A Força Aérea dos EUA designou, pela primeira vez na história do serviço, os dois primeiros protótipos de aeronaves de combate não tripuladas, conforme anunciado em 3 de março de 2025. As aeronaves fazem parte do projeto Collaborative Combat Aircraft (CCA), dentro do programa Next Generation Air Dominance (NGAD), e representam um marco na evolução da guerra aérea.

As empresas General Atomics Aeronautical Systems e Anduril desenvolveram seus próprios modelos para competir pelo contrato do CCA. As aeronaves receberam as designações YFQ-42A e YFQ-44A, seguindo a nomenclatura da Força Aérea: “Y” para protótipos, “F” para caças, “Q” para veículos não tripulados, um número identificador e a letra “A” indicando a primeira versão.

A Força Aérea pretende adquirir 1.000 CCAs, com base no conceito de empregar dois sistemas para cada um dos 500 caças tripulados planejados (200 de sexta geração e 300 F-35s). Esses veículos atuarão em conjunto com pilotos humanos, ampliando a frota de combate de forma mais econômica do que os caças tradicionais.

Os CCAs são projetados para operar de maneira autônoma ou em pequenos grupos, usando inteligência artificial para apoiar missões de combate. Eles serão empregados para proteger aeronaves tripuladas e aumentar a capacidade da frota, funcionando como “wingmen leais” em diversas operações militares.

O General David Allvin, Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, destacou que, embora os CCAs fossem apenas conceitos teóricos há poucos anos, os primeiros modelos estarão prontos para voar no verão de 2025. O desenvolvimento dessas aeronaves faz parte de uma estratégia de longa data do Departamento de Defesa para conter os altos custos dos caças tradicionais.

No entanto, enquanto os CCAs avançam, a Força Aérea tem reavaliado certos aspectos do caça tripulado de sexta geração do programa NGAD. O Tenente-General David Tabor explicou que o conceito original do NGAD, formulado em 2018, precisa ser atualizado para se alinhar às mudanças no ambiente estratégico e tecnológico, garantindo que a plataforma atenda às novas necessidades da defesa aérea dos EUA.

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juggerbr

A segurança das comunicações nestes drones é algo muito importante, se dominado pelo inimigo tornaria qualquer TO um inferno para os americanos e aliados.

Rodolfo

Eu imagino que com IA, isso tornaria a plataforma mais segura contra jamming pois a aeronave poderia operar de forma independente e tomar decisões baseada no objetivo da missão. Talvez seria possível que o uso da futura rede starshield baseada no starlink minimize o risco? As forças ucranianas relataram que o S70 russo derrubado ano passado pelos proprios russos parecia ter apenas comunicação por radio e talvez tenha sofrido jamming (similar ao que os iranianos fizeram há mais de 10 anos contra um drone stealth Sentinel americano). A Anduril parece ter testado sistemas anti drones na Ucrania, quem sabe um… Read more »

TJ Lopes

E o YFQ-43A?

JuggerBR

Estaria nada, nessa altura ainda estaria parado em alguma comissão, algum grupo de trabalho, ou ainda, sem verba.
Forças Armadas é só no nome, sem armas e sem força…

Rodolfo

A Embraer é seria, assim como o KC390, se houvesse verba o programa estaria avançando.

Rinaldo Nery

O A-29 foi iniciativa da FAB, em 1992.

Luís Henrique

Hoje acho que as forças possuem cerca de 350 mil militares ativos, poucos anos atrás o número era próximo de 380 mil. Se o sr. comprar um chiclete Trident de R$ 3,00 para cada um, o custo será superior a R$ 1 Milhão. Aquelas baboseira de leite condensado e muitas outras não passam disso, baboseira. Qualquer um que use o cérebro sabe que café da manhã ou almoço de um contingente de 380 ou 350 mil homens e mulheres vai custar milhões de reais. Esse não é o problema. O problema está na previdência militar que era muito generosa. Após… Read more »

MMerlin

Lá atrás, aeronave autônomas não era apenas um investimento, era uma aposta como você comentou. A tecnologia não estava madura como hoje. Se a FAB nunca teve orçamento para investir num projeto como esses, que custaria bilhões e bilhões. Imagine então encarar essa aposta? Veja o quanto está custando apenas a IA no setor privado. Imagine então os custos entre o conceito e a máquina? Ora, o Estado não tem nem capacidade financeira e nem moral para arcar com o programa FX, quem dirá arcar com um programa de P&D de IA voltado para combate aéreo e ainda uma aeronave… Read more »