Saiu a Estratégia Nacional de Defesa

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O documento pode ser acessado aqui. Abaixo, destacamos a parte que se refere à Força Aérea Brasileira:

A Força Aérea Brasileira: vigilância orientadora, superioridade aérea, combate focado, combate
aeroestratégico

1. Quatro objetivos estratégicos orientam a missão da Força Aérea Brasileira e fixam o lugar de seu trabalho dentro da Estratégia Nacional de Defesa. Esses objetivos estão encadeados em determinada ordem: cada um condiciona a definição e a execução dos objetivos subseqüentes.
a. A prioridade da vigilância aérea.
Exercer do ar a vigilância do espaço aéreo, sobre o território nacional e as águas jurisdicionais brasileiras, com a assistência dos meios espaciais, terrestres e marítimos, é a primeira das responsabilidades da Força Aérea e a condição essencial para poder inibir o sobrevôo desimpedido do espaço aéreo nacional pelo inimigo. A estratégia da Força Aérea será a de cercar o Brasil com sucessivas e complementares camadas de visualização, condicionantes da prontidão para responder.
Implicação prática dessa tarefa é que a Força Aérea precisará contar com plataformas e sistemas próprios para monitorar, e não apenas para combater e transportar, particularmente na região amazônica.
O Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro (SISDABRA), uma dessas camadas, disporá de um complexo de monitoramento, incluindo veículos lançadores, satélites geoestacionários e de monitoramento, aviões de inteligência e respectivos aparatos de visualização e de comunicações,
que estejam sob integral domínio nacional.
O Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA) será fortalecido como núcleo da defesa aeroespacial, incumbido de liderar e de integrar todos os meios de monitoramento aeroespacial do País. A indústria nacional de material de defesa será orientada a dar a mais alta prioridade ao desenvolvimento das tecnologias necessárias, inclusive aquelas que viabilizem independência do sistema de sinal GPS ou de qualquer outro sistema de sinal estrangeiro. O potencial para contribuir
com tal independência tecnológica pesará na escolha das parcerias com outros países em matéria de tecnologias de defesa.
b.O poder para assegurar superioridade aérea local.
Em qualquer hipótese de emprego a Força Aérea terá a responsabilidade de assegurar superioridade aérea local. Do cumprimento dessa responsabilidade, dependerá em grande parte a viabilidade das operações navais e das operações das forças terrestres no interior do País. O requisito do potencial
de garantir superioridade aérea local será o primeiro passo para afirmar a superioridade aérea sobre o território e as águas jurisdicionais brasileiras.
Impõe, como conseqüência, evitar qualquer hiato de desproteção aérea no período de 2015 a 2025, durante o qual terão de ser substituídos a atual frota de aviões de combate, os sistemas de armas e armamentos inteligentes embarcados, inclusive os sistemas inerciais que permitam dirigir o fogo ao alvo com exatidão e “além do alcance visual”.

c. A capacidade para levar o combate a pontos específicos do território nacional, em conjunto com o Exército e a Marinha, constituindo uma única força combatente, sob a disciplina do teatro de operações.
A primeira implicação é a necessidade de dispor de aviões de transporte em número suficiente para transportar em poucas horas uma brigada da reserva estratégica, do centro do País para qualquer ponto do território nacional. As unidades de transporte aéreo ficarão baseadas no centro do País, próximo às reservas estratégicas da Força Terrestre.
A segunda implicação é a necessidade de contar com sistemas de armas de grande precisão, capazes de permitir a adequada discriminação de alvos em situações nas quais forças nacionais poderão estar entremeadas ao inimigo.
A terceira implicação é a necessidade de dispor de suficientes e adequados meios de transporte para apoiar a aplicação da estratégia da presença do Exército na região Amazônica e no Centro-Oeste, sobretudo as atividades operacionais e logísticas realizadas pelas unidades da Força Terrestre situadas na fronteira.
d. A índole pacífica do Brasil não elimina a necessidade de assegurar à Força Aérea o domínio de um potencial estratégico que se organize em torno de uma capacidade, não em torno de um inimigo. Sem que a Força Aérea tenha o pleno domínio desse potencial aeroestratégico, não estará ela em condições de defender o Brasil, nem mesmo dentro dos mais estritos limites de uma guerra defensiva. Para tanto, precisa contar com todos os meios relevantes: plataformas, sistemas de armas, subsídios cartográficos e recursos de inteligência.

