Caças e política externa trazem enviado norte-americano ao Brasil

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Arturo Valenzuela também vai tratar de Irã e Honduras

vinheta-clippingA advertência da secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, sobre a aproximação dos países bolivarianos com o Irã, chegará nesta segunda-feira ao Planalto de maneira ainda mais contundente. Arturo Valenzuela, responsável pela América Latina e o Caribe do governo americano, desembarca na noite de hoje em Brasília para uma visita de menos de 24 horas.

Valenzuela vem fazer lobby junto ao ministro da Defesa brasileiro, Nelson Jobim, em favor da Boeing na licitação para a compra dos novos caças da FAB (Força Aérea Brasileira), mas o ponto mais sensível dos encontros do diplomata é o que a Casa Branca considera um excesso do governo Luiz Inácio Lula da Silva na esfera internacional: a visita, no mês passado, do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad.

O enviado dos EUA vem atrás, também, de uma flexibilização da posição do Itamaraty em torno da crise em Honduras – o Brasil dá sinais de que pode reconhecer o governo eleito, de Porfírio “Pepe” Lobo, que toma posse no próximo mês, mas ainda insiste, pelo menos formalmente, na volta do presidente deposto Manuel Zelaya ao poder.

Depois da passagem rápida pelo Brasil, Valenzuela seguirá para Argentina, Paraguai e Uruguai. O período curto será suficiente para que as mensagens de Washington alcancem o assessor da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, o secretário-geral das Relações Exteriores e ex-embaixador nos EUA, Antônio Patriota.

Visita do Irã

A decisão do Brasil de receber Ahmadinejad estará no centro das conversas de Valenzuela. O governo brasileiro teve oportunidade de evitar o controvertido encontro quando o iraniano cancelou sua visita agendada para maio. Quando finalmente ele ocorreu, foi marcado pelas declarações de apoio do Brasil ao programa nuclear iraniano em um período sensível – depois que foi revelada a existência de uma usina clandestina de enriquecimento de urânio na cidade de Qom.

Além disso, Teerã recusa-se a aceitar uma proposta negociada com o Ocidente e a Agência Internacional de Energia Atômica para que o Irã enriquecesse urânio para a produção de energia em terceiros países – como Rússia e França.

A declaração de Lula de que os EUA e a Rússia não têm “autoridade moral” para exigir o fim do programa nuclear do Irã, feita ao lado da chanceler alemã, Angela Merkel, também foi registrada pelo Departamento de Estado. O encontro do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, com Ahmadinejad, no Irã, reforçou as preocupações de Washington com o esforço brasileiro de romper o isolamento que os EUA, com respaldo da China e da Rússia, conseguiram impor a Teerã.

FONTE: O Estado de S. Paulo.

COMPLEMENTO DO BLOG (14/12): na agenda do Ministro da Defesa de segunda-feira, 14/12/2009, foi reservada meia hora para encontro com o Secretário Assistente Arturo Valenzuela: 

10:00 – Apresentação dos oficiais generais promovidos (Local: Ministério da Defesa)

12:00 – Apresentação dos oficiais generais ao presidente da República (Local: Clube do Exército – Lago Sul – Brasília)

13:00 – Cumprimentos ao presidente da República seguido de almoço com os oficiais generais (Local: Clube do Exército – Lago Sul – Brasília)

16:00 – Arturo Valenzuela, Secretário Assistente para Assuntos do Hemisfério Ocidental dos Estados Unidos (Local: Ministério da Defesa)

16:30 – Reunião de coordenação final de atividades combinadas 2009 (Local: Ministério da Defesa)

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Colt

Eu não acredito em muitas afirmações contidas nesta matéria. É sempre necessário criticar, analisar, toda leitura que nos é apresentada. Inicialmente, o cargo de Valenzuela é Secretário de Estado Assistente para assuntos do Hemisfério Oeste. Acredito que Obama não enviaria um alto funcionário para reclamar de o Brasil ter recebido o presidente Iraniano uma vez que Lula tem deixado bem claro que o Brasil é soberano e recebe quem quiser. Deixou claro também que é necessário o diálogo com o Irã. Ou seja, o Secretário Assistente, não vai vir dizer o que o Brasil deve fazer, não seria inteligente, não… Read more »

luciano30

essa matéria não traz nada de novo,somente oque já é conhecido pelo público,insatisfação da comunidade mundial na visita do presidente do Irã no Brasil e américa do sul,discordancia no ponto de vista sobre a questão Honduras e enfim a compra dos caças pelo Brasil,nada de novo!e para ser sincero achei a matéria muito superficial,gosto de ler as matérias do PODER AÉREO pelas informações que trazem,mais de ve enquando colocam umas matérias que é só pra preencher espaço!

casag

China? O Irã éo maior fornecedor de petróleo da China. Só se ela quer isola-lo para ser seu único fiador e mantêlo na dependência completa. Aí sim. Maneira ainda mais contundente? O Estadão delira.
Será que esperam que este tipo de diplomacia ainda vingue?

