Índia investiga míssil ar-ar chinês PL-15E recuperado para upgrade do Astra Mark-2
A Defence Research and Development Organisation (DRDO) da Índia está analisando um míssil ar-ar chinês PL‑15E recuperado em maio de 2025 com a intenção de incorporar ao desenvolvimento autóctone do míssil Astra Mark‑2 diversos avanços tecnológicos, como um seeker AESA compacto e propulsão de duplo-pulso.
De acordo com reportagem do Hindustan Times e de veículos especializados, o PL-15E — lançado por um caça paquistanês durante o confronto militar de maio na região de Punjab — foi recuperado praticamente intacto. Isso permitiu que os engenheiros do DRDO examinassem em detalhe seu sistema de guiamento, motorização e resistência a contramedidas eletrônicas.
Entre as características detectadas estão: um seeker AESA de pequeno porte, propulsor de duplo-pulso que sustenta velocidades acima de Mach 5 e forte capacidade de resistência à interferência de contramedidas. Esses elementos são agora alvo de integração no Astra Mark-2, cujo objetivo é alcançar alcances na casa dos 140-160 km ou mais, com o objetivo de ultrapassar os 200 km.
Para a Índia, o trabalho com o PL-15E e o Astra Mark-2 elevará sua autonomia tecnológica em armas ar-ar e reduzirá a dependência de sistemas importados. A análise também visa preparar a Força Aérea Indiana para um ambiente de combate BVR (além do alcance visual) mais contestado, especialmente frente às capacidades aéreas e de mísseis de adversários regionais.
Embora a DRDO mantenha sigilo sobre o cronograma exato, fontes relatam que a incorporação das tecnologias extraídas do PL-15E poderá acelerar a entrada em operação do Astra Mark-2 entre 2026 e 2027.■



E esses caras fazem parte do BRICs e vivem de reunindo e se abraçando.
Para você ver como são as coisas…
Grécia e Turquia são inimigos históricos.
Um Mirage-2000 grego já abateu um F-16 turco.
E os dois fazem parte da maior organização militar do mundo.
É a clássica evidência suprimida.
O nome disso é política.
Não existe aliados,existe interesses.
BRICS é só uma reunião de países (como o G20). Não é um tratado militar, não é um acordo econômico comum (os acordos continuam sendo bilaterais). Tem um banco de desenvolvimento como as reuniões de países (G20, G7) tem ingerência sobre.
Não sai nada das reuniões dos BRICS além de discurso (cada um pras suas bases).
O pessoal tem uma idéia muito errada do que é o BRICS.
Pode mudar no futuro, por enquanto é só isso mesmo
Uma dúvida alguem em combate ar -ar faz disparo perto dessas distancias limite?
Até pela questão de tempo para o missil chegar ao alvo.
Eu acho que sim, ainda mais se precisar fazer alguma manobra.
Por exemplo, lançar mais de um míssil contra um alvo específico ou região (para que o míssil busque um alvo a partir daquele local) fará com que surja uma “barreira” temporária protegendo os lançadores, mantém os adversários longe e minimamente preocupados, enquanto os lançadores se reorganizam/fogem etc.
Para abater alvos grandes e lentos (um reabastecedor ou AWACS) sob escolta acho que também fariam isso. Deve ser fácil para o míssil atingir uma coisa grande e lenta, o lançador fica mais seguro longe da escolta.
Basicamente, o atacante precisa ficar fora do alcance radar do defensor.
O tempo até o alvo é bem curto, a velocidade estimada dele é Mach 5 (6,100 km/h; 3,800 mph), os 200 km de alcance ele faz em 3-4 minutos…
Jugger,
A velocidade de pico não se mantém por todo o percurso.
A velocidade média é bem menor .
O complicador de engajamentos a distâncias tão grande é que obriga o caça lançador a ficar o station para prover atualização via data- link e isso pode colocá-lo vulnerável a um contra-ataque de um míssil de menor alcance.
Basicamente um míssil BVR opera de 3 modos:
Fire anda forget:
LOBL: trancamento antes do lançamento combinado slvos até uns 20 km no máximo.
LOAL: trancamento após o lançamento em alvos até uns 50 km
–
Fire and update:
LOAL com atualização via data link: alvos além de 50 km.
Uma maneira do caça convencional tentar não entrar na zona de lançamento do míssil inimigo enquanto provê atualização ao seu míssil é implementarnima manobra denominada F-pole que faz com que o caça lancador não siga diretamente contra o alvo enquanto o rastreia.
Há ainda outras maneiras de mitigar os problemas de se manter on station enquanto provê atualização num engajamento de longo alcance:
1- ser stealth e dotado de um radar com característica de baixa probabilidade de detecção pelo RWR inimigo
2- utilizar o engajamento cooperativo com outro caça (tripulado ou não).
