No dia 28 de janeiro de 2025, às 8h31 PST (16h31 GMT), o XB-1, o primeiro jato supersônico civil fabricado nos Estados Unidos, quebrou a barreira do som em um voo histórico.

O feito foi alcançado com segurança pelo piloto de teste-chefe Tristan “Geppetto” Brandenburg, que conduziu a aeronave a uma velocidade máxima de Mach 1.122 (652 KTAS) e atingiu uma altitude máxima de 35.290 pés durante um voo de 34 minutos.

O teste foi realizado em corredores aéreos especialmente designados – o Bell X-1 Supersonic Corridor e o Black Mountain Supersonic Corridor, ambos situados em Mojave, Califórnia – garantindo as condições ideais para a operação em velocidade supersônica.

Com esse sucesso, o XB-1 comprova que a Boom Technologies possui a equipe, a tecnologia e os recursos necessários para viabilizar o transporte comercial supersônico através do seu projeto Overture, que promete reduzir pela metade os tempos de viagem.

Subscribe
Notify of
guest

22 Comentários
oldest
newest most voted
Inline Feedbacks
View all comments
Gabriel

A questão é, com três motores o custo operacional será a nova barreira a ser vencida pela equipe para poder viabilizar o projeto.

Last edited 8 dias atrás by Gabriel
Leandro Costa

O projeto da aeronave final tem 4 motores e é bem maior. Essa aeronave é uma prova de conceito.

EduardoSP

Esse é apenas um demonstrador de tecnologias. O Overture será bem diferente e utilizará motores que ainda estão em desenvolvimento. Ele deverá ter capacidade de super cruzeiro, sem o uso de pós-combustores.

Hamom

O Concorde produzido entre 1965 e 1978, tinha uma velocidade de cruzeiro bem superior, 2.158 km/h…

Leandro Costa

O XB-1 não tentou atingir a velocidade máxima neste vôo. Eles apenas quiseram passar da velocidade do som e validar superfícies de controle, estrutura e sistemas da aeronave.

Hamom

Este protótipo não parece ser um avião de passageiros.

Leandro Costa

Sério? Não diga?!

Hamom

╭∩╮(︶︿︶)╭∩╮

Leandro Costa

Você provavelmente teve mais trabalho para pesquisar essa ‘resposta’ do que teria para pesquisar o mínimo que provavelmente evitaria você de fazer o comentário anterior.

Agora sabemos as prioridades 😉

Hamom

🐄 💨 💨 💨 💨

gordo

As vezes tenho a impressão que algumas empresas dos EUA parecem caminhar para a excentricidade. Talvez por terem dinheiro e ter apenas o céu como limite, se é que é o limite. A coisa lá não anda sem dinheiro a granel, e as vezes os resultados deixam a desejar. Como você disse, vai ser uma aeronave muito cara e com certeza para bem poucos.

Adriano RA

Em um país que o governo pode imprimir dinheiro (dólar) a rodo e todo mundo continua a acreditar que vale alguma coisa, tudo é possível. Uma hora a farra vai acabar.

JHF

Uma consequência clara da desigualdade de renda atual no mundo. A necessidade de “reunião no outro lado do oceano e de volta para casa antes das 22.00”, que manteve o Concorde funcionando nos anos 80 foi substituída pelo pula pula entre continentes dos abastados, com americanos passando o final de semana na costa do Sol, ou europeus visitando NY no final de semana. Se temos o interesse de turismo espacial, público para viagem intercontinental de 3 horas hoje em dia deve estar sobrando.

Fernando Vieira

Mas precisamos da excentricidade para evoluir. Quando Elon Musk apareceu dizendo que uma viagem para a Estação Espacial era a mesma coisa que ir de Londres a NY com um Boeing 747 novinho e quando chega em NY você joga o Boeing fora e isso era inadmissível todo mundo disse que não tinha outro jeito. Como gostam de dizer os coaches, foguete não dá ré. Aí a SpaceX foi lá e mostrou que foguete pode sim dar ré e com isso o custo para se colocar carga no espaço despencou. Com relação a transporte de passageiros supersônico, acho que ele… Read more »

Willber Rodrigues

Os maiores problemas do Concorde eram seu “boom” quando atingia velocidade supersônica, o que gerou reclamações, e principalmente o alto consumo de combustível, e isso justamente durante a crise do petróleo.
Como esse “mini Concorde” vai contornar essas questões?

groosp

Provavelmente voará supersônico apenas sobre o oceano. Na verdade acho que esse projeto não vai pra frente por causa da popularização das vídeo conferência e do maior custo operacional (passagens) no que se refere ao turismo. Mas existem estudos de reduzir o boom supersônico com aeronaves com um nariz bem alongado que não é o caso desse avião.

Willber Rodrigues

Sempre fui entusiasta da tecnologia.
Mas, sendo sincero, não vejo muito futuro pra um “Concorde Next Generation” a curto e médio prazo, a menos que seus custos sejam REALMENTE viáveis.
Não vejo o consumidor médio achando que pagar o dobro ou mais pela passagem de avião só pra ir da Europa pros EUA na metade do tempo seja um bom custo-benefício.

Leandro Costa

Willber, eu acredito que esse avião irá incorporar novas tecnologias de mitigação do boom supersônico citadas pelo Groo, na esperança que diminuia de tal forma que pelo menos possam se fazer alguns corredores dentro de massas continentais para sua operação regular. Mas é uma coisa em andamento. A NASA tem diversos estudos sobre o assunto, bem como outras instituições. Ao mesmo tempo, a inovação em relação à eficiência dos motores está gerações à frente dos motores usados no Concorde. O plano dessa empresa é interessante. Acho que vale à pena dar uma checada mais profunda já que você se empolga… Read more »

Edcarlos Prudente

Mesmo sendo um protótipo para testes de novas tecnologias e conceitos essa aeronave poderia ser útil, principalmente se for capaz de superar os 20 mil metros de altitude

Fabio

Ele lembra um pouco o BAC TSR.2!

Sensato

Parece que o celular de alguns aqui não tem Google mas, dando uma rápida checagem no site da Boom, se descobre que existem, segundo ele, 600 rotas que poderiam ser cobertas pelo modelo e mesmo voando sobre terra, ele pode voar 20% mais rápido que os demais aviões comerciais sem quebrar a barreira do som. Embora exista descrença entre nós, parece não ser o mesmo caso da galera da América Airlines e eles entendem alguma coisinha do business.

Sensato

Ah. Esqueci. A empresa tem acordos com a Northrop e NASA e acredita ser capaz de vender também para o US DOD.