2. Na região amazônica, o atendimento a esses objetivos exigirá que a Força Aérea disponha de unidades com recursos técnicos para assegurar a operacionalidade das pistas de pouso e das instalações de proteção ao vôo nas situações de vigilância e de combate.

3. O complexo tecnológico e científico sediado em São José dos Campos continuará a ser o sustentáculo da Força Aérea e de seu futuro. De sua importância central resultam os seguintes imperativos estratégicos:
a. Priorizar a formação, dentro e fora do Brasil, dos quadros técnicocientíficos, militares e civis, que permitam alcançar a independência tecnológica;
b. Desenvolver projetos tecnológicos que se distingam por sua fecundidade tecnológica (aplicação análoga a outras áreas) e por seu significado transformador (alteração revolucionária das condições de combate), não apenas por sua aplicação imediata;
c. Estreitar os vínculos entre os Institutos de Pesquisa do Centro Tecnológico da Aeronáutica (CTA) e as empresas privadas, resguardando sempre os interesses do Estado quanto à proteção de patentes e à propriedade industrial;

d. Promover o desenvolvimento, em São José de Campos ou em outros lugares, de adequadas condições de ensaio;
e. Enfrentar o problema da vulnerabilidade estratégica criada pela concentração de iniciativas no complexo tecnológico e empresarial de São José dos Campos. Preparar a progressiva desconcentração geográfica de algumas das partes mais sensíveis do complexo.

4. D entre todas as preocupações a enfrentar no desenvolvimento da Força Aérea, a que inspira cuidados mais vivos e prementes é a maneira de substituir os atuais aviões de combate no intervalo entre 2015 e 2025, uma vez esgotada a possibilidade de prolongar-lhes a vida por modernização de seus sistemas de armas, de sua aviônica e de partes de sua estrutura e fuselagem.
O Brasil confronta, nesse particular, dilema corriqueiro em toda a parte: manter a prioridade das capacitações futuras sobre os gastos atuais, sem tolerar desproteção aérea. Precisa investir nas capacidades que lhe assegurem potencial de fabricação independente de seus meios aéreos de defesa. Não pode, porém, aceitar ficar desfalcado de um escudo aéreo enquanto reúne as condições para ganhar tal independência. A solução a dar a esse problema é tão importante, e exerce efeitos tão variados sobre a situação estratégica do País na América do Sul e no mundo, que
transcende uma mera discussão de equipamento e merece ser entendida como parte integrante da Estratégia Nacional de Defesa.
O princípio genérico da solução é a rejeição das soluções extremas – simplesmente comprar no mercado internacional um caça “de quinta geração” ou sacrificar a compra para investir na modernização dos aviões existentes, nos projetos de aviões não-tripulados, no desenvolvimento,
junto com outro país, do protótipo de um caça tripulado do futuro e na formação maciça de quadros científicos e técnicos. Convém solução híbrida, que providencie o avião de combate dentro do intervalo temporal necessário mas que o faça de maneira a criar condições para a fabricação nacional de caças tripulados avançados.