*Num futuro próximo empregar um ala não tripulado furtivo vai fazer grande diferença nesse tipo de engajamento.
Existe radar que não seja pego pelo RWR inimigo?
Sim.
Radares de varredura eletrônica (AESA e PESA) podem ter uma característica denominada de LPI (baixa probabilidade de interceptação) que utiliza de várias “artimanhas” para dificultar ou impedir que seja detectado pelo RWR e sistemas de apoio eletrônico do inimigo.
Mestre Bosco
No caso do Su-57 teoricamente com os 4 radares aesa ele poderia manter a atualização do alvo para míssil mesmo se afastando do alvo ou voando lateralmente do alvo. Isso teoricamente caso funcione bem os 4 radares..
Sim Leo.
Apesar de ter um alcance menor que o radar principal ele poderia rastrear os alvos numa posição bem favorável empregando os radares banda X laterais. Esses radares combinados permitem uma cobertura de 200 graus.
Outro que pode fazer isso com mais facilidade é o Gripen E com o radar Raven que tem uma “antena” oscilante que dá uma cobertura de 180 graus contra 120 graus de um radar AESA de antena fixa.
Um radar aesa lateral ou o traseiro do su-57 por ter menos módulos e ser menor ele tem menor alcance ou menor ângulo de detecção? Ou menor resolução? Ou de tudo um pouco.
Sim, Leo.
Com certeza tem menos alcance e menos tudo em relação ao radar principal.
Mas no caso do Su-57 , por ser stealth, a redução do alcance num engajamento de longo alcance não é tão significativa para aumentar a vulnerabilidade da aeronave.
Vale salientar que essa atualização do radar é intermitente. Sem falar que o radar do Su-57 tem característica LPI (baixa probabilidade de detecção).
O engajamento cooperativo também pode ser feito com AWACS ou um radar terrestre. A US Navy demonstrarou essa capacidade com AMRAAM lancado por um Super Hornet e com um Hawkeye fornecendo orientação de meio curso. Acho que a Rússia disse que fez isso com o S-400 com um A-50 fornecendo orientação de meio curso. No caso do Paquistão eles usaram o SAAB 2000 Erieye. O grande feito foi a a integração do sistema de data link paquistanês Link 17 com os sistemas chineses e suecos. Embora exista suspeitas que o Paquistão já opere os AWACS KJ500, eu acho difícil eles… Read more »
O Meteor tem essa capacidade e o produto que o Brasil comprou da Elbit, que na nossa versão se chama Link BR2 (mas é um produto de pratileira deles, só se escolhem os opcionais) também tem essa capacidade SE o Brasil implementar e tiver pago (ou vier a pagar) pela funcionalidade. Então não é uma questão de falta de tecnologia, se não rolar, é falta de dinheiro mesmo. Se pagarem (nossa tragédia é sempre essa), em tese a gente poderia usar a mesma estratégia do Paquistão, regionalmente é ou uma vantagem (quanto a por ex a Venezuela, digamos, que não… Read more »
Groosp,
Nunca soube de haver engajamento cooperativo entre o AMRAAM e o AEW E-2D. Sei que há entre mísseis sup-ar SM-6 e o E-2D e entre o Patriot PAC-3 e o radar do THAAD.
Como a USN está empregando uma versão ar-ar do SM-6, o AIM-174, não duvido que haja engajamento cooperativo entre ele e o AEW E-2D.
Com certeza vai ser possível o engajamento cooperativo do AEW com o novo AIM-260.
Combinado slvos = contra alvos
Nunca vi alguém fazer no limite, acho que nem é indicado pois o RWR do avião vai apitar e ele vai fugir fácil, fora que o teu radar ligado emitindo ondas, vai dar tua localização, quanto mais tempo teu radar estiver ligado, mais tempo o inimigo terá para te localizar.
Por isso que os aviões vão com o radar desligado e o AWACS (ou um stealth agindo como AWACS) vai vetorando os caças que disparam com o radar desligado, essa é a tecnologia atual (e a doutrina mais moderna). E foi por isso que a Rússia desenvolveu aquele “AWACS killer” que até hoje não acertou nenhum, MAS mostra que o risco hoje em dia é esse mesmo. Porque eles tão além do alcance de todo mundo (de cada lado do teatro) normalmente. Até nessas interceptações que acontecem no mar báltico, os aviões vão com radar desligado, pelo simples motivo de… Read more »
Dificilmente fariam um disparo no limite do alcance do míssil, o alcance máximo é uma medida nominal e não usual. Isto por que as distâncias se modificam dependendo de como é a interação entre o avião lançador e o alvo.
