JEKTA inicia testes de voo com protótipo em escala do avião anfíbio elétrico PHA-ZE 100

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Payerne, Suíça – 9 de junho de 2025 – A fabricante suíça JEKTA deu início aos testes de voo com um protótipo em escala 1:9 de seu inovador avião anfíbio elétrico PHA-ZE 100, marcando um marco importante no desenvolvimento do programa da aeronave de zero emissões. O modelo radiocontrolado está sendo utilizado para validar configurações aerodinâmicas e hidrodinâmicas do projeto final, com base em dados gerados por simulações computacionais anteriores.

O protótipo usa um sistema de propulsão elétrica distribuída, alimentado por baterias embarcadas, e os testes estão sendo conduzidos em local não revelado. Segundo a JEKTA, a campanha de testes em escala deve ser concluída até setembro e fornecerá dados valiosos sobre o comportamento da aeronave durante pousos, taxiamentos e decolagens a partir da água.

Além do modelo em escala, a empresa está modificando dois hidroaviões ultraleves como aeronaves de prova de conceito, com o objetivo de combinar dados digitais e reais, reduzindo riscos e otimizando o projeto antes da construção do protótipo em escala real.

“Após extensas simulações virtuais, estamos entusiasmados em iniciar os voos do protótipo. Esse passo confirma que estamos no caminho certo para levar o PHA-ZE 100 à aviação comercial em 2030,” afirmou George Alafinov, CEO e cofundador da JEKTA. “Esses testes também representam uma excelente oportunidade para demonstrar nosso progresso a investidores e futuros operadores.”

A JEKTA já acumula mais de US$ 1 bilhão em compromissos de compra para o PHA-ZE 100, cuja produção está prevista para começar em 2028 ou 2029, em sua instalação na cidade suíça de Payerne. A empresa também estará presente no Salão Aeronáutico de Paris, no Pavilhão Suíço (Hall 4, B63), onde apresentará os avanços do programa.

Sobre o PHA-ZE 100

Projetado com estrutura totalmente composta e propulsão elétrica, o PHA-ZE 100 será certificado segundo os padrões Part 23 de aeronaves fixas de passageiros. O modelo poderá operar em pistas convencionais, com trem de pouso retrátil, e em corpos d’água, mesmo com ondas de até 1,2 metro de altura.

Com configurações versáteis, o PHA-ZE 100 está sendo desenvolvido para múltiplas aplicações — incluindo turismo de luxo, transporte regional, serviços civis e voos de experiência — oferecendo operação com zero emissões, custos reduzidos e alta flexibilidade operacional.

Experiência consolidada

A equipe internacional da JEKTA acumula mais de duas décadas de experiência na construção de aeronaves anfíbias, com mais de 90 hidroaviões monomotores e bimotores já produzidos. Segundo Alafinov, essa expertise é o que garante a confiança no sucesso técnico e comercial do programa PHA-ZE 100.

Com os testes em andamento e o forte interesse comercial já registrado, o projeto da JEKTA se consolida como um dos principais programas de aviação elétrica anfíbia da próxima década.

DIVULGAÇÃO: JEKTA


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Alessandro

Num mundo em que é cada vez mais caro projetar coisas novas, é sempre importante louvar estas experiências. Só se inova tentando e testando.

Fernando Vieira

Interessante os caras já terem uma carteira de US$ 1 bilhão mesmo o avião estando na fase de “aeromodelo”.

Renato B.

A economia depende de crença mais do que gostamos de admitir.

Bosco

As possibilidades que novos motores elétricos trazem para a aviação são enormes, principalmente no campo VTOL.
Num futuro não muito distante praticamente qualquer tipo de avião poderá ter “fans” elétricos de sustentação, capazes de fazê-lo pairar, pousar e decolar na vertical.
Um caça com turbinas poderá ter alguns fans elétricos de fácil instalação já que não precisará de nenhum sistema complexo, pesado e frágil de transmissão mecânica.
Os motores elétricos seriam alimentados diretamente por um gerador elétrico conectado à(s) turbina(s) sem haver necessidade de pesadas baterias.

Carlos Campos

um tempo atrás estava me perguntando isso, será que dá para fazer um caça supersônico com Fan Eletrico? As vangens seriam menos consumo de combustível, pensei em ele ser usado extraindo energia do alcool, que acho mellhor que levar o gás de hidrogênio pronta pra uso, mas barato de manter pois vai term menos partes se atritando, e por isso menos manutenção, como nos carros eletricos, mas aí ele não gera tanto calor quanto os motores atuais que usam do calor alto para gerar velocidades super sonicas, expandindo os gases e lançando nas tubeiras do motor, segundo o CHATGPT não… Read more »

Bosco

Carlos, Um caça supersônico pode ser híbrido, com uma ou duas turbinas convencionais e com vários”electric duct fans” só para operações verticais. Ainda os motores elétricos não têm a potência necessária para tal e os projetos atuais de HSVTOL (VTOL de alta velocidade) ainda combinam motores turbojato com turboeixos para os fins de elevação, mas no futuro haverá com certeza “fans” elétricos que irão revolucionar a aviação de grande porte, igual está fazendo com os drones e aviação de pequeno porte (EVTOL). Quanto ao voo horizontal supersônico realmente não há nada no horizonte que possa funcionar na atmosfera que seja… Read more »

Bosco

Embora necessite de muita eletricidade em tese seria possível ionizar a atmosfera e acelerá-la por imãs supercodutores como num motor ramjet. Não seria necessário um combustível para agir como massa propulssora. Poderia também ter algum tipo de compressor elétrico para aumentar ainda mais o volume de ar injetado no sistema e melhorar a eficiência geral. Teria que ver se o sistema é capaz de voo supersônico. *Seria como a propulsão de “esteira” do submarino ficcional “Outubro Vermelho” que no caso a água do mar já é ionizada. O problema é que um sistema desse exige grande quantidade de energia elétrica… Read more »