No início de fevereiro, o governo anunciou os três aviões finalistas na concorrência para renovar a frota de caças da Força Aérea Brasileira (FAB): o Rafale, da francesa Dassault, o Gripen NG, da sueca SAAB, e o F-18 da americana Boeing. No estágio atual, oficiais da Aeronáutica estudam detidamente as características das aeronaves e analisam propostas das empresas de transferência de tecnologia e compensações comerciais para o Brasil. O programa da Aeronáutica, denominado F-X2, conta com cerca de US$ 2 bilhões (R$ 5,2 bilhões) para a aquisição de 36 aeronaves. Segundo o cronograma da FAB, os aviões começariam a ser entregues em 2014. Com a aproximação da decisão, cresce o vai-e-vem de representantes das empresas candidatas a Brasília na tentativa de alardear as qualidades das aeronaves e das propostas ao governo brasileiro.

Em dezembro, o presidente Nicolas Sarkozy esteve com o presidente Lula no Rio de Janeiro e tratou do assunto. No começo do mês passado, o presidente da SAAB, Ake Svensson, aterrissou no Brasil para conversar com autoridades. Na semana passada, foi a vez do presidente mundial da divisão de defesa da Boeing, Jim Albaugh, desembarcar em Brasília. Antes de um encontro com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, ele concedeu uma entrevista a ÉPOCA na quarta-feira (4). Afirmou que o F-18 atende às exigências do governo brasileiro, que a Boeing está pronta para entregar os aviões dentro do prazo e que o Brasil pode tirar proveito da transferência de tecnologia. Disse ainda estar entusiasmado com o encontro que o presidente Lula terá com o presidente Obama, na segunda quinzena de março. Albaugh, no entanto, não dá garantias de que as armas serão fornecidas – o governo americano costuma vetar a venda de alguns equipamentos – nem que o software gerenciador da aeronave será aberto ao Brasil. Abaixo os principais trechos da entrevista:

ÉPOCA – Qual o objetivo de sua visita a Brasília?
Jim Albaugh – A razão de eu ter vindo ao Brasil é acompanhar mais de perto a concorrência, ajudar as pessoas a entender a importância da nossa participação e, óbvio, conversar com o nosso cliente potencial [o governo brasileiro]. A gente aproveita para falar com autoridades e também com possíveis parceiros da nossa empresa.

ÉPOCA – Então o senhor veio conversar com o ministro da Defesa Nelson Jobim e com o comandante da Aeronáutica Juniti Saito?
Albaugh – Nós geralmente não falamos com quem especificamente viemos conversar, mas é com autoridades e oficiais do governo que trabalham na concorrência [ÉPOCA confirmou que havia na agenda do ministro Nelson Jobim uma audiência com Jim Albaugh na quarta-feira].

ÉPOCA – O senhor acredita que o governo vai anunciar o vencedor até o final do ano?
Albaugh – Pelo o que ouvimos até agora a decisão do governo brasileiro sobre o vencedor deverá sair lá pelo mês de outubro. Acho que a concorrência vem sendo conduzida de forma muito profissional e transparente. Imagino que não há razões para acreditar que o governo brasileiro não cumprirá o cronograma. Mas isso está completamente fora do nosso controle. Tudo o que podemos fazer é deixar claro nossos objetivos e tentar planejar uma parceria com as indústrias locais.

ÉPOCA – Na última vez que o governo brasileiro lançou um programa para renovar a frota (final do governo Fernando Henrique Cardoso) ele não foi adiante.
Albaugh – Um das coisas que aprendi nesse negócio é ser extremamente paciente. Essa é uma decisão muito importante para o Brasil. Nos Estados Unidos também já tivemos muitos programas que foram cancelados e outros que foram amplamente reestruturados. Essas compras precisam ser conduzidas com planejamento e, claro, precisam de financiamentos. A crise econômica global é um complicador nessa conjuntura.

