo de Marcos Pontes, Logsdon revelou que “foi uma certa surpresa para os Estados Unidos saber que o Brasil tinha recursos para pagar à Rússia por um voo, mas não para financiar as contribuições que prometera para a ISS”. Ele ainda disse que a incapacidade brasileira em honrar seus compromissos deixou “um gosto ruim” na boca da Nasa.” Hu-mi-lha-ção. Só lembrando, que o custo para levar o turista marcos pontes ao espaço foi, só a passagem, de US$20 milhões…só a passagem! Adicione-se o custo de formação e…! Eu não sei se é para rir ou para chorar… Read more »

joseboscojr

E tem gente que acha que o fracasso de nosso VLS se deve a sabotagem americana com o uso de um raio laser disparado por um satélite.
rsrsrsrs.

Optimus

Cuidado, amigos daqui e do facebook… por causa dos comentários acima, logo, logo aparecerão os “verdadeiros patriotas” do Brasil “PoTência” (se é que me entendem) chamando vcs de vira-latas, au-au, lambe-botas dos yankees, etc.

Mas tudo isso vai mudar, graças a nossos amigos franceses e suas TT “irrestritas” 😉

asbueno

Os programas espaciais brasileiro e hindu tiveram início praticamente na mesma época. Como estão hoje? Nós praticamente “na chom” e eles lançando satélites e enviando sondas à Lua…
Por que isso? Penso que por três motivos, ao menos:

1. lideranças mais sérias e comprometidas com o desenvolvimento do país (sim, em grande parte pela questão paquistanesa);
2. maior número de cientistas (PHDs);
3. um investimento contínuo.

Possivelmente com alguma ajuda soviética.

Em tempo: a Índia sempre foi um país de muitos miseráveis.

Daglian

Ah! Como faz falta um países um pouco mais “perigoso” e “belicoso” aqui perto de nós… iria forçar certas coisas aqui. Eu não queria muito ler este texto, me dá raiva e pena, me sinto humilhado.

Giordani RS

“asbueno disse:
26 de fevereiro de 2012 às 14:42
…Em tempo: a Índia sempre foi um país de muitos miseráveis.”

É! Mas a índia não vai ter estádio de futebol de 1º mundo!!!!! 🙁

asbueno

Giordani RS

Mas é preciso ter em mente que são estádios de futebol! Importantíssimos, vitais para a sobrevivência de nosso país potência!!!

Falta uma ação popular, em quebra-quebra. Só ocupar as principais vias das cidades no domingo de tarde, em silêncio e mostrar que não somos idiotas. Mas essa é outra estória…

asbueno

OPs!!!

Corrigindo:

SEM quebra-quebra!!!!

Marcelo

ué, cadê o pessoal de sempre para falar mal da “petralhada”? Ah é! Isso tudo aí aconteceu no governos dos tucanos…ótima matéria para mostrar que incompetência não escolhe partido político para aqueles que gostam de politizar cada problema que aparece.

Tadeu Mendes

Marcelo, Todos os dois governos (tucanos e petralhas) foram e sao irresponsaveis. Se os tucanos fizeram M…os petralhas pagaram 20 milhoes de dolares, para fazer uma propaganda bem populista, do tipo terceiro mundista, para um pais que aspira grandeza mas que nao tem seriedade com os temas realmente importantes. O que passaou com a cooperacao tecnologica no ISS foi um atestado de falta de responsabilidade, falta de seriedade e falta de objetividade. A ciencia pura no Brasil, nunca foi tratada com o respeito que merece. O Brasil so esta interassado em tecnologias que lhe rendam $$$$$$. A viagem de Marcos… Read more »

alphasr71a

Achei engraçado como o autor do texto encheu de referências ao futebol…. Not

Marcos

O Seu Braphiu e e a familia Zuzamericanu fizeram um contrato para levar laranjas do interior de S.Paulo para Berzonte. Zuzamericanu ficariam responsáveis por plantar os pés de laranja, cuidar, colher, transportar, distribuir, etc, e tal. O Braphiu ficaria responsável por fabricar pelo menos seis caixas de madeira padronizadas, cujos desenhos técnicos Zuzamericanu forneceriam. Em troca um dos filhos do Braphiu iria digrátris para Berzonte. E o que eram necessáiros mesmo? Ah, sim… as seis caixas. Então precisariamos da madeira, do serrote e dos pregos. Mas dai faltou verba para comprar essas coisas. Dai um dos filhos do Braphiu, que… Read more »

Mauricio R.

Um tanto curiosa a ilustração, na abertura desta matéria.
A “participação” americana é exibida em amarelo…
O que é que aconteceu c/ o bom e velho vermelho, branco e azul???
E o módulo de controle “Zarya” é russo, então não deveria aparecer em vermelho???
Agora quem coloriu de roxo e pink, as participações respectivamente de Itália e Japão, tá pedindo p/ apanhar!!!

Marcos

Peguei lá FORTE. A noticia ilustra bem a situação:

“Com obras atrasadas em portos e aeroportos, PAC empacado e outras adversidades, o governo federal gastou R$ 54,2 milhões em festas, coquetéis e holofotes variados em 2011.”

Tailhooker

E que é mais triste e alarmante é que até no FUTEBOL, o País é decadente, não ganha mais nada. Futebolzinho de terceira categoria….
O único campo em que há crescimento é na corrupção. Se houvesse uma Copa do Mundo de corrupção, já era HEXA há muito tempo.
Paisinho de VAGABUNDO. que vergonha

Marcos

Daqui quatrocentos anos, quando já houver alguma colonização em Marte, enquanto os Argentinos continuarão berrando por conta das Falklands/Malvinas, o governo brasileiro também irá espernear, dizendo que também tem direitos sobre parte de Marte.

uitinaxavier

Piada ridícula que tá no brasil tem gente que acredita que isso vai pra frente, o comprometimento que o brasil fez e ainda faz em vários projetos programas e não cumpre principalmente por parte de verbas aonde quem sofre são nossos cientistas.