No caso de um alvo se afastando no limite de lançamento do míssil, estas distâncias tende a aumentar, enquanto um alvo em aproximação mútua com o lançador, as distâncias tendem a diminuir rapidamente devido a velocidade de aproximação combinada.
O míssil xing-ling não tem dispositivo de autodestruição ? :)))
Acho que é parecido com o do AIM-120 que errou um drone russo e abateu o telhado de uma casa na Polônia tem pouco tempo.
Autodestruição nao implica em desintegração do missil. Sempre irão sobrar partes, algumas menores, outras maiores.
Conseguem recuperar peças de bombas e mísseis que impactaram os Alvos em terra, não vão pegar de míssel ar-ar.
Só com o booster? Vão copiar o que exatamente?
A foto no artigo do Estado real do míssil citado.
https://www.twz.com/air/parts-of-a-pakistani-pl-15e-air-to-air-missile-came-down-relatively-intact-in-india-after-air-battle
Segue a velha máxima: “Nesse mundo nada se cria, tudo se copia”, mas até para copiar as coisas demoramos e não conseguimos concluir, só relembrar o caso do AGM-45.
Tem o MAR-1 desenvolvido pela Mectron que foi comprado pelo Paquistão.
Sabe informar quantos mísseis foram entregues ao Paquistão e quantos estão operacionais? Eu nunca vi notícia de que algum lote desse míssil tenha sido entregue.
Como, publicamente, admitir que o míssil do
amiguinhoinimigo é melhor que o seu.Com certeza. A China iniciou processo de produção independente bem antes da Índia.
Por isso a India comprou em 2016 mísseis Meteor para seus Rafale.
Nos últimos 5 anos comprou também R-77-1(110 km) e hoje existe muita especulação que estão finalizando um acordo para comprar o R-37M russo. Algumas fontes sugerem 300 mísseis, outras indicam que 150 seriam entregues em apenas 12 meses.
O Astra Mk1 esta pronto e esta sendo integrado ao Tejas Mk1.
Já o Astra Mk2 esta previsto para 2026 ou 2027.
Eles vão compartilhar essa inteligência com os franceses que tiveram seus Rafales atingidos?
Pra que? Só se quiserem que alguma empresa francesa aprimore algum míssil concorrente também.
Muito provavelmente sim. E claro que, em caso de compartilhamento, os franceses irão aproveitar tudo para sua indústria de mísseis, mas o principal é para as contramedidas eletônicas do Rafale. Como os indianos compraram o Rafale tanto para sua Força Aérea quanto para sua Marinha, a atualização das contramedidas eletrônicas interessa e muito aos indianos.
Não devemos julgar a saco de laranjas pelas que estão por cima.
Apenas um evento não é suficiente para julgar os equipamentos, os mísseis e os fatores humanos envolvidos (doutrina, treinamento e motivação).
Tomar um único evento como determinante é temerário e ingênuo.
Me lembrou do caso do AIM-9 Sidewinder, os chineses usando Mig-17 atacaram Taiwan que usou os sabres F-86 Sabres equipados com AIM-9 Sidewinder que era uma novidade, os Sabres voavam mais baixo e mais lentos que os Mig-17 e sempre eram derrotados nos confrontos, mas usando os AIM-9 surpreenderam num confronto de 1958 os Mig-17 e os venceram na batalha, um Mig-17 conseguiu retornar para a base com um presente, um AIM-9 não detonado em sua fuselagem, e esse míssil foi cuidadosamente retirado e a União Soviética e a China fizeram engenharia reversa do míssil para criar suas próprias cópias, como… Read more »
Pois é… Como o mundo dá voltas. Só falta os chineses reclamarem agora de engenharia reversa. O país que mais produziu cópias piratas de tudo, desde tênis, brinquedos e até celulares agora vai ter um produto de alta tecnologia analisado para benefício de um inimigo. Deviamos fazer o mesmo? Claro! Conseguimos? Em algumas áreas sim. Já em outras dificilmente. A questão principal é a falta de investimento por parte de nosso governo. Nenhuma empresa privada vai desenvolver um produto gastando milhões para o governo comprar meia dúzia. A EMBRAER é um ótimo exemplo. Quando contratada desenvolve produtos de altíssima qualidade… Read more »
Chinês reclamar de engenharia reversa é o mesmo que Palmeirense reclmar de arbitragem.
Certo eles. Se conseguirem obter algo de útil na análise do míssil, ótimo.
Um engenheiro soviético que trabalhou na cópia do AIM-9, disse que este ajudou muito no avanço dos mísseis soviéticos, no início da década de 1960.
A pesquisa e o desenvolvimento de mísseis modernos exigem muito tempo e investimento de capital, os Estados Unidos levaram 12 anos e US$ 20 bilhões para desenvolver o AIM-260.
