Voar tem ficado mais seguro com o passar do tempo. O padrão de segurança vem melhorando progressivamente desde a Segunda Guerra Mundial tanto no meio civil quanto no militar. Os índices de segurança pioraram após 1991 com o fim da União Soviética e depois decresceu com as aeronaves militares e civis russas saindo de serviço.

No meio militar o índice de segurança é medido em termos de acidentes sérios para cada 100 mil horas de voo. Por exemplo, os F-15 e F-16 americanos tem um índice de acidente de 3-4 para cada 100 mil horas de voo. Na Índia o índice é de 6-7 para 100 mil horas e na OTAN a média é de 4-5. Durante a Guerra Fria o índice de acidentes na Rússia era de cerca de 100 para cada 100 mil horas. Os dados eram secretos na época

Na década de 1950, para exemplificar, os caças F-89 da USAF tinham 383 acidentes para cada 100 mil horas de voo. Dez anos depois o índice caiu para 20 na geração de caças seguinte. Os F-4 tiveram um índice de atrito de 5 por 100 mil horas de voo.

As aeronaves de combate vem ficando cada vez mais confiáveis e fáceis de manter, mesmo ficando mais complexas. Sensores embutidos nos equipamentos facilitar detectar problemas potenciais. Sistemas de manutenção computadorizada são comuns em aeronaves.

Fonte: Strategypage

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Clésio Luiz

Essa foto mostra uma característica importante do F-16: A capota deve ser ejetada para o piloto sair. Isso custa uma fração de segundo que o piloto voando a baixa altitude pode não ter.

Dos caças projetados após ele, apenas o F-22 (e ao que parece o J-20) aderiram ao canopi único. O F-35 usa um arco para reforçar o para brisas e permitir que o canopi acima da cabeça do piloto seja de um material mais fino. O Mitsubishi F-2, que é um F-16 modificado, basicamente para a função anti-navio, também abandonou o canopi em uma só peça.

jacubao

Tem mais um caça com canopi único Clésio, o HARPIA, hahahahahahahahah….:-D

Clésio Luiz

E o MiG-21F.

Giordani RS

Eu tenho uma publicação de “mil novecentos e oitenta e todos”, aonde o autor(acho que o Bill Guston) afirmava que os índices de acidente aéreo na URSS deviam ser elevadíssimos, mas que o mundo jamais saberia…

Sobre o canopi explodindo e ejetando: No filme top gun tem aquela cena rídicula e absurda, quando o goose ejeta e acerta o mesmo, vindo a falecer…ora…se o F-14 estava em parafuso chato, como o canopi, após a ejeção, continuou a rotação? E o atrito? Desconsidera?

Ah, e outra coisa, a probabilidade de queda é só para quem voa…

Clésio Luiz

A cena do filme Top Gun foi baseada em fatos reais. Eu tenho um making off onde um oficial da USN comenta sobre isso, quando os produtores pediram a ele idéias para um acidente no filme, e ele se lembrou de um que é muito parecido com o que acontece com o que vitimou Goose.

Observe que a foto acima mostra que o assento ejetor passa perto do canopi. A diferença de tempo entre a ejeção dos dois é muito pequena.

Marcos

Há um índice de atrito para aviões da FAB????

Giordani RS

“Clésio Luiz disse: 17 de janeiro de 2012 às 9:27 A cena do filme Top Gun foi baseada em fatos reais. Eu tenho um making off onde um oficial da USN comenta sobre isso, quando os produtores pediram a ele idéias para um acidente no filme, e ele se lembrou de um que é muito parecido com o que acontece com o que vitimou Goose. Observe que a foto acima mostra que o assento ejetor passa perto do canopi. A diferença de tempo entre a ejeção dos dois é muito pequena.” Cara, No filme era um parafuso chato…no momento da… Read more »

Marcos

Há um incidente envolvendo um A-6 da US Navy, no qual o navegador é parcialmente ejetado.
O foguete é acionado mas o assento fica preso, de modo que a cabeça do piloto é que rompe o canopi.
A aeronave teve de pousar no deque com o navegador com metade do corpo para fora.
Segue o endereço:
http://www.youtube.com/watch?v=Z6DQEPIWLFc&feature=related

E é para evitar esse tipo de problema que alguns assentos vem com aqueles dois “chifres”, de modo que, em caso do de falha na ejeção do canopi, aquelas lanças possam romper a fibra.

