O setor aeroespacial brasileiro é o único no campo da alta tecnologia que possui marcas reconhecidas mundialmente – como Embraer, Avibrás e Atech. Em 2008, de acordo com levantamento da Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (AIAB), mesmo com a crise mundial, as empresas do setor faturaram 15% a mais em relação ao ano anterior, com receita de US$ 7,2 bilhões.

Segundo o presidente da AIAB, Walter Bartels, os setores aeroespacial e de defesa têm grande potencial para contribuir com o aumento do PIB. Em seminário sobre defesa nacional realizado em Brasília na terça-feira, ele comparou o valor de exportação das commodities, que contribuem com US$ 35 por kg, com o de um avião, que agrega US$ 1 mil por kg vendido no mercado internacional. Em um produto eletrônico, o valor agregado chega US$ 2 mil e no caso de um satélite, a US$ 50 mil.

Para o presidente da AIAB, uma indústria de defesa forte só é possível quando há o domínio de tecnologias incorporadas no desenvolvimento completo de produtos de ponta.

Para sobreviver no mercado, segundo Bartels, a indústria aeroespacial brasileira precisa de programas de desenvolvimento e recursos de longo prazo. No curto prazo, o governo optou por comprar no exterior alguns equipamentos de defesa considerados prioritários: submarino nuclear, caças do programa FX-2, helicópteros franceses de transporte e helicópteros russos de ataque.

No total, esses projetos somam ? 10 bilhões, mas o governo espera que a contrapartida comercial e tecnológica dos contratos reverta em benefícios de absorção de tecnologia para o parque aeroespacial brasileiro. É preciso estar atento, no entanto, segundo Bartels, às tentativas de cerceamento tecnológico por parte dos países que dominam essas tecnologias.

Bartels cita o exemplo da tecnologia de propulsão líquida prevista em acordo de transferência de tecnologia, feito com o governo da França em 1994, como contrapartida ao lançamento dos satélites brasileiros de telecomunicações no foguete Ariane. “Esse acordo não foi cumprido e os israelenses também tiveram uma experiência semelhante com os Estados Unidos, que não abriram o software operacional dos caças F-16.”

Segundo o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE), Carlos Frederico Queiroz de Aguiar, além dos offsets, o governo precisa incentivar os acordos bilaterais de defesa. “Temos um acordo desse tipo em negociação com a Argélia, que contempla a aquisição de aviões de vigilância e jatos executivos da Embraer.”

O programa espacial brasileiro, diz Bartels, não tem levado a um resultado econômico importante porque a engenharia de sistemas tem ficado dentro dos institutos de pesquisa. “A indústria nacional precisa dominar o ciclo completo de um satélite e hoje só é chamada para fazer partes”. O satélite que o Brasil faz em parceria com a China, o CBERS, explica, é dominado pelos chineses.” Quando o Brasil propôs aos chineses uma participação no sistema de controle de atitude do satélite, o pedido foi negado.”

FONTE: Valor Econômico, via NOTIMP

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joao terba

Esse negócio de transferênça de tecnologia através de offset é para enganar trouxa,veja o exemplo,sub com os alemães,Helis com os frances,a Embraer é excessão,mesmo assim tecnologia mais avançada vem de fora,se não houver investimento não chegaremos á lugar nenhum.

Iuri Korolev

“A indústria nacional precisa dominar o ciclo completo de um satélite e hoje só é chamada para fazer partes”

Caro Bartels

O problema é que não temos uma prime contractor deste nível e porte no Brasil.
Empresário brasileiro gosta de baixa tecnologia (minério e frango …).
O risco é bem mais baixo…

joao terba

Iuri,concordo,o governo tem de assumir está fase de desenvolvimento através de financiamento,não pode ficar esperando pelo empresariado.um abraço.

joao terba

Esse negócio de transferênça de tecnologia através de offset é para enganar trouxa,veja o exemplo,sub com os alemães,Helis com os frances,a Embraer é excessão,mesmo assim tecnologia mais avançada vem de fora,se não houver investimento não chegaremos á lugar nenhum.

Iuri Korolev

“A indústria nacional precisa dominar o ciclo completo de um satélite e hoje só é chamada para fazer partes”

Caro Bartels

O problema é que não temos uma prime contractor deste nível e porte no Brasil.
Empresário brasileiro gosta de baixa tecnologia (minério e frango …).
O risco é bem mais baixo…

joao terba

Iuri,concordo,o governo tem de assumir está fase de desenvolvimento através de financiamento,não pode ficar esperando pelo empresariado.um abraço.