Super Tucanos destroem pista de pouso clandestina

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Quatro caças A-29 Super Tucano da Força Aérea Brasileira (FAB) destruíram, na tarde desta quarta-feira (10/08), uma pista de pouso clandestina a aproximadamente 68 km a noroeste da cidade de São Gabriel da Cachoeira (AM), na região conhecida como Cabeça do Cachorro, fronteira do Brasil com a Colômbia. A missão fez parte da Operação Ágata que, desde o último dia cinco de agosto, mobiliza mais de três mil militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica na vigilância da região contra atividades ilícitas como o contrabando e o tráfico de drogas.

A pista de pouso clandestina possuía 1.400 metros de comprimento e 15 de largura, o suficiente para receber pequenas aeronaves. Oito bombas de 230 kg foram utilizadas para a chamada interdição do aeródromo, ou seja, tornar impossível o seu uso. Os caças A-29 do 1º/3º Grupo de Aviação (GAV), Esquadrão Escorpião, fizeram o ataque com o uso de computadores de bordo, que mostram para o piloto, com precisão, o local de impacto das bombas.

Além dos caças, dois helicópteros H-60 Black Hawk da FAB levaram para o local homens da Polícia Federal, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e da Força Nacional, além de militares do Exército Brasileiro e da FAB. A tropa terrestre fez o processo de sanitização, que consiste na verificação da pista e no alerta às populações que moram próximas à região a ser interditada, com o objetivo de que não se aproximassem dos arredores, garantindo a segurança dos moradores e o êxito da operação.

No Destacamento de Aeronáutica de São Gabriel da Cachoeira (DASG) estão baseados quatro caças F-5M, do Esquadrão Pacau e cinco A-29 Super Tucano, do Esquadrão Escorpião, todos preparados para missões de ataque e de defesa aérea. Dois helicópteros H-60 Black Hawk, do Esquadrão Harpia, também operam na localidade para missões de apoio e alerta de busca e salvamento. Além dessas aeronaves, estão no DASG dois E-99, aviões radares do 2º/6º GAV e um C98 do 7º Esquadrão de Transporte Aéreo (ETA).

FONTE: FAB

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André Moabson

É isso ai, nossas forças de defesas em operação na Amazônia.

MOsilva

O A-29 é um vetor adequado ao teatro de operações da amazônia, nas circustâncias descritas.
Dúvidas: os F-5M do Pacau já estão plenamente operacionais? Houve mesmo a ajuda do Pampa para que a transição para os atuais “Mike” fosse feita de forma mais rápida e efetiva?
SDS.

Ivan

É uma missão válida, inclusive para mostrar presença.

Mas uma pista de terra pode ter seu ‘buracos’ cobertos rapidamente, ainda mais uma de 1.400 metros que recebeu 8 (oito) bombas normais.

Com um pouco de habilidade e trabalho duro é possível restaurar um bom trecho de 500 ou 600 metros para pequenos monomotores como os Cessna 172R Skyhawk.
http://textron.vo.llnwd.net/o25/CES/cessna_aircraft_docs/single_engine/skyhawk/skyhawk_s&d.pdf

Melhor ficar de olho…

Sds,
Ivan.

Mauricio R.

Essas pistas são tal qual erva daninha, uma vez localizadas requerem constante atenção e “poda”; senão voltam a “crescer”.
E para tanto uma munição capaz de esburacá-las, de forma uniforme, faria mais dentido.
Seria então o caso de nosso dileto complexo militar-industrial, tão interessado em mimetizar a “GDAM”, produzisse um genérico de “Durandal” ou “BAP”.

Cláudio

A pista não era tão clandestina assim, pois ficava a 65 km de São Gabriel.

Porém, o que mais me chamou a atenção foi o fato de muito da orgazição vista nessa operação foi fruto da passagem do antigo Ministro da Defesa, Nelson Jobim (falem bem ou mal) pelo Ministério da Defesa, pois antes da passagem dele as três forças não atuavam em conjunto (era pura rivalidade) como está sendo visto nessa operação.

Alex Stélio

Concordo plenamente que tem o dedo do ex-ministro NJ, espero que na atual gestão também tenhamos essa cooperação entre as forças.

JuggerBR

Serve como demonstração de força e treinamento para as equipes, já que na prática um trator refaz esta pista numa tarde…

giordani1974

Bombas simples de baixo poder e tao poucas numa extensao de pista tao “suficiente” para pequenas aeronaves? quem conhece, sabe que 300m bastam para pousar um cesna. Mas a iniciativa é valida.
Interessante que a midia “especializada” nada disse…
Essa ação deve ter sido o “canto do cisne” da Era jobim, porque, pela simpatia já demonstrada pelo atual ministro por certos grupos…ele jamais autorizaria uma açao destass e é bem capaz de mandar asfaltar a pista!

Cláudio

Pois é Alex Stéli, Eu tenho 99% de certeza que tudo o que nós vermos a respeito das Forças Armadas daqui para frente (até meados de 2040) será fruto do em que Nelson Jobim fez em apenas 4 anos a frente do Ministério da Defesa (a Estratégia Nacional de Defesa). “A END ‘deve’ estar para as Forças Armadas, assim como a Constituição Federal de 1988 ‘deve’ estar para o Governo Civil”. O que chateia, é o fato do Nelson Jobim não ter conseguido fazer todas as mudanças que necessitavam ser feitas, e nós já estamos notando Forças Armadas mais itegradas… Read more »

Uitinã

Não teria sido melhor enviar uma equipe por terra dinamitar por completo a pista em vez de jogar meia duzia de bombas burras pra resolver parcialmente o problema.

G-LOC

Não seria ainda mais barato levar um trator de helicóptero e combustível extra para fazer buracos na pista…

Galileu

Eu vi o video da operação, fez meia dúzia de buraquinhos, buraquinhos mesmo em relação ao tamanho da pista…..

São bombas de 250Kg??

abraço

Jonathan Jmf

G-LOC

E qual seria a graça???

kkkkkkkkkkkkkkk

Mauricio R.

Se não me falha a memória, um simples trator de esteira c/ pá, teria que ser quebrado em 14 cargas pois não há helo na FAB que carregue um inteiro, as cargas levadas ao local uma a uma, montadas, daí fazer o serviço, desmontar e retornar.
Algo semelhante, foi publicado em um exemplar da RFA.

G-LOC

retroescavadeira, aquelas para fazer buracos, existem de vários tamanhos, podendo ser levadas até por agazão.

Bosco

Usar bombas para esburacar pistas de terra não é muito eficiente não, mas serve de treinamento.
Eficaz, mas politicamente incorreto, seria minar a área, o que poderia ser feito de helicóptero.
É a única coisa que resolve.

Mauricio R.

A operação “Ágata” e o emprego do ST, na mídia especializada estrangeira:

(http://www.aviationweek.com/aw/blogs/defense/index.jsp?plckController=Blog&plckBlogPage=BlogViewPost&newspaperUserId=27ec4a53-dcc8-42d0-bd3a-01329aef79a7&plckPostId=Blog%3a27ec4a53-dcc8-42d0-bd3a-01329aef79a7Post%3a4a71e843-3649-449b-bc95-01c77ad72fbf&plckScript=blogScript&plckElementId=blogDest)

Pelos comentários neste link, estão necessitando tb, de intel a respeito do escopo e da abrangência da operação.