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O programa Phenom 300 da Embraer avança firmemente, com o primeiro voo da quarta aeronave de testes realizado no final de fevereiro de 2009. Esse jato, matrícula PP-XVL, e a terceira aeronave (PP-XVK), que decolou pela primeira vez em 23 de dezembro de 2008, encontram-se em operação no Centro de Ensaios em Voo da Embraer, na Unidade Gavião Peixoto, no interior do Estado de São Paulo, juntamente com os dois primeiros jatos executivos Phenom 300, da categoria light.

A frota de testes é composta por quatro aeronaves: duas completamente instrumentadas, uma com interior básico e instrumentação de teste em voo e outra, com interior, que será usada para testes de funcionamento e confiabilidade dedicados à campanha de maturidade. A frota completa já ultrapassou 300 horas da campanha de ensaios em voo.

“À medida que a campanha de certificação e maturidade do jato Phenom 300, da categoria light, progride, também avançam as entregas dos primeiros jatos Phenom 100, da categoria entry level”, afirmou Maurício Almeida Filho, Diretor de Programas da Embraer – Aviação Executiva. “Esperamos que essa fase crucial para o Phenom 300 tenha o mesmo sucesso que teve a do Phenom 100.”

Os testes em solo e em voo avançam, com a conclusão dos ensaios em voo de partida do motor e determinação de tração (In-Flight Thrust Determination – IFTD), operação em pista molhada, extinção de fogo, testes do sistema de combustível, simulação de formação de gelo, entre outros. O Phenom 300 voou a 45 mil pés de altitude, mantendo a cabine a uma altitude de 6.600 pés. A velocidade máxima de cruzeiro – 450 nós (KTAS), ou 833 km/h, e Mach 0,78 – foi comprovada. Bancadas de ensaio foram usadas para aprimorar a aviônica, verificar os sistemas ambientais da aeronave e testar o sistema elétrico.

Testes de aerodinâmica e de formação natural de gelo estão ocorrendo atualmente, assim como a coleta de dados para o desenvolvimento do simulador de voo. O piloto automático está em avaliação e os testes de aviônica avançam com sucesso. Em breve, serão realizados testes de descarga elétrica, interferência de campos eletromagnéticos de alta intensidade (High Intensity Radiated Field – HIRF), ruído externo, ventos cruzados (cross winds) e operação a baixa temperatura (cold soak).

A campanha de certificação exigirá aproximadamente 1.400 horas de vôo e o Phenom 300 avança para concluí-la no segundo semestre de 2009. Os jatos executivos Phenom 100 e Phenom 300 possuem, em conjunto, uma carteira de pedidos firmes com mais de 800 aeronaves.

FONTE e FOTO: Embraer

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Andre

Mais de 800 pedidos firmes? Eh isso mesmo? Se for, a Embraer tah muito bem situada com o programa Phenom.

Alguem saberia me dizer quem desenvolve os softwares dos simuladores da Embraer? Seria ela propria?

Tailhooker

Não seria a CAE ?
Até onde sei, todo o treinamento em simulador em jatos da Embraer ocorre nas instalações da CAE em Dallas, TX, inclusive o treinamento dos Phenom.

RJ

Já nos programas militares (como o super-tucano), é tudo feito pela EMBRAER mesmo.

Jacubão

Bom, se o C-390 conseguir decolar, esses números certamente irá subir.

João Curitiba

Prezados Mauro e Jacubão Invertendo os números, então 85% do faturamento da Embraer vem da aviação civil. Qualquer um de nós sabe que a gente deve investir o principal recurso da empresa no produto mais rentável. Só o Phenom possui 800 pedidos. Fora os 190 e 145. O ST possui uns 100 encomendados. O AMX foi descontinuado por falta de pedidos. Além disso, aviões de uso militar vivem sofrendo vetos de todo lado. Já os aviões de uso civil são comercializados livremente. Acho que isto explica porque a Embraer está pondo suas fichas no segmento civil. Para ela investir no… Read more »

