CEO da Embraer visita Varsóvia e apresenta planos para fabricação e manutenção de aeronaves na Polônia

- Projetos potenciais incluem linha de produção do KC-390 e de conversões de aeronaves comerciais de passageiros para cargueiros, pré-produção de peças estruturais do E2, centro de revisão de trens de pouso e investimentos em treinamento e capacitação.
- Embraer estima que projetos potenciais com parceiros locais possam gerar US$ 3 bilhões e 5 mil empregos no país para a Polônia ao longo de 10 anos.
Varsóvia, Polônia, 11 de março de 2025 – A Embraer (NYSE: ERJ/B3: EMBR3), líder global na indústria aeronáutica e presente nos mercados de aviação comercial e de defesa, planeja transformar a Polônia em um centro de excelência da companhia na Europa. Francisco Gomes Neto, Presidente e CEO da Embraer, está visitando a Polônia esta semana com uma equipe sênior das unidades de negócio de Aviação Comercial e de Defesa & Segurança. As equipes estão se reunindo com parceiros atuais, novos e potenciais nas seguintes áreas: fabricação e produção final, manutenção e reparo, conversões de passageiros para cargueiros, pesquisa & desenvolvimento, e eVTOLs.
O primeiro anúncio foi feito em conjunto com o Instituto de Aviação Łukasiewicz (iLOT), com foco em atividades de Pesquisa e Desenvolvimento nas áreas de materiais, tecnologias de voo futuras, design aeronáutico e futuros processos de manutenção.
“A Embraer faz parte do ecossistema de aviação da Polônia há mais de 25 anos. Com o forte crescimento global da companhia, estamos comprometidos em expandir nosso engajamento industrial em conjunto com parceiros poloneses, incluindo atividades de produção, montagem final, manutenção e reparo. Para possibilitar esse crescimento, a Embraer planeja apoiar o desenvolvimento das capacidades e competências que impulsionarão o setor aeroespacial polonês para o seu próximo estágio de sucesso,” afirma Francisco Gomes Neto, Presidente e CEO da Embraer.
“Essas iniciativas em produção, manutenção e treinamento poderão deixar a economia da Polônia bem-posicionada para aproveitar oportunidades valiosas no cenário aeroespacial global, com possibilidades de geração de até US$ 3 bilhões para o país ao longo de 10 anos, com potencial criação de 5 mil empregos”, continua Gomes Neto.
Em um movimento estratégico de longo prazo, a Embraer está buscando parceiros para a fabricação de peças e para uma potencial linha de produção final para a aeronave militar multimissão KC-390 Millennium, que atualmente está conquistando pedidos internacionais, incluindo países da Europa e da OTAN. A Embraer avalia que a Polônia é o parceiro estratégico ideal para unir forças e construir equipamentos militares de última geração, criando empregos de alta qualificação no país. A produção da aeronave e o ecossistema de pós-venda associado (incluindo manutenção e treinamento) poderão resultar na criação de valor de cerca de US$ 1 bilhão e 600 empregos.
A Embraer também está aumentando a produção e buscando ativamente incrementar sua cadeia de suprimentos voltada para a aviação comercial no país. Recentemente, a companhia concluiu um road show para contatar novos fornecedores na Polônia. A indústria local já é um importante fornecedor para o programa E2 da Embraer: os assentos são fabricados em Świebodzin, as unidades de energia auxiliar em Rzeszów e os principais componentes do motor em Kalisz. O país já participa da cadeia de suprimentos da companhia com 1.350 empregos e US$ 30 milhões, direcionados para aquisição de bens e serviços somente em 2024. Outros projetos em discussão incluem uma instalação de revisão de trens de pouso para os E-Jets E2 e a conversão de aeronaves E190 em cargueiros. Os projetos envolvendo a Embraer Aviação Comercial podem somar mais de US$ 2 bilhões em investimentos e mais de 4.400 empregos ao longo dos próximos dez anos.
A Embraer já possui forte presença na Europa. Cerca de 30% do E2 é fabricado na União Europeia (UE). As asas são fabricadas em Portugal e outros componentes-chave são produzidos na França, Alemanha, Áustria, Espanha e Bélgica. Já para o KC-390, 42% da cadeia de suprimentos tem origem na UE.
Arjan Meijer, Presidente e CEO da Embraer Aviação Comercial, que visitou Varsóvia ao lado de Gomes Neto, diz: “Parabenizo a LOT por seu crescimento e lucratividade significativos. Desejamos continuar nossa parceria profunda e de décadas com a Polônia. Queremos ir além da venda de aeronaves, para promover e acelerar o ecossistema de aviação do país. O E2 é uma escolha de baixo risco e de alta recompensa, oferecendo uma transição perfeita e de baixo custo para a nova aeronave. O E2 é a aeronave mais eficiente, confiável e confortável para a LOT, oferecendo cerca de US$ 900 milhões em benefícios econômicos em comparação com a concorrência. O E2 é a aeronave que melhor apoiará o crescimento lucrativo e sustentável da companhia aérea. Também apoiaremos os planos para o novo hub do Aeroporto Central (CPK), que terá o apoio dos jatos Embraer como já ocorre em outros hubs globais como Paris, Chicago, Amsterdã e, claro, Varsóvia.”