ÉPOCA – Em sua avaliação, qual é a importância do programa F-X2 para o Brasil?
Albaugh – Os aviões atualmente em uso têm muitas horas de voo. São antigos. As exigências previstas na concorrência deixam claro que o governo quer revitalizar seu sistema de defesa. E estou certo de que nós [Boeing] temos capacidade de atender os desejos do governo brasileiro. Nosso avião é muito eficiente em ataques, apoio aéreo e reconhecimento. Um prova de sua capacidade é que a marinha americana está substituindo aviões mais antigos por esse modelo. Além do mais podemos garantir a entrega desses aviões no prazo estipulado. Nossa linha de produção está a todo vapor. Temos entregado entre quatro e cinco aviões desse modelo por mês. Até hoje nunca entregamos um avião fora do prazo combinado. Além disso, é um avião de baixo custo, bem como sua operação e manutenção.

ÉPOCA – Há espaço para empresas brasileiras no projeto da Boeing para o Brasil? Albaugh – Com certeza. Podemos também oferecer tecnologia. Podemos criar empregos. Podemos reforçar os laços com a indústria brasileira e ajudar para que ela faça, ainda mais, parte da indústria global da aviação.

ÉPOCA – Quantos F-18 voam ao redor do mundo atualmente?
Albaugh – Existem mais de 300 entre os modelos existentes fornecidos à marinha americana. Em breve entregaremos o primeiro para a Austrália que fechou um contrato com a gente de 24 aeronaves. Estamos participando de concorrências em vários países.

ÉPOCA – No Brasil existe a desconfiança de que se a Boeing vencer ela não poderá fornecer armas para os aviões em função de vetos do governo americano.
Albaugh – Nós fornecemos os aviões e conversamos muito com os órgãos do governo americano – como a Marinha, o Pentágono e o Departamento de Estado – para satisfazer as vontades dos nossos clientes. Acredito que temos tido sucesso até agora.

ÉPOCA – A Boeing vai abrir o código-fonte (programa utilizado para gerenciar a aeronave e suas funções) para o Brasil se vencer a disputa?
Albaugh – Esse é realmente um assunto da responsabilidade do governo americano porque envolve tecnologia americana de mais de 35 anos. Estamos conversando em Washington e falando sobre as necessidades dos nossos clientes. Acho que estamos avançando.

ÉPOCA – A Boeing vai apoiar a Embraer na produção de unidades do F-18 no Brasil?
Albaugh – Bom, ainda não decidimos exatamente como vai se dar a participação da indústria brasileira. E se tivéssemos decidido produzir o avião no Brasil, não diria a você porque essa é uma indústria muito competitiva, obviamente. É uma informação estratégica. O que posso garantir é que cumpriremos em 100% nossas obrigações de participação industrial, assim como já fizemos várias vezes em outros países. Já gastamos mais de US$ 29 bilhões na última década em 38 países em participação industrial. Empresas parceiras da Boeing estão conversando com 60 companhias brasileiras.

ÉPOCA – Além da Embraer, quais são as empresas que vocês estão procurando?
Albaugh – Infelizmente não posso lhe dar a resposta, pois é estratégica nesse momento. Mas somos uma indústria aeroespecial. Precisamos de softwares, hardwares, equipamentos de rádio-comunicação, fontes alternativas de energia entre outras necessidades. No Brasil, há algumas empresas que podem nos ajudar nessa tarefa por terem capacidade. Estamos conversando com elas há cerca de um ano. Acreditamos que algumas já estão preparadas. Outras teriam de trabalhar conosco por mais tempo para estarem aptas.

ÉPOCA – Poderia dar um exemplo de país que se favoreceu por ter adquirido aeronaves da Boeing?
Albaugh – Um exemplo é a Arábia Saudita. Como compensação pela compra de aeronaves F-15, uma empresa foi criada há 20 anos para fazer manutenção e reparos nos aviões. Hoje fatura cerca de US$ 300 milhões e mantém três mil empregados. E eles não trabalham apenas para a Arábia Saudita. Mas também para países vizinhos do Oriente Médio. É isso o que deixamos em outros paises; uma empresa capacitada provedora de serviços no mundo. É isso o que eu gostaria de obter num programa de compensação comercial se eu fosse o governo brasileiro.

