vinheta-clippingO grupo britânico BAE Systems, número três mundial do setor armamentista e de defesa, anunciou uma reestruturação das atividades aeronáuticas no Reino Unido, que resultará na demissão de 1.100 funcionários e no fechamento de uma fábrica.

A reestruturação afetará quatro fábricas, todas na Inglaterra, entre elas a de Woodford, na região de Cheshire (noroeste), que será fechada ao fim de 2012.

O fechamento de Woodford (630 postos de trabalho) está ligado ao fim do programa de produção do avião de patrulha marítima Nimrod MRA4.

As outras fábricas serão afetadas pelo fim da terceirização e pela redução de outros programas militares, incluindo a modernização dos aviões de combate Harrier.

Acusações

A fabricante de armamentos de defesa BAE Systems foi acusada de pagar milhões de libras em suborno para vencer contratos em países na Europa e África. O grupo foi investigado pela agência contra fraudes do governo britânico e pode pagar até 1 bilhão de libras (cerca de R$ 2,8 bilhões) em multas. As informações são do jornal britânico Daily Mail.

Segundo a publicação, a empresa de armamentos pagou propina na África do Sul, Romênia, República Checa e Tanzânia em troca de contratos bilionários. Segundo o Daily Mail, seria o maior caso de fraude da história britânica.

A empresa afirma que sempre agiu com responsabilidade e que, se a agência contra fraudes do governo obtiver autorização para processar a BAE, irá se defender.

Se for condenada, a companhia pode perder contratos na União Européia e Estados Unidos.

FONTE: portal Terra/Publico.pt/AFP
FOTO: geograph.org.uk

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Clésio Luiz

He, imaginem se investigassem a Dassault aqui…

No ramo militar isso não é novidade: a Lockheed pagou propina para os alemães escolherem o F-104, abrindo as portas para grandes vendas por toda a Europa. No Japão o F-104 também foi escolhido na base da propina.

Bronco1

Propina, lobby e pressão???

SIVAM que o diga.

Challenger

A BAE Systems, é sócia da SAAB, no Gripen.

Bruno Rocha

Estamos melhor com o que temos hahahaha

Caio

poderiam transferir a linha de produção do nimrod pro Brasil…
hahahaha

Wolfpack

Eu tenho dito isso a tempo. Suecos (SAAB – BAE Systems), Americanos Boeing, Franceses Dassault e Alemães (HDW Thyssen) estão no mesmo saco. Nenhum é santo, e acho que o Brasil não espera isso mesmo de fornecedores de equipamento bélico.

walfredo

Seria a melhor hora para as forças armadas irem lá, contratar professores, técnicos e montar uma linha de montagem de armamentos.

Algumas unidades militares seriam transformadas em unidades de produção de armamentos.

Don D

E todo mundo pensa que inglês é desenvolvido, que é politicamente correto e essas baboseiras, corrupto é tudo igual no mundo inteiro…

Casagrande

Sócios e fornecedores da SAAB, principalmente no Gripen, de qualquer geração.

Hornet

um off-topic relacionado ao FX2: “Suécia melhora proposta de caça e atrai Lula Oficiais da Aeronáutica enviam ao presidente filme sobre o Gripen; Embraer também manifesta preferência pelo avião Governo sueco planeja aproveitar ida de presidente a Estocolmo na próxima terça para convencê-lo das vantagens de seu jato ELIANE CANTANHÊDE COLUNISTA DA FOLHA O programa FX-2, de renovação da frota de caças brasileiros, entrou na reta final ontem, quando todas as três empresas finalistas formalizaram suas propostas definitivas à FAB, com melhores preços e condições. O Rafale, da francesa Dassault, é o preferido da área política, mas o Gripen NG,… Read more »

Robson Br

Será 2 vencedores? s
Se for 2, não valeria continuar com o A1-M. Valeria a pena iniciar uma nova redistribuição das funções das bases pelo Brasil. P.ex: Canoas e Santa Maria

