Demanda no transporte aéreo cresce mais do que número de pilotos novos

Wilson Aquino

O maior poder aquisitivo do brasileiro e as facilidades na compra de passagens aéreas são um indicativo de que teremos voos lotados nos próximos anos. Entretanto, um assento corre o risco de permanecer vago na aeronave: justamente o do piloto. A formação de novos comandantes não vem acompanhando a força da indústria da aviação, que cresceu 27% no primeiro semestre em relação ao mesmo período do ano passado, e deve seguir em ritmo acelerado na próxima década.

São vários os motivos que podem levar a um apagão de pilotos em dois ou três anos. Desde 2005, houve um êxodo de comandantes para o Exterior. Pelo menos 600 se transferiram para a Ásia e o Oriente Médio, onde os salários são bem mais atraentes. A remuneração de um comandante aqui parte de R$ 6 mil e chega a R$ 18 mil. Lá fora, começa em torno de R$ 11 mil e alcança cerca de R$ 27 mil. Outro problema é a desatualização das escolas de aviação. A formação dos pilotos está a anos-luz do que é exigido pelas companhias aéreas. Os aeroclubes não são mais adequados para funcionar como centros de instrução, diz Adalberto Febeliano, diretor de relações institucionais da Azul. Essas escolas deixaram de receber incentivos do governo e praticamente pararam no tempo. Os alunos aprendem a voar em velhos monomotores e em simuladores arcaicos. O sujeito que aprende a andar de bicicleta não está habilitado a dirigir uma moto, compara Febeliano, que no último ano repatriou 33 pilotos brasileiros da Ásia, do Oriente Médio e da Europa para compor os quadros da empresa. Outras quatro pessoas já foram selecionadas.

Com vagas disponíveis para dez copilotos de Airbus 319 e 320, o diretor de treinamento e operações da TAM (agora, Latam), comandante Leonard Grant, também reclama da falta de profissionais bem preparados. Não quero colocar em um Boeing 737-800 um piloto com 300 horas de experiência em outro tipo de avião, provavelmente monomotor com dois lugares ou três, justifica. A Gol, que enfrentou problemas no término das férias escolares e teve de cancelar voos por causa da escala da tripulação, informou, através de nota enviada à ISTOÉ, que seus profissionais passam por frequentes treinamentos, estando sempre atua­lizados e a par das normas do setor aeronáutico nacional e internacional.

A atualização a que a Gol se refere é, na opinião do instrutor de voos Adelmo Louzada, o maior ponto fraco do Brasil hoje. Os aeroclubes nasceram sob as asas do Estado, mas depois foram abandonados, afirma ele, também diretor do Aeroclube do Brasil. Um sinal de que um apagão se aproxima é o número de habilitações para pilotos de Linha Aérea de Avião, os aptos a trabalhar nas grandes companhias aéreas, concedidas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Em 2008, foram habilitados 333 novos pilotos. Em 2009, o número caiu para 230. Nos três primeiros meses deste anos foram 56.

Para obter a licença de piloto comercial são exigidas 150 horas de voo. Mas as grandes empresas não contratam pilotos com menos de 500 horas de voo. E para ser comandante é necessário ter pelo menos mil horas se o candidato tiver formação superior em ciências Aeronáuticas. Se possuir apenas o segundo grau, são necessárias 1.500 horas. Por isso, quem obtém o brevê tem de ganhar experiência por conta própria para estar apto a entrar numa grande companhia. As empresas vão ter de reduzir essas exigências, senão vai faltar gente, acredita o comandante Elones Fernando Ribeiro, diretor da Faculdade de Ciências Aeronáuticas da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio Grande do Sul. Segundo ele, após 2,8 mil horas de aula teórica e 200 horas de voo o formando tem condições de ingressar no mercado. Aqui no Brasil, existe a cultura de que horas de voo representam experiência, independentemente do tipo de avião em que voou. Isso é bobagem, diz. O diretor de segurança operacional da Anac, Carlos Eduardo Pellegrino, pretende conversar com o setor para estruturar a carreira de piloto de modo a reduzir a distância entre a formação e o mercado. As empresas precisam pegar esses pilotos de estágio inicial e ir progredindo com eles, defende.