ÉPOCA – O presidente Lula conversa há tempos como o presidente francês Nicolas Sarkozy sobre o F-X2. Mas o presidente Barack Obama só chegou agora. A França, com o Rafale, está na frente?
Albaugh – Ahahaha. Bem. Obviamente quando você tem líderes dos países conversando sobre o assunto e colocando os detalhes em cima da mesa é uma situação interessante para os países. Os contatos que você têm são realmente importantes. Estou muito entusiasta com a notícia de que o presidente Barack Obama e o presidente Lula se encontrarão em breve (o encontro está previsto para o dia 14 de março). Se a renovação da frota brasileira vai ser objeto da conversa deles eu não tenho idéia.

ÉPOCA – Como descreveria o momento da aviação militar?
Albaugh – Atravessamos um período de incertezas. Não sabemos por exemplo os rumos do orçamento do departamento de defesa dos Estados Unidos. Tem muita gente esperando os detalhes do orçamento para poder se programar. É preciso saber que programas serão apoiados e quais não serão.

ÉPOCA – Mas a expectativa é que o governo Obama reduza os gastos militares.
Albaugh – Entendemos que a percepção das ameaças globais não mudou entre o dia 19 (último dia de George W. Bush na Casa Branca) e 20 de janeiro (primeiro dia de Barack Obama). Além disso, o presidente Obama já deixou claro que as questões da segurança e da defesa nacional são prioridades de seu governo.

FONTE: Época

Subscribe
Notify of
guest

234 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
DjBa "Entusiasta"

Acho curioso esta questão dos códigos fonte e das armas. Afinal, pra que um leão desdentado serve? Ao que parece não é costume da Boeing passar os códigos fonte nem mesmo para aliados históricos como os britânicos. Vide materia sobre o Chinook que saiu no site Áreamilitar.

Roberto CR

O entrevista mais fraca. Se eu fosse o Albaugh teria respondido na segunda pergunta que vim visitar a mãe Diná. Não esclareceu nada.

Abraços

pacau

O problema todinho esta aqui!

“Albaugh, no entanto, não dá garantias de que as armas serão fornecidas – o governo americano costuma vetar a venda de alguns equipamentos – nem que o software gerenciador da aeronave será aberto ao Brasil.”

pra que porra vai servir um avião sem armamento!

Marlos Barcelos

antes que alguém defenda os F-18 para o fx-2, mesmo sem os códigos-fontes vejam esta reportagem. Os problemas com os helicópteros Chinook adquiridos pela Grã Bretanha à Boeing estão no meio de uma chuva de críticas contra as autoridades militares do país, porque após a sua compra em 1995, os militares britânicos ainda não conseguiram colocar os helicópteros ao serviço. Como resultado, há missões que os militares britânicos são obrigados a fazer por estrada, quando poderiam com maior facilidade faze-lo por helicóptero, o que também reduziria os riscos a que os militares estão sujeitos no Afeganistão. A história remonta a… Read more »

Marlos Barcelos

dá pra imaginar comprar caças que custam 55 milhões de dólares cada um e não puder atualizá-lo? ficar na ,ão dos americanos pra dizer o que pode e o que não pode? espero que o f-18 não ganhe porque é isto que vai acontecer.

Baschera

Marlos,
C@g@d@ do britânicos. Quiseram dar uma de brasileiro esperto e se f#deram.
“A Boeing afirmou que não cederia esses códigos, porque os britânicos não pagaram a versão HC3 do helicóptero mas sim a versão HC2, não podendo por isso solicitar o fornecimento de um sistema que na realidade não compraram e muito menos pagaram.”

Capice ??

Sds.

Patriota

Marlos Barcelos

É por isso que eu digo quem deveria ganhar o fx2 é o Gripen
nunca tivemos problemas com os suecos eles atendem os prazos de entrega seus produtos são exelente qualidade e eles sabem cumprir
contrato.

saudações a todos

Marine

Tambem nao vi nada de errado com isso…Queriam que a Boeing cede-se tecnologia e propriedade intelectual de graca??!