E a história se repete. Na história das guerras, várias nações copiaram ou adaptaram invenções dos adversários. Os romanos copiaram o gládio dos Celtiberos, um grupo étnico meio celta que habitava onde é hj a espanha. Caio Mario, avo de Julio Cesar, fez uma reforma militar onde dotou tds os legionários romanos com essa arma. Era capaz de perfurar a maioria das armaduras, estava mais para um punhal do que uma espada. As reformas de Mario foram responsáveis pela grande expansão da civilização romana. Espanhóis inventaram o “pique e tiro” com os Tercios, os suecos foram lá e esticaram a… Read more »
“Caio Mario, avo de Julio Cesar”
Mario era tio, não avô de Julio Cesar.
Sim, era tio, mas apenas por afinidade. Ele casou com uma tia de Cesar.
Aliás, que ler sobre a história de Roma na época de Mario vai ficar em dúvida sobre quem eram os verdadeiros “bárbaros”… Especialmente na política interna…
Exatamente Luiz, nem parente de sangue Cesar era de Mario.
O ultimo século da republica romana realmente foi brutal. Mesmo sendo uma época de gigantes da historia foi uma período de terríveis guerras civis e de expansão militar brutal.
Completa falsa equivalência tudo isso que a IA redigiu pra você.
Uma coisa e você pegar um míssil que jogaram contra você , estudá-lo e aprender com ele.
Outra coisa é você roubar tecnologia de outro e fazer uma cópia.
Mas pra canhoto, que tem a chave virada, tudo é a mesma coisa já que sobra relativismo moral.
O que esperar de um sujeito que acredita que traficante de drogas é vítima do usuário , que homem barbudo é mulher porque tá de saia e que o Maduro foi eleito democraticamente e chama quem não concorda de terraplanista?
“O míssil PL-15 integra tecnologias de ponta, como motores de foguete sólido de pulso duplo, buscadores de radar de matriz em fase ativa e antibloqueio do links de dados .
A implementação destas tecnologias depende não apenas de hardware avançado, mas também de algoritmos de software complexos. Por exemplo, seu radar de busca AESA usa material de nitreto de gálio, para o qual a Índia ainda não domina totalmente a tecnologia de preparação.”
…..
Apesar das dificuldades, a longo prazo este míssil pode render bastante em termos de pesquisa e direcionamento no desenvolvimento dos mísseis indianos.
A diferença de desempenho ( alcance) não se deve a nenhuma tecnológica extraterrestre mas principalmente a 100 kg a mais de massa no míssil chinês.
A Índia domina a tecnologia de motor foguete pulsado (dual ou multi) e já o emprega no Astra.
A cabeça de busca tipo AESA essa sim deve ser bem interessante,
concordo, acho que atualmente só alguns países tem um radar AESA para mísseis, EUA, Japão e China, mas posso estar enganado.
Carlos,
Até onde se sabe os EUA ainda não têm nenhum míssil com seeker AESA.
O primeiro será o AIM-260.
Apesar de ser o futuro a tecnologia AESA não é unanimidade quanto a ser a melhor solução para seeker de mísseis.
Quase todas as vantagens de um radar AESA não são necessárias em mísseis.
Quanto a quem já tem, salvo engano, Taiwan , Israel e Coréia do Sul já os empregam.
Novidade pra mim essa parte de alguns não gostarem de AESA nos mísseis, pois tecnicmente eles são mais resistente a EW, então quais seriam os motivos?
Mesma dúvida, Bosco!
O futuro vai ser AESA porque vai chegar um dia que não vai mais existir radar MSA (varredura mecânica) , mas hoje um AESA é muito mais caro que um radar MSA e para um míssil descartável não compensa tendo em vista que muitas das características singulares do AESA , que vompensa o custo maior, não são empregadas em um seeker de míssil. Uma vantagem. em tese, seria uma maior agilidade de busca mas uma pequena antena direcional tem se mostrado bem eficiente para todas as situações reais. Num pequeno radar AESA não se vê uma diferença tão grande relativo… Read more »
obrigado por responder, realmente faz sentido, mas ainda acho que é melhor ser AESA, pra mim os prós ganham dos contras
Se não me engano, o Japãp utiliza radar AESA no seu míssil BVRAMM.
Sim.
Creio que os que já têm mísseis com AESA são: Japão, China, Coreia do Sul, França e Israel.
Possivelmente os EUA se o AIM-260 estiver operacional.
Também a Rússia se o R-77M estiver operacional.
Até parece que só os indianos vão esmiuçar esse brinquedinho aí… certeza que os americanos e japoneses vão fuçar tbm..hehehe
Chamem os franceses pra olhar também.
O MICA-NG já tem motor dual pulse e radar AESA.
“Se a vida te der uns limões, faça reengenharia neles”