IAF: A Força especialista em raides aéreos

F-16I da Força Aérea de Israel
Por Lorenzo Baer
Logo após a meia-noite de 13 de junho de 2025, a Força Aérea Israelense (IAF, ou Heyl Ha’avir) lançou um dos ataques mais audaciosos de sua história, com uma ação conjunta de caças e drones contra um de seus inimigos mais notórios: o Irã.
O ataque, que carregou o codinome de “Rising Lion”, se desenrolou em duas fases distintas: primeiro, enxames de drones explosivos que comandos israelenses teriam pré-posicionado dentro do Irã, atingiram radares de defesa aérea e pontos principais da cadeia de comunicação do exército e força aérea iranianas, enquanto desviavam a atenção para as abordagens ocidentais de Teerã.
Minutos depois, na segunda fase da operação, mais de 200 aeronaves israelenses — entre eles os F-35I “Adir”, F-16D “Brakeet”, F-16I “Sufa” e F-15I “Ra’am” — realizaram ataques de precisão contra mais de 100 alvos nucleares e militares em todo o Irã, incluindo arremetidas a posições conhecidas por abrigar líderes militares do país.
O resultado da operação foi celebrado pela cúpula das Forças de Defesa de Israel (IDF), com as redes iranianas de alerta antecipado sendo saturadas pelos drones suicidas, os canais de tomada de decisão sendo rompidos no momento em que os ataques aéreos de penetração chegavam, além de informações de que vários comandantes de alto escalão foram mortos ou forçados a se abrigar em abrigos reforçados, com perdas mínimas para a Força Aérea Israelense.
Apesar do ataque ter chocado a comunidade internacional da aviação pela sua precisão e planejamento, contra um dos sistemas defensivos aéreos mais extensos e consolidados do planeta (segundo analistas militares), pode se destacar que essa não é a primeira vez que a IAF realiza raides aéreos inesperados dentro de países inimigos, tomando completamente desprevenidos os seus adversários.
Desde sua criação, em 1948, fora dado grande ênfase ao poder aéreo israelense dentro das forças armadas daquele país, como forma de compensar as deficiências em poderio material e humano frente a seus rivais regionais. Mesmo que os inimigos tenham mudado ao longo das décadas, Israel manteve na Força Aérea o grande ponto de desequilíbrio nos conflitos que o país esteve envolvido no Oriente Médio.
Portanto, a Força Aérea Israelense pode gozar o título de unidade aérea militar mais proficiente em missões de penetração aérea e ataques de precisão contra alvos de alto valor estratégico no mundo atualmente, com um invejável histórico de operações semelhantes ao longo de sua existência.
Assim, acompanhe abaixo algumas das missões mais notáveis da IAF nas últimas décadas, destacando um padrão operacional que se tornou referência para diversas Forças Aéreas no mundo e que pavimentou o caminho para a “Rising Lion”.
Operação Focus (1967)

Considerada até hoje uma das operações aéreas melhor executadas da história e uma referência indiscutível quando se toca no tema de aviação militar ofensiva, a “Operação Focus” pode ser considerada o primeiro teste real da doutrina israelense no uso da aeronáutica como elemento decisivo no campo de batalha moderno.
Criada pelo chefe de operações da Heyl Ha’avir, Ezer Weizman, durante os primeiros meses de 1967, o plano era uma contingência em caso de um conflito contra os principais inimigos de Israel à época: Egito, Síria e Jordânia. Em si, o planejamento previa a obtenção completa de superioridade aérea israelense em um único golpe de mão, atacando quase que simultaneamente as forças aéreas dos três países ainda em suas bases.
O plano clamava por uma ação inicial exclusiva por parte da Força Aérea Israelense, que deveria atacar aeroportos, instalações de radar e qualquer infraestrutura ligada à aeronáutica militar dos países da coalizão árabe dentro de uma pequena janela de oportunidade. A missão parecia suicida do ponto de vista de um observador leigo, mas uma preparação minuciosa garantia uma grande chance de sucesso para a incursão.
Ao longo de meses, especialmente a partir de março de 1967, quando a guerra começou a se demonstrar inevitável, a IAF, em parceria com o Mossad (serviço de inteligência Israelense) realizou um levantamento completo de toda a infraestrutura aérea dos seus inimigos, reunindo informações que cobriam desde a localização de cada avião que equipava as forças aéreas da coalizão árabe, coletando números de cauda e identificação, até o nome, patente e voz de cada piloto.