Nenhuma empresa no mundo teria feito isso diferente se foi da maneira que o Marlos falou.

Sds!

MARCIO

….. AMIGOS NÃO SOU ESPECIALISTA COMO MUITOS COLEGAS AQUI …. SOU APENAS ENTUSIASTA DOS TEMA MILITARES .. MUITO TEM SE FALADO EM TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA … SE ABRE CÓDIGO FONTE OU NÃO ENFIM GOSTARIA DE SABER REALMENTE QUAIS SÃO AS TECNOLOGIAS QUE ESTAMOS QUERENDO ???? ALGUÉM SABE ??????

Don D

Não concordo Marine, Siga meu raciocínio, os ingleses queriam os códigos fontes da versão 2 a qual eles pagaram, ora, se pagaram têm direito a todo pacote V.2, apartir disso desenvolveriam a versão 3 (made UK), é claro que a boeing não ia deixar barato, imagine se o Brasil quer no futuro atualizar os SH-F18 com sistemas Israelenses, mais acessíveis por exemplo, a Boeing vai deixar? Por isso a cláusula de código aberto é tão importante, e nem assim sabemos se os EUA vão cumprir, o que não seria fato inédito. Tenho como o F18 uma excelente escolha pela robustez… Read more »

Marlos Barcelos

Marine

tecnologia não vital, o helicoptero é de transporte, os ingleses que são importantes clientes da boeing queriam apenas colocar seus sistemas, não vejo nada demais,até mesmo porque eles participam de diversos projetos militares com a boeing incluisive o f-35, o governo inglês devia deixar de comprar equipamentos militares americanos, aí eles iam ver quantos mais iriam ficar desempregados.

Marlos Barcelos

concordo com o Don D, o ingleses compraram a versão 2 do helicoptero eles teriam direito aos códigos-fontes da versão 2? se os ingleses tivessem comprado a versão 3 duvido que eles dariam os códigos-fontes, inventariam outra coisa qualquer.

Marlos Barcelos

comprar caças americanos tem que ter tudo por escrito e garantido pelo congresso americano, porque senão eles vão nos negar tudo que puderem, e pela reportagem eles não garantem nem a venda dos mísseis. Pra que serve um caça moderno que não possui mísseis de ultima geração?

fernando

acho que esse negocio de comprar um aviao de 55 milhoes e os americanos nao vao vender as armas do aviao, isso so pode ser piada…entao para que esse aviao, e a mesma coisa de uma aguia sem garras…acho que esse americano esta querendo enganar todos, pois depois que o brasil comprar esse aviao, vamos ficar nas maos dos americanos….sai fora brasil…

Marine

Don D,

Se for da maneira que voce falou entao vejo seu ponto. Desculpem-me entao se havia me enganado com a explicacao do Marlos, tive a entender que os ingleses queriam os da versao 3.

Marlos,

Ja que sei reconhecer meu erros, me desculpe se mal lhe entendi.

Abracos!

Don D

Nem precisa pedir desculpa, estamos debatendo um assunto, e suas observações são sempre muito pertinentes Marine, o objetivo da coisa é esse, escarafunchar um assunto até o fim, hehehe.

Abraços a todos.

RJ

Desenvolver um parque de manutenção areonáutica é a “tecnologia” que os americanos deixam claro que querem transferir. Mas pera lá! Isso o Brasil tem de sobra! O PAMA faz até algumas modernizações sozinho, além de toda a manutenção dos aviões. Nós já temos um parque industrial, a EMBRAER, que só precisa absorver tecnologias SENSÍVEIS, pois o basicão a gente sabe fazer! Acho que ou é cinismo, ou há um descompasso sobre a idéia que eles fazem de Brasil e o Brasil de verdade.