A Embraer está oferecendo à Polônia sua aeronave de transporte militar KC-390 Millennium. A aeronave tem interoperabilidade na OTAN e é a mais avançada em sua categoria. A plataforma de última geração já foi adquirida pela Holanda, República Tcheca, Portugal, Hungria, Brasil, Áustria e Coreia do Sul, e selecionada pela Eslováquia e Suécia.
“A Polônia é uma nação líder da OTAN e, ao oferecermos o KC-390 Millennium, temos a oportunidade de nos engajarmos com a bem estabelecida e especializada comunidade industrial e de defesa do país. Esta é uma oportunidade para a Polônia se tornar uma participante central do ecossistema europeu do KC-390, com acesso a um excelente pacote industrial, de treinamento e suporte. A Polônia é mais que uma cliente potencial para nós: é uma sólida parceira operacional e industrial de longo prazo, com a localização perfeita para a linha de produção que queremos desenvolver na Europa”, diz Frederico Lemos, CCO da Embraer Defesa & Segurança.
Sobre a Embraer
Empresa aeroespacial global com sede no Brasil, a Embraer atua nos segmentos de Aviação Comercial, Aviação Executiva, Defesa & Segurança e Aviação Agrícola. A Companhia projeta, desenvolve, fabrica e comercializa aeronaves e sistemas, além de fornecer Serviços & Suporte a clientes no pós-venda.
Desde sua fundação, em 1969, a Embraer já entregou mais de 9 mil aeronaves. Em média, a cada 10 segundos, uma aeronave fabricada pela Embraer decola de algum lugar do mundo, transportando anualmente mais de 150 milhões de passageiros.
A Embraer é líder na fabricação de jatos comerciais de até 150 assentos e a principal exportadora de bens de alto valor agregado do Brasil. A empresa mantém unidades industriais, escritórios, centros de serviço e de distribuição de peças, entre outras atividades, nas Américas, África, Ásia e Europa.
DIVULGAÇÃO: Embraer
A hora de vender o KC-390 na Europa é agora, aproveitando a ajuda do tio Trump.
Se tinha clientes em potencial pensando entre o C-130J e o C-390, agora a escolha pela aeronave da Embraer parece bem mais vantajosa.
Técnica e financeiramente o KC-390 sempre foi mais vantajoso que o C-130J.
Agora politicamente também é para quase todos os países europeus.
Polônia seria um cliente com uma encomenda mais robusta. Provavelmente a maior da Europa.
A Polônia opera poucos C130 mais antigos, no caso de um futura encomenda essa deve ficar nesses números entre 5 unidades um pouco mais ou um pouco menos…
Só que a Polônia, não quer apenas substituir o C130, a Polônia quer capacidades a mais em tudo, ai que entra o C390
Também gostaria de ver uma grande compra, mas a frota de transporte e cargueiros polonesa sempre foi pequena…
As dimensões territoriais, a facilidade de transporte ferroviário e o acesso ao Heavy Airlift Wing que mantem 3 Globemaster a disposição podem pesar contra uma grande encomenda.
Mas o importante é mais um usurário então torço para boas noticias e que os poloneses realmente resolvam expandir suas capacidades.
A Polônia vem expandindo bastante a quantidade de aeronaves que opera (caças, helicópteros, etc). Vejo como natural que expanda a quantidade de aviões cargueiros e reabastecedores para mais de 5 unidades.
Concordo e esse é mais um trunfo do KC390, poder operar nas duas funções sem grandes dificuldades e com o Plus de poder operar de quase qualquer pista, algo que reabastecedores puros não fazem.
Ao abrir novas linhas de produção de peças e montagens não afeta a criação de empregos no Brasil, uma vez que teoricamente vai sobrar menos trabalho nas montagens, já que está sendo fabricado em vários países? Ou não tem nada haver já que abrir novas linhas significa que está vendendo o suficiente para não afetar os trabalhos em são José dos Campos?
Isso só o tempo dirá.
Entendo que a Embraer é uma empresa privada, mas ela recebe incentivos do governo para desenvolver os seus aviões, o próprio C390 foi financiado pela fab. Acho que a cada linha de montagem é pior para o Brasil, apenas a Embraer e seus acionistas saem beneficiado. O próprio gripen foi comprado com transferência de tecnologia para a Embraer receber tecnologias, principalmente da integração de sensores.
E cadê os Suecos reclamando da linha de montagem do Gripen no Brasil??
São exigências contratuais. O Super Tucano teve linha de montagem nos EUA… e isso não reduziu empregos aqui, pelo contrário, aumentou.
O Brasil praticamente financiou o programa gripen, no caso da Embraer ela oferece linha de produção pra todo mundo. Índia, arábia saudita,Polônia e qual mais a Embraer vai oferecer linha de produção? No caso da índia e arábia saudita entendo já que caso se concretize serão muitas unidades, já a Polônia ainda não sabemos,por isso a minha dúvida com relação a isso. O importante é vendas, se os países para comprar o C390 querem linhas de produção não tem o que fazer.
