WASHINGTON, 7 de fevereiro de 2025 – O Departamento de Estado dos Estados Unidos aprovou uma possível venda militar estrangeira (FMS) para o governo de Israel, incluindo munições, kits de orientação, espoletas e equipamentos de suporte no valor estimado de US$ 6,75 bilhões. A Agência de Cooperação em Segurança de Defesa (DSCA) notificou oficialmente o Congresso sobre a possível venda nesta sexta-feira.

O governo de Israel solicitou a compra de 2.166 bombas GBU-39/B Small Diameter Bombs Increment 1 (SDB-I), 2.800 corpos de bombas MK 82 de 500 libras, 13.000 kits de orientação JDAM KMU-556 para bombas MK-84, 3.475 kits JDAM KMU-557 para bombas BLU-109, 1.004 kits JDAM KMU-572 para GBU-38v1, além de 17.475 espoletas FMU-152A/B. O pacote inclui também espoletas FMU-139, componentes de bombas, equipamentos de suporte e outros elementos logísticos. As entregas estão previstas para começar em 2025.

Os EUA reafirmaram seu compromisso com a segurança de Israel, destacando que a venda contribuirá para o fortalecimento da capacidade de defesa do país e para a manutenção da estabilidade regional. O Departamento de Estado ressaltou que Israel já opera esses sistemas e não terá dificuldades para integrá-los às suas Forças Armadas. Além disso, garantiu que a transação não alterará o equilíbrio militar na região.

A venda será realizada a partir dos estoques dos EUA, conforme disponibilidade, e por meio de fornecedores como Boeing (St. Louis, MO), ATK Tactical Systems (Rocket Center, WV), L3Harris Fuzing and Ordnance Systems (Cincinnati, OH) e a McAlester Army Ammunition Plant (McAlester, OK). Não há, até o momento, acordos de compensação (offset) associados à venda, mas eventuais negociações entre Israel e os contratantes definirão esse aspecto. O governo dos EUA também informou que a implementação do acordo não exigirá o envio de representantes adicionais ao país.

Por fim, as autoridades americanas afirmaram que a transação não impactará negativamente a prontidão militar dos Estados Unidos, reforçando a importância da parceria estratégica com Israel e o compromisso com sua segurança.

FONTE: Agência de Cooperação em Segurança de Defesa (DSCA)

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Carlos

Nada, nem declarações polêmicas, nem ajuda militar, nem nada disto, vem dos E.U.A de graça. Tolo é o que pensa que naquele país, mesmo os doidos, fazem as coisas sem pensar. Aquela declaração sobre a Faixa de Gaza vai render alguns contratos bem vantajosos com Israel. O objetivo nem é invadir de verdade. As vezes as pessoas se acostumam com a estupidez política aqui no Brasil e acham que qualquer um que se assemelhe em certos aspectos lá fora, já é igual. Viralatismo, entreguismo e ingerências que podem prejudicar e até arruinar países, se limitam ao terceiro Mundo, com malucos… Read more »

Emmanuel

Aqui, direita e esquerda usam bonezinhos de acordo com os seus interesses. Seja de grupo terrorista que invade terra alheia em nome da reforma agrária, seja de um governo terrorista que comete genocídio em terra alheia em nome da sobrevivência. O ambientalista que quer explorar petróleo na região norte. O patriota que abraçou a China. Essa é a nossa sina. No final das contas, os dois lados rebolam a bundinha para as potências na primeira oportunidade. E até dão as mãos e votam juntos naquilo que beneficia os dois. Por causa disso o caramelo deveria ter sido o animal da… Read more »

Jaguar

Um comentário sensato… No final não existe lado certo. Existe interesse..

José Gregório

A China doou alguma coisa pra alguém alguma vez? A Rússia já deu de graça alguma coisa pra alguém? Por que os EUA tem que ser bonzinhos? Aliás, eles são bonzinhos SIM, a USAID dava milhões de dólares para a esquerda de vários países, incluindo o Brasil, alguém já reclamou de receber dinheiro americano?

Wagner Figueiredo

(Além disso, garantiu que a transação não alterará o equilíbrio militar na região.)

