Embraer atinge novo recorde histórico com carteira de pedidos de US$26,3 bilhões no último trimestre de 2024

- Valor total da carteira de pedidos da empresa cresceu 40%+ ano sobre ano no 4T24
- Aviação Comercial terminou 2024 com uma carteira de pedidos de US$10,2 bilhões (15% ano contra ano) e um sólido 1.6 índice de pedidos para vendas
- Aviação Executiva registrou recorde histórico de US$7,4 bilhões (65%+ sequencial) para a carteira de pedidos com um contrato importante com a Flexjet
- Serviços & Suporte aumentou carteira de pedidos para US$4,6 bilhões no trimestre, 50%+ em relação ao 4T23
- Carteira de pedidos da Defesa & Segurança subiu 67% ano contra ano para US$4,2 bilhões, com participação recorde de clientes globais
São Paulo (SP), 06 de fevereiro de 2025 – A Embraer (NYSE: ERJ / B3: EMBR3), uma das líderes globais na indústria aeroespacial, anuncia que sua carteira de pedidos total atingiu US$26,3 bilhões no 4T24. Esse valor é o maior volume registrado pela empresa em sua história, mais de 40% acima na comparação ano sobre ano (4T23) e 16% maior na comparação trimestre sobre trimestre (3T24). A Embraer terminou 2024 com um sólido índice de pedidos para vendas de 2,2 baseado em em valores financeiros.1
1 Calculado como o (delta da carteira de pedidos da Embraer mais receitas da Embraer) dividido pelas receitas da Embraer.
A Embraer entregou 75 aeronaves no último trimestre do ano, 27% acima dos 59 aviões entregues no trimestre anterior (3T24) e igual ao volume entregue no mesmo período de 2023 (4T23). A empresa entregou 206 aviões no ano de 2024 – um crescimento de 14% em relação às 181 aeronaves de 2023.
Na Aviação Comercial, a carteira de pedidos atingiu US$10,2 bilhões no 4T24 – 15% maior ano sobre ano, porém 8% menor trimestre sobre trimestre – por causa do período sazonalmente mais forte de entregas. A unidade de negócios entregou 31 novas aeronaves durante o último trimestre de 2024 e 73 no ano todo (no teto das estimativas revisadas de 70-73 para o ano e dentro das estimativas originais de 72-80). Consequentemente, a Aviação Comercial terminou 2024 com um sólido índice de pedidos para vendas de 1,6 baseado em valores financeiros2.
A Luxair formalizou o pedido para 2 jatos E195-E2, que vão complementar a frota de aeronaves de maior porte já encomendadas pela companhia aérea. Ao exercer 2 opções garantidas em seu pedido firme de 2023 para 4 aeronaves, a Luxair tem agora um total de 6 jatos E195-E2 encomendados. Portanto, a Embraer atualmente possui 179 pedidos firmes para a sua família de jatos E2 e 164 para a sua aeronave E1-175.
Por fim, é importante destacar a iniciativa de nivelamento da produção que a empresa busca progredir em 2025.
2 Calculado como o (delta da carteira de pedidos da Av. Comercial mais receitas da Av. Comercial) dividido pelas receitas da Av. Comercial.
Na Aviação Executiva, a carteira de pedidos subiu para US$7,4 bilhões no 4T24 – valor 70% maior ano sobre ano e 67% acima trimestre sobre trimestre – um novo recorde histórico para a unidade de negócios favorecido por um contrato importante com a Flexjet. O contrato inclui 182 pedidos firmes para as aeronaves Phenom 300E, Praetor 500 and Praetor 600 com entregas entre 2026 e 2030, e até 30 opções para jatos Praetor.
A divisão foi responsável pela entrega de 44 jatos no último trimestre do ano, e pelo total de 130 entregas anuais (no ponto médio das estimativas originais para 2024, e um recorde em 14 anos). Consequentemente, a Aviação Executiva terminou 2024 com um índice de pedidos para vendas líder na indústria, de 2,7 baseado em valores financeiros 3
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Os jatos médio e super-médio Praetor 500 e Praetor 600 representaram metade das entregas do segmento (22 aeronaves) durante o trimestre, impulsionados pelo momento positivo da família de produtos. Enquanto isso, o Phenom 300, jato mais vendido e voado no mundo na sua categoria por 12 anos seguidos, foi líder de entregas (19 aeronaves) durante o período.