Mas não se oferece linha de montagem para poucas unidades. E eles pagariam por isso ( instalações, ferramental, treinamento, etc).
Quando eu disse que só o tempo dirá, quis dizer que não dá para saber o que vai acontecer. Por exemplo, se a Polônia quiser montar o avião como condição para a compra, é melhor deixar eles montarem ou perder a venda? Se eles quiserem fabricar algumas peças é melhor deixar (podendo ser peças que são produzidas em outros países e não no Brasil) ou perder a venda? E de qualquer forma, a Polônia irá pagar por isso e a Embraer terá lucro e pagará royalties e impostos. Fora que cada aeronave fabricada a mais reflete positivamente na manutenção e… Read more »
E cada avião que deixa de vender é melhor para quem?
A FAB não. A União pois a FAB não imprime dinheiro nem arrecada impostos. De qualquer forma, com os Royalties, é bem possível que essa grana não só retorne como ainda gere lucro.
A EMBRAER nao teria como aumentar a produção para montar os aviões em solo brasileiro, a China tbm abre fábricas para montagem de seus carros e aviões em outros países.
Na verdade se a produção em outras linhas estiver atrelada a novas vendas, a carga de trabalho realizada no Brasil aumenta, podendo gerar sim novos empregos aqui. Isso em relação a não ter vendas.
Montagem de partes, subconjuntos e até montagem final no país comprador é, muitas vezes, exigência da concorrência. Então para vender, é preciso atender e, caso ocorra a venda, como apenas parte das horas de produção vai para o país de destino, ainda gera mais trabalho aqui.
Em tempo: Gavião Peixoto
Boa tarde a todos , torcendo para que a Embraer , consiga vender vários Super- Tucano Nato e KC-390 para a Polônia e para outros países do Leste Europeu .
A EMBRAER tem ótimos produtos pra oferecer, a Polônia está cheia de dinheiro disponível pra investir em Defesa e o Trump está deixando o clima cada vez mais favorável.
Aposto que vai ter negócio em breve!
Não foi o anúncio da venda concreta que gostaríamos (por enquanto), mas dá pra ver que essa ofensiva da Embraer na Polônia é muito forte, além das 2 matérias postadas aqui, ontem teve um encontro do CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto, com o vice-ministro da Defesa polonês. O trabalho tá sendo bem feito.
Tão ou mais importante do que as vendas militares, é importante manter a LOT como cliente dos E jets.
Eles operam perto de 45 aeronaves 170, 175, 190 e 195, estão em processo de substituição das aeronaves regionais e o A220 é um concorrente forte.
Quando eu trouxe esse tema Embraer-Polônia como off-topic há 2 dias eu coloquei um link que abordava também a LOT e comentei que ela já está voando 3 E195-E2 alugados portanto já sabe bem o que esperar deles.
A Embraer precisa aumentar a cadência de produção do 390… Creio que se as entregas fossem mais ágeis, aumentaria ainda mais o interesse pela aeronave.
Está aumentando… mas não é algo que dá para aumentar de uma hora para outra. É um processo gradual, mas que já está ocorrendo.
As entregas vai de acordo com os pedidos, não é comprar hoje e receber daqui a 1,2 anos 2,3,4 aeronaves. O 3 C390 de Portugal já está sendo produzido, e outros, a linha da Embraer pode produzir até 11 aeronaves por ano em plena operação.
O problema é que nem a Embraer nem os parceiros da cadeia de suprimentos do KC-390, excluindo os de itens comuns a outras aeronaves, não vão investir em ampliação da capacidade produtiva sem um real aumento nas vendas. Sobre essa questão de ampliar a produção p/ fornecer um volume bem maior de produtos, me lembra uma passagem do livro Made in Japan do fundador da Sony Akio Morita, quando após vender seus primeiros 50 rádios de bolso p/ uma loja americana, está vendeu todos imediatamente então enviou um pedido p/ comprar 10 mil e recebeu uma cotação da Sony c/… Read more »
Cadência é diferente de ciclo de produção.
Os grandes bids não estão em situação de urgência. A Índia está com outras prioridades para modernização de sua FA. A previsão de seleção do novo transportador está prevista para 2026 ou 2027 para entregas a partir de 2030. Arábia Saudita idem. Ha alguma chance da AS decidir antes por uma questão política/industrial. 5 ou 10 c390’s encomendas da Polônia será um baita reforço na carteira mas também não estão em regime de urgência. Estão recebendo alguns c130h com upgrade agora. E estão anisando comprar alguns 330MRTT também. Quem está numa situação mais caótica é a Suécia cuja as aeronaves… Read more »
Excelente o trabalho da EMBRAER na aproximação com os países, oferece o produto, empregos, parcerias, conquista clientes privados e governos, realmente já é nossa maior empresa. E tinha gente que apoiava a venda da EMBRAER, seria o fechamento da empresa.
Se tiver que fazer uma fábrica no exterior para aumentar a venda que seja, o importante é vender e levar no nome do Brasil para as alturas!