EUA aprovam venda emergencial de munições a Israel no valor de US$ 2,7 bilhões

Em 28 de fevereiro de 2025, o Departamento de Estado dos Estados Unidos aprovou duas grandes vendas militares para Israel, totalizando aproximadamente US$ 2,7 bilhões, com o objetivo de reforçar a capacidade de defesa do país do Oriente Médio. A Agência de Cooperação em Segurança e Defesa notificou hoje o Congresso sobre as transações, que foram autorizadas sem revisão legislativa devido à existência de uma emergência de segurança nacional.

A primeira venda, estimada em US$ 2,04 bilhões, inclui a aquisição de 35.529 corpos de bombas de uso geral MK 84 ou BLU-117, além de 4.000 ogivas penetradoras I-2000. O pacote também contempla peças sobressalentes, consumíveis, suporte logístico, serviços de engenharia e transporte. As entregas estão previstas para começar em 2026.

A segunda venda, avaliada em US$ 675,7 milhões, inclui 201 corpos de bombas MK 83 MOD 4/MOD 5 de 1.000 libras, 4.799 corpos de bombas BLU-110A/B de 1.000 libras, além de 5.000 kits de orientação JDAM (Joint Direct Attack Munition). O pacote também prevê suporte logístico e técnico do governo dos EUA e de contratantes. As entregas estão programadas para 2028.

Segundo o Departamento de Estado, as vendas foram aprovadas com base na necessidade de manter a segurança de Israel e garantir sua capacidade de autodefesa frente a ameaças regionais. “Os Estados Unidos estão comprometidos com a segurança de Israel, e é vital para os interesses nacionais americanos ajudar Israel a desenvolver e manter uma capacidade de autodefesa forte e pronta”, destacou o comunicado oficial.

Os principais contratantes para a primeira venda incluem General Dynamics (Garland, TX), Ellwood National Forge Company (Irvine, PA) e McAlester Army Ammunition Plant (McAlester, OK). Já na segunda venda, os fornecedores são Repkon USA (Tampa, FL) e The Boeing Company (St. Charles, MO). Existe a possibilidade de que parte das munições seja retirada dos estoques americanos.

Ambas as vendas foram autorizadas sem necessidade de revisão do Congresso, conforme previsto na Seção 36(b) da Lei de Controle de Exportação de Armas, devido às atuais condições de emergência. O governo dos EUA garantiu que essas transações não impactarão a prontidão da defesa americana e não alterarão o equilíbrio militar básico na região.

As vendas ocorrem em um momento de crescente tensão no Oriente Médio, com Israel reforçando sua capacidade militar diante de potenciais ameaças regionais. O fornecimento de bombas de uso geral e munições guiadas busca aprimorar a capacidade de resposta do país e fortalecer sua segurança nacional.

FONTE: Agência de Cooperação em Segurança e Defesa