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A Lockheed Martin recebeu um contrato de US$ 71 milhões da DARPA para o projeto LRASM – Long Range Anti-Ship Missile (míssil antinavio de longo alcance). A DARPA é a agência de pesquisa de projetos avançados de defesa dos Estados Unidos (Defense Advanced Research Projects Agency).

O objetivo do contrato é realizar testes de voo e outras atividades de redução de risco. O míssil será disparado de um B-1B em 2013, estando programados mais dois disparos do solo em 2014.

O contrato de 2010 já prevê dois voos neste ano. O míssil é baseado no JASSM-ER (cruise), como parte de um projeto da US Navy (Marinha dos EUA) e USAF (força Aérea dos EUA) para dar capacidade ofensiva para várias plataformas. A Lockheed Martin estuda a integração do míssil com o lançador vertical MK 41.

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joseboscojr

Mais uma vez os americanos esnobam a velocidade supersônica para mísseis anti-navios.

Soyuz

Ser subsônico também tem vantagens. Porem deve-se considerar outros motivos para estes projetos subsônicos. As dimensões do compartimento de armas de caças de quinta geração é um deles.

joseboscojr

Soyuz,
Mas esse não é o caso. O LRASM será um míssil grande, de grande alcance, feito sob medida para os lançadores verticais navais e para ser levado externamente em aeronaves convencionais. Deve ficar na classe das armas de 2.000 lb com mais de 600 km de alcance.
A única arma furtiva americana, anti-navio, que cabe dentro de um F-35 (mas não cabe dentro do F-22) é a JSOW-C1, não propulsada.

Nick

Caro Bosco,

O F-35 terá também o NSM desenvolvido pela Kongsberg. Aliás acredito que o NSM é mais adaptado ao F-35 do que o LRASM.

Enquanto isso, por aqui desenvolvemo o MANSUP, que se der tudo certo terá capacidades semelhantes ao Exocet MM40 Block2.

No meu entender deveríamos ao menos tentar aumentar a furtividade e o alcance do mesmo.

[]’s

Fernando "Nunão" De Martini

Bosco,

O texto cita um disparo a ser feito de um B-1B. Apesar de não ser obviamente a baia de um caça, imagino que o míssil será compatível com a baia desse bombardeiro.

Vc já leu alguma coisa sobre intenções (ou mesmo sobre algo já feito) no sentido do B-2, que é furtivo, levar mísseis antinavio?

Soyuz

Eu não tinha me atentado para as dimensões do LRASM Bosco. Você tem razão, não é arma para baia interna de avião tático. Mas acredito que as premissas sejam as mesmas. Existe um requisito de dimensão para um míssil ser compatível com baia de bombardeiros como o Nunão lembrou. Existem dimensões a serem consideradas em células de sistemas VLS. Se o LRASM esta na classe de 2000 lb por 600Km, uma comparação com o Brahmos nos dá uma idéia do quando um míssil supersônico é maior. O Brahmos tem 50% mais massa e apenas 50% do alcance do LRSAM. Voar… Read more »

joseboscojr

Nick, Correto. Tem o NSM, mas não é americano. Nunão, Mas de baias de bombardeiros até o AGM-86 com 4.000 libras. Quanto ao B-2 ser usado como anti-navio nunca li nada nesse sentido não. Eu sabia do B-52 com o Harpoon e agora do B-1B com o LRASM. Soyus, Um dos requisitos desse programa americano é o míssil não precisar de apoio externo, ou precisar de mínimo apoio externo. Ele deve ser independente de GPS e de atualização via data-link após o lançamento, independente da distância do alvo e de ser subsônico. Tudo indica que ele terá uma suite de… Read more »

G-LOC

Não vi esnobação da velocidade supersônica visto que o projeto LRASM terá uma versão subsônica e outra supersônica. A versão subsônica baseada no JASSM será até de baixo risco e baixo custo por já usar um míssil já pronto. Eu vejo muitas vantagens na versão furtiva de um míssil anti-navio: – pode voar alto, dobrando o alcance – pode mergulhar no alvo, já com o motor desligado, diminuindo a assinatura IR. Quem sabe ele mergulha por cima onde as sensores e armas teriam dificuldade de fazer pontaria – com sensor IIR pode escolher onde atingir o alvo, incluindo partes chaves… Read more »

G-LOC

soyuz, Suas contas devem ser ajustadas. Voando a 1000km/h, levaria 36 minutos para cobrir 600km (alcance máximo), mas supondo que o disparo seria a uma distância menor, ou 70% da distância usada geralmente, daria para diminuir para uns 24 minutos. Um navio a 20 nós (35km/H), estaria a cerca de 15 km do ponto de disparo. O LRASM terá um datalink e o alcance permite fazer busca autônoma de alvo. Imagino que iria circular a área. Essas contas tem que considerar que a plataforma que indica o alvo está a menos de 300km do alvo. Fico imaginando se o sensor… Read more »

G-LOC

Nunão, O B-2 foi pensado em ter capacidade anti-navio. Isso era na época em que planejaram 132 aeronaves e a URSS ainda era uma ameaça. Agora não deve ter muito sentido. Mas o JASSM é uma das armas do B-2 e imagino que não custa nada levar também o LRASM.