Tal solução híbrida poderá obedecer a um de dois figurinos. Embora esses dois figurinos possam coexistir em tese, na prática um terá de prevalecer sobre o outro. Ambos ultrapassam de muito os limites convencionais de compra com transferência de tecnologia ou “off-set” e envolvem iniciativa substancial de concepção e de fabricação no Brasil.
Atingem o mesmo resultado por caminhos diferentes.
De acordo com o primeiro figurino, estabelecer-se-ia parceria com outro país ou países para projetar e fabricar no Brasil, dentro do intervalo temporal relevante, um sucedâneo a um caça de quinta
geração à venda no mercado internacional. Projeta-se e constrói-se o sucedâneo de maneira a superar limitações técnicas e operacionais significativas da versão atual daquele avião (por exemplo, seu raio de ação, suas limitações em matéria de empuxo vetorado, sua falta de baixa assinatura radar). A solução em foco daria resposta simultânea aos problemas das limitações técnicas e da independência tecnológica.

De acordo com o segundo figurino, seria comprado um caça de quinta geração, em negociação que contemplasse a transferência integral de tecnologia, inclusive as tecnologias de projeto e de fabricação do avião e os “códigos-fonte”. A compra seria feita na escala mínima necessária
para facultar a transferência integral dessas tecnologias.
Uma empresa brasileira começa a produzir, sob orientação do Estado brasileiro, um sucedâneo àquele avião comprado, autorizado por negociação antecedente com o país e a empresa vendedores. A solução em foco
dar-se-ia por seqüenciamento e não por simultaneidade.
A escolha entre os dois figurinos é questão de circunstância e de negociação. Consideração que poderá ser decisiva é a necessidade de preferir a opção que minimize a dependência tecnológica ou política em relação a qualquer fornecedor que, por deter componentes do avião a comprar ou a modernizar, possa pretender, por conta dessa participação, inibir ou influir sobre iniciativas de defesa desencadeadas pelo Brasil.

5. Três diretrizes estratégicas marcarão a evolução da Força Aérea.
Cada uma dessas diretrizes representa muito mais do que uma tarefa, uma oportunidade de transformação.
A primeira diretriz é o desenvolvimento do repertório de tecnologias e de capacitações que permitam à Força Aérea operar em rede, não só entre seus próprios componentes, mas, também, com o Exército e a Marinha.
A segunda diretriz é o avanço nos programas de veículos aéreos não tripulados, primeiro de vigilância e depois de combate. Os veículos não tripulados poderão vir a ser meios centrais, não meramente acessórios, do combate aéreo, além de facultar patamar mais exigente de precisão no
monitoramento/controle do território nacional. A Força Aérea absorverá as implicações desse meio de vigilância e de combate para sua orientação tática e estratégica. Formulará doutrina sobre a interação entre os veículos tripulados e não tripulados que aproveite o novo meio para radicalizar o
poder de surpreender, sem expor as vidas dos pilotos.
A terceira diretriz é a integração das atividades espaciais nas operações da Força Aérea. O monitoramento espacial será parte integral e condição indispensável do cumprimento das tarefas estratégicas que orientarão a Força Aérea: vigilância múltipla e cumulativa, superioridade aérea local e fogo focado no contexto de operações conjuntas. O desenvolvimento da tecnologia de veículos lançadores servirá como instrumento amplo, não só para apoiar os programas espaciais, mas também para desenvolver tecnologia nacional de projeto e de fabricação de mísseis.

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Melk

Rapaz, finalmente ai esta com todas as letras, o Brasil assume de vez, que precisa e de que ira desenvolver mísseis paralelamente ao programa espacial. Ufa já não era sem tempo isso, o Estado chegar e assumir na “cara´´ que ira sim produzir mísseis com a tecnologioa adiquirida por intermedio do programa espacial, tem governo que uma hora dessas já esta com urticarias…

Igor

Tomará que saia um ICBM.

Marlos Barcelos

Espero que isso saia do papel e não seja mais um balão de ensaio.

Tiago Jeronimo

O mais interessante é saber se essa plano sobrevive ao próximo presidente.

zocca

tenham muita fe, e pasciencia e saibam que tudo e ao seu tempo.