Pessoal não adianta queremos colocar a culpa nesse governo ou naquele governo, essa completa inépcia vem desde de sempre desde do 1 dia da republica a mais de 100 anos coisa que não se via nos tempos de império o brasil continua sempre repetindo os erros do passado.

Marcelo

como assim, não se via nos tempos do Império?

Giordani RS

BraZileiro sofre de complexo de coitadinho. Já perceberam que ninguém quer assumir nada? Seja no condomínio ou no trabalho, na associação disso…no clube daquilo…não foi ninguém, mas as coisas vão acontecendo! Não é a toa que o braZil é a maior nação Espírita do mundo! Brincadeiras à parte, o fato é de vivemos a cultura do miserável. braZileiro adora ser tachado de coitadinho. Ah…ele é braZileiro, coitadinho dele…vejam as Leis “defte paif”, são pífias! Só aqui alguém atropela uma centena de pessoas, mata uma dúzia e nem vai preso porque ele “agiu em legítima defesa”…o vagabundo é filmado colocando dinheiro… Read more »

Daglian

Vou citar um off-topic que está relacionado a este texto mas não é exatamente sobre o mesmo assunto. É ridículo saber que o governo continua com esta MESMA postura. Acabei de ver que o ESO (Observatório Europeu para o Hemisfério Sul), entidade composta por 14 países europeus convidou somente um país fora do euro, o Brasil, para adentrar no projeto de observatórios no Deserto do Atacama, no Chile. Pois bem, o Brasil deveria despender 500 milhões de dólares em 10 anos, começando em 2011. Adivinhem? O Ministério da Ciência ainda não liberou o dinheiro mas diz que continua interessado no… Read more »

Daglian

Desculpem-se, faltou um link, específico da notícia sobre ingressarmos em tal projeto: http://www.eso.org/public/portugal/news/eso1050/

Daglian

Corrigindo: 555 milhões de REAIS; não dólares.

Marcos

De todos os países, o único que foi chutado para fora foi o Brasil.

Depois querem um axento no Conselho de Segurança da ONU.

Marcos

—-
ww.youtube.com/watch?v=qBgQrBIcm6k
—-

É um SuperPuma ????

Antonio M

E quem achou ruim que falaram da petralhada, mais uma : “…Em 8 anos, governo gastou R$ 10 bi com publicidade 20/12/10 – 0h00 BRASÍLIA – Ao longo de oito anos de governo, o presidente Lula gastou cerca de R$ 9,3 bilhões em publicidade, segundo balanço da Secretaria de Comunicação Social (Secom), divulgado na última semana, informa aplicações de R$ 1,1 bilhão em publicidade neste ano, apenas até o início de dezembro, uma média diária de R$ 3 milhões….” Como podem ver dinheiro há, e não apenas para a defesa, e a prioridade nos investimentos faz sentido…..para eLLes é claro… Read more »

Antonio M

“…A Nasa convidou o país a participar da ISS em dezembro daquele ano…”

Ué ?!?!?! Foram “ozamericanumalvadu” que convidaram o Brasil?!?!?!? Eles só boicotam a gente !!!!! rsrsrsrsr!!!!

Beto Holder

Minha nossa, nao sabia que a historia tinha sido tao feia e patetica…

É esse o pais que quer(ia) um assento no conselho da ONU?? Ou sera que esse assento era pra uma certa pessoa??

cristiano.gr

Mas que fiasco, tchê! Me tapei de vergonha. Fazia tempo que não sentia tanta vergonha pelo Brasil – melhor dizendo, pela população brasileira. Gosto de carnaval, mas no Brasil parece que o carnaval dura o ano todo e ninguém tem compromisso com nada. Foi uma grande oportunidade que o Brasil perdeu de ser um dos países com maior conhecimento do Espaço e que os governantes e seus ministros, tanto do PSDB como PT, não souberam aproveitar e chutaram o balde pagando para um “astronauta” brasileiro fazer um passeio e encerrar o assunto de uma maneira que ficasse bonitinha nos livros… Read more »

cristiano.gr

Se os governantes brasileiros tivessem sido mais líderes e menos chefes, teriam investido muito mais na parceria com a Nasa e na relação com o seleto grupo de países integrantes da ISS, teriam cumprido e honrado o prometido e acatado mais tarefas ou auxiliado outros países em seus projetos. Como consequência natural as pretensões brasileiras em relação ao Conselho de Segurança teriam eloquência e seriam muito mais respeitadas e melhor apoiadas.

Mas com as patetices e descompromisso citados no post, fica complicado.

cristiano.gr

Tem um leitor defendendo o Império, sempre declarei minha posição em favor ao Império e na minha opinião os golpistas republicanos queriam era participar do “puder” e montar uma malha de corrupção que lhes beneficiasse. E como alguns leitores compararam os valores de 9,3 bilhões de Reais “investidos” em propaganda pelo governo em 8 anos de “gestão” com os valores pífios que seriam necessários para o país se manter no projeto da ISS, faço um último comentário sobre o tema: Com tanto dinheiro pago a mídia do Brasil é possível eleger até um argentino para a presidência e fazer ele… Read more »

Alex

“Logsdon revelou que “foi uma certa surpresa para os Estados Unidos saber que o Brasil tinha recursos para pagar à Rússia por um voo, mas não para financiar as contribuições que prometera para a ISS”. ”

Vejam o que faz a estúpida burocracia….