A primeira tarefa do ministro da Defesa, Celso Amorim, é decidir como será feito o corte de R$ 4,2 bilhões nos recursos disponíveis para a pasta neste ano — o orçamento total supera R$ 15 bilhões. As Forças Armadas já encaminharam quais projetos consideram inadiáveis e não podem sofrer reduções. Essa discussão estava sendo tocada por Nelson Jobim com a presidente Dilma Rousseff. Embora os debates estejam encaminhados, não há decisão. Mas a expectativa é que a construção do submarino nuclear e a compra do cargueiro C-390 da Embraer não sejam afetados.

Celso Amorim dedicou a segunda-feira a conhecer detalhes da rotina do Ministério da Defesa. Despachando no quarto andar do Palácio do Planalto, ele recebeu o assessor para Assuntos Internacionais, o chefe de gabinete, tratou da agenda da semana e dos detalhes de sua posse. “Não ignoro a centralidade da questão orçamentária. Cabe a mim empenhar-me em obter os recursos indispensáveis ao equipamento adequado das Forças Armadas. Conto, para tanto, com a compreensão de meus colegas da área financeira”, afirmou, ressaltando que a recuperação tecnológica será feita com a participação dos ministérios do Desenvolvimento e da Ciência e Tecnologia.

FONTE:  Correio Braziliense, via Notimp

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Almeida

Pelo menos no discurso ele está indo muito bem. Espero que continue assim!

Mas uma pequena porém importante observação:

Claramente as Forças Armadas foram consultadas sobre quais seus projetos são essenciais. E na lista que é divulgada o tempo todo na imprensa vemos sempre submarinos e cargueiros, porém não FX-2.

Será que a própria FAB deu prioridade ao KC-390 frente ao FX-2? Será que F-5M e A-1M seguram as pontas em nosso cenário, fazendo com que a necessidade de transporte e mobilidade, enorme para nós por motivos óbvios, seja mais urgente?

Almeida

Pensando mais um pouco e respondendo a mim mesmo, esses cortes são para este ano então a FAB deve estar querendo manter as verbas e investimento no KC-390 para que o projeto siga em frente, sabendo que as verbas para o FX-2 só sairão mais tarde.

asbueno

Salvo engano meu, segundo este blog,no caso de aquisição dos Gripen E/F (futuros) haveria ainda uma carência até o início do pagamento. Então a decisão e tratativas iniciais poderiam ser realizadas já. Ima gino que para os outros dois competidores a proposta seja similar.

Então, porque não decidir e “comprar” já? Possivelmente uma questão política, seja por um mudança de rumos anteriomente adotados e/ou ão se desgastar perante a opinião pública. Dureza…

Almeida

Até porque, independente da verba sair em 2013 e ser paga em vários, as manchetes dos grandes jornais dirão:

“Dilma gasta 10 bilhões de reais com caças para FAB em ano de cortes na Educação e Saúde”