Só o Estadão mesmo. Bem , é melhor do que ficar sem matéria para um clipping.

casag

“mantê-lo” é melhor.

Sds.

Fernando "Nunão" De Martini

Análises interessantes, Colt e Casag Luciano, crítica pertinente e anotada – concordo que esse clipping deve ser a menos interessante entre as matérias publicadas aqui hoje, mas não está só pra preencher espaço, e sim para quem quiser discutir o assunto (na minha opinião um fato jornalístico com tratamento de factóide para envolver o assunto F-X2) – há gostos variados entre os leitores e matérias também variadas por aqui hoje, inclusive produzidas pelo Blog. Para os interessados em comparar jornais, há notícia similar sobre o mesmo assunto na Folha (conteúdo só para assinantes do jornal) http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft1212200901.htm Disponível também no defesanet:… Read more »

Dalton

O Irã é o terceiro maior fornecedor de oleo para a China e não o primeiro, e a China não anda nada contente com o programa nuclear iraniano, pois pode provocar maiores desestabilizaçoes no oriente médio, prejudicial ao comercio chines.

A França vem se opondo cada vez mais ao programa nuclear iraniano
também…mas, concordo, o Brasil é soberano, até para fazer
bobagem.

sds

Felipe Cps

Que coisa, agora o Aéreo, diante da PaTrulha rotineira de um ou dois indivíduos que se acham melhores do que todos os outros, precisa justificar suas fontes? E eu que achava que jornalismo implicava em independência e liberdade editorial… Lamentável o Poder Aéreo ceder a tão esdrúxulas colocações de tais cidadãos… Hoje é justificar as notícias, apontando várias fontes para a mesma notícia, amanhã o que será? Será que irão ditar a pauta do Blog, doravante? Simplesmente lamentável… ___________________ No mais, o Sr. Valenzuela (!?!) vem ao Brasil deixar clara a posição norte-americana contrária ao programa nuclear iraniano, e deixar… Read more »

casag

SÓ PODE SER DOG CHOW!!!

Fernando "Nunão" De Martini

Felipe, Menos, menos… Como se diz, não dá pra agradar a todo mundo, certo? Por isso mesmo, se o Blog se esforça para agradar ao máximo de leitores em alguma coisa, não é pelas matérias que escolhe, mas pelo debate que promove: essa é outra leitura das várias possíveis para o que você leu como “justificar as notícias”. Se algum dia a pauta deste blog caminhar para ser ditada por qualquer tipo de patrulha, pode ter certeza de que eu vou ser o primeiro a lamentar. Como bem me conheço e aos demais editores, isso é uma possibilidade na qual… Read more »

Felipe Cps

Nunão: Tem razão, não dá pra agradar todo mundo, gregos e troianos. Nesse caso, há que se ter paciência: os incomodados, que se mudem. Sempre admirei a Trilogia por ser não apenas uma fonte de informação, coisa que muitos outros também são, mas principalmente uma fonte de OPINIÃO: algo que possamos concordar ou não, mas que estimule o debate. Até acho que o Blog expressa pouco sua opinião, porém longe de mim querer alterar algo, vale dizer: se estou aqui é porque estou contente com a proposta e com o trabalho. Há pelo menos uma dezena de blogs, apenas para… Read more »

casag

Abanou e foi prá casinha.

Felipe Cps

Vai querer entrar pro time também casag? Fica tranquilo, sempre cabe mais um… 🙂

casag

Ah, eu ainda não estava?

Felipe Cps

Não, ainda não.

casag

Nunão faz milagres quando quer.
E com classe admitamos.