Assim, a “Operação Focus” se tornou um dos planejamentos militares mais bem detalhados já feitos, com os israelenses apostando na surpresa para o ataque. O principal truque para adquirir o fator era a obrigação dos pilotos de voarem abaixo da cobertura do radar, algo que foi executado com perfeição no momento da missão.
Conhecida como “as 12 horas de mudaram o mundo”, a operação foi desencadeada nas primeiras horas do dia 5 de junho de 1967, com mais de 180 aeronaves, entre elas os Dassault dos modelos Mirage III, Mystère IV, Super Mystère, Ouragan, além de Sud Aviation Vautour e Fouga Magister, atacando alvos dentro do Egito, e, depois, Síria, Jordânia e Iraque.
O primeiro assalto seria seguido por uma segunda e terceira onda de ataques no mesmo dia, que virtualmente destruíram as Forças Aéreas das nações árabes no chão. Segundo dados contemporâneos, mais de 440 aeronaves árabes foram destruídas durante o dia, para a perda de apenas 19 aeronaves israelenses.
A operação abriu caminho para a rápida vitória israelense na Guerra dos Seis Dias, além de inaugurar um novo capítulo na história da IDF, que agora nitidamente via na aviação a arma determinante no conflito contra as ameaças externas a Israel.
Operação Boxer 1-6 (1969)
Apesar da vitória na Guerra dos Seis Dias, Israel se viu preso nos próximos anos em um conflito de desgaste contra o Egito, com ambas as nações trocando acusações de atos hostis na Península do Sinai. A ‘Guerra de Atrito’, como ficaria conhecida, foi marcada por uma série de escaramuças entre os dois países, principalmente ao longo do Canal de Suez, com ações de pequena escala acontecendo quase que diariamente na região.
Com o aumento no número das perdas do exército israelense ao longo desta guerra velada, a Força Aérea fora chamada para intervir em 1969, com o requerimento da IDF para a realização de uma incursão que destruísse parte da infraestrutura militar egípcia na parte Ocidental do canal, especialmente nos pontos de concentração de tropas e baterias de mísseis antiaéreos (SAM) egípcios.
Novamente, a IAF operaria sozinha, no que se tornaria conhecida como “Operação Boxer”. Originalmente concebida como uma missão simples de interdição e punição, a missão se converteu em uma complexa operação de seis partes, com a “Boxer 1” sendo executada no dia 20 de julho, quando a Heyl Ha’avir realizaria mais de 171 incursões sobre território inimigo – e pegando mais uma vez desprevenidas as unidades da Força Aérea Egípcia (FAE).
Ao longo dos sete dias seguintes, as operações “Boxer 2-6” se converteram em uma série de golpes destinados a enfraquecer progressivamente o poderio militar egípcio, com os Skyhawks dos Esquadrões 109, 102 e 115 e os Mirage III do Esquadrão 119 cobrando um alto tributo sobre as unidades inimigas espalhadas pela zona de operações.
Segundo dados tornados públicos pela IDF e exército egípcio nos últimos anos, a IAF executou 500 surtidas durante as “Operações Boxer”, infringindo sérios danos à infraestrutura militar egípcia ao longo do canal de Suez. Além de desativar considerável parte do sistema SAM/antiaéreo egípcio, a IAF impôs mais de 300 baixas no exército inimigo, além de abater seis aeronaves: dois MiG-17, dois MiG-21 e dois Sukhoi Su-7.
Em contrapartida, as perdas para a Força Aérea Israelense foram mínimas, com apenas dois Mirage III perdidos em combate durante o curso das operações de penetração aérea.
Operação Opera (1981)
Outra missão que destaca claramente as capacidades de planejamento e execução da IAF, a “Operação Opera” começou a ser planejada três anos antes de sua execução, em 1981, como resposta aos desenvolvimentos do programa nuclear iraquiano, promovido pelo ditador Saddam Hussein. As motivações principais por trás do ataque foram os temores israelenses de o projeto, anunciado com fins pacíficos, fosse apenas uma fachada para um programa de desenvolvimento de armas nucleares e de destruição em massa.
O começo das construções do primeiro reator iraquiano ao sul de Bagdá, chamado Tamuz (ou Osirak, pelos cientistas franceses que ajudaram na construção) ligou a luz de alerta nas autoridades israelenses, que viram a ameaça cada vez mais real de uma chantagem nuclear na região.
