Embraer pronta para produzir Super Tucano na Flórida

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Super Tucano - foto Embraer e Sierra Nevada - builtforthemission

vinheta-clipping-aereo A Embraer está pronta para iniciar a produção do avião de ataque leve Super Tucano nos Estados Unidos para atender a contrato concedido pela Força Aérea norte-americana e demonstrou confiança na resolução dos questionamentos sobre a licitação.

“A produção já começa tão logo tenha a confirmação do programa”, afirmou o vice-presidente financeiro da fabricante brasileira de jatos, José Filippo, em teleconferência com jornalistas, nesta quarta-feira (13).

No fim de fevereiro, a empresa venceu a Beechcraft em uma disputa para fornecer 20 aviões de apoio para a Força Aérea dos EUA que serão utilizados em missões no Afeganistão, mas a empresa norte-americana rival já informou que irá contestar a licitação.

Em dezembro de 2011, a Beechcraft também protestou contra a primeira licitação, que acabou sendo suspensa e que também teve a Embraer e a parceira Sierra Nevada como escolhida.

“O fato de ter sido refeito todo o processo deu mais robustez a toda a estrutura. A expectativa que a gente tem é que o questionamento é mais difícil. Temos expectativa de que se resolva o quanto antes para iniciar (a produção) o quanto antes”, afirmou Filippo.

Segundo o executivo, a Embraer já realizou investimentos na fábrica da Flórida, onde serão fabricados os Super Tucanos, mas que o valor aplicado na unidade até o momento “não é relevante”.

A Embraer divulgou na noite de terça-feira que encerrou o quarto trimestre com lucro de R$ 253,7 milhões, revertendo prejuízo de um ano antes. (veja matéria completa mais abaixo).

Republic Airways

O contrato de US$ 2 bilhões que a fabricante brasileira de aviões Embraer anunciou em janeiro com a empresa americana Republic Airways Holdings foi validado na terça-feira (12) pela Justiça americana.

A efetivação do contrato com a Embraer dependia de uma aprovação da corte americana tendo em vista que a American Airlines, que vai operar as aeronaves, está em processo de recuperação judicial.

O acordo com a Republic envolve a venda de 47 jatos E 175. A informação foi confirmada pelo vice-presidente financeiro e de relações com investidores da Embraer, José Antônio Filippo, em teleconferência com a imprensa na manhã desta quarta-feira. Para este ano está prevista a entrega de 18 aeronaves.

Embraer reverte prejuízo e lucra R$ 253,7 milhões no 4º trimestre de 2012. No ano, lucro da empresa cresceu mais de 4 vezes em relação a 2011.

 

A Embraer teve lucro líquido de R$ 253,7 milhões no quarto trimestre, revertendo prejuízo registrado no mesmo período do ano anterior, enquanto que a receita e a geração de caixa da empresa tiveram firme avanço.

No quarto trimestre de 2011, a empresa teve prejuízo de R$ 171,6 milhões.

No ano, a empresa teve lucro líquido de R$ 698 milhões, cerca de 4,5 vezes acima dos R$ 156,3 milhões de 2011.

“Esse crescimento ocorreu principalmente pelo fato de que em 2011 o lucro líquido foi negativamente impactado pelas provisões de garantias financeiras atreladas ao processo de reestruturação da concordatária American Airlines”, disse a empresa em comunicado.

A receita líquida trimestral da empresa subiu 6,8% sobre um ano antes, para R$ 3,92 bilhões. No fechado do ano, a receita líquida somou R$ 12,2 bilhões, alta de cerca de 23% em relação a 2011.

“O mix de produtos e receitas, os esforços contínuos para maximizar a produtividade e eficiência operacional, a valorização do Dólar frente ao Real, assim como o pacote de benefícios denominado ‘Brasil Maior’, contribuíram para que a Margem bruta atingisse 24,2% em 2012, acima dos 22,5% apresentados no ano anterior”, diz a empresa em comunicado.

Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) totalizou R$ 641,1 milhões no período, 6,4 vezes maior do que no mesmo intervalo do ano anterior, informou a fabricante de aviões nesta terça-feira.

No 4º trimestre de 2012, a empresa entregou 23 aeronaves comerciais e 53 aeronaves executivas, e encerrou o ano com um total de 106 aeronaves comerciais e 99 aeronaves executivas entregues (sendo 77 jatos leves e 22 jatos grandes).

FONTE: G1

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Marcos

Alguém sabe se a Embraer já entregou todo o contrato com a FAB?

Marcos

Grato!
Como já acabaram as entregas locais, sem previsão de novos pedidos, uma solução seria deslocar de fato toda a produção do Super Tucano para a Florida, onde, com a ajuda do Governo americano, novas vendas poderiam surgir, principalmente para os países alinhados.

Fernando "Nunão" De Martini

Marcos,

Até onde sei, ainda há aeronaves para produzir e entregar, atendendo a encomendas já feitas por outros países, com produção aqui mesmo no Brasil. Não me lembro mais onde eu li que, ao menos para esse ano e parte do próximo, ainda haveria encomendas para manter a linha de montagem brasileira aberta (por favor, se alguém lembrar de ter lido algo do gênero, é só colocar aqui, estou sem tempo para procurar e escrevo de memória).

Além disso, parte das estruturas e outros itens deverão continuar sendo produzidos aqui e enviados para montagem na Flórida.

Marcos

OK!
Entendo que o que está contratado, está contratado. Entretanto, como disse, há sempre a possibilidade de novas vendas com ajuda do governo americano para os países alinhados, continuando, evidente, o fornecimento de partes daqui para lá. Garantiriam empregos aqui, criariam lá, aumentariam as vendas. Esse foi o meu raciocínio.

A. J. Camargo

Nunão
Na sua visão, qual a real importância desta venda para a Embraer e, consequentemente, para o Brasil?
Foi uma tacada de meste, não?

Fernando "Nunão" De Martini

A.J., Não acho que dá pra dizer que foi uma tacada de mestre. Foi sim, uma jogada trabalhada com muita paciência, perseverança, ação política nos bastidores e investimento. Manter instalações nos EUA, equipes etc numa concorrência longa e cheia de dificuldades e com muita coisa contra, lembrando que já não é a primeira vez que o Super Tucano tenta emplacar numa seleção norte-americana – o avião praticamente nasceu, na década de 1990, pensando nisso. Lá se vão praticamente 20 anos!!! E a história está longe de acabar, pelo jeito. Estou colocando um clipping do Estadão dando conta disso agora. Tacadas… Read more »

A. J. Camargo

Digo, mestre…

virgilio

Muito boma essa venda para Embraer.

Não seria o caso se a Boeing ganha o FX-2, eles bem que poderiam montar o F-18 no Brasil também o que seria bom para os técnicos e engenheiros Brasileiros no futuro construí os nossos próprios caças.