joseboscojr

G-Loc,
A versão supersônica (LRASM-B) foi cancelada desde o início do ano passado.

joseboscojr

Soyus, “o alvo terá indicativos claros de que esta prestes a ser atacado preciosos minutos antes” Como o lançamento irá ocorrer além do horizonte fica difícil o alvo ter certeza que está sob ataque, mesmo porque um avião como o P-8 ou um Global Hawk podem usar sensores passivos e talvez estejam fora do alcance do radar do navio alvo, sem falar nos satélites americanos dotados de radares de abertura sintética, com potencial de designar alvos aos navios. Quanto aos sensores do LRASM alertarem o alvo, como disse, ele deverá usar uma combinação de sensores ativos e passivos e só… Read more »

Almeida

Será que estão preocupados com a futura ameaça dos grupos tarefa nucleados em porta aviões dos chineses?

Soyuz

Vamos lá; Eu não disse que o alvo irá detectar o lançamento do míssil. A questão é outra. Para que haja o lançamento do míssil é necessário que o alvo seja detectado com razoável precisão. Para o alvo ser detectado existem 3 possibilidades. a) O alvo é detectado por emissão infra vermelha ou mesmo reconhecimento visual. b) O alvo é detectado por um RWR porque esta emitindo e novamente pode ser um P-8, um Global Hawk, um satélite ELINT ou o que for. c) O alvo é detectado por radar. Pode ser um P-8, um Global Hawk, um satélite como… Read more »

G-LOC

Almeida, o projeto LRASM foi sim pensado para as ameaças asiáticas (China para ser mais preciso).

G-LOC

Olá Soyuz Vamos pensar em alguns cenários: – um RQ-4 está apoiando um GT da US Navy que não tem NAe. Ele detecta o alvo por radar ou MAGE e indica a posição. O alvo está dentro do alcance do GT americano, a bem menos de 600km e dispararam. Aproximando do alvo, o RQ-4 passa a posição, direção e velocidade do alvo pelo datalink para o míssil. A indicação do alvo também poderia ter sido feita por um P-8 ou MH-60. No caso do MH-60 a distancia não seria tão longa. – O RQ-4 ou P-8 estão fazendo busca, mas… Read more »

joseboscojr

A redução do RCS em uma ordem de grandeza (10 x)de modo geral reduz a distância de detecção e, consequentemente, o tempo de reação à metade. Se o Harpoon com um RCS de 0,1 m2 puder ser detectado a 80 km, um míssil com um RCS de 0,01 m2 será detectado a 40 km, um com 0,001 m2 será a 20 km, etc. O incremento de velocidade reduz o tempo de reação de maneira proporcional ao aumento da velocidade. Se a velocidade de um míssil passar de Mach 1.0 para Mach 2.0, ou seja, se dobrar, o tempo de reação… Read more »

joseboscojr

Mais ou menos ficaria assim para um dado radar: Brahmos com RCS equivalente ao do Harpoon em grande altitude a Mach 2.9: tempo de reação de 90 segundos Brahmos com RCS 10 x menor que o do Harpoon em grande altitude a Mach 2.9: tempo de reação de 45 segundos. Brahmos com RCS equivalente ao do Harpoon num perfil sea-skimming a Mach 1.5: tempo de reação 80 segundos Brahmos com RCS 10 x menor que o do Harpoon num perfil sea-skimming a Mach 1.5: tempo de reação de 40 segundos LRASM com RCS 1000 x menor que a do Harpoon:… Read more »

G-LOC

Eu prefiro investir em furtividade por ser bem mais simples e barato que em força bruta de um ramjet. Pode ser uma caixa como o míssil Taurus. O RCS lateral é muito alto, mas apenas para ameaças do lado, o que é pouco provável.

O desenho do JASSM parece favorecer a instalação das asas na parte inferior.

Bosco

Houve vários projetos americanos no sentido de desenvolver um míssil supersônico de propulsão aspirada. Todos invariavelmente extremamente ambiciosos, diga-se de passagem. Tirando uma série de programas experimentais, na década de 80 apareceram com ASALM, um míssil com cerca de 1,2 t, Mach 4.5, alcance de 500 km, ogiva nuclear de 200 kg/200 Kt, para substituir o SRAM. Houve também o STM, míssil antinavio com pouco mais de 700 kg, Mach 3, alcance de 180 km, ogiva de 500 libras. Propulsão ramjet. O último foi o LRASM B, que com menos de 1 t deveria levar uma ogiva de 250 kg… Read more »

Bosco

Agora será que ao invés dos requisitos americanos serem muito otimistas não seriam os requisitos russos (e indianos) muito austeros?
Digo isso porque analisando os dados do míssil ramjet supersônico francês ASMP (e ASMP-A) e comparando com o Brahmos e com o Sunburn/Moskit, há uma enorme diferença em termos da relação da massa total x carga útil x alcance, bastante favorável ao primeiro.
Enquanto no míssil russo/indiano Brahmos essa relação é de 10 pra 1 entre a massa total e a carga útil para um alcance similar, no míssil ASMP essa relação é bem mais favorável, de 6 pra 1.