Marina, Califórnia, 2 de maio de 2025 – A Joby Aviation (NYSE: JOBY) anunciou hoje que realizou com sucesso os primeiros voos de transição completa — do pouso e decolagem vertical para voo de cruzeiro e retorno — com piloto a bordo, marcando um passo decisivo rumo ao início dos testes da Federal Aviation Administration (FAA).

As manobras, realizadas em 22 de abril na base de testes da empresa em Marina, permitiram que o piloto-chefe de ensaios, James “Buddy” Denham, executasse decolagem vertical, aceleração até voo sustentado pelas asas e pouso vertical na mesma aeronave protótipo (registro N544JX). Denham, veterano com mais de 60 tipos de aeronaves em seu currículo, celebrou a fluidez do processo:

“O avião voou exatamente como previsto, com qualidades de manobra excelentes e carga de trabalho reduzida para o piloto.”

O desenvolvimento imprimia continuidade aos voos de transição remota iniciados em 2017, e aos mais de 40.000 milhas de testes já acumulados pela frota, incluindo centenas de transições e diversos voos em baixa velocidade e pairado com piloto a bordo. Segundo Didier Papadopolous, presidente de OEM de aeronaves da Joby,

“Este marco demonstra nossa confiança no desempenho da aeronave enquanto avançamos para testes com pilotos da FAA e mantemos o cronograma para voos de certificação em Dubai a partir de meados de 2025.”

Em preparação, a Joby também conduziu ensaios de redundância em solo no Integrated Test Lab e testes de contingência na Base Aérea de Edwards, garantindo que, mesmo com falhas simuladas de motores ou baterias, o protótipo mantivesse voo controlado e pouso seguro.

Projetado para levar um piloto e até quatro passageiros a velocidades de 321 km/h, com ruído reduzido e zero emissões, o táxi aéreo elétrico da Joby mira em operações comerciais em Dubai ainda neste ano, tornando-se pioneiro na mobilidade aérea urbana do futuro.

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adriano Madureira

pode ser funcional, mas é feio…

Santamariense

Feio é elogio. E 6 motores?!?! Essas traquitanas, que tem trocentas matérias aqui no Aéreo, são apenas excentricidade de rico. Imagina a manutenção de um negócio desses? São 6 motores, sistema de movimentação das naceles/motores do vôo vertical para o horizontal, etc. Isso não tem condição de se tornar algo popular e comum.

Bosco

Eu acho ridículo esse conceito de EVTOL que inclina seus rotores para voar na horizontal sustentado por hélices como um convertiplano. Um convertiplano “convencional” como o V-22, AW609 ou o V-280 têm a vantagem de ter o dobro do alcance e quase o dobro da velocidade de um helicóptero convencional de mesma categoria mas em relação ao EVTOL isso não ocorre. Se aumenta a velocidade e reduz o consumo é numa porcentagem muito baixa que não faz diferença frente à complexidade. Acho mais viável o conceito de EVTOL tipo helicóptero convencional ou de helicóptero composto onde há rotores específicos para… Read more »

Aéreo

Concordo. Uma das vantagens de motores elétricos é que eles podem ser distribuídos ao longo da estrutura. Essas configurações de tilt rotor e tilt wing existiam porque não é fácil montar trocentos motores a combustão na célula, mas elétrico a lógica de projeto é outra.

Cristiano ciclope

Essas aeronaves tem tantos motores por reserva de segurança ele pode operar só. Com motores, mas temais dois de reserva, sem falar que deve poupar o desgaste dos motores já que não precisam usar toda a potência, tem projetos que tem o dobro de motores que precisam para voar!

adriano Madureira

Espero que seja como os carros elétricos que eram horríveis e depois foram ficando bonitos.

No japão é uma feiura atrás da outra…

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Até agora o EVE é um dos menos feios, pois essa versão que vem aparecendo não é o design definitivo

Veja esse como é belo.

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José Joaquim da Silva Santos

Uma coisa em que não boto fé é esse nicho Evtol… pra mim é uma burrada essa EVE da Embraer, ngm me tira da cabeça que isso não vai colar. Igual qdo começaram a surgir celulares minúsculos do tamanho de uma caixinha de fósforo, muitos acharam que isso seria o futuro, até alguém ter a idéia usar o aparelho como uma tela…

Bosco

Eu acho que o conceito EVTOL é interessante e vai vingar mas ainda considero a densidade das baterias baixas e o tempo de recarga alto.
Ter EVTOL de 2, 4 e 6 lugares servindo como taxi aéreo dentro de grandes cidades e arredores , sem piloto e controlado por aplicativo do celular, creio que vai funcionar.
Agora, com piloto, substituindo um helicóptero a combustão, ainda vai demorar um século.

Cristiano ciclope

Não vai demorar um século, veja a tecnologia dos carros elétricos, os chineses já desenvolveram um sistema de recarga rápida mais eficiente e baterias com maior capacidade, logo isso chega nos evtols.

Rafael Cordeiro

Considerando autonomia de 100 km e 321 km/h de velocidade, parece bastante promissor para ligar o aeroporto de Guarulhos ao centro de São Paulo ou até mesmo o Aeroporto de Viracopos em Campinas ao de Guarulhos ou centro de São Paulo, fora outros grandes centros. Mais interessante seria se tivesse um sistema de troca rápida das baterias, um banco de carregamento nos “heliportos” onde o E-VTOL que chega deixa a bateria usada em um hub de carregamento e já coloca outra bateria carregada para agilizar a próxima viagem (poderia ser um sistema totalmente autônomo). A tão falada bateria de Nióbio… Read more »

Turco

A tecnologia do Evtol só está começando, daqui uns 15 anos, teremos outras gerações de Evtol, provavelmente, mais leves, mais “bonitos”, mais eficientes, com maior autonomia e com baterias melhores.

E quem está investindo hoje provavelmente terá a dianteira do mercado no futuro. Eu acho um acerto enorme da Embraer estar com este projeto.