phenom-100-construcao-prototipo-foto-embraer

vinheta-clippingCerca de 6,5 mil metalúrgicos da Embraer paralisaram nesta 5ª feira (01) a produção da empresa por duas horas, na entrada do primeiro e do segundo turno. A mobilização foi aprovada em assembleia, como forma de protesto pelo valor da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) anunciado pela empresa e também pela falta de negociação na Campanha Salarial. A greve ocorre na unidade Faria Lima, em São José dos Campos.

Os trabalhadores prometem entrar em greve por tempo indeterminado se, em 48 horas, a empresa não abrir negociações com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, filiado à Conlutas. Segundo o diretor sindical Luiz Carlos Prates, o Mancha, só não pararam os mensalistas e os trabalhadores da unidade de Eugênio de Melo. “A proposta de PLR é irrisória. A diferença em relação às demais empresas é muito grande, levando-se em conta que a Embraer é a maior empresa da nossa base e tem recebido todos os incentivos do Governo”, afirma Mancha.

No dia 30 de setembro a Embraer anunciou o pagamento de PLR de R$ 235 mais 0,10% sobre o salário base. O valor, a ser pago em 30 de outubro, refere-se ao primeiro semestre de 2009 e é o menor da região. Na General Motors a PLR será de R$ 8 mil e a Eaton, com cerca de 500 trabalhadores, pagou R$ 2.627. De acordo com projeções do Sindicato, pela proposta da Embraer, a média da PLR não deve passar de R$ 600, que também é o menor valor pago pela empresa nos últimos anos. Em 2008 a PLR foi de cerca de R$ 1.120 mil, mais uma parte variável. “A Embraer tem a maior jornada de trabalho e uma das menores PLR da região.”, afirmou o vice-presidente do Sindicato, Herbert Claros da Silva.

EMBRAER

A empresa afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que esse valor foi definido conforme acordo negociado com uma comissão de trabalhadores, com a participação dos sindicatos dos metalúrgicos e dos engenheiros, não se tratando, portanto de uma proposta. O valor será pago no dia 30 de outubro. Ainda segundo a assessoria de imprensa, a Embraer não considera que tenha havido paralisações nessa quinta-feira, mas sim assembleias, com duração de uma hora cada. A empresa esclareceu ainda que a data-base da categoria continua sendo o mês de novembro, conforme acordo entre a Fiesp e o Sindicato, firmado em novembro de 2008.

Com relação ao índice de 4,4% de reposição da inflação, a empresa afirma que se trata de uma antecipação, que será descontada do índice que for negociado em novembro com os trabalhadores não se tratando de uma proposta. O valor referente a essa antecipação será pago no início desse mês. Trabalhadores da Sobraer, Sopeçaero e Peçola – empresas fornecedoras da Embraer em São José dos Campos – entraram hoje (quinta-feira) no sétimo dia de greve. O Sindicato já entrou com pedido de dissídio coletivo e uma audiência de conciliação está marcada para dia 8.(AE)

FONTE: Cruzeiro online

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Clésio Luiz

É bom que a diretoria da Embraer abra o olho. nenhuma empresa grande se mantém no topo com empregados insatisfeitos. Já migraram pra Bombardier uma leva de engenheiros.

Esse novo presidente que assumiu depois que o Botelho saiu tem que se ligar, não é só diretoria que tem direito a bons salários e regalias. Se esse homem não abrir o olho, uma de nossas maiores empresas pode começar a ir ladeira abaixo.

Bruno Rocha

Só acontese no Brasil. Se fosse na Being ou na AirBus já teriam sido demitidos.
A é! isso não acontesse lá! lá não tem greve pois lá tem ordem e voz do comando, sem falar na grana que os trabalhodores ganham.

Bruno Rocha

Aumento de salário!