Boa noite a todos.

carl94fn

Felipe Cps em 13 dez, 2009 às 14:57 1) Então vc acha que devemos concordar com tudo o que os EUA dizem, que não podemos te opinião própria porque eles tem uma “dúzia de Porta-Aviões Classe Nimitz”! 2) “E os bolivariano-PeTralhas não irão admitir a FAB com equipamento americano, pois eles sabem que em algum momento no futuro irão ter de bater de frente com os EUA, para desgraça de nosso povo, e isso implica deixar de ter manutenção adequada e modernização dos caças americanos.” Ora essa, é por isso mesmo só não que é apenas os “bolivariano-PeTralhas” que tem… Read more »

Dalton

Carl… não que o Felipe precise de ajuda, mas como também já fui vitima de “patrulhamento” aqui e por concordar com o Felipe em muitas coisas, apesar de reconhecer que as vezes ele “pega pesado” rs, mas também “pegam pesado” com ele,aproveito o momento para opinar… O Felipe mencionou os “Nimitz” como resposta a assertiva do Colt que os EUA não tem mais tanto poder. Respeito a opinião dele, mas a minha e de muitos outros é que os EUA podem transformar o Irã em uma Bedrock que nem os Flintstones iriam querer morar lá, mesmo com Iraque, Afeganistão, piratas… Read more »

Felipe Cps

carl94fn em 13 dez, 2009 às 22:41: “Então vc acha que devemos concordar com tudo o que os EUA dizem, que não podemos te opinião própria porque eles tem uma “dúzia de Porta-Aviões Classe Nimitz”!” Claro que não meu caro carl, muito ao contrário! Acho que devemos sim criticar os EUA nos organismos internacionais: seus embargos (os de verdade: não vale contrato mal-feito por nós), seu protecionismo, sua xenofobia, sua falta de interesse pelo restante do que o mundo pensa, sua ignorância e preconceito a respeito do resto do globo e sua ingratidão com a assistência histórica que o Brasil… Read more »

Bosco

Felipe,
tu acordou otimista hoje, ehm!
O Brasil dando conta de barrar um ataque dos States por uma semana?
O Brasil não tem condições de segurar sequer 2 dias, se tanto, a partir dos primeiros Tomahawks e das primeiras JDAMs dos B-2 que começarem a despencar do céu e que não seriam incomodados por nossas defesas.
Um abraço.

Wilson "Giordani" de Souza

Felipe Cps em 14 dez, 2009 às 9:03

Conpañero, só pedira que tu explicaste do que se trata o “golpe bolivariano em Honduras”?

[]s

Felipe Cps

A propósito, da Folha de São Paulo de sábado, via defesanet. Percebam a que ponto chegou a ideologização do Itamaraty:

“Celso Amorim esnoba enviado de Obama”
Reunião com chefe da diplomacia dos EUA para América Latina fica a cargo de Marco Aurélio Garcia, não do chanceler brasileiro. Entendimento do Itamaraty é o de que hierarquicamente Amorim deveria receber apenas a chefe de Arturo Valenzuela, Hillary Clinton.

http://www.defesanet.com.br/04_09/al_bases_30.htm

Sds.

Bosco

Dalton,
exatamente!
Uma coisa são operações de longo prazo com o intuito de ‘invadir’, outra muito diferente são ações ofensivas de curto prazo com finalidade preventiva ou punitiva. A capacidade americana de realizar esse tipo de ação em qualquer parte do Globo nunca esteve tão grande. E vale salientar, cada vez mais independente de bases fora dos EUA e de seus porta-aviões, que foram por muitos anos a ponta de lança quase que exclusiva para a projeção de poder convencional americano de rápida mobilização.
Um abraço.

Felipe Cps

Wilson “Giordani” de Souza em 14 dez, 2009 às 9:36: Giordani, sei que você tem posição discordante da minha, e acredito que você já saiba do que se trata, mas reitero: O que aconteceu em Honduras foi uma deposição legítima (dentro dos ditames legais e processuais) de um mandatário que estava promovendo uma consulta popular que é vedada pela Constituição. E mais: tal consulta estava sendo financiada e apoiada explicitamente pela Venezuela, a ponto de as cédulas terem sido “rodadas” naquele país. O Congresso Hondurenho e o Poder Judiciário daquele país, respeitando o devido processo legal, depuseram Zelaya, que após… Read more »

casag

A todos os colegas, Gostaria de dizer que, às vezes, como todos, fico com raiva com o que condidero agressão verbal, principalmente quando recorrente e dirigida a quem quer que tenha visão contrária à idéia que se pretende impor. E resolvo revidar com agressão verbal e até sarcasmo. Mas, gostaria de afirmar que fico triste por ter feito isto. No mais das vezes, mais ainda do que com a agressão que considerei sofrer. Gostaria de pedir desculpas a quem que seja por algum excesso. E relembrar o que vários colegas já afirmaram: modere-se com agressões diretas. Isto aqui é local… Read more »