Apesar de tentativas do Mossad de atrapalhar a construção do reator, que incluíram o assassinato de figuras chave do projeto, além de ataques cibernéticos, o máximo que o serviço de inteligência israelense conseguiu foi comprar tempo, para que uma solução mais definitiva para o problema fosse encontrada pelas IDF.
Assim, mais uma vez, o peso da tarefa recairia sobre os ombros da Heyl Ha’avir, em uma missão extremamente arriscada que previa uma incursão no coração do Iraque, para destruir de uma vez por todas o reator. Em outras palavras, isso significava sobrevoar quase 2000 km de território hostil, enfrentando todos os tipos de perigos possíveis no ar.
No entanto, novamente a IAF se preparou meticulosamente para a operação: novos mapas foram traçados, com a ajuda (veja a hipocrisia) do Irã, que, à época, se encontrava em guerra com o Iraque! Talvez nada represente o famoso lema “o inimigo do meu inimigo é meu amigo” do que este momento peculiar de colaboração entre as nações.
Além disso, o trunfo principal que contavam os pilotos israelenses eram os novos F-16A “Netz”, aeronaves que haviam sido recém-incorporadas à IAF. Oito aeronaves deste modelo foram selecionadas para missão, com seus pilotos passando por um programa intensivo de treinamentos que durou quase seis meses, divididos entre operações nos EUA e em Israel.
No dia 7 de Junho de 1981, os oito F-16 (com uma cobertura de seis F-15A “Baz”) partiram para sua missão, com seus pilotos tendo no briefing os simples objetivos: destruir o reator e retornar para casa, evitando enfrentamentos diretos com elementos das forças armadas iraquianas. Voando abaixo dos 100 pés (30 metros) durante boa parte do trajeto, o grupo de ataque manteve o elemento surpresa até o último segundo, atingindo em cheio o reator.
Apesar de uma repercussão negativa mundialmente (com vários países condenando o ataque israelense), a missão seria um grande sucesso do ponto de vista militar, com a interrupção completa do programa nuclear iraquiano sem a perda de nenhuma aeronave da IAF no processo.
Operação Wooden Leg (1985)
No que se converteria no raid aéreo mais longo da história das Forças Aéreas Israelenses, a operação ‘Wooden Leg’ tem suas origens na invasão Israelense do Líbano, em 1982, e nos terríveis confrontos entre a IDF e a Organização para a Libertação da Palestina (PLO) pelo controle do sul do país durante o conflito.
Apesar do sucesso posterior da IDF em expulsar a PLO do Líbano, a organização não fora completamente destruída, mudando simplesmente sua base de operações para outro país, a Tunísia. Mesmo que teoricamente distante de Israel, a PLO continuou sua campanha contra alvos militares e civis israelenses, como forma de manter a pressão psicológica e política em Israel.
E a estratégia da PLO se pagou, com os constantes ataques terroristas cobrando um alto tributo no governo israelense, que se via pressionado pela população civil israelense a tomar uma medida mais definitiva contra os remanescentes da PLO. E o ataque no QG do grupo, em Tunis, parecia a única maneira de um golpe decisivo a favor dos israelenses
Devido à distância, que superaria os 4000 km entre ida e volta, era impossível senão para a Força Aérea executar a missão, mesmo assim, levando ao limite a logística da IAF. A proposta definia um ataque de precisão ao campo da PLO, com um grupo de aviões que voaria toda distância de Israel até a Tunísia, com operações secundárias simultâneas de reabastecimento em voo e contramedidas eletrônicas (ECM).
Apesar de esperar quase nenhuma oposição militar por parte dos Tunisianos, o planejamento levou em conta modelos de aproximação que não alertassem outras nações, tais como Egito, Síria e Estados Unidos, que observavam qualquer movimento militar proveniente de Israel.
Desencadeada no dia 26 de setembro de 1985, a força tarefa da Operação “Wooden Leg” era assim composta: dois F-15A e seis F-15B/D, que faziam parte do grupo de ataque; dois F-15A em stand-by, em caso de problemas com qualquer dos aviões no grupo de ataque; dois Boeing 707 “Re’em”, em missão de reabastecimento aéreo; um outro 707 como posto de comando avançado; e dois E-2C Hawkeye “Daya” em missão ECM.