É importante realçar o progresso observado na iniciativa da companhia para nivelar a produção. A administração conseguiu reduzir a concentração das entregas no quarto trimestre e distribuí-las melhor ao longo dos trimestres. Em 2024, as entregas do quarto trimestre representaram 34% do total anual, enquanto esse número foi de 45% em média nos cinco anos anteriores. A empresa atingiu resultados expressivos durante o ano e espera ganhos adicionais com melhorias gradativas na cadeia de produção em um futuro próximo.
3 Calculado como o (delta da carteira de pedidos da Av. Executiva mais receitas da Av. Executiva) dividido pelas receitas da Av. Executiva.
Em Serviços & Suporte, a carteira de pedidos expandiu para US$4,6 bilhões no 4T24 – uma cifra mais de 50% acima ano contra ano e mais de 30% maior trimestre sobre trimestre – apoiada por novos contratos de longo prazo com a Flexjet na Aviação Executiva, e Air Serbia, LOT Polish Airlines e CommuteAir na Aviação Comercial. Esses contratos do segundo grupo são para o Programa Pool e Part Exchange Plus, que prestarão suporte às frotas E-Jets dessas empresas com uma ampla gama de componentes de reparo, serviços e gerenciamento de reparos. Além disso, contribuições de peças de reposição, publicações técnicas, serviços técnicos, treinamento e modificações desempenharam um papel fundamental neste resultado. Serviços & Suporte terminou 2024 com um índice de pedidos para vendas líder na indústria de 1,9 baseado em valores financeiros4.
Na Defesa & Segurança, a carteira de pedidos cresceu para US$4,2 bilhões no 4T24 – número 67% maior ano sobre ano e 15% acima trimestre sobre trimestre – com suporte de novos pedidos para o C-390 Millennium (4) e o A-29 Super Tucano (10). A Embraer atualmente possui 32 pedidos firmes para o seu transporte militar e 17 para a sua aeronave de ataque leve. Enquanto isso, a Defesa & Segurança continuou aumentando a sua produção com a entrega de 3 novos jatos C-390 Millennium em 2024, em comparação com 2 em 2023. Consequentemente, a unidade terminou 2024 com um índice de pedidos para vendas líder na indústria, de 3,3 baseado em valores financeiros5.
4 Calculado como o (delta da carteira de pedidos de Serviços & Suporte mais receitas de Serviços e Suporte) dividido pelas receitas de Serviços e Suporte.
5 Calculado como o (delta da carteira de pedidos da Defesa & Segurança mais receitas da Defesa & Segurança) dividido pelas receitas de Defesa & Segurança.
A divisão assinou contratos firmes no último trimestre de 2024 com a Força Aérea Tcheca e um cliente não divulgado, para 2 aeronaves C-390 Millennium cada um – essas aeronaves entraram na carteira de pedidos. Além disso, esse jato de transporte militar foi selecionado pela Eslováquia (3) e Suécia (não divulgado) no período – não houve assinatura de contratos ainda; portanto essas aeronaves não foram incluídas na carteira de pedidos.
A unidade de negócios também assinou um contrato firme com um cliente não divulgado para 6 aeronaves A-29 Super Tucanos no último trimestre de 2024, e outro com um cliente não divulgado da África para 4 aviões adicionais. Enquanto isso, a Força Aérea Portuguesa se tornou o primeiro cliente da versão OTAN dessa aeronave de ataque leve (12) – porém o contrato não estava ativo no final de 2024 – e a Força Aérea Uruguaia exerceu as suas opções (5) no começo de 2025. Portanto, essas 17 aeronaves ainda não constam na carteira de pedidos.
Sobre a Embraer
A Embraer é uma empresa aeroespacial global com sede no Brasil. Fabrica aeronaves para a aviação comercial e executiva, defesa e segurança e clientes agrícolas. A empresa também fornece serviços e suporte pós-venda por meio de uma rede mundial de entidades próprias e agentes autorizados.