O custo elevado da formação também limita o acesso ao curso de aviador. Para tornar-se piloto comercial é preciso gastar R$ 70 mil o preço da hora de voo varia entre R$ 240 e R$ 800. O carioca Gabriel Pires, 21 anos, por exemplo, quer se formar piloto comercial e concluir a faculdade. Ele sonha em comandar um Boeing desde os sete anos, quando voou pela primeira vez. Mas seus pais, que bancaram seus estudos até agora, não têm mais como arcar com os custos. Quero uma vaga de instrutor para atingir a meta de horas, diz ele.

Para amenizar a situação, a Anac lançou mão de um artifício usado na década de 1970: vai bancar a formação, com a concessão de bolsas, de 213 novos pilotos, sendo 139 privados e 74 comerciais. Para tanto, firmou convênio com 19 aeroclubes de oito Estados e vai desembolsar R$ 3 milhões, recursos do Programa de Desenvolvimento da Aviação Civil do Ministério da Defesa. Mais de 400 candidatos se inscreveram. Outras medidas estão em estudo, como a abertura do mercado para pilotos profissionais estrangeiros, hoje proibida pelo Regulamento Brasileiro de Homologação Aeronáutica (RBHA), que deve provocar polêmica.

FONTE: Isto É, via Notimp

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Rodrigo

Como eu não me canso de falar, a toda poderosa ANAC e o MD negligenciam completamente a formação de novos pilotos no Brasil.

Se para aviões a coisa está assim, para helicópteros podem pegar o problema e seguramente multiplicarem por dois.

Leandro

Prezados, Sou um dos muitos brasileiros que sonharam em ser piloto um dia! Tentei a carreira de piloto militar e não consegui, não desisti e fiz o curso de Piloto Privado numa escola de aviação (que fica no St. Dumont) no ano de 2003 (engraçado que nunca me orgulhei do diploma de técnico e nem do diploma da faculdade, mas tenho um baita orgulho do meu diploma de Piloto Privado)…fiz o curso, consegui nota para tirar o certificado teórico para iniciar as horas de vôo (na época no T-23), infelizmente tive que abandonar esse sonho por questões financeiras (arcava com… Read more »

Rodrigo

Este incentivo é mais ou menos como gnomos e discos voadores, tudo mundo disse que viu, mas ninguém conhece alguém que use!

Eu fui ver isto para mim e não existia ele para SP na época que eu procurei.

É ou era um projeto piloto( desculpem o trocadilho) que funciona senão me engano só no RS e nem a formação completa ele garante e é só para asa fixa.

Vader

Eu acho O FIM DA PICADA empresa reclamando de falta de mão de obra, e ameaçando contratar piloto estrangeiro. Tem falta de mão de obra? Oras bolas, que a empresa invista na formação de mão de obra homessa! Há dezenas de milhares de brasileiros que adorariam ser pilotos comerciais (eu incluso, rs) e apenas não o são devido ao altíssimo custo do curso de formação, que supera em muito uma boa faculdade. E por um salário desses tem gente que mataria! Se a empresa reclama de mão de obra ela que forme seus colaboradores, oras! Mas não: querem só o… Read more »

Giordani RS

Amigos, Eu me tornei Mecânico de Aeronaes por que não consegui pagar as horas de voo. Tenho toda a parte teórica da coisa, mas não con$egui dar $equência… 🙁 Uma das maiores besteiras que já vi foi a falecida varig fechar a EVAER e passar a formação de comandantes para a PUCRS…pessoas que desconheciam o mundo da aviação tomando decisões…hoje, se justifica a falta de comandantes…ninguém quer investir uma pequena fortuna para ter um retorno a longuíssimo prazo…é como os médicos, é muito, mas muito investimento para um baixo retorno…nem só de amor vive a aviação… A ANAC nao sabe… Read more »

Guilherme RS

Concordo com o que o Vader disse. É fácil falar que o piloto precisa ter experiência e coisa e tal, mas se o aluno tiver que bancar sua própria formação, o máximo que a empresa vai ter é uma cara com 300 hs de monomotor e era isso. De fato, algo nos moldes da extinta Evaer seria um caminho. Eu sou um dos que deixei a carreira de piloto por impossibilidade de custear os estudos. Sinto orgulho de ter sido piloto por um tempo… mas.. Depois da criação da Faculdade de Ciências Aeronáuticas muita gente caiu fora. Bancar uma pequena… Read more »

