Operação AIRLIFT COMAO 2025 simula retomada de território e reforça integração entre FAB e EB

Durante o Exercício estavam envolvidas as aeronaves de Transporte, Caça, Reconhecimento e Asas Rotativas, além de Tropas de Infantaria, Forças Especiais e Sistemas de Defesa Antiaérea
Foi encerrado, nesta sexta-feira (06/06), na Base Aérea de Anápolis (BAAN), o Exercício Operacional EXOP AIRLIFT COMAO 2025. A atividade foi coordenada pelo Comando de Preparo (COMPREP) e envolveu mais de mil militares, entre eles 400 da FAB e 600 do Exército Brasileiro (EB), em um cenário que simula um conflito armado.
Com foco em ações conjuntas e de alta complexidade, o exercício teve como objetivo consolidar doutrinas operacionais, adestrar tripulações em Missões Aéreas Compostas (do inglês Composite Air Operations – COMAO) e ampliar a interoperabilidade entre as Forças. Durante o Exercício estavam envolvidas aeronaves de Transporte, Caça, Reconhecimento e Asas Rotativas, além de Tropas de Infantaria, Forças Especiais e Sistemas de Defesa Antiaérea.
O Comandante da BAAN e Diretor do Exercício, Coronel Aviador Leandro Vinicius Coelho, falou sobre o sucesso do Exercício. “Encerramos hoje o Exercício Operacional AIRLIFT COMAO 2025. Os objetivos traçados pelo Comando de Preparo forma totalmente atingidos. Realizamos diversas missões e treinamos ações de Força Aérea envolvendo as Aviações de Caça, de Reconhecimento e, principalmente, ações inéditas na Aviação de Transporte. Utilizamos as aeronaves KC-390 Millennium e o C-105 Amazonas, o que elevou ainda mais a capacidade da Aviação de Transporte”, ressaltou.
Dividido em três fases, o EXOP teve como missão principal a retomada de áreas estratégicas ocupadas. Para isso, foram executadas ações integradas como assalto aeroterrestre, evacuação aeromédica, reconhecimento tático, supressão de defesas inimigas, defesa antiaérea e infiltração de tropas.
Entre os vetores empregados, destacaram-se os aviões KC-390 Millennium, F-39 Gripen, F-5M, A-1M AMX, C-105 Amazonas, E-99M e o helicóptero H-60 Black Hawk. O Exército Brasileiro contribuiu com forças paraquedistas, brigadas de infantaria e viaturas especializadas, como o sistema de foguetes ASTROS II.
“A atividade envolveu um elevado nível de complexidade, com foco principal no treinamento da Aviação de Transporte. A operação contou com o Exército Brasileiro, que contribuiu para o êxito das ações. Esse tipo de integração é fundamental, já que a Aviação de Transporte precisa exercitar os “Threat Reactions” essenciais para o cumprimento de missões reais. Tenho certeza de que temos lições aprendidas significativas”, disse o Comandante de Preparo, Tenente-Brigadeiro do Ar Raimundo Nogueira Lopes Neto.
Aviação de Caça
A Aviação de Caça também atuou no exercício, cumprindo um papel essencial na defesa do espaço aéreo, na proteção de forças amigas e na neutralização de ameaças. As aeronaves F-39 Gripen, F-5M e A-1M AMX foram empregadas em missões de Defesa Aérea, Escolta, Varredura, Ataque e Reconhecimento, realizadas sob condições climáticas variadas, tanto de dia quanto à noite.
As tripulações foram treinadas no uso de sistemas embarcados de autodefesa, em reações a ameaças e na integração com plataformas de transporte, alerta antecipado e controle, uma coordenação fundamental para o êxito das missões aéreas compostas, que envolvem operações simultâneas e exigem elevada sinergia entre múltiplos vetores aéreos.
Salto inédito, evacuação aeromédica e transporte de ASTROS II
As aeronaves C-105 Amazonas operadas pelo Primeiro Esquadrão do Nono Grupo de Aviação (1º/9º GAV) – Esquadrão Arara – e pelo Primeiro Esquadrão do Décimo Quinto Grupo de Aviação (1°/15° GAV) – Esquadrão Onça – e as Aeronaves KC-390 Millennium, operadas pelo Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Transporte (1º/1º GT) – Esquadrão Gordo – e pelo o Primeiro Grupo de Transporte de Tropa (1º GTT) – Esquadrão Zeus –, tiveram protagonismo em diversas missões do AIRLIFT COMAO.
Durante o Exercício, quatro aeronaves KC-390 Millennium voaram em formação tática de forma inédita, demonstrando a capacidade da FAB em conduzir operações de assalto aeroterrestre com alto grau de integração e precisão.