Wolfpack

Sinceramente a entrevista deixa dúvidas sobre a transferência de armamento e tecnologia ao Brasil. Sem estes itens, o F18 E/F não terá nenhuma chance. É bom que na visita aos Estados Unidos estas questões sejam esclarecidas com o Governo Americano, senão o melhor é descartar o F18 E/F de uma vez. Isso ainda pode respingar em tecnologia embarcada no SAAB Gripen. Sem a autorização do Congresso Americano, Gripen e Super Hornet ficarão nos sonhos. Sobrando somente ao Rafale e o preço que os Franceses quiserem praticar. Situação complicada. Talvez os Franceses tenham apostado no veto Americano a transferência de tecnologia,… Read more »

RJ

Wolfpack,

“Fabricar no Brasil” pode ter vários significados. Pode ser construir várias partes, aprendendo técnicas e tudo mais, mas também poder ser apenas montar as peças vindas de fora, em regime CKD, como algumas montadoras de automóveis, onde a tecnologia não é absorvida pelo país. Geração de sub-empregos por curto período de tempo não vale, né? Queremos coisa de mais alto nível.

Carlos Augusto

Senhores, pela a entrevista do presidente mundial da divisão de defesa da Boeing, Jim Albaugh,o que eles “Boeing” pretende fazer aqui no Brasil é uma empresa para manutenção e reparos dos aviões, F18 já que na Boeing americana há uma garantia de entrega de 4 a 5 caça deste por mês, segundo o sr. Jim Albaugh. Eu fico sem entender a desclassificação do SU 35, parece que os Russos estavam agindo como os americanos, porque o tratamento diferente por parte da FAB e do Governo? Parece que o “Brasil” vai dar novamente uma de “mulher” de malandro, e vamos num… Read more »

welington

Interessante que a cada dia que passa a nossa aquisição de vetores de combate fica mais indecisa, sim, pois a compra vai ser direta mesmo se tiver um suposto vencedor do FX2 à compra será direta. Os EUA com o encontro do barack obama com o nosso presidente poderá nos esclarecer diversas duvidas sobre as compensações e autorizações por parte do congresso, porem continua a duvida sobre transferência de tecnologias sensíveis e a disponibilidade e/ou integração de armamentos de ultima geração que provavelmente não acontecerá neste caso como sempre aconteceu, no caso da França também existira um encontro entre os… Read more »

pacau

Enquanto isso a FACH, além dos F-16 Holandeses agora irão de EUROFIGHTER !!!!!!
Onde nós vamos parar.

http://www.alide.com.br/wforum/viewtopic.php?f=6&t=1992

MarceloRJ

Impressionante a arrogância deste senhor quando ele responde a pergunta sobre o Rafale, tipicamente americana por se acharem os melhores do mundo!
Vasculhando em alguns sites sobre politica internacional, achei esta noticia que já postei em outro blog, mas a mesma e no minimo muito interessante.
“A próxima visita ao Brasil do Presidente francês está prevista para Setembro de
2009, que corresponde ao período em que a escolha final do futuro caça
brasileiro será anunciada .Uma coincidência?”
Segue o link:
http://www.diploweb.com/President-L ula-s-international.html

MarceloRJ
Henrique Sousa

Para mim esta notícia que o Marlos postou não qualifica nem desqualifica alguém. Pelo que eu entendi, os ingleses quiseram modificar a aeronave e não conseguiram por falta de informações. A questão e muito complexa para tirarmos opinião com base numa nota destas. A hipótese que o Don D levantou e uma possibilidade, mas não a única. O mesmo texto diz que “Uma das razões do fracasso dos técnicos britânicos está na recusa da Boeing em ceder os códigos fonte…”. Quais outras??? Eu não sei. Leio com muita reserva as notícias, quaisquer que forem. A uns dias atrás surgiu uma… Read more »

Pedro Rocha

Olá senhores! Os ingleses deveriam aprender algumas técnicas com o nosso pessoal de manutenção! Senhores sempre tiramos leite de pedra aqui no Brasil! No Exercito tocamos os motores de quase todos os veículos estadunidenses por motores nacionais (exemplo as Dogger de 3 / 4) ficaram melhores. Na FAB instalamos até uma barbatana dorsal no F-5 (foi o Brasil que inventou aquela barbatana que se tornou obrigatória no F-5). Na Marinha fizemos milagres, chegamos ao ponto de produzir combustível nuclear! O problema dos ingleses foi o mau costume de ter sempre apoio dos EUA, algo que nesses tempos de crise acabou…… Read more »