A desgastante operação, que durou mais de seis horas, teve como coeficiente final um resultado misto: apesar de grande parte do campo, e também da cúpula da PLO, ser destruída no ataque, com mais de 45 mortes e 60 pessoas feridas segundo as autoridades tunisianas, a missão falhou em eliminar Yasser Arafat, o líder do grupo palestino.
Apesar disso, mais uma vez a IAF cumpriu a tarefa sem a perda de nenhuma aeronave, em uma das missões mais complexas já feitas pela unidade em seus anos de existência.
Operação Orchard (2007)
Também conhecida como “Operação Outside the Box”, esse havia sido o caso mais recente de raid aéreo da IAF conhecido até a realização da “Rising Lion”. Mais uma vez, a operação foi desencadeada por temores de Israel do desenvolvimento de um programa nuclear de um de seus vizinhos não tão amistosos; nesse caso, a Síria.
A construção do centro de pesquisas nucleares Al Kibar em 2006 pelo ditador da Síria Bashar al-Assad começou a despertar novamente receios nos israelenses de que uma ameaça nuclear na região estava tomando forma. Tais temores ganharam ainda mais força com informes vindos do Mossad e da CIA, que afirmavam que o projeto envolvia a construção de um reator nuclear, com o apoio técnico da Coréia do Norte.
Como havia ocorrido em 1981, a IAF optou por não correr riscos, lançando um ataque preemptivo nas instalações de Al Kibar. E as semelhanças com a operação de 81 não param por aí, porque a missão se converteu em uma verdadeira corrida contra o tempo, visto que as instalações deveriam ser destruídas antes que o material nuclear chegasse à usina.
Nos primeiros meses de 2007, a alta cúpula da IDF desenvolveu o plano geral da operação, que correu em segredo absoluto, inclusive dentro da própria IAF. Apenas um punhado de pilotos foi informado da operação, que se desenvolveria em três fases: a primeira seria um ataque eletrônico contra instalações de radar espalhadas por território sírio, dando uma janela de oportunidade para a infiltração das primeiras aeronaves israelenses em território sírio.
Logo em seguida, a fase dois do plano seria composta por um ataque de F-15I à estação de radar síria de Tall al-Abuad, no extremo norte do país. A destruição do lugar abriria um corredor definitivo para a entrada do grupo principal de aeronaves, composta por oito caças, quatro F-15I “Ra’am” do 69º esquadrão e quatro F-16I “Sufa” dos esquadrões 119 e 253, que executariam a fase três, que era o ataque em si a instalação nuclear.
O grupo seria equipado com armamentos de alta precisão, como bombas guiadas por laser e mísseis controlados por TV, de maneira a diminuir danos colaterais à população civil. Mais uma vez, os pilotos selecionados foram instruídos a evitar combates diretos contra aeronaves sírias, evitando uma escalada desnecessária nas relações.
Como nas demais operações da IAF até então, o cronograma foi seguido à risca, com uma fase da operação sucedendo a outra de maneira cronometrada. No fim do dia 6 de setembro de 2007, todas as aeronaves participantes do raid haviam retornado seguras a suas bases de origem, deixando um rastro de destruição, que envolvia o fim do programa nuclear sírio, com danos irreversíveis às instalações de Al Kibar.
Nível de competencia das forças armadas Israelenses é altissimo.
Porem nesse ataque atual fica bem claro todo suporte do irmão mais velho.
E fica a pergunta se conseguiram sem eles.
Eu não vi suporte algum.
Qual foi?
Talvez suporte de REVO e algumas questões de informação/inteligência, no mais e nem por isso, o mérito é todo da IDF e seus planejadores.
Os 7 KC-135 seriam suficientes para a operação. Cada um leva mais de 70 t de combustível que daria para colocar 3 t em 160 caças 3 t é a quantidade de combustível interna de um F-16. O maior feito de Israel é organizar toda essa REVO de quase 200 caças (provavelmente o F-15E não precisou) . Quanto aos dados de inteligência a imensa maioria dos alvos foi de tempo não crítico, que são menos dependentes de ISTAR profunda. O ataque ao sistema defensivo foi feito de dentro e provavelmente com ajuda de mísseis antirradiação HARM e ataque com SDBs… Read more »
Pois é, o pessoal adora desmerecer quem realmente trabalha duro, esses caras são altamente eficientes, inteligentes e preparados, não tem igual no mundo, Israel com população ínfima, território minúsculo, o que eles fazem é de cair o queixo.