Hornet

E por que não sobreviveria, se o plano foi aprovado pelo Conselho Nacional de Defesa, que é um órgão supra-partidário e ligado ao Estado Brasileiro e não ao Governo?

Além disso, pra que servem os organismos de pressão, como a imprensa, os Comandos militares, as empresas envolvidas etc.

E além disso, acordos internacionais estão sendo assinados. E acordos internacionais são assinados entre países e não entre governos.

abraços

Francisco M. Xavier

Sei não, é muito blá blá blá…. coisa de Brasil! cheio de pompa e arrogância de quem não é nada, e não sabe nada, nunca foi sério nestes assunto, chegou agora, mas quer sentar na janela! e sem bilhete! mas como sou pess…. tomara que eu morda a língua 🙂

Hornet

Galante, como eu já imagino o que vai virar isso aqui, porque pelo visto existe uma certa dificuldade de se entender o que é um plano e mais ainda um plando estratégico de Defesa, então estou copiando e colando o que escrevi no Naval… ================================================== Acho que o Galante deveria trocar os nomes dos Blogs para: Blog São Tomé (para discussões sobre fé, religiosidade, crenças particulares e ateismo), Blog Muro das Lamentações (para todos poderem deixar por escritos suas angústias e suas inquietações mais profundas e que afetam suas almas) e Blog Se hay Gobierno, Soy Contra (para todos trocarem… Read more »

Rudel

Isso não é um plano estragtégico. É uma carta justificando o que o governo vai fazer nos próximos anos.

welington

Se Deus quiser ainda verei o Brasil com mísseis ICBM,Arsenal nuclear,submarinos convencionais, nucleares e nucleares SLBM, novos Blindados,caças, aeronaves de transporte pesado, reabastecedores aéreos, aeronaves de ataque de precisão não tripuladas, aeronaves de alerta antecipado de longo alcance(com radares nacionais),novos fuzis, sistemas de defesa anti aérea novos e mais capazes e uma industria naval que consiga atender a nossa marinha.
Acho que to sonhando de mais rrsrsrsrs, mas se Deus me permitir ainda vou cer o nosso país com este estratos de potencia militar.
Um abraço a todos.

Cinquini

Hornet,

Como não te agradeci no outro blog, agradeço aqui pela sugestão dos 3 novos blogs!!!

Só rindo mesmo!!! Me lembrei até de um ditado bem famoso: – O pior cego é aquele que não quer ver.

Abração

Fábio Max

Eu leio tudo isso e fico com a nítida impressão de que, quem escreveu, lê o Blog do Poder Aéreo todos os dias.

Cinquini

Jobim: política militar é papel de governo civil O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou nesta quinta-feira que a formulação de políticas militares é um papel do governo civil. Em discurso no lançamento do Plano Nacional de Defesa, que prevê reformulações no setor das Forças Armadas, Jobim disse que os militares assumiram essa tarefa em outras ocasiões porque o poder civil não o fez. “(O plano) é a formulação de uma política militar que defina preparação, programação e atualização das Forças Armadas. Isso deve ser feito pelo governo democrático”, afirmou Jobim. “Se o governo civil não assumir essa tarefa, evidentemente… Read more »

Cinquini

Lula: defesa deve depender apenas de tecnologia nacional Laryssa Borges Direto de Brasília O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira que o compromisso de defender a soberania nacional e proteger as fronteiras do País deve ser cumprido fortalecendo as Forças Armadas e trabalhando para que seja utilizada apenas tecnologia nacional. Ao lançar a Estratégia Nacional de Defesa, que prevê a reorganização das três Forças Armadas, a reestruturação da indústria brasileira de material de defesa e uma política de composição dos quadros militares efetivos, o presidente observou que é preciso repensar o papel de Exército, Marinha e Aeronáutica… Read more »