Hornet

Sobre o tópico do post…vejam como são as coisas, parece que o Gripen da África do Sul é fruto de propina (juntamente com o Hawk de treinamento). Em uma matéria de 2005 (UOL) já havia esta suspeita: “A tenaz busca de informações por parte de Young nos tribunais revelou pistas sobre a parte britânica do negócio: vendas de aviões de treinamento Hawk pela BAE e de caças Saab Gripen pela BAE/Saab. O Hawk foi escolhido contra a vontade da força aérea sul-africana, que queria o italiano Aermacchi (também o escolhido pela RAF), que custava a metade do preço. A compra… Read more »

Hornet

Só pra concluir o raciocínio em relação às proposta para o FX2: todas podem ser boas, se parecem boas. Mas não podemos ser ingênuos nisso. Precisamos ver o preto-no-branco. E mais que isso, precisamos conferir se o que está escrito poderá ser cumprido de fato…enfim…pois não estamos negociando com anjinhos celestiais.

abraços a todos

Hornet

em tempo II: acho o NG uma proposta (pelo o que está nos jornais) que seria muito interessante para a Embraer, mas não necessariamente para a FAB e para as FAs (eu sempre me lembro da MB e da otimização dos meios da END quando penso no NG, e sua incapacidade de operar embarcado). A hipótese de uma “solução salomônica” a que me referi acima, seria o Rafale para a FAB (e MB) e em paralelo uma negociação da Embraer com a SAAB, com apoio direto dos respectivos Estados de cada país, para terminar o NG e exportá-lo. Se nem… Read more »

Felipe Cps

Hornet, sobre seu off-topic, enquanto o Blog não põe no ar (mandei de manhã para o Galante): “Apesar da preferência política do Planalto e da Defesa pela França, Lula aproveitou um dos voos para o exterior para ver um filmete de cinco minutos da Saab, em português, sobre o Gripen NG. Conforme a Folha apurou, ele comentou: “Puxa, eu não sabia disso!” e “O filme foi “contrabandeado” para Lula por oficiais da Aeronáutica, que veem vantagens no Gripen NG por ser um projeto em desenvolvimento que já conta com a participação de técnicos brasileiros.” Pelo que se entende do texto,… Read more »

Hornet

Felipe, Quem tem que acompanhar de perto o FX2 é de fato o Jobim, e nem podia ser diferente. O Lula só decide depois, como todo presidente faz. É pra isso que existem ministro, secretário de defesa, comandante das FAs e essas coisas. O presidente (qualquer que seja) não tem só o FX2 pra decidir e se preocupar… acho que tudo tem seu tempo e sua hierarquia de decisão. A decisão final, é evidente, é do presidente. A palavra final, o “quem manda neste terreiro sou eu” (só uma brincadeira é claro, pois não estamos no século XVIII…hehehe) é do… Read more »

ramillies

O fim de uma era. E lá se vai mais um pedaço da história da aviação.

Woodford era a fábrica principal da Avro, e de lá sairam, entre outros, Anson, Lancaster, Shackleton, Vulcan, HS 748, Nimrod e BAe 146.

Foi bom enquanto durou…

Noel

walfredo em 03 out, 2009 às 15:33 Companheiro vc esta insistindo nessa idéia, que nas FFAA de hoje não há possibilidade de êxito numa empreitada dessas, pois transformar OM em fábricas, nunca funcionou bem aqui, apenas num passado já remoto, devido a precariedade industrial da época, mas isso já se foi. Veja a situação do AMRJ, não esta construindo nada, e isso leva à subutilização de recursos humanos capacitados e maquinário parado, e não se pode demitir funcionários, então faz-se manutenção, sendo no caso da MB até viavel, devido a precariedade de estaleiros voltados prá industria de defesa. Infelizmente, qualquer… Read more »

Wolfpack

O Gripen NG não muda em nada a atual situação da FAB, continuaremos com uma Força Aérea de capacidade de combate inferior no Continente. Se isso é bom para os Oficiais da FAB, ter no entorno do Brasil, MIG29, SU30MK e F16 Blk50 com misseis capazes BVR. O Gripen NG não altera o balanco de forças, não melhora em nada nossa capacidade atual de combate e coloca um outro problema futuro, o que fazer com a Marinha e Aviação embarcada? Politicamente não existe muito problema, mas o Brasil com este acordo com a Suécia ganharia o que? Com a França… Read more »

Robson Br

Wolfpack,
concordo contigo
Na realidade querem salvar a SAAB e a BAE Systems.
Que tecnologia o Gripen pode acrescentar a Embraer. Qual o benefício deste acordo.