Quero ver o que vão fazer com os 100-1000kg de material enriquecido a 80% que já existem. Na verdade eu sei, nada, nunca foram uma ameaça existencial. Agora, que podem ser explodidos nos próximos meses, podem
O Laranjao deixou os israelenses conversando sozinhos enquanto faixa negócios. Bom lembrar que Laranjao foi até o Oriente Médio e não custou Israel.
Que suporte?
Israel aprendeu no passado que por mais suporte externo que tenham precisam conseguir se sustentar por seus próprios meios, eles produzem equipamentos e armamentos próprios de qualidade, os EUA podem dar algum suporte fornecendo mais armas e mais inteligência, mas sem o suporte dos EUA os israelenses conseguiriam seguir em frente, poderiam ter um pouco mais de dificuldade mas seguiriam em frente!
Uma coisa importante os EUA foram contra o ataque inicial, Trump vinha fazendo pressão no Netanyahu não atacasse e mesmo contra os EUA Israel atacou e os EUA só depois da guerra iniciada e de Israel dominar o espaço aéreo no Irã que o Trump esta pronto para entrar na guerra!
O único suporte é o envio de armas , de resto, planejamento, doutrina é mérito exclusivamente deles, israelenses, diria que são muito mais capazes em inteligência cpom menos recursos do que os próprios americanos .
Irmão mais velho? Não seria o filho fortão mais novo?
A única diferença destes raides do texto para o atual, é que não tinha vc comentando besteira
Uma característica interessante da IAF é a utilização de mísseis ar-sup de longo alcance “balísticos”. Diferente dos EUA e dos europeus que utilizam mísseis de longo alcance de cruzeiro subsônicos/stealths.
A grande velocidade dos mísseis balísticos cobra um alto preço em termos de relação massa total x massa da ogiva e é interessante contra alvos de tempo crítico mas alvos fixos de tempo não crítico (infraestrutura crítica, pontes, fábricas, etc.) poderiam ser melhor abordados por mísseis de cruzeiro , claro, até o estabelecimento da supremacia aérea onde tudo isso poderia ser substituído por simples e baratas bombas guiadas.
Essa evolução parece ter ocorrido já no terceiro dia da campanha atual onde já foi relatado uso de JDAM pela IAF.
Sim:
Devem ter utilizado mísseis HARM, Dalila , Rampage, Air LORA e Rocks na primeira fase junto com bombas planadoras SDBs , Spice 2000/1000 e MSOV.
E agora estão utilizando as bombas de queda livre JDAM, Paveway, Lizard, etc.
*Pode ser que tenham inaugurado os mísseis de cruzeiro Ice Breaker
Os dois misseis stand off balisticos da IAF atual sao o Rocks e o Rampage, um deles foi usado no ataque contra um radar em Isfaham em Abril de 2024 durante a escalada que vem desde Outubro de 2023.
Rodolfo,
Tem também o Air LORA
E o Golden Horizon.
O suprassumo dos mísseis “balísticos” lançados do ar é o Kinzhal russo que é dito ter um alcance de 2000 km e velocidade de pico de Mach 10. O problema é que pesa 4 t (ogiva de menos de 400 kg) . Outro é o KD-21 chinês pesando mais de 2 t e com alcance de 1500 km. Tem também os mísseis atípicos da China, que teve a sandice de colocar mísseis balísticos de médio alcance (DF-21D) em bombardeiros, denominada de KF-21. – Voltando ao mundo normal rssss , os maiores mísseis balísticos lançados do ar do Ocidente são os… Read more »
Agora há um míssil secreto que os israelenses possuem que tudo indica é uma versão com ogiva “viva” do míssil balísticos alvo lançado do ar, o Silver Sparrow. Tanto o Rocks quanto o Air LORA são mísseis integrais (como o Kinzhal e o KD-21) , ou seja, chegam ao alvo do mesmo modo que foram lançados, mas foram encontrados no Iraque estágios de mísseis balísticos, o que indica que Israel utilizou um míssil secreto que separa o foguete da ogiva . Esse míssil na época foi denominado de Golden Horizon e é dito ter alcance na faixa de 2000 km… Read more »
Os EUA chegara a testa a possibilidade de lançar um ICBM Minuteman de um C-5. O teste foi bem sucedido, provando ser possível lançar um ICBM de um avião.