Eric Hartmann

Se for escolhido o F-18 SH vai ficar absolutamente caracterizado que estamos nas mãoes de pessoas que não possuem visão administrativa,geopolítica,geoestratégica ou mesmo econômica,pois à despeito dos inúmeros embargos de componentes eletrônicos/aviônicos*,minha nossa a Boeing é concorrente da Embraer! Alguém acredita que eles irão de alguma forma fornecer tecnologia que venha (IFF,RWR mesmo sendo subcontratados de empresas terceiras norte-americanas etc)um dia ser aproveitada de alguma forma para ajudar um concorrente?

* ( há várias matérias pela net sobre e foram citados inúmeras vezes aqui por colegas como caso de março de 2008…)

Wolfpack

Se o Chile for de Typhoon, ai sim o jogo vira de uma vez na America do Sul, nem Rafale conseguiria se opor ao Typhoon. Talvez somente o SU35 ou o Raptor. Com o Typhoon e REVO o Chile pode aumentar seu domínio estratégico do espaço aéreo para além das nossas fronteiras.
Sempre compra de prateleira…e o Brail fica sonhando em transferência de tecnologia.

CETEANO

O engraçado é que todo mundo faz as “compras de prateleira”, inclusive os Países ricos e desevolvidos. Quem não desenvolve, compra pronto. Tem algum mal nisso ? Será que todo o mundo está errado e só o Brasil está certo em querer transferência de tecnologia. è ridículo pensar que o Brasil, com uma compra de 36 avionetas, vai adquirir tecnologia para desenvolver o seu próprio avião. Essa tecnologia custa infinitamente mais do que o preço de 36 aviões. Ilude-se que acha que depois de recebemos os aviões, com uma varinha de condon, vamos nos tornar desenvolvedores de caças. No máximo,… Read more »

CETEANO

Teríamos que saber que compensações quer a Índia, para adquirir 126 aeronaves. É uma encomenda única e direta. Será que eles querem que abram todos os códigos fonte para eles ? Eu duvido. E olha que são 126 contra 36 nossos. O que faz pensar que atenderiam o Brasil e não a India ? O Brasil precisa se peosicionar no seu lugar e parar de ter sonhos de primeiro mundo. É como se preocupar com a pressão de calibragem do pneu de um carro que não tem e que nem mesmo tem condições de ter. Temos que começar devagar e… Read more »

DORNIER

SAI FORA BRASIL SO E CONTOS DE FADAS PRA ENROLAR

CETEANO

O pessoal aqui fica falando em SU-35, em PAK-FA. Esse aí duvido que algum dia ele venha a existir. O primeiro, só existe protótipo, e niguem comprou. O pessoal fica debatendo se o F_22 é melhor que o Rafale, se o Growler é melhor do que o Gripen, etc. O pessoal analisa muitas variáveis das quais não se tem nenhum controle. Na minha visão, o melhor vetor será aquele que possamos extrair o máximo do seu desempmenho, ou seja, que não falte grana para a manutenção, que os pilotos consigam voar 300 horas por ano e que não haja restrição… Read more »

Marlos Barcelos

CETEANO hoje a inglaterra chora a falta de códigos-fontes, veja o artigo que coloquei. Nós somos os compradores, compramos se quisermos, se for interessante para nós, se não quiserem nos fornecer os códigos-fontes não compramos e pronto, vão nos forçar? Quantos empregos garantiríamos ao país vendendor? e em época de crise. Códigos-fontes serve apenas para o BRasil atualizar seus caças quando quiser e com equipamentos que quisermos, nada mais justo. A embraer por exemplo faz códigos-fontes de todas as suas aeronaves, inclusive as de guerra como os amx e tucanos, não é uma tecnologia tão sensível assim, todas as empresas… Read more »

