Microvanes no C-17 estão prestes a ser implementados em toda a frota da USAF

Após anos de testes e refinamentos, o programa de microvanes da Força Aérea dos EUA está perto de ser completamente implementado em sua frota de aeronaves C-17 Globemaster III. Esses dispositivos pequenos e estrategicamente posicionados prometem reduzir o arrasto aerodinâmico e aumentar a eficiência de combustível, provando que até mesmo projetos de aeronaves maduras podem ser aprimorados.
As microvanes são dispositivos simples e impressos em 3D, medindo cerca de 10 x 40 cm, com formato semelhante a uma lâmina fina. Elas são fixadas na parte traseira da fuselagem do C-17 com um adesivo resistente. Ao redirecionar o fluxo de ar, reduzem o arrasto e cortam o consumo de combustível em cerca de 1%. Embora o percentual pareça pequeno, o impacto esperado para toda a frota é significativo, com economia projetada de mais de US$ 14 milhões por ano. A economia promete amortizar o investimento em apenas sete meses, além de estender o alcance das missões e melhorar o suporte em operações de alta demanda.
Atualmente, seis aeronaves estão passando por modificações no escopo de uma Avaliação de Serviço Logístico (LSA), etapa final antes da instalação das microvanes em toda a frota C-17. A iniciativa faz parte de um programa iniciado em 2016 na Base Aérea de Edwards, com o objetivo de estudar o impacto de diversas modificações na aerodinâmica do C-17. Durante essa fase, tecnologias como finlets e microvanes foram testadas. A eficácia das microvanes em reduzir o consumo de combustível sem comprometer as capacidades da aeronave foi comprovada.
Em 2018, a Força Aérea continuou a aperfeiçoar as microvanes em colaboração com a Base Aérea de Dover e empresas privadas. Nessa etapa, as microvanes foram aprimoradas com esferas de vidro impressas em 3D, e testes confirmaram uma redução de arrasto de 1%, sem impacto negativo em missões críticas como lançamentos aéreos. Com isso, estimou-se que a instalação em toda a frota de 222 C-17 resultaria em economias entre US$ 5 e 7 milhões por ano.
O programa de microvanes faz parte de uma iniciativa maior da Força Aérea para introduzir tecnologias aerodinâmicas em outras aeronaves de mobilidade, como o KC-135 Stratotanker e o C-130 Hercules. Esses esforços estão alinhados aos objetivos de mitigação climática do Departamento de Defesa, buscando não apenas economias financeiras, mas também maior alcance de missão, mobilidade aprimorada e sustentabilidade em ambientes contestados. A implementação iminente das microvanes demonstra como modificações simples podem gerar benefícios significativos em operações futuras.
FONTE: USAF
Que ideia boa! Economia com uma medida de baixo custo. Podia ser extendida para a aviação comercial, aí sim o impacto seria bem significativo.
Esses pequenos dispositivos aerodinâmicos fazem milagres. No A320, a Airbus instalou dispositivos semelhantes na deriva (kit SHARP), permitindo uma redução na Vmcg para operação no SDU.
Tb interessante é a tecnologia AeroShark Skin:
https://www.swiss.com/magazine/en/inside-swiss/sustainability/aeroshark-how-we-further-reduce-our-carbon-emissions
Pois é.. nestes momentos a gente vẽ uma vantagem na impressão 3D. Claro que poderiam ser feitos usando uma injetora, mas o custo do molde seria muito alto… poderia usinar em alumínio, mas também seria caro. A impressora 3D é vantajosa quando a demanda por peças é de poucos unidades até algumas centenas… dá mais trabalho lixar a peça e pintar que abastecer a impressora… a ideia de usar fitas adesivas para fixar peças também é bastante eficiente.. poderia até ser cola mesmo… quem já brincou com plastimodelismo tem toda a técnicas para lixar, limpar, pintar e fixar peças… e… Read more »
“As microvanes são dispositivos simples e impressos em 3D, medindo cerca de 10 x 40 cm, com formato semelhante a uma lâmina fina. Elas são fixadas na parte traseira da fuselagem do C-17 com um adesivo resistente. Ao redirecionar o fluxo de ar, reduzem o arrasto e cortam o consumo de combustível em cerca de 1%”
Gambiarra de altíssimo nível 😅
dá para ver até as ‘emendas’
Não deixa de ser. Nos E-99 a EMBRAER adotou strakes na cauda, para corrigir a tendência de dutch roll. Funcionou. E finlets dos estabilizadores horizontais para escoar o turbilhonamento da antena do Erieye.
Muito legal!
B tarde! Uma medida simples barata e eficaz. A Embraer deve olhar isso muito de perto para implementar no KC-390. Abç
Sera que algo desse tipo seria benéfico pro 390?
Qualquer economia de combustível que se consiga com essas aeronaves, é lucro.
Eu li “Micronaves”
Já pensei em uma nave mãe com enxame de drones.
Eu também!
Eu também kkk
Eu também!
1% é uma economia sensível.
Numa frota de 222 C17, representa um caminhão de dinheiro a cada mês.
Ao custe de algumas centenas de dólares .. bem legal… Vou usar o exemplo na sala de aula.. por isso frequento a trilogia
imagino como deve ser essa sala de aula kkk… 100% partidaria
Vem assistir .. a aula é aberta.. no noturno tem estudantes que trazem os filhos. As vezes minha filha também vem.. vem namorado, vem namorada..
Tem até estudante ouvinte que quer revisar o conteúdo… A porta fica aberta.
Você será bem vindo…
Daí voce conta para o pessoal.. a disciplina de colóides é terça e quinta às 8h
Não é só a economia de combustível….
É o ganho em tecnologia, uma vez que essas peças aerodinâmicas são empresas em coladas…
Imaginem a tecnologia desse adesivo….
Os adesivos até são algo com conhecido… se a gente pensar na fabricação de calçados dá para ficar surpreso em como os adesivos atuam lá dentro.
Agora, a impressão 3D é muito legal…. ela tornou permite fabricar peças em pequena escala por preços que as tornam viáveis..
Nada que uma durepox não faça
Durepox tem 1002 aplicações