Nunão

Novamente, como comentei no caso da parte Naval da estratégia, não vi grandes diferenças entre o que vinha sendo divulgado aos poucos e a obra completa acima. Na parte do caça, há alguns malabarismos para passar recados e ao mesmo tempo não fechar portas, a meu ver. O que mais gostei está relacionado à aviação de transporte: “…necessidade de dispor de aviões de transporte em número suficiente para transportar em poucas horas uma brigada da reserva estratégica, do centro do País para qualquer ponto do território nacional. As unidades de transporte aéreo ficarão baseadas no centro do País, próximo às… Read more »

Hornet

Nunão,

também achei que o conta-gotas bateu com a receita do remédio final…mas de qualquer modo, agora ao menos sabemos o que o documento diz.

um forte abraço

Francisco M. Xavier

Hornet, parabéns pela sugestão da criação do blog! principalmente o do “muro das lamentações”! 🙂 Mas não tenho dificuldade de entender nada deste plano nem suas aspirações! tenho dificuldade em acreditar nesta megalomania, só isso. Se ela passar para “realidadeomania”, como disse vou morder a língua, até arrancar fora! com prazer. De boa intenção….aliás, o nosso tá vazio! e bem! nesse momento! Comecem devagar poh! devagar não! he he, comecem aos poucos, mas rápido e contundente! 1 – Comprem de uma vez este vetor para FAB! 2 – Reativem as principais indústrias fechadas nos anos 80 e 90 (principalmente a… Read more »

Hornet

hehehe…Beleza! Eu entendo sua posição, Francisco M. Xavier. Mas vc achou megalomaníaco o plano? Eu até que achei razoável e factível, especialmente levando-se em conta o longo prazo…mas enfim…

um forte abraço

Billy

Evitar lapso na superioridade aérea a partir e 2015? e até lá conta com a “indole pacífica” do Huguito? O ítem 4 é de dificil assimilação:Não pode existir esta dicotomia entre um 5ª geração , que foram criados para derrotar flanker e a AAA e radares mais modernos JÁ EM OPERAÇÃO com a necessidade de pesquisa e desenvolvimento de projetos futuros. É o preço pelo abandono do desenvolvimento bélico e consequentemente desenvolvimento tecnológico.

Hornet

Aproveitando a oportunidade, deixa eu copiar aqui o que escrevi no Naval a respeito da diferença entre um plano e um projeto. Talvez seja útil e possa ajudar na discussão e até mesmo para termos os pés no chão em relação ao que foi anunciado hoje, no documento do END… __________________________ A questão semântica acho que pode ser melhor explicada assim. Toda cidade tem (ou deveria ter) um Plano Diretor, que é o instrumento básico da política de desenvolvimento do Município. Sua principal finalidade é orientar a atuação do poder público e da iniciativa privada na construção dos espaços urbano… Read more »

Tiago Jeronimo

“#
Hornet em 18 dez, 2008 às 15:48

E por que não sobreviveria, se o plano foi aprovado pelo Conselho Nacional de Defesa, que é um órgão supra-partidário e ligado ao Estado Brasileiro e não ao Governo?

Além disso, pra que servem os organismos de pressão, como a imprensa, os Comandos militares, as empresas envolvidas etc.

E além disso, acordos internacionais estão sendo assinados. E acordos internacionais são assinados entre países e não entre governos.

abraços”

Hornet você só esqueceu que estamos no Brasil, onde os interesses mudam e tudo pode acontecer na política brasileira. Eu não dúvido de nada.

Hornet

Pois é, Tiago…nem eu… Como tudo pode acontecer, então… Brincadeira! Mas existem questões que podem ser bem amarradas politicamente e perpassam a governos. Claro, nada é lindo e maravilhoso no Brasil, mas se é verdade o que todos afirmam que é – ou seja, tudo ser circunstancial e conjuntural -, o país não se viabilizaria e já estaríamos em guerra civil há muito tempo. E temos exemplo em contrário disso. Quando algo se torna importante o suficiente e compreendido por boa parte da população como sendo necessário, a coisa funciona. Um exemplo vindo de minha área: por mais demente que… Read more »