Rodrigo

Vader disse: 23 de agosto de 2010 às 10:41 Vader, você tem razão parcial… Hoje em dia o cara pode ser Piloto Comercial tendo voado apenas o R22 e o Aeroboero(sem fazer o curso de multimotor). Que o Governo não subsidie o treinamento, mas isente de impostos os insumos de aviação para treinamento que são caríssimos. Uma empresa de grande porte tirar o cara do Aeroboero( que é subsidiado pelo Governo e é o pior dos treinadores disponíveis no Brasil, mas é o mais barato pelo subsídio) e jogar em um simulador de 737, E170, A319 e etc. é inviável.… Read more »

Fábio Mayer

É preocupante…

…porque por mais que seja um maravilha eletrônica, um Boeing, um Embraer 190 ou um Airbus precisa de pilotos experientes. Mais do que isso, a situação dos aeroportos brasileiros não é boa, como já sabemos.

E não duvidem que as companhias aéreas não estão fazendo os pilotos trabalharem muito acima da carga adequada…

Vader

Ah Rodrigo, vc me desculpe, mas não é possível que um pool de empresas do ramo do porte de uma TAM, Gol, Azul, Trip, etc. não conseguissem montar um centro de formação de pilotos minimamente viável.

Precisam do que para isso? Isenção de impostos quanto aos insumos para treinamento, etc? Oras, pois façam gestões junto ao Governo Federal, mobilizem-se, mexam os traseiros, levantem-se de suas cadeiras acolchoadas, oras!

Mas não: preferem ficar de nhém nhém nhém pela imprensa, chorando as pitangas pra ver se arrumam um jabá.

Tudo errado isso aí.

Abs.

Rodrigo

Vader, ninguém está pedindo para receber um comandante qualificado para Boeing 737, A319, E170 e etc… A queixa é que a turma está chegando sem saber o básico para um piloto comercial de asa-fixa: Multi-motores e IFR! Esta formação, tem que vir antes do profissional ir para o mercado. É a mesma coisa eu que fiz Processamento de Dados( o nome antigo de Tecnologia da Informação), sem saber construção de algoritmos e análise de sistemas. Ou o cara que faz direito e sai sem saber fazer um júri ou qualquer coisa que faça parte de um mundo mais prático do… Read more »

felipe alberto

alguem lembra da historia daquele rapaz em torno de 20 anos que de tanto treinar em um simulador de um monomotor especifico (não lembro qual) que junto de uma equipe de reportagem entrou em uma aeronave do mesmo modelo do simulador e mostrou a alguns pilotos do aeroclube presentes que conhecia a aeronave tão quanto os pilotos novos.

Quanto a matéria é até falta de vergonha na cara das companias contratar estrangeiros para o serviço

Lucas Maciel

É por isso que, apesar das horas de vôo caras, vou continuando com minhas horinhas de vôo aqui em São José dos Campos, até final de setembro checo meu PP e ano que vou vêm correr atráz da bolsa da ANAC pra PC. Mas o negócio é não ficar parado, já terminei minha facu de Eng. Mecatrônica e estou fazendo minha 2º em Manufatura Aeronáutica na FATEC qui em SJC tb. Leandro, não desiste não, hehe, quanto mais difícil, maior é a vitória rss… Desde que comecei a investir nisso, desde o curso teórico, passar na banca da ANAC, fazer… Read more »

STEEL

Depois de estar 20 anos na aviação só psso dar um conselho para os novos. Procurem outra profissão, pois essa já deixou de ser boa a muito tempo. O pior é ver o depoimento do cmte que pousou no Rio Hudson ao Congresso Americano e ver ele dizer que não conhece um filho de piloto que queira seguir a carreira do pai. Se lá é assim? Aqui é pior. A falta de pilotos não se deve apenas ao crescimento mas também ao fato de a profissão ser muito sacrificante e o retorno pouco. O que adianta voar nas aeronaves mais… Read more »

STEEL

Só para concluir. Não quero desanimar ninguém, mas saibam que tipo de problemas irão enfrentar e reflitam bastante. Abraços a todos.