Naquele caso eu achei uma possibilidade interessante porque poderia ser uma opção de salvaguardar os ICBMs americanos de um primeiro ataque nuclear, dentro do contexto da dissuasão nuclear.
No caso dos chineses com seu KF-21 a função é convencional antinavio. Acho meio bizarro! rsss
Bizarro é se eles mandarem uma salva de 10 e todos errarem rsrsrsrsrs.
Deixa eu explicar: Quando o bicho pega de verdade o que você faz? chama os caças fantasmas! Brincadeira, usa mísseis realmente velozes e capazes, sem chance pra força aérea inimiga interceptá-los com sistemas de baixa-média altura ou mesmo caças.
Mísseis velozes e vindo de muito alto exigem sistemas mais “avançados” de interceptação. Tais sistemas tem melhor desempenho que os sistemas SHORAD dedicados à defesa contra mísseis de cruzeiro subsônicos e são mais caros e em menor quantidade já que cobrem áreas maiores. Mísseis de cruzeiro são interceptados por sistemas SHORAD de menor custo e menor complexidade (e até mesmo por caças) mas em compensação exigem maior quantidade já que são de defesa pontual , se tornando praticamente impossível defender todos os possíveis alvos. E ainda tem a tática de ataque de saturação e o fator “stealth”. O ideal é… Read more »
O ideal é ter tudo, até estilingue, heehhe
não leve a sério acordei com o pé esquerdo.
Pois é , Carcara. Acho que você está chateado por eu considerar o emprego de mísseis balísticos convencionais como método de bombardeio (como o que ocorre no Irã, na Rússia, na CN e talvez na China) um equívoco. rsss Não sou contra mísseis balísticos , hipersônicos ou de qualquer tipo. Nem os lançados de aviões ou de terra. Só acho que a função deles é especifica e se for o caso, abrindo caminho para o emprego de bombas. Por isso, muito sabiamente, os EUA investiram em doutrina e treinamento, e equipamento para SEAD/DEAD, aeronaves stealths e bombas JDAM. Essa combinação… Read more »
Lá vou eu: Se o irã conseguiu causar danos a militares israelenses foi graças ao programa de mísseis balísticos, se os aiatolás subestimaram a capacidade de primeiro ataque de Israel o problema é deles no meu mundo ideal (mesma filosofia de defesa israelense) caiu a primeira bomba, um sismógrafo ligado a um relé NA controla o lançamento de 2000 mísseis, perdeu o sinal manual ou automático eles são lançados em alvos militares legítimos tipo: apartamentos e carros de cientistas, ok brincadeira: bases militares fábricas de munições e etc. Isso é instantâneo não importa o tamanho do ataque, essa é a… Read more »
Itsrael é exemplo de profissionalismo tecnico militar…
Na sua doutrina, todo mundo pensa…todo mundo tem liberdade de improvisar dentro de sua area de competencia….todo mundo lança hipoteses…e todo mundo treina para cada hipotese….
Doutrina conhecida é doutrina do passado, são focados em desenvolver doutrinas constantemente…não existe militar somente, não existe cidadão somente, a cidadania e a defesa são uma coisa só…
Brilhante colocação, concordo 100% com o Senhor.
O que eles fazem é de cair o queixo, esse povo é extremamente eficiente e profissional, tudo que eles fazem é com uma precisão e eficiência superlativa, é um exemplo para todos os exércitos do mundo, pena que aqui aplaudem terroristas, mas isso é outra história.
E cai por terra a modinha da Força aérea Missilistica.
Uma força aérea, ainda que pequena, mas com meios modernos, bem treinada, com um bom sistema de defesa aérea, ainda terá flexibilidade de ação, e execução de missão, muito, muito maior do que o proporcionado por uma força aérea gigante mais obsoleta, que tem sua estratégia voltada a operações militares que envolvam o uso de milhares de misses de cruzeiro ou balísticos, como os Russos e Iranianos , tentam fazer.
sllava Israel !!!!!
Slava israel, vai. Fazer na Rússia a estratégia israelense, dá?
Profissionalismo, treinamento, experiência, equipamentos de ponta e muita inteligência e trabalho do serviço secreto. Deu um passeio e rapidamente humilhou o tão temido Irã. Quanto a nós… só nos resta admirar e comparar com nossas forças armadas relegadas a 3o plano.
