Israel desmente derrubada de caça F-16

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Evento teria ocorrido durante o conflito entre palestinos e israelenses na Faixa de Gaza

 

A ofensiva israelense na Faixa de Gaza completou nesta sexta-feira seu terceiro dia com a morte, até agora, de 29 palestinos e três israelenses em meio a sinais de uma iminente invasão terrestre, após o governo israelense ter ordenado a mobilização de 75 mil reservistas. O ministro da Saúde do governo do Hamas em Gaza, Moufid Mujalalati, disse a jornalistas no hospital de Shifa que 24 pessoas morreram, entre elas 12 civis: sete crianças, duas mulheres (uma delas grávida) e três idosos.

Posteriormente, o Exército israelense matou um líder da milícia do Hamas, dois irmãos dele e um vizinho em um ataque aéreo no centro de Gaza, além de um homem em uma moto, o que eleva para 29 o número de palestinos mortos por fogo israelense desde quarta-feira. Nesta sexta-feira, a Força Aérea israelense realizou 238 bombardeios na Faixa de Gaza. Segundo dados divulgados por Mujalalati, mais de 250 pessoas ficaram feridas desde o começo da ofensiva, entre elas 70 mulheres e crianças.

O ministro afirmou que os hospitais da faixa começam a sofrer com escassez de suprimentos médicos e pediu aos países árabes que sigam o exemplo do Egito e ajudem os palestinos. O primeiro-ministro egípcio, Hisham Qandil, chegou hoje em visita oficial a Gaza para mostrar sua solidariedade com o território e, para sábado, é esperada a chegada do ministro de Relações Exteriores da Tunísia, Rafik Abdel Salam.

Durante a estada de Qandil na faixa, as duas partes deveriam ter mantido um cessar-fogo de três horas, que não foi respeitado por nenhuma delas. Ao longo do dia, o estrondo de bombas e os assobios dos foguetes foi constante. Nas ruas da cidade de Gaza, poucos carros circulavam, número que aumentou ao anoitecer.

As milícias dispararam ao redor de 200 foguetes, a metade deles foi interceptada pelo sistema de defesa antimísseis Domo de Ferro, segundo dados do Exército israelense.Na Cidade de Gaza, longas filas se formavam nos postos de gasolina onde, além de reabastecer os carros, pedestres corriam para encher vasilhas para abastecer geradores elétricos.

As emissoras locais tocavam canções religiosas e mensagens nacionalistas, além de notícias de triunfo sobre supostos atos dos milicianos. Muitos palestinos receberam nas ruas com gritos de “Alahu Akbar (Deus é Grande)” o anúncio do Hamas de que seu braço armado, as Brigadas de Izz al-Din Al Qassam, tinha derrubado com um míssil terra-ar um avião militar israelense F-16 que sobrevoava a Faixa de Gaza, desmentido pouco depois pelo Exército israelense.

Outro motivo de comemoração nas ruas de Gaza foi a notícia de que um foguete lançado a partir da faixa tinha atingido as redondezas de Jerusalém. O projétil foi um míssil Fajr-5, que caiu em uma área despovoada do assentamento judaico de Gush Etsion, na Cisjordânia ocupada e nas proximidades de Jerusalém.

No hospital de Shifa, o maior de Gaza, dezenas de palestinos esperavam notícias de parentes ou amigos feridos nos bombardeios israelenses. “Desde que tudo começou, recebemos 215 feridos. A cada 15 minutos, chega uma ambulância. Hoje chegaram 60, é um gotejamento contínuo. E todos são civis. Eu não vi chegar nem um só miliciano. Por que atacam civis? Por que matam crianças?”, disse à Efe o diretor médico do hospital, Ayman Sahabani.

Sahabani afirmou que hoje receberam em Shifa o corpo de um menor de dois anos com ferimentos provocados por explosivo e, ontem, uma menina de seis anos com a cabeça destroçada. “Se continuar a agressão por mais de dois dias, não sei como atenderemos os pacientes. Começaremos a ter escassez de remédios. Nosso problema agora é o fornecimento de eletricidade. A eletricidade acaba a cada oito horas e os geradores não são estáveis, por isso prejudicam os equipamentos médicos”, explicou.

A partir do começo da noite, fora dos cafés e restaurantes se reúnem pequenos grupos de homens que escutam rádio e conversam sobre a situação.

FONTE/FOTO: Portal Terra

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edcreek

OLá,

Pelo visto na midia internacional o F-16 pareçe ter sido mesmo derrubado, obviamente Israel vai negar e depois vão falar em problemas tecnicos já que material de origem Norte-Americana não pode ser derrubado devido ao escudo refletor…KKKK

Vamos aguardar, brincadeiras a parte a coisa pareçe que desandou de vez por lá…

Abraços,

Roberto F Santana

Tradicionalmente, tanto americanos e israelenses sempre evitaram creditar suas perdas a abates ar-ar, derrubada por caças inimigos. Sempre que existia uma inegável admissão da queda de suas aeronaves, atribuía-se à falha mecânica ou perda por arma antiaérea. Num conflito desses, desse tipo, é vergonhoso admitir a perda quando provavelmente a aeronave foi derrubada por um analfabeto, pobre e ignorante de 19 ou 20 anos de idade. Coincidentemente, acaba de me chegar às mãos o livro “Arab MiGs volume 3”, que fala da tragédia que foi para os árabes a guerra de 1967. O livro, repleto de reportes incríveis e espetaculares,… Read more »

Hamadjr

Além do cenário bélico entre Hamas e o Exército Judaico tem também a guerra de (des)informação onde cada lado tem sua veracidade.
Se for verdadeira a noticia que o F-16 foi derrubado pelo Hamas então podemos imaginar o que Hamas fará se os carros de combate entrar em Gaza.

Max

Se fosse verdade , já teriam o video postado no Youtube ou fotos dos destroços , do piloto morto ou feito prisioneiro .
A filosofia do Hamas é: vamos provocar de novo e dessa vez talvez tenhamos ajuda externa, primavera árabe, blá blá blá , Iran, Mahdi, Allah etc.

Vader

A primeira notícia era de que os pilotos estariam prisioneiros do Ramás. Cadê fotos dos mesmos?

Ora, sem evidências, fica só a afirmação de um dos lados da guerra.

joseboscojr

Hamadjr, Carros de combate são defendidos pela infantaria. Essa estória que irá chover Kornets sobre os veículos israelenses não tem cabimento, mesmo porque, é difícil usar mísseis com 5 km de alcance contra veículos em ambiente urbano já que se o fizerem será de distância muito, mas muito, menor, o que tira a razão de se usar um míssil com o porte de um Kornet, sem falar que coloca o operador em risco. Melhor mesmo é continuarem usando as RPGs em tiros a queima roupa. Assim como os palestinos estão evoluindo suas táticas e seu equipamento, o mesmo ocorre com… Read more »