Em um salto inédito a partir do KC-390 Millennium, acima de 12 mil pés (cerca de 3.650 metros), foi realizado por militares do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento, o Para-Sar, da Força Aérea Brasileira (FAB) e das Brigadas de Infantaria (Bda Inf) do Exército Brasileiro (EB), com uso de máscaras de oxigênio. A operação simboliza um avanço em doutrina de infiltração aérea e capacidade de atuar em missões de alta altitude.
Em missão de evacuação aeromédica (EVAM) realizada com o uso de óculos de visão noturna (NVG), simulando o resgate de feridos em zona hostil. As aeronaves C-105 e KC-390 foram adaptadas com equipamentos médicos e operaram em baixa visibilidade, reforçando a versatilidade da plataforma em missões críticas.
O KC-390 realizou ainda o transporte do sistema de lançadores múltiplos de foguetes ASTROS II. A ação testou a aerotransportabilidade do sistema em ambiente simulado de combate e reforçou a capacidade logística e de pronta resposta da FAB.
Defesa Antiaérea
Fundamental para o Exercício foi o adestramento das tropas de Defesa Antiaérea, com treinamento que envolveu o emprego de mísseis e aeronaves na proteção de zonas sensíveis, forças terrestres e na interdição de espaço aéreo hostil. As ações foram conduzidas sob variadas condições meteorológicas, com missões realizadas tanto durante o dia quanto à noite.
A atuação conjunta entre a Força Aérea Brasileira e o Exército Brasileiro possibilitou o desenvolvimento de operações integradas de Defesa Antiaérea, Supressão de Defesa Inimiga e Vigilância do Espaço Aéreo, elevando o nível de realismo das atividades e contribuindo diretamente para o aprimoramento doutrinário e a elevação da prontidão operacional das forças envolvidas.
Controle do Espaço Aéreo
Com mais de 25 aeronaves operando simultaneamente, o controle do espaço aéreo foi um elemento central para o sucesso da operação. O Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Anápolis (DTCEA-AN), subordinado ao Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I), atuou de forma decisiva nas torres de controle (TWR), nos órgãos de aproximação (APP) e no Centro de Operações Militares (COpM).
Controladores gerenciaram com precisão e segurança as decolagens, formações e retornos das aeronaves, assegurando a fluidez das operações. A coordenação contou ainda com o apoio do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), responsável por garantir a vigilância contínua e o gerenciamento eficiente do tráfego aéreo militar.
FONTE: Força Aérea Brasileira
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Falta um sistema AAE de área.
De médio e longo alcance
Sistema de defesa AA de médio alcance hoje só temos nos navios da marinha e olhe lá!
Que sistema?? Sea Aspide é curto alcance, 20km máx.
O sistema S-300 já seria bom pra quem não tem nada.
Na moral, a gente precisa otimizar as coisas a marinha já tomou a decisão cabe ao exército minimizar os gastos e comprar o sistema mais intercambiável possível.
Muito bacana, será que esse A1 sobreviveria? Como isso é analisado na simulação? Probabilidade? Ou estavam testando a sensibilidade dos sensores dos mísseis? Ainda são IGLAS ?
São Iglas.
É sempre ótimo ver esses exercícios que aumentam o “entrosamento” entre as FA’s BR.
E bom mesmo manter a integração com o exército senão o exército vai de Sherpa.
Que essa integração aconteça cada vez mais. Amém!
Ainda bem que o inimigo simulado não tinha mísseis de cruzeiro de longo alcance, ou balísticos.
A única defesa que temos por enquanto contra misseis de cruzeiro verdadeiramente, mora nos meteor dos F39 gripen. No catálogo, os Meteor são capazes de interceptação de misseis de cruzeiro e também
Que ainda não estão homologados nos 9 Gripens. Precisamos de SAMs de Defesa de Area há tempos……
O governo Trump, discretamente fez chegar ao governo do Br que estaria interessado em ” retomar ” Fernando de Noronha ” para os EUA. Isto deve ter alarmado o Itamarati e o comando das FAs . A decisão de deslocar os velhos AVF da Marinha pra patrulhar o entorno da Ilha. Eles são desdentados . Melhor seria plantar pelo menos uma bateria de astros com mansup na ilha. Isto pode ser realizado no curto prazo. No médio prazo o ideal seria tornar o KC390 um vetor de ataque aeronaval e basear 1 deles lá. Melhor ainda, dar um jeito de… Read more »
Se os EUA realmente quiserem aquela ilha e usarem a opção militar, não há nada que a gente possa fazer. Sugiro procurar no arquivo do blog pela “operação pólvora” uma simulação que o Galante fez com o Grupo de Ataque do USS Nimitz atacando o Brasil. O ideal no momento é não bater palma pra maluco dançar e o Itamaraty não deveria sequer comentar a respeito. Da mesma forma que o Canadá e a Dinamarca acharam ridículas a ideia de anexar os territórios deles, o Brasil deve achar o mesmo, porque não creio que o Congresso Americano vá querer se… Read more »