Força Aérea dos EUA integra míssil antinavio Harpoon ao caça F-16

Nellis Air Force Base, Nevada – Em uma demonstração inédita, a Força Aérea dos Estados Unidos confirmou sua capacidade de modernização e adaptação, integrando de forma rápida e eficiente um míssil Harpoon, originalmente desenvolvido para a Marinha, ao caça F-16 Fighting Falcon.
O teste, conduzido pelo Destacamento 3 do 53º Grupo de Teste e Avaliação, realizado na renomada Base Aérea de Nellis, em Nevada, evidenciou a viabilidade de um novo processo que promete reduzir significativamente os prazos tradicionais para a incorporação de sistemas de armas avançados nas plataformas aéreas existentes. Por meio de um sistema de gateway – que funcionou como um “tradutor” entre o míssil e a aeronave – o F-16 foi habilitado a reconhecer e comandar o míssil sem a necessidade de modificações extensas.
Segundo fontes da própria Força Aérea, essa integração rápida pode transformar o modo como novas tecnologias são implementadas, permitindo uma resposta mais ágil às demandas operacionais e de segurança. A iniciativa demonstra o comprometimento dos Estados Unidos com a modernização de suas capacidades de defesa, alinhando as inovações tecnológicas às exigências do campo de batalha contemporâneo.
A manobra também ressalta a importância da cooperação interserviços, ao aproveitar as capacidades já testadas e aprovadas da Marinha dos EUA para fortalecer a aviação de combate. O sucesso deste procedimento pode servir de modelo para futuras atualizações e integrações de sistemas, reforçando a superioridade operacional das forças armadas americanas.
Em um cenário global cada vez mais desafiador, a iniciativa destaca a busca contínua por soluções inovadoras que permitam não apenas a manutenção, mas o aprimoramento das capacidades de resposta rápida e efetiva dos EUA.
Podemos integrar o mansup no gripen?
Teoricamente sim. Se não pudermos, a bendita transferência de tecnologia pela qual pagamos muito não serve para nada, já que todo mundo fala que temos acesso ao código fonte do caça e poder integrar o armamento que quisermos sem pedir benção era a feature mais básica comentada por todos. Agora, se a FAB tem interesse nisso é que já são outros 500. Falo isso porque na apresentação do desenvolvimento da versão MPA do Millennium o atual comandante da FAB falou em arma-lo com harpoon, e quando perguntado sobre o mansup ele enfatizou “harpoon”. Ou seja, a MB investe junto a… Read more »
Não sei se é oficial mas parece que a FAB tem demonstrado interesse no MANAER que é a versão aerotransportado do MAN-SUP.
Ainda que a FAB não tivesse interesse, MB e UAE/Edge tem por se tratar de um equipamento com capacidades e características que o permitem disputar vendas com o Exocet lançado do ar. Lembrando que a MB fez questão que seus UH15 tivessem a capacidade de disparo desta arma, logo, “nacionalizar” o equipamento é muito vantajoso. Uma vez que o produto esteja pronto, integrar ao Gripen pode ser um processo dividido entre Suécia e Brasil já que aos suecos interessa que seu produto cresça em capacidades.
Se teoricamente sim, na pratica também!
A prática depende de interesse. A FAB vai bancar o desenvolvimento e a integração da versão aero lançada?
Como disse acima, mesmo que a FAB não tenha interesse, MB e Edge tem.
Quando existir uma versão ar-mar do MANSUP, não vejo motivo que impeça essa integração. Porém, o AM-39 Exocet, que eu saiba, não é integrado ao Gripen E/F. Míssil antinavio no Gripen, salvo engano, só o RBS15.
E diga-se de passagem, a FAB deveria comprar e operar o RBS-15 até o dia que resolvam ter uma versão do Mansup integrada ao F-39.
Concordo plenamente! O RBS15 está entre os melhores mísseis antinavio do mundo.
Eu sou a favor de, após evoluírem o MANSUP pra uma versão com maior alcance, seja feito uma versão helitransportada, depois disparada por submarinos, e só depois, uma versão lançada pelo Gripen.
A versão ar-mar do Exocet, o AM-39, é a mesma que é disparada por helicópteros e por aeronaves de asa fixa. Não existe uma versão para helicópteros e outra para caças.
Obrigado, não sabia dessa. Melhor ainda, então.
Por motivos óbvios, melhor investir em uma versão de vigilância e patrulha do KC-390 e aposentar os P3.
Não são coisas diretamente relacionadas.
Prezado Bernardo, não nessa versão atual em desenvolvimento… cordial abraço.
Por que, XO? Fiquei curioso, porque lembra da FAB fazendo testes com o AVMTC-300 num F-5. É por causa do motor de combustível sólido ou outra limitação?
Porque ao meu ver, uma versão aerotransportada deveria ser baseada no MANSUP-ER, tanto pelo alcance bem maior, quanto por ele usar um motor a jato, que o deixaria menor e mais leve, considerando que não precisaria de um booster. Estou correto?
O XO disse que a versão atual em desenvolvimento não pode ser integrada ao Gripen. Ele está certo…e é uma coisa lógica, visto que a versão atual em desenvolvimento é o MANSUP mar-mar. Depois, se a versão ar-mar for desenvolvida e adquirida pena FAB, poderá ser integrada ao Gripen. Portanto, a versão em desenvolvimento atualmente, mar-mar, não pode ser instalada em uma aeronave. Foi isso que o XO disse.
