Aeronáutica certifica foguete e testa propulsor espacial

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Dois eventos ocorridos simultaneamente nesta quinta-feira, 15, no Departamento Geral de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos (SP), foram responsáveis por aproximar o país do domínio completo do ciclo espacial.

Um deles foi a primeira certificação de um veículo espacial ocorrida no Brasil, para o VSB-30, foguete de sondagem brasileiro desenvolvido desde 2001 pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), capaz de transportar 400 quilos a 276 quilômetros de distância da terra, permitindo experimentos em microgravidade por um tempo de até cerca de seis minutos. Custando cerca de R$ 750 mil a unidade, o diretor do Instituto, Coronel Engenheiro Francisco Carlos Melo Pantoja, garante haver interesse do mercado mundial nesse produto para realização de experimentos científicos diversos.

O segundo evento, denominado Operação Ômega, resultou na queima, em um banco de provas, do propulsor S40M, que representa o terceiro estágio de um futuro lançador de satélites brasileiro (VLS).

Esse teste causava expectativa porque era necessário comprovar a funcionalidade desse equipamento que, com 5,6 metros de comprimento e um metro de diâmetro, recebeu ao longo dos últimos anos alterações diversas, principalmente no aspecto segurança.

O Ministro da Defesa, Nelson Jobim, que participou dos eventos, destacou que a certificação e a Operação materializam um dos principais objetivos da Estratégia Nacional de Defesa, o domínio do conhecimento na área espacial para o futuro lançamento de satélites brasileiros em veículos produzidos no país. Emocionado, destacou a audácia e a coragem dos pesquisadores que “olham muito para frente”, explicando que somente dessa forma o país deixará de depender dos outros.

FONTE: CECOMSAER

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Rodrigo Torres

excelente noticia, bela foto!

Alfeld

Bom seria ter foguetes e mísseis próprios para equipar euipamentos nacionais e estrangeiros

gaspar

o propulsor S40M poderia servir para um missil ???
o projeto do VSB-30 poderia ser “adaptado” para se tornar um missil ???

Cristiano GR

Esta foto não parece ser no Brasil. As árvores a frente do local do lançamento parecem ser de outro país. E no foguete não há bandeira do Brasil.

Carlito

gaspar,

Creio que estes foguetes poderiam sim ser convertidos em míssil. Uma das razões que dificultam ao Brasil o acesso a certas teconogias sensíveis (plataforma inercial) é justamente o fato destas tecnologias poderem ser empregadas para fins militares.
Na década de 80, me lembro de ter visto em uma revista alguns desenhos de um míssil baseado nos foguetes Sonda (creio que especificamente o Sonda IV), que seriam transportados e lançados de um veículo baseado no chassi do Osório.

Ronaldo

Meus parabens aos guerreiros/cientistas do Brasil que tiveram sucesso em seus testes, mesmo com todas as dificuldades e embargos.

O BRASIL SE ORGULHA DE VOCÊS !!!!