Essa frase é ótima, sempre usam..heheheh

Dworkin

Aí se for o caso do Brasil comprar um sub-nuc começa o choro dos yankees “pipipi popopo vai acabar com o equilibrio militar da AL”

Carlos Campos

O tanto de bomba que eles gastaram é enorme, vai demorar um pouco até ter um estoque bom, praquela regiao

Bernardo

Eu até comentei por esses dias que na guerra no Líbano chegou a 2000 mil alvos em 3 dias. Mas essas são JDAM que são kits muito mais baratos que os fabricados lá (por isso se usa tanto). Elas já não funcionam tão bem pra um ataque no Irã por ex, porque muitas são exclusivas de GPS, e laser tem o problema clássico. As JDAM não tem funcionado tão bem na Ucrânia porque são fraquinhas em lidar com interferência (tem tecnologia mais simples, por isso são mais baratas). Pros casos mais complicados, tem as SPICE. Ao contrário do que muita… Read more »

Last edited 1 mês atrás by Bernardo
Bosco

Bernardo,
Só complementando, há versões da JDAM com seeker passivo contra “interferidores” de GPS .
Também apenas no modo “inercial” uma JDAM é altamente letal (CEP de 30 m) principalmente combinada com uma espoleta de proximidade contra alvos de área/moles.

Last edited 1 mês atrás by Bosco
Rodolfo

Acho que na notícia saiu que a maioria deve sair de estoques americanos. Aliás um dos maiores estoques americanos já se encontra no sul de Israel numa base da USAF.

Franz A. Neeracher

Bom dia Rodolfo

Ao que me consta, a USAF não possue nenhuma base aérea em Israel.

É comum aviões da USAF visitarem diferentes bases em Israel, principalmente unidades de transporte, mas uma base operada pela USAF?? Você saberia dizer o nome?

Last edited 1 mês atrás by Franz A. Neeracher
Jaguar

Justamente. Gostaria de saber. Mas.. procure por “Site 512”, foi a única coisa que encontrei. Teorias ? Não duvido que de fato tenha uma base no deserto de negev.
https://www.intercept.com.br/2023/11/01/israel-estados-unidos-ampliam-base-militar-secreta/

Franz A. Neeracher

Obrigado, não conhecia!

Rinaldo Nery

Qualquer satélite russo já teria fotografado essa “base secreta”.

Rinaldo Nery

Então não é “secreta”. Tá igual agente secreto da ABIN, que usa crachá…

Franz A. Neeracher

Essa imagem é da base aérea de Nevatim.

O que os EUA possuem por lá é uma estação de radar no Monte Har Qerem, cuja finalidade principal é detectar um eventual ataque de mísseis iranianos contra Israel.

Aéreo

Gastaram muito em Gaza, agora precisam repor os estoques.

Adriano

Ou estão se preparando pra atacar o Irã.

juggerbr

Em breve, num alvo Iraniano…

Iran

Pq os israelenses compram JDAM se eles produzem a Spice? N conseguem produzir no msm ritmo que gastam?

Carlos

Israel, se quiser, desenvolve tanques, navios, drones e até caças. Não precisa comprar nada de fora se não quiser, mas tem de pagar o “dízimo” para continuar tendo apoio em suas empreitadas, caso contrário, já teriam sido completamente isolados na diplomacia e comércio global e, até mesmo atacados pela OTAN, pois esses tipos de genocídio que promovem em Gaza, Cisjordânia e Líbano, apenas são tolerados por conta dos rios de dinheiro que despejam em acordos com o Ocidente.

Para você ver. Se molhar bastante as mãos das pessoas certas até limpeza étnica consegue fazer sem ser muito incomodado.

Bosco

Na verdade a Spice é de outra categoria em termos de precisão já que combina a navegação por GPS/INS com a orientação terminal por IIR.
Os EUA para a função da Spice de Israel utiliza a JSOW-C que é dotado de um seeker IIR.

Bosco

Com a precisão de armas guiadas por GPS sendo menor que 3 metros praticamente não haveria necessidade mais de seeker por imagem (TV ou IIR) para mísseis contra alvos fixos se não fosse a possibilidade do sistema GPS (GNSS) ser interferido.

CRSOV

Quais dessas bombas e kits de bombas compradas neste contrato são capazes de atingir as instalações nucleares iranianas enterradas centenas de metros nas montanhas Zagros ?

Bosco

Nenhuma bomba convencional pode atingir instalações situadas a centenas de metros. Desse lote a única bomba de penetração é a BLU-106 de 2000 lb com capacidade de penetração de 5 metros em concreto. A arma convencional com maior capacidade de penetração é a bomba americana de 30.000 lb MOP, capaz de penetrar mais de 60 metros em rochas/concreto. Uma tática usada contra alvos muito profundos é atingir o alvo com várias bombas de penetração (fila indiana) em sequência de modo que uma chegue alguns segundos após a anterior. Outro modo de atingir bunkers extremamente protegidos é destruir os acessos e/ou… Read more »