Raptor

Simples:

Existe uma cultura já ultrapassada que dificulta o acesso ao ensino aeronáutico e aviação geral e comercial como um todo:

Os motores a EXPLOSÃO até a faixa da aviação leve (incluso e principalmente instrução)…

São mais baratos devido a escala de produção (modo ZÉ ativado), porém, utilizam as mesmas tecnologias da 1GM e 2GM.

Qual empresa mesmo, estava fabricando o core de turbina nacional…

Esse negócio de fusão de interesses Estado/Privado dá Samba.

Rodrigo

Todas as profissões tem o seu ônus, realmente os pontos que o STEEL colocou são as maiores queixas que eu escuto dos colegas.

Conheço poucos que voam “Boeings”, mas muitos que são pilotos particulares de empresários e estes realmente não tem nenhum tipo de vida social.

Tenho um conhecido que voa EC155, para um grande empresário que passou o último Natal-Reveillon e só conseguiu volta depois do Carnaval deste ano!

O pior para os colegas que voam para particulares, são as intermináveis horas de espera pelo patrão!

Raptor

turbina nacional = turbohélice leve.

Rodrigo

Aquele motorzinho a reação é a base da base da base da base da base da base x 1°°°°°°°°°°°°°°°°°, de um motor a reação com capacidade operacional plena. Para fazer um motor de reação de eixo livre, com ele precisa de mais desenvolvimento ainda, pois vai precisar ser miniaturizado. Precisamos para hoje e não para daqui há 30 anos. O ideal seria criar um treinador básico nacional, monomotor com capacidade IFR( avião e heli) e um avião bimotor IFR. Mas já ficaria muito contente se a ANAC e por conseguinte o MD licenciassem algum modelo da Piper ou da Cessna… Read more »

Raptor

Rodrigo,

Os grandes motores a explosão radial, foram abandonados em proveito aos turbohélices (obteve-se a escala necessária) devido a manutenção mais barata, mais econômica (incluso principalmente combustível – AVGAS é cara, e o querosene, salvo engano, é mais barato que etanol).

Apenas mais um passo…

Raptor

Ver caso Abrams M1-A1 (manutenção compensa apesar do maior gasto de combustível) X motor diesel (manutenção mais barata que o ciclo Otto).

Abs.

Rodrigo

Raptor disse:
23 de agosto de 2010 às 13:32

Amiguinho, aqui não se faz radial, pararelo, em linha, V, o padrão que você quiser.

Acha que vai sair fácil um motor a reação que exige uma tecnologia muito maior ?

Raptor

Se sobrar qualquer dúvida, se eu tiver condições, ajudo a financiar tal empreitada…

Quem mais se habilita…

Galileu

Aew concordo, esse projeto da ANAC é uma m***** tem meia dúzia de aeroclube cadastrado e você já tem que ter o PP, parece mais lenda do que bolsa……..

Vocês já ouviram falar do aeroclube de Itápolis-SP , dizem que é um dos melhores do país………eu dei um tempo também por falta de $$$$$
Vou ter que cometer pequenos furtos pra levantar uns trocos e continuar no curso ahahahahahah

abraço

Raptor

“Acha que vai sair fácil um motor a reação que exige uma tecnologia muito maior ?”

Engano teu Rodrigo, em minha sincera opinião… Ele é menos complexo que o de explosão …

Favor não confundir com as turbinas a gás com compressores axiais (mais complexas e caras).

Você está confundindo complexidade X simplicidade e tecnologia (nem sempre um produto mais tecnológico significa mais caro).

Ex. em escala:

A jato puro:

http://www.youtube.com/watch?v=uBuRX7nBwwM

e

Explosão:

http://www.youtube.com/watch?v=mutb7KgA9NM

Capiche…

Help me Santo ITA!

Um grande abraço!