Cinquini

Hornet, me passe seu e-mail, quero continuar alguns assuntos “off topic” com vc!

cinquini@gmail.com

Abração

Cinquini

Francisco M. Xavier

O Hornet tu é F…. eta “guri” bão das idéia! 🙂 gostei do link “nosso papo” com o plano diretor! faz a gente ilustrar melhor na cabeça o PD.
Mas como disse o Tiago: estamos no Brasil! esse é nosso único temor!
Abração! profi!
Francisco

Hornet

amigo Francisco M. Xavier, O Brasil não é pra ser temido (da maneira como vc disse), precisamos saber decifrá-lo. Esse país é um enigma. Faz tempo que tento decifrar essa “Esfinge Tropical”…hehehe Se nada garante que vá dar certo e nada garante que não vá dar certo, então prefiro atuar no sentido de contribuir para que as coisas dêem certo, pois são necessárias. Acho que com o passar do tempo, com a maturidade chegando, fui perdendo um pouco a ilusão juvenil de que as coisas não irão dar certo simplesmente porque as coisas não estão ao nosso alcance…darão certo, se… Read more »

Francisco M. Xavier

Sim teacher! mas espero que algum “importante” leai os meus “desanimados” post e diga: Vou fazer o Francisco Morder a lingua este pessimista de uma figa! 🙂

Abraço Hornet!

Francisco

Cinquini

O que o Hornet falou é de suma importância! A gente tem que entender que comprar o Material de Emprego Militar (caças, carros de combate, submarinos, etc) não é uma coisa simples, não está em jogo só o quesito tecnologico, tem questões políticas, comerciais e de conhecimento acadêmico tecnologico. Muito se diz esse é o melhor, precisamos ter o o melhor, mas a que custo? Imagine um governo qualquer, aqui usarei de exemplo o governo dos EUA, mas é algo hipotético, nos perguntando se a gente quer F-22? Ai o nosso governo diz sim, é lógico que queremos! Então o… Read more »

Walderson

Grande amigo Hornet. concordo contigo em gênero, número e grau. Muito bons os comentários. Muito legal a sugestão para a troca do nome do Blog. Hehehehe. Tb penso dessa forma. Acho que o Brasil tem e sempre terá jeito. As coisas andam para um bom desfecho mesmo que alguns não queiram ou não acreditem. Para mim, o país melhorou e se desenvolveu muito nos últimos tempos. Um outro detalhe é que o Brasil será tão melhor quanto melhor o queiramos, ou seja, cada um de nós é muito importante para a melhora deste país. Por isso convido os amigos pessimistas… Read more »

Luiz Pinelli  Neto

O Plano Estratégico de Defesa Nacional. É realmente um excelente plano de revitalização das nossas FAs, que muitos anos ficaram entregues ao descaso e ao abandono governamental. Pessoalmente, tenho receios que este planejamento não seja aplicado integralmente como se faz necessário à soberania e a segurança de nossa Nação. A maior culpa cabe à nossa sociedade, que de mente fraca, é totalmente avessa aos aspectos de nossa segurança nacional, na verdade só se mobilizando, de forma espontânea , para os assuntos de futebol, samba e cerveja. Sem dúvidas, este povo é um carma espiritual pesado para o Brasil. Aproveitando ainda… Read more »

Luiz Pinelli  Neto

Lêdo Engano !! A pressão política e outras não confessáveis acabaram vencendo o patriotismo brasileiro frouxo, contido, aparentemente, a partir da edição do Plano Estratégico de Defesa para o Rearmamento das forças armadas do Brasil. Gerou tantas boas expectativa na mente de muitos brasileiros patriotas, mas agora, este sonho teve um fim melancólico e depressivo. — “Que Triste vergonha !!! No dia 2 /junho/09 foi assinado uma acordo de cooperação militar Brasil/EEUU, para nossas FAs começarem a receber material bélico vencido, inservível, defasado tecnicamente, de uso inútil e muito deficiente, total lixo que os americanos não querem. E mais o… Read more »