Ivan

Felipe, Quando vc escreve com equilíbrio, evitando exageros ou adjetivos mais rudes, seu texto fica agradável de ler, mesmo que eventualmente discorde de algum conteúdo. Sei que vc escreve muito bem, até por necessidade profissional. Mas as vezes vc parece se esquecer que, para nos comunicar, é preciso que o destinatário da nossa mensagem a receba. Quando nossa mensagem está carregada de expressões ou adjetivos mais ‘duros’, corremos o risco de que a leitura fique apenas no acessório, se perdendo o conteúdo. Evidentemente VC sabe disso melhor do que eu, mas como gosto de ler o conteúdo do que VC… Read more »

Felipe Cps

Ivan em 14 dez, 2009 às 10:09:

OK Ivan, entendi a mensagem, obrigado pela crítica e desculpe-me por alguma coisa. Tentarei doravante ser mais “doce” em meus comentários.

Sds.

Ivan

casag em 14 dez, 2009 às 9:54

Casag,

Não se martirize com eventuais excessos, pois cometemos erros e acertos todos os dias.

A diferença da vida aparece quando optamos viver pelos acertos, perdoado os erros nossos e de terceiros.

Como escrevi para o Felipe, os adjetivos ‘duros’ podem nos fazer perder o foco do conteúdo. Mas é o conteúdo que interessa.

É sempre gratificante ‘ouvir’ o que o amigo tem a dizer, concordando ou não. Eventuais excessos a gente filtra e opta pelo positivo.

Don’t worry, be happy.
Ivan.

Ivan

Feipão,

DOCE NÃO, por favor…
Longe de mim concordar em descaracterizar a escrita de amigo.
Mas se focar mais no conteúdo e menos nos adjetivos, VC sabe melhor que eu, se comunicará com maior efetividade.

Esqueça, por favor, pedido de desculpas. Não por mim.

Abç,
Ivan.

Wilson "Giordani" de Souza

Felipe Cps em 14 dez, 2009 às 9:53 Como é que tu sabes que eu discordo de ti se nem me pronunciei ainda? 🙂 Bom, de qualquer forma, eu discordo. Zelaya queria organizar um plebiscito onde a população decidiria por uma nova Assembléia Constituinte. Não seria um plebiscito para decidir – exclusivamente – se a Constituição seria modificada para permitir a reeleição. Essa “justificativa” só apareceu alguns dias depois quando a pressão internacional – inclusive dos EUA – se mostrou arrasadora. Eu não sou um advogado mas entendo que se a premissa é inválida, todo o processo “legal” que destituiu… Read more »

Fernando "Nunão" De Martini

Quanta doçura e cordialidade de todos!!!

Acho que vou chamar o Sepol Olecram pra dar uma bronca em vocês, antes que tudo comece a ficar com excesso de ternura, hahaha!

Saudações!

Felipe Cps

Amigo Bosco, se me permite, irei mais além: A única defesa de fato contra ameaças externas que temos tido nas últimas duas ou três décadas, é a nossa diplomacia. Tão boa, de tão alta qualidade, com tanta credibilidade junto à comunidade internacional, que muito por força dela os governos anteriores a este (e incluo os últimos governos militares) preferiram prescindir de uma Defesa efetiva, bem como de projeção de poder militar. Não havia tanta necessidade de uma defesa efetiva, tendo em vista que havia uma sólida e reconhecida diplomacia a nos proteger. Com uma diplomacia como a brasileira, aliada ou… Read more »

Felipe Cps

Wilson “Giordani” de Souza em 14 dez, 2009 às 10:33: Giorda, como queira bicho, já discuti esse assunto à farta na época, no ForTe. Dá uma olhada lá nos meus comentários, pois cito textos de juristas como Ives Gandra da Silva Martins (entre outros), que se debruçaram a fundo na questão e concluíram que o que ocorreu foi a deposição democrática e legal de um governo que estava pretendendo achacar a democracia e transformar Honduras numa republiqueta bolivariano-plebiscitária. De qualquer maneira a coisa já terminou com o reconhecimento americano e de outros países das eleições, o Presidente Pepe Lobo já… Read more »