Teoricamente temos acesso aos códigos chaves do Gripen para fazer integração de novas armas.
Se a Argentina comprar alguns, não teremos nada similar em nosso arsenal : F-16 + Harpoon.
os p3 da fab são armados com harpoon
Desde 1982 a Argentina tem ASM integrado a um avião à jato. Hoje, em 2025, a MB lança de helicóptero e a FAB, dos P3. É lamentável
Mas Guizmo, a única vantagem de um míssil antinavio lançado de um caça para um lançado de um avião de patrulha seria no quesito “sobrevivência” num espaço contestado. Em geral , a menos que haja atividade de um “AWACS/AEW” inimigo coordenando patrulhas aéreas de combate (CAPs) dotados de caças , não faz diferença se o vetor do míssil, no caso do Harpoon, é um caça supersônico ou um avião de patrulha turboélice, e isso graças ao horizonte radar do navio . Agora, se formos atacados por um CSG capitaneado por um PA dotado de AEWs e de caças de alto… Read more »
Oi Bosco, eu vejo vantagem exatamente onde descreveu, aviões de alto desempenho tem em tese, melhor chance de sobrevida. O que me faz pensar é a adoção de mísseis anti-navio no KC-390 ou num E-190.
Aproveitando seu engajamento, vc viu a notícia da Bomba Trocano, da FAB? Senti falta desta matéria aqui no PA
Não vi nada sobre a Trocano. Mas já que falou sobre ela eu realmente acho um desenvolvimento inútil. Não sei qual a finalidade dessa bomba . Ela é só compatível com aviões de transporte , portanto, só atua em ambiente não contestado , com o complicador que diferente da MOAB (que não é termobárica) e igual a bomba termobárica russa, não é guiada e exige um sobrevoo do alvo a baixa altitude para ter um mínimo de precisão. A bomba Trocano brasileira é uma solução que pede um problema. rsss Não temos problemas com insurgências ou coisa que o valha… Read more »
Esse projeto foi abandonado.
Por isso é impressindível termos mais do que somente 4 submarinos lançadores de mísseis. Mas Brasil é Brasil né…
O afundamento do Moskva por um Neptune lançado por terra mostrou que lançadores móveis são cruciais para negar uma cabeça de praia ao inimigo. Uma parte finalmente o Brasil está conseguindo, que é o Astros lançando o Mansup. Agora falta um míssil aerotransportado por caças…
Acredita mesmo que os EUA venderiam Harpoon para Argentina?
Olá, não acredito nem desacredito, é só uma especulação. Venderam para a FAB e estão de namoro com Milei.
Na conjuntura política atual, não acho impossivel
Uma boa notícia para Taiwan que possui frota de F-16s e é usuário do Harpoon em diversas versões.
Realmente, se Taiwan integrar os harpoon a algumas de suas dezenas de f16, vai ficar tenso pra China, continuar desfilando com seus navios de guerra por volta dela..
A China tem mísseis anti-navio nos caças, que tem o triplo do alcance, ou mais.
E as fragatas e destroeyrs Chineses, têm mísseis anti-aéreos com muito mais alcance que o Harpoon, logo se os caças com o Harpoon entrem na zona de limite de lançamento do Harpoon, já tinham sido abatidos.
Enquanto não há Mansup aéreo ou Manaer, basta comprar o RBS-15, que ficam logo com praticamente o dobro do alcance do harpoon.
Naquele estreito (180 km) não faz muita diferença ter 3 vez mais alcance.
Sem falar que Taiwan possui diversos mísseis antinavios lançados do ar com maior alcance que o Harpoon, como o SLAM-ER (270 km) e o HF II (250 km)
Rui, O alcance de um Harpoon lançado do ar é por volta de 200km. Ainda que uma fragata chinesa tenha um míssil sup-ar com 300 km de alcance ela se torna vulnerável a uma aeronave com um míssil com 200 km de alcance. Uma aeronave para atacar um navio com um míssil antinavio OTH se mantém oculta abaixo do horizonte radar do navio e lança seu míssil sem se expor. A única defesa “hard kill” possível a um navio isolado atacado por um míssil sea skimming como o Harpoon é a defesa de ponto (10 km), no caso chinês seria… Read more »
caramba, que aula!
O Moskva russo tinha tudo isso e foi posto à pique por um míssil lançado por terra. Vai com calma calabreso…
Eu pensei que já fosse integrado! Mas antes tarde do que nunca!
Até onde eu sei o Harpoon foi integrado em F-16 de outros países.
Salvo engano essa integração foi para os F-16 da USAF.
Por isso achei que já era integrado! Dei uma pesquisada desde 1994 o Harpoon pode ser integrado ao F-16 e vários clientes estrangeiros já tem essa integração feita clientes como Chile e Coreia do Sul ( só os F-16 C/D), Grécia, Turquia, Omã, EAU, Taiwan entre outros, a USAF no passado pensou em fazer mas não levaram adiante e agora o fizeram.
Falando em integração de armamentos. Sugiro assistirem o vídeo que vou pôr o link neste comentário. Entrevista com um dos fundadores da MECTRON, hoje na SIATT. Nele temos muitas informações a respeito do Piranha, do MAR-1, do MANSUP e do MAX.
https://youtu.be/3nZa3ap77c4?si=7oHbvDlr3jhSO1lv