3o plano? Nossas FFAA nem chegam perto do 3o plano, estamos em último plano, só o que funciona muito bem no Brasil é o GTE, que é o Uber das “otoridades” defensoras da democracia relativa…
Foram divulgadas fotos da IAF usando F-15C com mais de 50 anos operando com AIM-7 Sparrow e sua configuração máxima de alcançe: 3 tanques subalares de combustível além de tanques conformais.
O principal inimigo da IAF está sendo a distância envolvida, o resto, até o AIM-7 dá conta.
Eu gostaria de ver essas imagens. Não esperava que houvessem AIM-7’s em operação na IAF ainda.
Leandro um aim-120 sem tvc vs um aim-7 os dois a mach 1.2 perseguindo um alvo a 800km/h fazendo uma curva a 8g quem ganhar?
Seja lá qual for a corrida, o AIM-120 ganha. Se é uma corrida para acertar um celeiro estático a 10km, o AIM-120 ganha. O Sparrow não apenas é velho. Ele é pouco confiável e ainda é guiado por radar semi-ativo.
Eu não faço a menor ideia rsrsrs….
Tá ai.
https://pbs.twimg.com/media/GtsSDHrXwAAI0K6?format=jpg&name=small
Uau! Obrigado!
É interessante ver Sparrow com F-15C usando tanque conformal. Remete à Keflavik!
Acho o AIM-7 um míssil estiloso, a distância de lançamento realmente média dá uma noção diferente ao piloto quando são lançados, no limite do alcance visual, e pelo tipo de guiamento o impacto ocorre dentro do campo de visão, além disso possuem superfícies de controle muito maiores que os aim-120, sei lá só acho um design incrível.
Pessoalmente eu acho o Sparrow lindo. Mas o tempo dele já passou.
Se estiver funcionando faz pouca diferença, se a antena dele conseguir sensibilização pelos radares dos F-15 é um míssil competente cuja precisão aumenta na medida da aproximação ao alvo.
O pansistir se não me engano usam mísseis radar semi-ativo e conseguem atingir vários alvos ao mesmo tempo, senão ele, o Tor. isso me impressiona bastante.
Você sabe a diferença entre radar semi-ativo e radar ativo? Se souber, as vantagens são auto explicativas.
Sei, semiativo têm a metade do tamanho se você tiver componentes eletrônicos com o dobro do tamanho, ou seus radares semiativos terão metade do tamanho se seus componentes eletrônicos forem reduzidos pela metade também, respeitando o limite físico de recepção, antena, do sinal do radar emissor. Radar emissor esse que não será do próprio míssil, o que pode dar alguma vantagem em termos de negar a consciência situacional do agressor, mas estamos numa época de datalinks e isso já pode ser feito de outras formas.
Na verdade é o contrário. Negar a consciência situacional do agressor com um feixe de radar tendo que estar sempre em cima do alvo para guiar o míssil não é exatamente sutil. Seja lá o que acontecer, a aeronave lançadora não pode desviar muito para não perder o lock radar. O mesmo vale para o radar do míssil antiaéreo que estiver iluminando o alvo. Era comum aeronaves fazendo SEAD dispararem mísseis antirradiação contra baterias de mísseis antiaéreos, obrigando os radares à desligarem para sobreviverem ao ataque do míssil. Tudo bem que isso na época do Shrike, que não ‘lembrava’ aonde… Read more »
Se seu rwr for competente vc pode ter a informação do missil ou do caça, qual dos dois é mais critico pra fazer manobras evasivas? Um radar ativo passa boa parte da trajetória com funcionamento muito parecido ao semiárido principalmente nas primeiras versões. Ligando seu radar e emitindo outro sinal. Capaz de alertar o piloto e dar a chance de manobras evasivas. O melhor que dá pra fazer é simular pra entender a diferença. Mas pra toda tecnologia nova existe. Vantagens e desvantagens. Hj um aim120 moderno pode funcionar provavelmente sem ligar o próprio radar. Só pra limitar a prob… Read more »
Rss De Boa! Lembrando que no caso de mísseis sup-ar de longo alcance tem o modo TSAR (radar semiativo terminal) , onde o míssil vai até a “janela” de busca por meio de navegação inercial e atualização/telecomando é só então ativa o buscador e o radar iluminador de terra passa a emitir. A vantagem é que possibilita que inúmeras ameaças sejam engajadas em rápida sucessão já que muito mísseis podem ser lançados e ficarem “na fila” esperando a vez. Mìsseis que utiliizam esse método são os Standard SM-2 Block I e II, o ESSM e o Patriot ( TVM) ,… Read more »
Ele ainda é completamente funcional para derrubar drones e mísseis de cruzeiro, é tanto que a IAF os está usando. Quando a ser semi-ativo, num teatro onde a IAF tem superioridade aérea, isso é irrelevante.