Desde a sua fundação em 1969, a Embraer já entregou mais de 9.000 aeronaves. Em média, a cada 10 segundos, um avião fabricado pela Embraer decola de algum lugar no mundo, transportando mais de 150 milhões de passageiros por ano.
A Embraer é líder na fabricação de jatos comerciais de até 150 assentos e é a principal exportadora de bens de alto valor agregado do Brasil. A empresa mantém unidades industriais, escritórios, centros de serviços e de distribuição de peças nas Américas, África, Ásia e Europa.
DIVULGAÇÃO: Embraer
“Embraer vai falir se não for vendida para a Boeing”.
Diziam alguns supostos funcionários da Embraer aqui no PA. Nada como um dia após o outro.
Caro Clesio: espero que estes aí tenham ido trabalhar no Boeing
A Boieng despediu milhares de trabalhadores e o novo mandatátio da White-House dificultou fazer novos vistos pra lá.
Ou seja…
Exelente…..
Ainda sei o nome desse povo.
Curiosamente ( ou não ) são os mesmos que já disseram abertamente que não veriam problema do “homem-laranja” invadir a Amazônia.
Coincidência?
São os “patriotas” rs
Não podemos ser míopes. Apesar do bom momento da Embraer, o dano da Airbus com a220 no mercado regional é terrível. A carteira do a220 está em cerca de 900 pedidos. A do 190/195 está em cerca de 190 pedidos. A Embraer tinha 90% deste mercado. Hoje tem 1/3. Será impossível continuar concorrendo no médio/longo prazo com a Airbus sem uma aliança estratégia que alavanque as vendas comerciais, faça frente a Airbus e traga recursos financeiros e mercado para o desenvolvimento de novas aeronaves comerciais! Vamos torcer! Ademais, temos que nos orgulhar desta empresa!
Sem falar da China e seus jatos de ‘baixo custo’ comendo pelas beiradas…
Pois é. O futuro para aviação comercial da Embraer não é bom…infelizmente. De todas encomendas novas na Índia (terceiro maior mercado no mundo), a Embraer tem traço. (Menos de 3%). Os chineses estão evoluindo muito rápido e quando conseguirem homologar o produto e comprovar qualidade e segurança, será difícil concorrer. A aviação executiva está indo bem numa faixa que tem pouco valor agregado e menor margem além de uma demanda elástica, vinculada a situação econômica global. Um Global é o preço de 8 P300. Aviação militar, a Embraer tem um grande produto mas é uma venda complexa, depende de N… Read more »
É óbvio que os grandes jatos executivos tem mais valor agregado, entretanto os jatos médios tem uma margem muito boa para a EMbraer e o Phenom 300 uma ótima margem. Então são produtos de sucesso crescente e de ótimo retorno. Na Defesa o KC390 está ganhando momentum no mercado, e o ST voltou a vender. Claro que logo deverá se iniciar um novo ciclo de desenvolvimento de produtos, e como sempre alianças e parcerias serão discutidas. Mas o momento da empresa é ótimo. É a hora da colheita que foi adiada pela pandemia e cenário global. Depois virá a hora… Read more »
Ninguém aqui nega que a Embraer não está em nenhum “mar-de-rosas”, e que ela tem muitos desafios pela frente, e que o mercado dela é competitivo.
Mas ela está se saindo bem, se mostra resiliente e, até hoje, sempre fez apostas seguras, sempre soube olhar nichos que ninguém ligava e que deram frutos.
Vendê-la, e vendê-la abaixo do preço, seria um dos maiores erros e o mais vil lesa-pátria da história recente do país.
Deem graças a Deus todo dia por essa sandice não ter ido em frente.