Colt

Eu nem ia mais comentar isso, mas já que me citaram algumas vezes, entendo que é o caso. Inicialmente. Opinei sobre a matéria em si. Não sobre o jornal que a publicou, muito menos sobre o blog, pelo qual tenho grande apreço e o Nunão, pelo que vi, entendeu isso perfeitamente. Na verdade, meu coment, do início ao fim, foi todo focado no texto jornalístico e sua confrontação com a realidades dos fatos (que alíás, eram futuros?!! rss ). Com relação ao poder americano, sem dúvida eles o tem, o que eu disse, eu repito é que ele não podem… Read more »

Felipe Cps

Wilson “Giordani” de Souza em 14 dez, 2009 às 10:33: Ah, e detalhe que esqueci de mencionar: o que deixou a alta cúpula petisto-chavista furiosa e em PÂNICO, é que Honduras foi o exato ponto de inflexão da “Revolução Bolivariana” na América Latina. O projeto de revolução continental à base de plebiscitos para mudança da constituição e permissão de reeleições eternas NAUFRAGOU em Honduras. Em Honduras o povo disse “basta” pela primeira vez ao chavismo, demonstrando ao continente que SIM, SE PODE VENCÊ-LOS! A democracia venceu a opressão e o atraso neo-comunista em Honduras. Neste sentido, “Honduras” é muito mais… Read more »

Wilson "Giordani" de Souza

Felipe Cps em 14 dez, 2009 às 10:50

Para manter o espírito dos comentários desse post, discordamos “docemente” à respeito da questão, então. 🙂

[]s Sith

Wilson "Giordani" de Souza

Felipe Cps em 14 dez, 2009 às 10:57

Que “povo” disse basta em Honduras?

[]s

Ivan

Voltando ao tema da matéria, devemos aguardar o desenrolar desta visita. Contudo, a política externa brasileira está com um foco estranho. Enquanto todos querem estreitar laços com os Norte Americanos com óbvios interesses comerciais, o Governo fica a soltar farpas desagradáveis contra este gigante do norte. Sem dúvida é “cutucar onça com vara curta”, na medida em que se abre frentes francamente contrárias aos EUA sem nenhuma perspectiva de ganho real para o Brasil. Outrossim não vejo nem mesmo ganho para os integrantes do Governo, personalisticamente falando. No caso do Iran é “meter a mão em cumbuca” mesmo, contra toda… Read more »

Felipe Cps

Wilson “Giordani” de Souza em 14 dez, 2009 às 11:00:

Os 60% (maioria dos eleitores – comparecimento até maior do que houve na eleição anterior, de Zelaya) que votaram na eleição (cujo voto não é obrigatório).

Sds.

Felipe Cps

Ivan em 14 dez, 2009 às 11:03: “Temo que a natural arrogância dos Americanos venha a contaminar as conversas e, principalmente, o que vai se extrair destas.” É um caso sério meu caro Ivan, mas neste episódio me pergunto quem é que está sendo arrogante. O cara se abala a sair lá de Washington e vir aqui antes de qualquer outro país latino-americano e, aí sim em total arrogância, quem o recebe? O #@$%§#@º do MAG! O Ministro das Relações Exteriores nega-se a receber o cidadão! Não é assim que se faz política externa. Não é assim que se negocia.… Read more »

Wilson "Giordani" de Souza

Felipe Cps em 14 dez, 2009 às 11:03

Bom, se considerarmos que o Pepe Lobo Mau teve 55% dos votos desses 60% que votaram e que houve uma campanha dos partidários do Zelaya pela abstenção…

Mas tudo bem, deixa para lá. Sinceramente, esse assunto já encheu.

[]s

Ivan

Felipe, Todo o embasamento jurídico da deposição do Manuel Zelaya está correto, a besteira que fizeram foi terem expulso o bigodão do país, quando feriram a lei e, pelo excesso, se misturaram com os golpistas tão comuns na América Latina. Contudo tenho que concordar com Wilson “Giordani”, pois não foi o povo que disse basta às pretensões populistas do Zelaya, mas as instituições nacionais de Honduras, no cumprimento da lei de um estado de direito. Mas o povo não disse sim nem não, apenas acompanhou os acontecimentos em parte legais (deposição do governo) e em parte ilegais (expulsão). Contudo é… Read more »

Ivan

Felipe,

A eleição legitima o Pepe Lobo, mas não quer dizer que foi o povo que tirou o Manuel Zelaya da presidência.

O Zelaya foi depôsto, dentro da lei, pela instituições hondurenhas e expulso, fora da lei, pelos idiotas que ainda relutam em aprender como um Estado de direito deve funcionar.