Superioridade é diferente de supremacia. Mas de qualquer maneira concordo sobre a utilização para abater drones e mísseis de cruzeiro. Melhor queimar o estoque de munições mais velhas e menos úteis. Não é como se a IRIAF estivesse tentando contestar o espaço aéreo.
Não à toa estão usando poucos mísseis ar-ar.
São usados contra drones.
Israel é um país pequeno e com uma população pequena precisam ser muito bons na defesa e no ataque pois se falharem é o fim do país, para eles é vida ou morte não tem meio termo, por isso se esforçam muito em serem muito bons e conseguem isso!
Sim, os jovens lá são obrigados ao serviço militar muito cedo, acho que é esse o segredo, colocar todos mundo no exército desde cedo, aprendem a usar armas e defender o país, tomam conta de praças, monumentos e fronteiras, estão na linha de frente contra o terrorismo, eles já crescem com espírito forte e combativo…aqui os partidos canhotos querem acabar com as escolas cívico militares, eles não tem interesse num Brasil forte e patriota, querem mais é ver os jovens usando drogas e mudando de sexo.
Na Coreia do Sul também é assim, você pode até adiar o serviço militar e em raros casos ser dispensado de servir, mas em Israel como vivem tendo que lutar para sobreviver a disposição da população é bem maior!
A idade do serviço militar obrigatório em Israel é igual à nossa, 18 anos. A diferença é lá, tirando alguns grupo que tem regulamentação específica, servem homens e mulheres. Para homens judeus, são 2 anos e 8 meses de serviço para mulheres 2 anos.
Lá tem u. Mês por ano de reciclagem e treinamento mesmo. Aqui recruta é para pintar meio fio, ser porteiro de vila militar, pintar quartel, ser motorista de comandante…uma riquíssima doutrina.
Grande bobagem se é esquerda ou direita, escola cívico militar não deve existir cabide de emprego para pm e milico sem formação em pedagogia. Questão de gênero é outra história nada a ver com educação. Aqui milico se ele em urna, escola tudo mais. Mas faze seu trabalho não faz.
As notas sao mais altas nas civico militar…usam o mesmo material didatico…e os mesmos professores…para quem nao sabe….os militares somente entram na gestao e disciplina…
É incrível mais essa ação de Israel. “Tarimbado”, como diria um matuto do sertão de Pernambuco, feito eu. Em 2 dias, destruíram as baterias SAMs, a Força Aérea e o comando central do Irã, que, agora, implora por um cessar fogo. Pontos mais uma vez provados: Baterias SAMs encontram sua utilidade para defender alvos determinados e estratégicos (fábrica, siderúrgicas, portos…), colocar a defesa de um espaço aéreo maior do que isso na dependência dessas baterias é pedir a derrota. O Irã não é nem 1% do que rosnava. Hj, não possui sequer um comando militar, todos morreram. É a hora… Read more »
A Guerra dos Seis Dias pode muito bem ser chamada de Guerra das Três Horas. Pois 70% da Força Aérea Egípcia foi destruída nas três primeiras horas da Operação Focus.
OFF – Esta no Congresso dos EUA uma proposta bipartidária para fornecer o bombardeiro B-2 e as bombas destruidoras de bunkers GBU-57! https://x.com/visegrad24/status/1940466838166819275 A law proposal put forward last year would make it possible for the USA to transfer B-2 stealth bombers & bunker-busting bombs to Israel if Iran resumes its nuclear program. The bipartisan initiative “The Bunker Buster Act” is by Josh Gottheimer, D-N.J & Mike Lawler, R-N.Y. Uma proposta de lei apresentada no ano passado tornaria possível para os EUA transferir bombardeiros furtivos B-2 e bombas destruidoras de bunkers para Israel se o Irã retomasse seu programa nuclear.… Read more »
Excelente matéria, mas não pude deixar de reparar nosso vetusto A-4 Skyhawk , que Israel utilizou em 69, eu nem era nascido, e hoje o Brasil ainda tem essas velharias na força. inacreditável!