Luiz Pinelli  Neto

Plano Estratégico de Defesa do Brasil 01 Entendemos que os tanques blindados pesados M-60 A3TTS são excelentes tanques, embora antigos e adquiridos em 2ª mão dos nossos “eternos aliados do norte”. Apesar de boa blindagem, não possui saias laterais que poderiam oferecer certa defesa para armas portáteis anti-tanques, mas o grande perigo contra os tanques de quaisquer tipos ou blindagens são a munição em flecha. Acrescentemos que o grande peso destes tanques para a situação geográfica do Brasil, torna-se um complicador. Ele não poderá ser usado em qualquer terreno sem a devida cobertura aérea. Brigadas ou esquadrilhas de modernos helicópteros… Read more »

Luiz Pinelli  Neto

O Plano Estratégico e os Custos Gerados !!! Hoje, domingo, este patriota velho, está muito preocupado com o desenrolar do nosso Plano Estratégico de Defesa Militar. Até agora o governo não definiu as Fontes de Recursos tão necessárias à execução plena deste Plano de Defesa, pois, vejamos o tamanho do território brasileiro, com toda sua diversificação geográfica do terreno, sem falarmos do grande contingente humano das nossas FAs. A necessidade da organização e do aparelhamento de material bélico, com a aquisição de novos armamentos, com a adequação, ao terreno brasileiro, de outros armamentos modernos, com a repotencialização de alguns bons… Read more »

Luiz Pinelli  Neto

“-O Plano Estratégico de Defesa Militar do Brasil, vai para o espaço ???” O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM A SOCIEDADE BRASILEIRA ? A Lei nº 8.666 de 21/06/1993, que institui as normas para licitações e contratos na administração pública do Brasil foi violentamente criticada pelo governo por “atrapalhar” as obras dos PACs. As obras na Ferrovia Norte-Sul foram paralisadas pelo TCU, segundo este Órgão de Controle Externo, visto terem sidos encontradas muitas irregularidades gravíssimas, aliás, não é comum este procedimento técnico dos tribunais de contas, só diante de “caso de polícia imediato”. O Governo vetou a LDO ( A Lei… Read more »

Luiz Pinelli  Neto

A Soberania Ameaçada !! Por uma questão de justiça temos que afirmar que este governo atual, até agora vem investindo mais nas FAs do Brasil que os dois governos civis anteriores, muito embora, não seja este o objetivo estratégico deste governo é o foco no SOCIAL, a moda dele é lógico. Conforme comentado em outras oportunidades, o tamanho territorial e as diferenças geográficas do Brasil,, com suas imensas riquezas descobertas e a descobrir, a necessidade real dos governos manterem a soberania do nosso solo pátrio e a garantia da participação do povo e da sociedade, nos benefícios do gozo social… Read more »

Melk

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Igor

Tomará que saia um ICBM.

Marlos Barcelos

Espero que isso saia do papel e não seja mais um balão de ensaio.

Tiago Jeronimo

O mais interessante é saber se essa plano sobrevive ao próximo presidente.

zocca

tenham muita fe, e pasciencia e saibam que tudo e ao seu tempo.

Hornet

E por que não sobreviveria, se o plano foi aprovado pelo Conselho Nacional de Defesa, que é um órgão supra-partidário e ligado ao Estado Brasileiro e não ao Governo?

Além disso, pra que servem os organismos de pressão, como a imprensa, os Comandos militares, as empresas envolvidas etc.