Tailhooker

Qualquer indústria aeroespacial depende de apoio governamental em alguma fase de sua vida para decolar. Isso vale para qualquer lugar no mundo. Se observarmos, os grandes conglomerados aeroespaciais têm uma grande diversidade de produtos em seus portfólios, nem sempre todo o seu negócio se limita ao ambiente de aviação. A Bombardier é um bom exemplo. Produz de jetski a trem, passando por jatos regionais. É natural que a Embraer busque, em tempo de crise, um maior percentual de receita da área de defesa e do setor de manutenção e suporte ao cliente. Com a tecnologia que domina e a mão… Read more »

João Curitiba

Caro Tailhooker

Você está certo e o melhor exemplo disso no Brasil é a Avibrás, embora seja uma nanica frente à Embraer. Ela produz uma gama variada de produtos, inclusive blindados leves para transporte de tropas. Mas não sei se terá fôlego, se não houver apoio governamental. Vide Bernardini, que fazia de cofres a blindados.

Quanto à Embraer, não entendo porque ela saiu do segmento de turbo-hélice. Principalmente para carga, algo do porte do Casa que a FAB adquiriu, que pode ter múltiplo emprego, civil e militar.

Só nos resta observar e torcer.

Abraços

[…] jato executivo Phenom 100, da categoria entry level, recebeu hoje o Certificado de Tipo da European Aviation Safety Agency […]

Andre

Mais de 800 pedidos firmes? Eh isso mesmo? Se for, a Embraer tah muito bem situada com o programa Phenom.

Alguem saberia me dizer quem desenvolve os softwares dos simuladores da Embraer? Seria ela propria?

Tailhooker

Não seria a CAE ?
Até onde sei, todo o treinamento em simulador em jatos da Embraer ocorre nas instalações da CAE em Dallas, TX, inclusive o treinamento dos Phenom.

RJ

Já nos programas militares (como o super-tucano), é tudo feito pela EMBRAER mesmo.

Jacubão

Bom, se o C-390 conseguir decolar, esses números certamente irá subir.

João Curitiba

Prezados Mauro e Jacubão Invertendo os números, então 85% do faturamento da Embraer vem da aviação civil. Qualquer um de nós sabe que a gente deve investir o principal recurso da empresa no produto mais rentável. Só o Phenom possui 800 pedidos. Fora os 190 e 145. O ST possui uns 100 encomendados. O AMX foi descontinuado por falta de pedidos. Além disso, aviões de uso militar vivem sofrendo vetos de todo lado. Já os aviões de uso civil são comercializados livremente. Acho que isto explica porque a Embraer está pondo suas fichas no segmento civil. Para ela investir no… Read more »

Tailhooker

Qualquer indústria aeroespacial depende de apoio governamental em alguma fase de sua vida para decolar. Isso vale para qualquer lugar no mundo. Se observarmos, os grandes conglomerados aeroespaciais têm uma grande diversidade de produtos em seus portfólios, nem sempre todo o seu negócio se limita ao ambiente de aviação. A Bombardier é um bom exemplo. Produz de jetski a trem, passando por jatos regionais. É natural que a Embraer busque, em tempo de crise, um maior percentual de receita da área de defesa e do setor de manutenção e suporte ao cliente. Com a tecnologia que domina e a mão… Read more »

João Curitiba

Caro Tailhooker

Você está certo e o melhor exemplo disso no Brasil é a Avibrás, embora seja uma nanica frente à Embraer. Ela produz uma gama variada de produtos, inclusive blindados leves para transporte de tropas. Mas não sei se terá fôlego, se não houver apoio governamental. Vide Bernardini, que fazia de cofres a blindados.

Quanto à Embraer, não entendo porque ela saiu do segmento de turbo-hélice. Principalmente para carga, algo do porte do Casa que a FAB adquiriu, que pode ter múltiplo emprego, civil e militar.

Só nos resta observar e torcer.

Abraços

[…] jato executivo Phenom 100, da categoria entry level, recebeu hoje o Certificado de Tipo da European Aviation Safety Agency […]