Chamo de idiotas, pois a ação ilegal tenta jogar na vala comum dos golpes latino americanos o que seria o simples cumprimento da lei.

Vc, como jurista, explicaria melho do que eu este ponto.

Bosco

Felipe, temo ter que concordar com sua análise. Embora tenha grande respeito pelo “ideal socialista” de se ter uma sociedade mais justa, em que o “capital” não seja o conceito preponderante nas relações humanas, e embora seja simpático à causa Palestina e entenda dentro do contexto histórico o Islamismo, e tenha por ele grande respeito, não posso deixar de concordar que podemos ter consequências nefastas a longo prazo devido ao alinhamento que nosso governo está tomando em relação à sua política externa, tanto com relação aos nossos vizinhos quanto com relação ao OM. Vamos ver onde este rampante de auto-afirmação… Read more »

Ivan

Felipão, Não digo que os americanos estão sendo arrogantes nesta futura visita, pelo contrário. Espero que tenham mandado um Diplomata Profissional, o que parece que é, para conduzir ‘suavemente’ o processo. Quanto a Arturo Valenzuela, responsável pela América Latina e o Caribe do governo americano, não ser recebido pelo Ministro das Relações Exteriores pode estar protocolarmente correto, mas acho politicamente incorreto, pois pode mandar ‘mensagens’ diferentes e confusas. Encaminhar o assunto através do MAG é um erro terrível. Bem, para mim, o Marco Aurélio Top Top Garcia é um erro por si mesmo e um risco permanente. Contudo temo que… Read more »

Ivan

Bosco,

Compartilho deste seu temor.

Apenas um detalhe, o Ahmadineja não representa o Islam, muito longe disso.
Aquele populista perigoso representa a Pérsia, e, mesmo assim, há dúvidas se sua eleição foi tão ‘lisa’ como deveria.

Ivan.

Wilson "Giordani" de Souza

Ivan em 14 dez, 2009 às 11:21

“Mas, de qualquer forma, não era assunto para o Brasil se meter. Iria ganhar o que? O grande mercado Hondurenho?”

Ivan, acho que tu mesmo respondeste a pergunta:

Ivan em 14 dez, 2009 às 11:26

“Chamo de idiotas, pois a ação ilegal tenta jogar na vala comum dos golpes latino americanos o que seria o simples cumprimento da lei.”

O temor, não só do Brasil, é que isso – presidente sendo expulso de seu país pelas Forças Armadas – volte a virar moda.

[]s

casag

Ivan, Valeu. Sempre bom ‘ouvir’ você também. Procure pesquisar que país é a Pérsia. Veja os ‘númaros’ que no Ocidente valorizam uma nação, tais como PIB, PIB per capita, grau de escolaridade – este procure sobre percentual de mulheres nas universidades, sobre trabalho, etc. Você vai se surpreender com a verdadeira cara do ‘diabo’. Já em Honduras, O Giordani falou tudo. Golpe de estado na AL, e em todo mundo deve sair ‘de moda’ definitavamente. Foi isto que o Obama tinha de início se comprometido. Era isto que se esperava e depois, claro, veio a decepção. A vida dele está… Read more »

Ivan

Wilson “Giordani”,

Entendo perfeitamente seu temor, eu mesmo tive tio preso e pai fichado no DOPS.
Sem desmerecer os riscos por vc citados, nem a memória daqueles que morreram, devo lembrar que os tempos são outros e há novos riscos de atentados contra a democracia.
Vejo uma nova ameça esta persistente tentativa populista bolivariana de perpetuação no poder, pela utilização espúria dos meios democráticos.

Mas é apenas meu ponto de vista, amigo.

Ivan.

Ivan

Casag, Vc levantou um ponto interessante: “A vida dele está muito dura com o Congresso e os diferentes lobbyes e tem, como aqui, que ceder muito, prá conseguir governar.” Se nosso governo mantiver uma linha de confrontação vai ‘obrigar’ o governo Obama a tomar a mesma linha, para satisfazer os eternos lobbyes americanos de direita ou os mais modernos lobbyes sindicais, na defesa dos mercados internos contra nossa maior competitividade em alguns produtos. Eu vivi o processo de Dumping contra o nosso camarão e sei o quanto é ruim perder o mercado americano. Bem, vamos aguardar o andamento das questões.… Read more »

Wilson "Giordani" de Souza

Ivan em 14 dez, 2009 às 12:02

Também acho que uma reeleição é o máximo aceitável.

Alternância no poder é fundamental.

[]s