E além disso, acordos internacionais estão sendo assinados. E acordos internacionais são assinados entre países e não entre governos.

abraços

Francisco M. Xavier

Sei não, é muito blá blá blá…. coisa de Brasil! cheio de pompa e arrogância de quem não é nada, e não sabe nada, nunca foi sério nestes assunto, chegou agora, mas quer sentar na janela! e sem bilhete! mas como sou pess…. tomara que eu morda a língua 🙂

Hornet

Galante, como eu já imagino o que vai virar isso aqui, porque pelo visto existe uma certa dificuldade de se entender o que é um plano e mais ainda um plando estratégico de Defesa, então estou copiando e colando o que escrevi no Naval… ================================================== Acho que o Galante deveria trocar os nomes dos Blogs para: Blog São Tomé (para discussões sobre fé, religiosidade, crenças particulares e ateismo), Blog Muro das Lamentações (para todos poderem deixar por escritos suas angústias e suas inquietações mais profundas e que afetam suas almas) e Blog Se hay Gobierno, Soy Contra (para todos trocarem… Read more »

Rudel

Isso não é um plano estragtégico. É uma carta justificando o que o governo vai fazer nos próximos anos.

welington

Se Deus quiser ainda verei o Brasil com mísseis ICBM,Arsenal nuclear,submarinos convencionais, nucleares e nucleares SLBM, novos Blindados,caças, aeronaves de transporte pesado, reabastecedores aéreos, aeronaves de ataque de precisão não tripuladas, aeronaves de alerta antecipado de longo alcance(com radares nacionais),novos fuzis, sistemas de defesa anti aérea novos e mais capazes e uma industria naval que consiga atender a nossa marinha.
Acho que to sonhando de mais rrsrsrsrs, mas se Deus me permitir ainda vou cer o nosso país com este estratos de potencia militar.
Um abraço a todos.

Cinquini

Hornet,

Como não te agradeci no outro blog, agradeço aqui pela sugestão dos 3 novos blogs!!!

Só rindo mesmo!!! Me lembrei até de um ditado bem famoso: – O pior cego é aquele que não quer ver.

Abração

Fábio Max

Eu leio tudo isso e fico com a nítida impressão de que, quem escreveu, lê o Blog do Poder Aéreo todos os dias.

Cinquini

Jobim: política militar é papel de governo civil O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou nesta quinta-feira que a formulação de políticas militares é um papel do governo civil. Em discurso no lançamento do Plano Nacional de Defesa, que prevê reformulações no setor das Forças Armadas, Jobim disse que os militares assumiram essa tarefa em outras ocasiões porque o poder civil não o fez. “(O plano) é a formulação de uma política militar que defina preparação, programação e atualização das Forças Armadas. Isso deve ser feito pelo governo democrático”, afirmou Jobim. “Se o governo civil não assumir essa tarefa, evidentemente… Read more »

Cinquini

Lula: defesa deve depender apenas de tecnologia nacional Laryssa Borges Direto de Brasília O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira que o compromisso de defender a soberania nacional e proteger as fronteiras do País deve ser cumprido fortalecendo as Forças Armadas e trabalhando para que seja utilizada apenas tecnologia nacional. Ao lançar a Estratégia Nacional de Defesa, que prevê a reorganização das três Forças Armadas, a reestruturação da indústria brasileira de material de defesa e uma política de composição dos quadros militares efetivos, o presidente observou que é preciso repensar o papel de Exército, Marinha e Aeronáutica… Read more »

Nunão

Novamente, como comentei no caso da parte Naval da estratégia, não vi grandes diferenças entre o que vinha sendo divulgado aos poucos e a obra completa acima. Na parte do caça, há alguns malabarismos para passar recados e ao mesmo tempo não fechar portas, a meu ver. O que mais gostei está relacionado à aviação de transporte: “…necessidade de dispor de aviões de transporte em número suficiente para transportar em poucas horas uma brigada da reserva estratégica, do centro do País para qualquer ponto do território nacional. As unidades de transporte aéreo ficarão baseadas no centro do País, próximo às… Read more »

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Nunão,

também achei que o conta-gotas bateu com a receita do remédio final…mas de qualquer modo, agora ao menos sabemos o que o documento diz.

um forte abraço