Clésio Luiz

@ Giordani RS Você esquece do modo como o canopi é ejetado. Os primeiros explosivos a serem acionados são os da frente. Isso se soma a força do ar quando o caça voa para frente, para garantir que o canopi esteja fora do caminho dos pilotos durante a ejeção. NO caso do parafuso chato, a força para trás se soma a força centrífuga (para frente), as duas se anulam e o canopi fica na vertical, acima dos pilotos. Como eu disse antes, foi um instrutor da USN que veio com essa história do acidente, não os roteiristas do filme. @… Read more »

M.A

Antes que comentem, creio que o crescimento da taxa de atrito após o fim da URSS se deve ao fato da cadeia de suprimentos e do fornecimento de peças de reposição ter cessado, juntamente com o colapso do parque industrial do país, levando a uma séria dificuldade dos operadores de suas aeronaves manterem-nas no ar. Quanto estas saíram de operação, ou foram modernizadas utilizando-se componentes e estruturas produzidas por outros fornecedores, o índice voltou a decrescer. Desculpem pelo momento “Capitão Óbvio”. Falando em assentos ejetores, eu acho interessante o conceito do antigo SK-1, apesar de aparentemente para o piloto se… Read more »

Clésio Luiz

@ Giordani RS Eu reví agora o making of de Top Gun, o nome do carinha da UNS é Peter “viper” Pettigrew. Na época do filme ele não estava mais na ativa. Segundo ele, num parafuso chato existe uma zona de baixa pressão acima da aeronave, que suga o canopi para cima e impede que ele saia do caminho dos pilotos rapidamente. Então o procedimento é ejetar o canopi e esperar alguns segundos para depois ejetar os pilotos. No caso real o piloto esperou o tempo necessário e ejetou com segurança, mas no filme mataram o coitado do Goose. @M.A… Read more »

Marcos

Bom… de qualquer modo, seja qual for o tipo de canopi, é necessário descartá-lo antes da ejeção do piloto.

Grifo

Bom… de qualquer modo, seja qual for o tipo de canopi, é necessário descartá-lo antes da ejeção do piloto.

Caro Marcos, curiosamente nem sempre isso é necessário. Em vários aviões (o Xavante por exemplo) o canopi é quebrado pela cadeira de ejeção, não precisa ser alijado antes.

Marcos

Xavante já saiu de operação.

Vader

M.A disse:
17 de janeiro de 2012 às 10:56

“Antes que comentem, creio que o crescimento da taxa de atrito após o fim da URSS se deve ao fato”

…de que antes do fim dela quem falasse que caiu um avião soviético iria curtir férias num delicioso e aprazível gulag na Sibéria Oriental… 🙂

Marcos

Mirage III no Brasil
compraram 17
sobraram 12
logo perderam 5
voaram um total de 67000 horas
novesfora….
índice de atrito dos Mirage III na FAB = 7

Clésio Luiz

Marcos, foram 32 mirage adquiridos pela FAB, matrículas 4900 até 4931, sendo 10 DBR e 22 EBR.

E perdemos 13 deles, sendo 5 bipostos e 8 monopostos.

Isso é nivel F-104, ou seja, o Mirage III foi nosso widowmaker.

Clésio Luiz

Matrícula C/N Data de Entrega na FAB Observação F-103D 4900 18507 27 mar 1973 w/o – 20 nov 1980 – Anápolis (GO) F-103D 4901 2F/2A 29 mar 1973 F-103D 4902 18709 27mar1973 w/o-18ago 1981 – Anápolis (BAAN) F-103D 4903 18710 27 mar 1973 w/o-19 mar 1982-Natal (RN) F-103D 4904 BE271F/21A/BBR NR1 24 fev1984 Ex-Armée de l’Air F-103D 4905 18712 15 jun 1984 Ex-Armée de l’Air – w/o – 26/07/84 Petrolina (PE) F-103D 4906 DBR6 29 mar 1989 Ex-Armée de l’Air F-103D 4907 DBR5 29 jun 1989 Ex-Armée de l’Air-w/o- 15/02/90 Anápolis (GO) F-103D 4908 1997 Ex-Armée de l’Air F-103D 4909… Read more »

joseboscojr

Outro que tem canopi único é o “Bird of Prey”.