Força Aérea dos EUA restabelece curso com vídeo dos aviadores Tuskegee após protestos

A Força Aérea dos EUA decidiu restaurar o curso de treinamento básico sobre airmindedness (mentalidade aeronáutica) nesta segunda-feira, após ter suspendido temporariamente a aula em 23 de janeiro de 2025. O curso, que inclui materiais sobre os Aviadores de Tuskegee e as Pilotas de Serviço da Força Aérea Feminina (WASPs), foi inicialmente interrompido para remover conteúdos relacionados à diversidade, equidade e inclusão (DEI), conforme a nova ordem executiva do presidente Donald Trump. No entanto, após reações públicas, a Força Aérea garantiu que os vídeos sobre os pilotos da Segunda Guerra Mundial continuariam no programa.
Inicialmente, vazamentos internos sugeriram que os vídeos haviam sido removidos para cumprir as novas diretrizes, gerando indignação entre veteranos e apoiadores. No entanto, no sábado, a Força Aérea esclareceu que os vídeos em si não foram alvo da remoção, mas sim que os cursos contendo materiais sobre DEI estavam temporariamente suspensos para revisão. O general Brian Robinson, comandante do Comando de Educação e Treinamento da Força Aérea, anunciou que a aula revisada entraria em vigor nesta segunda-feira, mantendo os conteúdos sobre os Tuskegee Airmen e as WASPs, mas sem referências a iniciativas de diversidade.
A decisão de remover temporariamente o curso gerou um forte protesto da organização Tuskegee Airmen Inc., uma entidade sem fins lucrativos dedicada a preservar o legado desses pilotos. Em um comunicado no sábado, a organização expressou “forte oposição” à remoção dos vídeos e apelou ao presidente Trump e ao secretário de Defesa Pete Hegseth para que restabelecessem o curso imediatamente. A entidade argumentou que a história dos Tuskegee Airmen e das WASPs não deveria ser vista como um tema de DEI, mas sim como parte essencial da história militar americana que todos os militares deveriam conhecer.
Diante da repercussão negativa, Leon Butler, presidente nacional da Tuskegee Airmen Inc., elogiou a rápida resposta da Força Aérea ao restaurar o curso e enfatizou a importância de garantir que os recrutas continuem aprendendo sobre esses pioneiros da aviação militar. A decisão também recebeu apoio de figuras políticas, incluindo a senadora Katie Britt (R-Alabama), que criticou a remoção temporária dos materiais como um ato de “conformidade maliciosa”. O secretário de Defesa, Hegseth, respondeu à postagem de Britt no X (antigo Twitter), garantindo que o erro seria corrigido imediatamente.
O Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General David Allvin, reforçou em um comunicado na segunda-feira que o legado e a bravura dos Tuskegee Airmen e das WASPs continuarão a ser ensinados aos recrutas. Allvin também destacou que a Força Aérea cumprirá integralmente todas as ordens do presidente, incluindo aquelas relacionadas à remoção de políticas de DEI, garantindo que a transição para as novas diretrizes seja feita de maneira clara e rigorosa.
Que bom que voltaram atrás. História não tem nada a ver com diversidade.
Pois é…
Um governo tenta capitalizar a história dos pilotos na esteira da política identitária e da diversidade. O outro remove os vídeos por não concordar com a abordagem.
A única coisa que realmente importa é manter viva a história e bravura de quem serviu na WWII, sem tentar pregar as politicas identitárias.
Lembrei do filme do filme “Homens de honra” no qual substituíram o brasileiro por um caipira gago..
daqui a pouco dizem que o avião foi inventado nos EUA.
Sempre disseram! E tem gente aqui que concorda.
Camargoer, ele falam que o aviao foi inventado nos EUA. Vivi em Ohio e eles tem orgulho disto. A placa do meu carro e de boa parte dos carros vem escrito “Ohio Birthplace of Aviation”. Dayton e conhecida como local que nasceu o aviao. O Museu Aeroespacial de Dayton e base area de Wright Patterson ficam no local onde foi feito o primeiro voo does Irmaos
Na realidade devemos sempre honrar os irmãos Wright, pois inventaram o estilingue. Avião é com SD.
O mesmo vale para o “Fuqui” capturado pela FEB e usado pelo EB nos desfiles militares.
Todos os que lutaram foram heróis, independente de cor, sexo ou origem. Criar polêmica é algo vazio, e que só reforça a importância destas pessoas na história.
É impossível desassociar a luta dos negros americanos por igualdade, dentro dos EUA, de sua honrosa participação na Segunda Guerra. A prova maior, eles formaram um contingente segregado dos brancos. Portanto, há heróis e super-heróis, há os que lutaram contra os inimigos externos e, aqueles, que lutaram duplamente, contra os inimigos de outros países, e contra os adversários em sua própria nação.
Sorte que fizeram bkp
É… agora imagina que todo piloto da USAF vai ter a História do pessoal de Tuskegee preservada dentro da sua própria trajetória de treinamento…
Baita, e justo, backup.
Bem lembrado, Leandro!
Todo o reconhecimento e mérito aos grandes aviadores de Tuskegee é merecido e bem vindo. Incentivo as novas gerações e igualdade de oportunidades e deveres é fundamental, lacração não.
O problema dessa nova direita é que ela é uma esquerda Woke com sinal trocado. Agem da mesma forma, gerando a tal “guerra cultural” e a eterna disputa se o correto é “bolacha” ou “biscoito”. O correto a fazer é lidar com extremismos culturais da mesma forma que se lida com criança birrenta, entender que adultos não devem discutir com crianças e tomar as decisões sob a ótica do mundo adulto. Trump tem muitos desafios no âmbito militar, esse tipo de ação apenas realimenta o canhão midiático e “progressista” para um debate que nada acrescenta. A triste realidade é que… Read more »
Valores devem ser preservadas
“A entidade argumentou que a história dos Tuskegee Airmen e das WASPs não deveria ser vista como um tema de DEI, mas sim como parte essencial da história militar americana que todos os militares deveriam conhecer.”
basicamente o que vários comentaram na primeira notícia. É até mais justo que seja assim, na minha opinião.