Leandro

STEEL disse: 23 de agosto de 2010 às 11:56 Steel, concordo com você que a profissão de piloto comercial é sim uma profissão sacrificante, mas acho que toda a profissão tem a sua cota de sacrifício (os militares da Marinha, os militares de fronteira, um PM no Rio, um médico e N outras)…a minha não é diferente (advogado tributarista), mas ainda sim com todo o sacrifício, tendo uma remuneração baixa, não trocaria a carreira de piloto por nada nesse mundo! Quanto a bolsa da ANAC para a formação de pilotos, lembro que certa vez li que essas bolsas estavam sendo… Read more »

Rodrigo

Não conhecia este aeroclube de Itápolis, mas o lugar deve ser maravilhoso para apreciar a vista com certeza! O que eu acho f…. de fazer hora nestes aeroclubes longe da capital é a ausência de tráfego intenso e pouca fonia! Aqui o cidadão já começa na fogueira! Quem voa nesta zona que é a TMA-SP, voa em qualquer lugar do mundo com segurança. Para quem voa de avião, logo nas cinco primeiras horas o cidadão já entra no tráfego de SBGR, fazendo toque e arremetida no aeroporto internacional. Meus primeiros vôos, quando sai de SBMT não sabia nem para onde… Read more »

dodomaha

No mundo inteiro temos governos e/ou empresas ajudando na formação de pilotos. No Brasil nenhuma empresa abraça essa causa. Enquanto isso, temos pilotos brasileiros tendo TUDO pago pela Emirates, nos EAU. Além disso, só eu, conheço 4 ou 5 pilotos, muito experientes, que não conseguem emprego ou quando conseguem, não largam o que fazem atualmente por falta de $$interesse$$ na proposta. Quem voa por ideal é porque não precisa colocar comida na mesa. Quem precisa, não larga um emprego estável pra ganhar a metade e ficar 10 dias por mês em casa. Piloto tem de monte, o que falta é… Read more »

Galileu

Sim Rodrigo
Aqui é uma calmaria……você só tem que se preocupar com os urubus pois tem um lixão perto da pista, e a alguns meses atrás os F5 que estavam na embraer sempre passavam por aqui, do resto é céu de brigadeiro aahha

Luiz Eduardo

Rodrigo

O Aeroclube do RGS aqui de Porto Alegre tem curso para piloto de Helicoptero – porém o curso e as horas de voô são mais caras que as de avião… :-S

Moro quase ao lado, e fui me informar tbm, mas sem chance, não tenho condições (ainda) – então domingo ou outro dou uma passadinha pra namorar as aeronaves… me lembro uma vez anos atrás que os “Mikes” deram as caras por ali… aquele ruido foi como música para meus ouvidos 😀 hehe…

Robson

R$70.000 de investimento p/ ganhar entre R$6/18… Vcs tão brincando que isso é caro.
Qto custa um curso de medicina e tá cheio de concorrentes… esse inicial deve estar errado.

Rodrigo

Luiz Eduardo disse:
23 de agosto de 2010 às 16:10

Em todos os lugares a instrução de heli é mais cara.

Comparando com o Aeroboero a hora avulsa aqui em SP é 3,5x mais cara.

Rodrigo

Raptor disse:
23 de agosto de 2010 às 13:56

O nro de peças é menor amiguinho, mas a tecnologia necessária para fabricá-las é muito mais alta!

Se fosse assim todo mundo fazia motor a reação, né ? 😉

Renato

Vejamos se eu entendi mal: a formação é de piloto privado, para trabalhar em empresas privadas para as quais se pagam passagens, mas a grana para o treinamento também tem de vir dos impostos do contribuinte, seria isso?

Sukhoi

Olá..
Queria saber alguma escola (aeroclube) para formação de piloto comercial…
Obrigados.

Raptor

Raptor disse: 23 de agosto de 2010 às 13:56 “O nro de peças é menor amiguinho, mas a tecnologia necessária para fabricá-las é muito mais alta!” Correto amigo, a tecnologia de materiais, metalurgia e eletrônica são altas, porém, nos últimos anos, também estão presentes nos a explosão para aumento de potência, redução de consumo e custos de manutenção. O problema é que não se obtém uma ESCALA (olha o ZÉ) de produção garantida em números condizentes ao de explosão (é possível com incentivo estatal). É necessário para diluir os custos de CERTIFICACAÇÃO (os de explosão já foram diluídos por décadas)… Read more »

Fernando

Ha um erro grave nessa reportagem , onde diz ” E para ser comandante é necessário ter pelo menos mil horas se o candidato tiver formação superior em ciências Aeronáuticas. Se possuir apenas o segundo grau, são necessárias 1.500 horas ” , esta completamente errado . Essas horas de voo sao as necessarias para entrar em uma companhia aérea como co-piloto . A TAM e a GOL , fazem essa exigencia . JA Avianca , TRIP , Passaredo e Azul pedem 500 horas de voo , ICAO e faculdade ( como diferencial). Outro detalhe , as companhias estao pedindo nivel… Read more »