CETEANO

Camarada Marlos ! Se não quisermos comprar, problema nosso, ficamos sem. Eles vendem pros Emirados Àrabes, para Arábia Saudita, etc. Essa nossa encomenda é uma merreca, nenhum deles quebrará se perder a nossa encomenda. Queremos atualizar nossos caças com quê ?? Piranha ?????, MAR-1 ? o que mais desenvolvemos ? Tem algum pod de guerra eletrônica, ATFLIR, LANTIRN, ou alguma coisa como essas sendo feitas por aqui ?? Me diga que códigos fonte a Embraer faz para as suas aeronaves. Vc sabe o que é código fonte ? Procure saber e me diga, por favor. Quanto a Israel , o… Read more »

CETEANO

Não estou dizendo que a compra de “prateleira” é a solução de tudo. Só acho que o Brasil precisa definir o seu papel de player no cenário mundial e “escolher” quem serão os seus aliados. A partir daí, é possível “aprender” com contratos de defesas “bem assinados”. O brasileiro se vangloria muito do seu “jeitinho”. Pois bem, usemos dele em nosso benefício durante esses realcionamentos. Agora, querer escrever tudo o que quer no contrato, é claro que vai tomar um NÂO bem grande. O pessoal aqui acha que os franceses e os Russos são “gente boa”. “esses caras sim vão… Read more »

Roberto CR

Ao Marlos Barcelos em 07 mar, 2009 às 19:23 É por essas e outras que os ingleses, desde 2006, estavam pensando em alugar Mi-26 Halo para atuar com os Chinook. No site areamilitar (não tenho o link infelizmente) aparece inclusive uma foto com um Chinook sem içado por um Mi-26 no Afeganistão. Vexame total em termos de propaganda. Ao CETENO Concordo completamente com você sobre a escolha política de Chile e Brasil e, se me permite, adicionaria o fato de que é o dinheiro da exportação do cobre que, por obrigação legal, é utilizado na compra de material por parte… Read more »

Roberto CR

Marcelo Barcelos

Errei o nome do site. Abaixo tem o link para o DefesaBR com a foto do Mi-26 erguendo um Chinook.

Abraços

http://www.defesabr.com/MD/Mi-26_CH-47_Afghanistan_R.

Dalton

Complementando o que o CAETANO escreveu, nao dá para comparar o relacionamento que EUA e Israel possuem, nao porque os EUA prefiram musica israelese -até que eles tem algumas coisas audiveis por lá -´a samba, e sim pela importancia estrategica. Já ouvi de muito americano que eles estao de p da vida com esta “amizade” mas isso nao deve mudar no futuro nao. Tomemos como e exemplo, nosso saudoso NAe Minas Gerais. Quanto tempo ele nao passou em manutençao ou simplesmente atracado na ilha das cobras durante sua longa vida aqui ao inves de estar exercitando-se? Faltava e ainda falta… Read more »

Raphael

Marlos, da onde voce tirou esta reportagem?

RJ

CETEANO, A Índia desenvolve armamentos, plataformas e equipamentos. O Offset sempre é, no caso deles, treinamento da indústria local indiana em alguma tecnologia do caça adquirido, assim como a abertura dos códigos fontes, sim. Sem isso, ficariam igual ao que nós ficamos quando adquirimos os Mirage 2000, que, apesar de serem uma plataforma melhor que os F-5, sem os códigos fontes eles não podem operar nem com o nosso datalink, ficando isolados nos céus, e nem com armamentos que não sejam os que vieram com eles. Armas brasileiras nos M2000? nem pensar! Teríamos que pagar fortunas para a França, e… Read more »

CETEANO

Pois é RJ,

Os contratos anteriores não resolveram o problema deles, nem com russos e nem com os franceses. O LCA está se arrastando a décadas e até hoje não ficou pronto. E ainda querem comprar 126 caças de prateleira. Por que será ??