Hélio, uma boa análise, entretanto quero deixar aqui alguns pontos… Sim a compra do programa CSeries pela Airbus foi um baque, mas não foi somente isso que atrapalhou as vendas do E2. Entretanto ele está ganhando terreno. No ano passado vendeu mais que o A220. Não chegará nos números dele, mas nem tem como com o peso ($$$) da Airbus por trás deste. Na época a venda da aviação comercial era neste sentido, pois este unidade de negócio estava puxando a empresa perigosamente para baixo naquele momento. E muitos diziam que a venda da divisão comecial mataria a empresa, o… Read more »
Prezado Ozires, Sim concordo. O peso comercial financeiro da Airbus é de difícil concorrência. Convivi na EMB de 96 a 2012. Prevíamos que a entrada do CSeries pela Bombardier, não traria grande preocupação porque ela teria que amortizar um grande investimento no desenvolvimento do CSeries. Após assunção pela Airbus numa situação de oportunidade, a Airbus se tornou muito competitiva. Infelizmente , os E2’s não conseguem competir com a 220 ou 320 numa rota de média demanda no valuation passageiro por km voado. A Airbus oferece ainda uma linha de transição 220/320….que economiza muito ao operador. Este foi um dos motivos… Read more »
Me parece que o que ainda está faltando é o substituto para o 175. O 175 é o carro chefe da aviação comercial. Precisa pensar um avião mais leve que o 175E2 para atender os requisitos do mercado americano. O mercado do 175 é mar azul. Quanto aos demais, seria o Phenom 300 o avião de maior sucesso da Embraer? Parabéns.
90% do mercado do 175, e o EUA. Nos EU existe a cláusula de escopo, que limita peso máximo da aviação regional. O 175-1 está dentro. O 175-e2 não esta dentro do limite. O 175 é o carro chefe da aviação regional até 80 lugares, jamais da aviação comercial.
Eles fizeram um enxerto das tecnologias do E2 para o E1, assim quem comprar vai ter uma versão dentro das regras.
Eu não torci pela venda, mas 2018/2019, a empresa não estava bem, sem vendas e com as dividas de um programa para pagar. Analisando, a empresa estava vendendo a divisão menos rentável e com menor perspectiva frente a venda do Cseries. Também iria vender os ativos industriais mais antigos. Se tivesse ocorrido a venda, durante a pandemia estaria com dinheiro em caixa (pandemia foi cruel para a aviação), o que ninguém tinha e poderia investir em negócios mais modernos e rentáveis como a área executiva e de defesa. Teria dinheiro para evtol, novos aviões executivos. Tirando o evtol fazem mais… Read more »
Sem falar que o que queriam pagar nela, vendeu em jato executivo!
Aos olhos daquele momento, era um bom acordo para os acionistas. 20% de prêmio sobre os valores das ações. Ninguém imaginou que a Boeing entraria nesta draga terrível. Inclusive é um grande aprendizado …a Boeing somente resiste porque tem dezenas e dezenas de biolhoes de dólares em outros contratos com o governo americano….desde participação no programa espacial à prestação de serviços para NSA.
Quase foi vendida a preço vil! A venda iria fazer o serviço de vassalagem costumaz, em que parte (pequena) da população brasileira insiste em ser. É mais um tapa na cara daqueles que desdenham da capacidade do Brasil e que enxergam esse país como um mero coadjuvante. São gerações diferentes, mas é o mesmo ranço que tentou impedir a existência da Petrobras, vale, CSN, etc. No fundo, são covardes.
Desculpe Alaor mas não dá para comentar. Sou novo neste fórum e vejo que tem muitas curtidas, vejo que aqui não é sério ou profundo o bastante na indústria. Opniões apenas.
Tamo competindo tamo competindo.
Creio que foi a 1ª vez que saiu em uma comunicação oficial da Embraer a quantidade de C-390 adquiridos pela Coreia do Sul (3) muito se falou sobre isso, mas a empresa sempre colocava, até nos vídeos, que ele havia sido selecionado pela Coreia, sem informar quantos seriam fornecidos.
Caso fechar o contrato Índia, 2025 vai ter números melhores. Mas é tipo AA…. um mês de cada vez….
Lógico que valuation é uma história muito mais séria, mas esses 26 bilhões de dólares em pedidos mostram que possivelmente o preço de 4 bilhões para comprar a aviação comercial da Embraer lá trás talvez tivesse sido muito baixo mesmo. Azar da Boeing que desistiu! Sorte nossa.
A Embraer vai voando cada vez mais alto, maravilha!
Gostaria muito de ver a Embraer, governo, instituições de pesquisa e as empresas aeroespaciais brasileiras se articulando mais para nacionalizar os componentes das aeronaves.