A Força Aérea dos EUA planeja equipar seus caças F‑35A com tanques externos de combustível, conforme previsto no orçamento para o ano fiscal de 2026. A iniciativa busca aumentar alcance e tempo de permanência em missão (loiter), especialmente em operações distantes ou sem acesso imediato a reabastecimento aéreo.

O desenvolvimento e integração desses tanques externos (drop tanks) será financiado pelo Congresso, refletindo a urgência em ampliar a autonomia dos F‑35A sem comprometer sua eficácia em operações globais.

A adaptação permitirá que os F‑35A carreguem combustível adicional em missões de longa distância, como patrulhas aéreas, escolta e supressão de defesas inimigas (SEAD), reduzindo a dependência de aeronaves-tanque e aumentando a flexibilidade operacional, especialmente na Ásia-Pacífico e no Oriente Médio, onde o apoio garantido de reabastecimento nem sempre está disponível.

Embora o uso de tanques externos comprometa temporariamente a assinatura furtiva da aeronave, eles podem ser descartados antes de entrar em zonas de combate, minimizando o impacto na capacidade stealth.

Essa estratégia se soma a outras evoluções em estudo, como tanques conformais (CFTs), que aderem ao contorno da fuselagem e afetam menos a aerodinâmica e detecção radar , além de melhorias previstas no F‑35B para operações STOVL.

Em 2025, a USAF vem ampliando sua presença global com F‑22 e F‑35 em regiões tensas, reforçando a necessidade de maior alcance e autonomia nos jatos de quinta geração. O ato de incluir tanques externos no F‑35A representa uma mudança pragmática na doutrina americana, equilibrando entre as necessidades logísticas de longo alcance e a manutenção de suas capacidades furtivas em combate.

Com essa iniciativa aprovada no orçamento de 2026, a Força Aérea inicia o processo de desenvolvimento de adaptações estruturais e aerodinâmicas. Estima-se que os testes com protótipos comecem já em 2027, com implantação operacional prevista para o início da década de 2030.

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Camargoer.

Estava pensando em gambiarras.. minha mãe tem a mania de usar durepoxi em tudo, até para tampar furo em panela de pressão.

Eu não sei qual é fator de espalhamento de ondas eletromagnéticas do durepoxi. acho que é superior ao dos materiais compósitos que possuem capacidade de absorver radiação.

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Clésio Luiz

Gambiarra é um nome muito feio. Profissionais fazem RTI*.

*Recurso Técnico Improvisado.

Camargoer.

Pois é Clésio.,,

Durepoxi é REPRE.. resuna epóxi parara reparos eventuais…

também serve como MRCBG… material resistente para cachimbo de bicho-grilo

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GuiBeck

KKKKKK cara, eu olhei as fotos e pensei: que coisa mais feia… daí caio no teu comentário.kkk eu pensei: – tanques externos pro F35, achei que pelo menos poderiam ter um formato mais furtivo, mas aí fazem aquela coisa ali….

Camargoer.

Uma ideia é fazer os tanques de durepozi reforçados com fibras metálicas de bombril.

Isso sim é tecnologia flex..

Alex Barreto Cypriano

Israel já tinha adaptado tanques externos aos seus F-35. Causaram boa impressão aos ianques durante a Rising Lion.

JuggerBR

Quanto custa a ejeção de um tanque desses? Barato não é…

Carlos Campos

Acho até estranho não ter um tanque externo antes

Jacinto

Há uma desconfiança de que os F-35 israelenses receberam algum tipo de tanque conformacional para aumentar sua autonomia.

Pet

Aumentará o RCS!

Rinaldo Nery

Pergunta imbecil: esses tanques são stealth?

Heli

Coronel, pelo pouquíssimo que sei, corpos cilíndricos, como na ilustração, não combinam com stealth

Camargoer.

Olá Rinaldo,

O tanques tem tecnologia de stealth sim.. o problema é o combustível que ainda não é flex

Clésio Luiz

Eu li uma reportagem num site gringo (The War Zone) que a intenção é que seja stealth.

Pet

Coronel, seu conhecimento nessa área é irrelevante, pesquise mais, leia mais. 👍

Dom lazier

Não tinha como fazer CFT igual no F16? E aliás tô esperando o Gripen ter CFT até agora.