NTSB divulga terceiro boletim sobre a investigação do incêndio na bateria do Boeing 787 em Boston

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Japan Airlines 787

20 de janeiro de 2013

WASHINGTON – O Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB, na sigla em inglês) divulgou o terceiro boletim sobre a investigação do incêndio a bordo do Boeing 787 da Japan Airlines, ocorrido no Aeroporto Internacional de Boston Logan, em 7 de janeiro.

A bateria de íons de lítio utilizada na unidade de força auxiliar foi examinada pelo Laboratório de Materiais do NTSB, em Washington. A bateria montada foi radiografada e submetida a scanners computadorizados. A equipe de investigação desmontou a bateria APU em suas oito células individuais a fim de examiná-las e documentá-las detalhadamente. Três dessas células foram selecionadas para um exame radiográfico mais detalhado e tiverem seu interior visualizado antes da desmontagem. Essas células estão agora em processo de desmontagem e seus componentes internos estão sendo examinados e documentados.

Os investigadores examinaram ainda vários outros componentes removidos da aeronave, entre os quais, feixes de fios e placas do circuito que gerencia a bateria. A equipe desenvolveu planos de teste para os vários componentes removidos da aeronave, inclusive para a unidade de gerenciamento da bateria (para a bateria APU), o controlador APU, o carregador da bateria e a unidade de força inicial (SPU). Na terça-feira, o grupo se reunirá no Arizona para testar e examinar o carregador da bateria e baixar a memória não volátil do controlador APU. Vários outros componentes foram enviados para download ou exame na unidade da Boeing em Seattle e nas instalações da fabricante no Japão.

Por fim, o exame dos dados registrados pelo gravador da aeronave JAL B-787 indicam que a bateria APU não ultrapassou sua voltagem projetada de 32 volts.

Em cumprimento a tratados internacionais de investigação, o Conselho para a Segurança nos Transportes do Japão (JTSB, na sigla em inglês) e o Bureau Francês de Investigação e Análise para a Segurança da Aviação Civil (BEA, na sigla em francês) designaram representantes credenciados para participar da investigação. Da mesma forma, o NTSB nomeou um representante credenciado para auxiliar o JTSB em suas investigações do incidente com a bateria de um Boeing 787 da All Nippon Airways, ocorrido em 15 de janeiro. Ambas as investigações continuam em andamento.

DIVULGAÇÃO: Ketchum

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Hamadjr

Vamos ver se é falha de projeto ou da qualidade das pecinhas.

Vader

Os problemas foram constatados em peças de uso comum. Nada a ver com a parte inovadora do projeto.

Hamadjr

Vader se os engenheiros adoram peças de uso comum numa aeronave como essa então me caro da para imaginar o que não foi para outras peças comum com o mesmo grau de tecnologia das baterias para acionar as APU.
O que se espera é que o relatório indique se é falha no controle de qualidade na escolha do material ou mesmo falha técnica que pode ocorrer mas desde que seja no chão pq no céu ainda não existe mecânico.

Edcarlos Prudente

No link a baixo tem uma imagem de uma bateria queima ao lado de um nova.

http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2013/01/20/superaquecimento-de-bateria-nao-foi-causa-de-incendio-em-boeing-787-segundo-eua.htm

A então fica a pergunta, baterias de lítio são componentes comuns para aeronaves?
Lembrando que baterias de lítio são utilizadas em telefones celulares, notebooks, tables e etc.

mateus018

Que eu saiba, baterias de lítio não são comuns em aeronaves. Classicamente, são utilizadas baterias de chumbo ácido.

Mauricio R.

A culpa foi da rebinboca da parafuseta:

“The US agency in charge of transportation safety on Sunday said a fire sparked after a Boeing 787 Dreamliner landed in Boston was not caused by an overcharged battery.”

(http://www.defense-aerospace.com/article-view/release/141887/battery-cleared%2C-787-mystery-deepens.html)

Vader

O que quero dizer é o seguinte: a aeronave tem um cockpit e sistemas inovadores, uma asa inovadora, um design inovador, uma motorização inovadora, materiais inovadores, uma estrutura e um processo de fabrico inovadores, etc. Nada disso “deu pau”. O que deu problema foi em uma bateria da APU! Problema este que pode surgir em qualquer notebook, celular ou tablet, como bem lembrado pelo Edcarlos. Isso pode até ser erro de execução, mas não é erro de projeto. E chamar a Boeing de incompetente, como tenho visto alguns mal-intencionados por aí (sabe-se lá a soldo de quem), e dizer que… Read more »

jairo boppre sobrinho

Vader
Me desculpe a ignorância – apenas para eu entender, a Embraer estaria apavorada porque? – vc imagina que a Boeing replicaria as inovações em aeronaves menores, que por sua vez concorreriam com a Embraer?
Abs

Vader

Exatamente, prezado. Embora ache que as demais (menores) irão se adaptar rapidinho às mudanças de paradigma introduzidas pela Boeing, especialmente a Embraer, que aliás já é parceira comercial dessa.

Inclusive o novo A-350 utilizará as mesmas baterias de lítio que o Dreamliner. Só para se ter o exemplo de como a Boeing abriu o caminho em relação às demais.