Raptor

Qual a vantagem…

Com a transmutação da cultura de propulsores aeronáuticos na faixa da aviação leve, os custos de operação (mais eficiente na queima do cada vez mais CARO combustível fóssil ou servir como demanda para o mercado de bioquerosene ou estimular o uso de etanol na aviação) e manutenção mais baratos = – valor por hora de vôo = mais barata instrução = economia = mais mão de obra qualificada = menor problema para as cia’s aéreas = + negócios, etc…

Raptor
Rodrigo

Renato disse: 23 de agosto de 2010 às 20:04 A profissão de aviador é como qualquer outra. O Governo tem universidades federais que não são pagas e quantos destas pessoas que estudaram em Federais trabalham em instituições públicas ? Mesmo sendo assim, não gostaria de ver um curso de aviação em Universidade Federal. Tudo em aviação é pago em dólar ou euro, então não tem como ficar algo acessível sem uma redução de carga tributária, qualquer valor já praticamente dobra, fora os impostos de importação. Para mim esta redução de tributação é o máximo que o Governo deve se meter,… Read more »

Rodrigo

Raptor disse:
24 de agosto de 2010 às 8:29

Já que é tão vantajoso assim, porque cargas d´agua todos os aviões e helicópteros mais simples, usam motores aspirados ?

Seriam todos os fabricantes e usuários imbecis, para continuarem usar avgas, motores complexos e menos eficientes ?

Vale a pena lembrar que Isto não é só no Brasil.

Raptor

“Rodrigo disse:
24 de agosto de 2010 às 8:55”

Resposta:

Achar algum governo que subsidie a cara transição da cultura pistão (Certificação, Treinamento), como já explanado anteriormente.

Os EUA, subsidiaram durante a 2GM e posteriormente, o florecimento da aviação geral, através do calcanhar de aquiles: os propulsores (na época pistão).

Acredito que desta vez, acho que me fiz entender. Infelizmente, em minha opinião, algumas ligações de causa-efeito, não são tão óbvias.

Um grande abraço.

Coral Sea

Não seria possível no Brasil utilizar o sistema que a Lufthansa e a Swiss usam?
Essas 2 empresas possuem a sua própria escola de pilotos; a empresa banca todo o curso que dura cerca de 2 anos para quem está começando do zero; depois o futuro co-piloto já entra no A320 ou no B737, sem ter essa necessidade de já possuir 1000 horas…..e nem por isso a aviação por lá é menos segura do que aquí, muito pelo contrário…
Os custos do curso são deduzidos todos os meses no salário até atingirem a quantia devida….

Rodrigo

Raptor disse:
24 de agosto de 2010 às 10:30

O que você está propondo não tem respaldo na realidade.

O motor a reação não tem boa relação custo benefício, para ser empregado em qualquer situação, mas o dia que você for presidente de alguma coisa de o incentivo que você quiser.

Até lá ficaremos nas mãos dos imbecis que não entendem do assunto.

Rodrigo

Coral Sea disse:
24 de agosto de 2010 às 11:21

Aqui no Brasil acontece o inverso, tem muito carinha que literalmente paga para entrar em companhia grande.

Europa é europa, ganham e gastam em euros…

Aqui na Brasilônia, ganhamos em reais e gastamos em euros..

Raptor

Rodrigo, As respostas que foram postada, me foram auxiliadas por engenheiros e projetistas de motores aeronáuticos, que por N motivos não querem ter vinculados os seus nomes (por ex. hipotético ligado a Lycoming), e por saber exatamente minha limitação neste tipo de assunto. Não quero que acredite em mim, apenas lhe pediria que trouxesse argumentos sólidos. Não era minha intenção lhe ferir pessoalmente. Se caso aconteceu isto, peço desculpas. Abraços. Ps. Cuidado para não confundir culturas diferentes aeronáuticas. Para os Russos, faz sentido exatamente o contrário (eles não investiram em uma rede extensa de treinamento, operação e manutenção de produtos… Read more »