Challenger

O Gripen foi escolhido pela Africa do Sul, e pela Republica Tcheca, dois paises citados acima.

walfredo

Noel em 03 out, 2009 às 19:42, Caro Noel, Eu insisto nesse modelo de produção de armamento por inúmeras vantagens: Produzindo parte do armamento (porque sempre defendi a produção de parte e não de todo o armamento) dentro das unidades militares a um melhor aproveitamento das estruturas já existentes, visto que a maioria, como você mesmo disse, é subutilizada, visto que empregada apenas na manutenção dos sistemas; Garante o sigilo de parte do armamento produzido, mantendo o fator surpresa que é bastante reduzido quando se emprega armamento cuja descrição técnica é de total conhecimento do mercado; Garante a produção de… Read more »

Noel

walfredo em 04 out, 2009 às 0:14 ” visto que a maioria, como você mesmo disse, é subutilizada,” Em nenhum momento fiz essa colocação(MAIORIA), referia-me unicamente ao AMRJ. “Garante a produção de munições, melhorando a independência dos fornecedores e a logística de combate.” Prá isso já existe a IMBEL, que é estatal, e controlada pelo EB. “Sou a favor da concorrência público-privada , ou seja, quem oferecer o melhor, pelo menor preço leva, se a unidade fabril da força não consegue produzir por um preço melhor, então ganha a licitação a melhor proposta privada, simples assim.” Pelo que entendi, a… Read more »

walfredo

Noel, Como disse, é uma idéia minha, mas já foi de muita gente! infelizmente a idéia de Estado mínimo destruiu muito do que nós já tinhamos. A concorrência público-privada já existe, o exemplo do exército e as estradas comprova isso. No entanto, continua existindo licitações de estradas, uma coisa não afasta a outra. Agora as empresas sabem que o Estado não é obrigado a se submeter a preços abusivos, no caso de combinação de preços. Se o preço licitado ficar abusivo o Estado chama o exército, é uma alternativa. Também é fundamental quando há urgência e não se pode esperar… Read more »

Noel

Bom se vc trabalhou três anos na manutenção do Mirage, então vc é Especialista, ou não, e deve ter servido no ESM, certo; e deve saber a que nível de manutenção é de responsabilidade do Esquadrão, certo; e qual MNT, acima dos destas, é de responsabilidade do Parque; e também quais partes da aeronave tinham que ser enviadas prá França prá MNT, OK; portanto confesso não ter entendido sua dúvida sobre as funções de que um Especialista no Esquadrão, como “trocador de peças”, como vc disse, ainda mais sendo vc um Especialista??? Só prá encerrar esse assunto, o FHC não… Read more »

Nunão

Hornet, A história sobre propina na compra do Hawk na África do Sul, conforme a matéria do UOL que vc colocou, já tinha ouvido falar. Mesmo porque tinha lido à época que eles tinham certa preferência pelos Aermacchi 339, já que utilizaram os 326 (Impalas). Acabou rolando uma compra casada SAAB-BAe Mas essa matéria de 2005 erra feio quando diz que “…a força aérea do país não precisa de nenhum caça novo, já que recentemente recebeu caças cuja vida útil se estende para além de 2012”. Não sei de onde tiraram isso… Deve ser referência à modernização dos Cheetah, alguns… Read more »

Hornet

Nunão,

concordo com sua observação. Mas aí é aquele dilema de sempre…imprensa leiga é tudo igual. Seja aqui ou na Africa do Sul.

abração