Cronista

A questão é simples: americanos,franceses,russos ou suecos nãovão entregar o ouro, ou seja os códigos-fonte, de gr~ça, para que o cliente compre seu produto e depois declare independência. A~manutenção deum caçapor toda a sua vida útil e suas modernizações valem tanto ou mais do que o preço de compra. Não é política, não é ideologia enão é partidário, é apenas uma questão de grana. O único senão fica por conta dos EUA: são notõtios os casos em que se compra um avião sem as armas,p.ex. Chile e Taiwan. Nesse ponto, e apenas nesse, o F-18 leva pequena desvantagem. Eu não… Read more »

Jairo

É incrível como algumas pessoas, com nível superior principalmente, não conseguem identificar uma transação comercial, talvez, mal feita pelos ingleses, pois temos muito poucos dados prá uma análise mais profunda. A culpa é de quem vendeu, ou de quem não soube comprar…
Equipamentos ou armamentos americanos, QUANDO BEM NEGOCIADOS, são duráveis e eficientes, é só verificar o acervo patrimonial desses materiais em nossas FAs ao longo dos últimos + ou – 60 anos.

Jacubão

Se for para comprar 120 caças na prateleira, prefiro que a FAB compre 40 SU-35 e 80 GRIPEM, e acabe de vez com essa babaquice de exigir código fonte. Se quer ter tecnologia de ponta, então que o governo pare de ser mesquinho e invista em tecnologia própia, e seja um país independente do mundo (com relação a tecnologia)e desenvolva seus caças, navios, tanques e etc, e de quebra desenvolva sua própia indústria automobilista, eletro eletrônicos, comunicações e tantas outras áreas que só tem a se beneficiar com o desenvolvimento de tecnologia militar no Brasil. Acorda Brasil, e pare de… Read more »

Abrivio

Caro Henrique Souza, Se, se foi problema administrativo, se amanhã vai chover, se vou ganhar na mega-sena sozinho… O bloqueio de tecnologia é uma política americana e nós já sofremos com isso várias vezes: negados os canhões vulcan e armamento no AMX, aos F5-A quando foi adquirido o Mirage III, a segunda compra do F5 só sai sob ameaça, restrições de uso aos contratorpedeiros classe pará, peças para o míssel Piranha, aposentadoria do T-37 por serem negadas peças de reposição… Do nada, vem vc me dizer que eles mudaram? Acredito nestas notícias porque estão de acordo com o que já… Read more »

Abrivio

Jairo, Armamento americano em grande quantidade nas forças armadas brasileiras? Fora os excedentes de segunda guerra mundial, quais são? F-5 – caça de segunda linha para paises pobres Contratorpedeiros Pará – muito usados quando adquiridos. Classe Ceará e Mattoso Maia – idem. M60 – estava sendo usada para fazer quebra-mar nos EUA. O que fica mesmo são os M113 e os C-130, mas a lista de outros paises impressiona muito mais: AT4 Carl Gustav- sueco Igla – russo FAL – belga Leopard – alemão Submarinos – alemães AMX – parceria com Itália Fragatas type 22 – Inglaterra Fragatas Niterói –… Read more »

RJ

Como vocês já descobriram, não existe bobo nessa história. A pergunta que fica é: quem se beneficiaria em transferir tecnologia para o Brasil? Posso citar dois dos três concorrentes ao FX-2. SAAB: Precisa de mão de obra qualificada para terminar o desenvolvimento do NG. DASSAULT: Precisa de um cliente externo urgente para deslanchar suas exportações, baratear a manutenção e integrar equipamentos que não são de uso da Armé de L’Air. O cliente vai arcar com os custos desse desenvolvimento, barateando o preço de venda, e de quebra melhorando o produto para vendas futuras. E quanto a Boeing? Ganha o quê… Read more »

CETEANO

E a gente aqui discutindo sobre a participação no PAK-FA !!!!! falemos sério e colequemos o pé onde alcançamos. Nem 8, nem 80, vamos mirar no 40 e tá de bom tamanho.

joao terba

Depois de todas as explicações eu pergunto? qual país estão nos ajudando no projeto espacial.

joao terba

O Brasil tem de assumir uma parceria definiva,não adianta ficar atirando para todos os lados,não fez com a França, assuma e vai até o final,os únicos paises independente em relação ao EUA é França e a Russia.